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Redes de Longa Distância

Redes WAN E1 (T1)


Aula 03

Prof. Anderson Barbosa


anderson.barbosa@ifpa.edu.br
Introdução
O começo do desenvolvimento do padrão E1 ocorreu
no início dos anos 1960s na Bell Laboratories, desenvolveu
um sistema de multiplexação de voz para otimizar o uso das
linhas telefônicas requeridas na expansão do sistema
telefônico e para prover um melhor desempenho sobre as
técnicas analógicas que eram usadas.

O mecanismo usado para se converter a voz


analógica em um sinal digital chama-se modulação de
código de pulso (Pulse Code Modulation – PCM).

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Introdução
O PCM define que um sinal de voz analógico recebido deve
ser registrado 8000 vezes por segundo, e que cada registro
(ou sample) deve ser representado por um código de 8 bits.

Eram necessários 64.000 bits para se representar 1 segundo


de voz.

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Introdução

A) Sinal Analógico - B) Sinal digital

Codificação PCM

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Introdução
Quando as empresas de telefonias criaram as suas primeiras
redes digitais, elas optaram por uma velocidade básica de
64kbps.

Largura de banda necessária para uma única chamada de


voz chamada de sinal digital nível 0 (Digital Signal Level 0,
ou DS0).

Atualmente, uma boa parte das telefonias oferecem linhas


alugadas em múltiplos de 64kbps.

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Introdução
Uma fase do processo converte o sinal analógico em
um formato digital que tem um fluxo de dados de 64 Kbps.
A próxima fase é juntar vinte quatro fluxos de dados em
uma estrutura de stream de dados (frame) com uma taxa de
dados total de 1.544 Mbps.

Este processo estrutura o sinal que foi chamado de DS1,


mas é quase universalmente chamado de T1.

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Modos de transmissão:
Há duas formas básicas pelas quais máquinas se
comunicam, trocam dados ou transmitem bits:

❑Transmissão Assíncrona
❑Transmissão Síncrona

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Modos de transmissão:
Transmissão Assíncrona: consiste em enviar a
informação precedida por um símbolo de inicio e de
marcar o fim da informação com um símbolo de fim.
O intervalo entre uma informação e outra é
imprevisível - por isso o termo assíncrono, que
significa, intermitente.

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Modos de transmissão:
Transmissão Síncrona: na transmissão síncrona, as
referências de tempo (relógios) do transmissor e do
receptor precisam ser idênticas. Por isso, neste tipo de
transmissão precisa haver um mecanismo de controle dos
pulsos do relógio. É comum usar protocolos que
reconhecem um byte, único e exclusivo, como referência de
sincronismo. Toda vez que o receptor identifica esse byte,
realinha os pulsos de seu relógio de referência

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O que é o E1 ?
O E1, também conhecido como E-Carrier, é um
sistema baseado em placas. Ele é utilizado para consolidar
o tráfego de voz e acessar redes públicas telefônicas
comutadas.

É um padrão de links digitais de telecomunicações e


possibilita a transmissão de voz e dados (multiplexados)
simultaneamente na mesma facilidade de transmissão.

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O que é o E1 ?
A primeira hierarquia do E1 é composta por 32 canais
totalizando 32 * 64Kbps = 2048 Kbps.
Dois dos canais não são usados para transmitir dados, mas
para sincronização e sinalização de quadros.

Largura de banda de 2048kbps em 32 canais de 64kbps cada um.

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O que é o E1 ?
Em um tronco (trunk) E1 permite-se uma
transmissão simultânea de até 30 ligações.

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O que é o E1 ?
Nesta tecnologia é utilizado cabo par trançado 120
ohms, Terminação RJ-45/48 ou cabo coaxial de 75
ohms com terminação com conector BNC.

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Conversor E1

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Camada de funcionamento

O padrão E1 define as características físicas


de um caminho de transmissão e como tal
corresponde à camada física (camada 1) no
modelo OSI.

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Padrões Europa/EUA
Padrão de Link de transmissão digital em
telecomunicações E1, usado predominantemente
na Europa e adotado no Brasil.

O padrão T1, equivalente ao E1, mais utilizado nos


EUA e em outras partes do mundo.

O E1 é uma tecnologia TDM

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MULTIPLEXAÇÃO POR DIVISÃO
DE TEMPO (TDM)
A multiplexação é uma forma de enviar vários (na verdade,
muitos) canais em uma única linha.

Os sinais a serem transmitidos, são enviados na mesma


frequência, utiliza-se o tempo como a grandeza a ser
compartilhada.

O TDM (Time Division Multiplexing) é uma técnica de


multiplexação digital para combinar vários dados digitais
low-rate. Para um canal high-rate.

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Importante de lembrar !

Obtém-se o compartilhamento do meio


físico intercalando-se porções de cada um
dos sinais ao longo do tempo.

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MULTIPLEXAÇÃO POR DIVISÃO
DE TEMPO (TDM)

TDM com envio de frames de 3 time slots por segundos

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TDM – Interleaving

Sincronização TDM – Interleaving (Intercalação)

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Canais de dados

Temos que dos 32 canais do E1, apenas 30


são utilizados para transferência de
informação propriamente dita (canais ou
time slots de 1 a 15 e de 17 a 31)

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Canais de sincronismo e
sinalização
O canal TS0 é usado para alinhamento/sincronismo
do frame e o canal TS16 para sinalização entre dois
equipamentos E1 interligados pelo mesmo meio físico.

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Time slot 0 e 16

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Função ponto a ponto - P2P
Uma linha E1 conecta dois pontos, em um dos quais
a informação é multiplexada e no segundo de
multiplexada, e vice-versa.

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PDH (Plesiochronous Digital
Hierarchy).
A palavra é originada do grego e significa “quase
síncrono”.

É um padrão de transmissão onde os canais são


agrupados, formando um sistema de níveis
hierárquicos utilizando multiplexadores E1 para o
aumento de velocidade.

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Hierarquia E1
O uso de sistemas E1 em cascata possibilita utilizarmos
canais de mais alta ordem e com maior velocidade de
transmissão.

Devido a razões como imperfeições do canal


(combatidas com a utilização de bits de justificação), as
taxas de bits dos canais associados podem ser
levemente diferentes. O que gerou a demonização de
PDH - Plesiochronous Digital Hierarchy.

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Hierarquia E1
Quatro canais de 2 Mbit/s (E1), formam um canal de 8 Mbit/s (E2).
Quatro destes formam a terceira ordem em 34 Mbit/s (E3), que por
sua vez, formam a quarta ordem em 140 Mbit/s (E4). Chega-se a
quinta ordem em 565 Mbit/s (E5).

(30 canais)
(120 canais)
Canal 1
2Mbps (480 canais)
2Mbps (1.520 canais)
8M
Canal 30 2Mbps
8M (6.080 canais)
34M
8M 34M
140M
34M
140M
140M

Hierarquia do E1 até o E5

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Tabela de Hierarquia E1

O processo de multiplexação PDH é muito caro e complicado, além de


degradar o sinal a cada demultiplexação e multiplexação.

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SDH - Synchronous Digital
Hierarchy
O gerenciamento é algo bastante inflexível no PDH, então o
SDH foi desenvolvido.

Hierarquia digital síncrona (SDH) se origina da rede óptica


síncrona (SONET) nos EUA.

SDH é uma rede síncrona de transporte de sinais digitais,


formada por um conjunto hierárquico de estruturas de
transportes padronizadas objetivando a transferência de
informação sobre redes digitais e oferecendo aos
operadores e usuários flexibilidade e economia.

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SDH - Synchronous Digital
Hierarchy
Inclui recursos para largura de banda sob demanda e também é
composto de múltiplos de E1.
STM-1 (155 Mb / s) equivalente a 63 x E1,
STM-4 (622 Mb / s) esquivamente a 4 x STM-1 e
STM-16 (2,5 Gb / s) equivalente a 4 x STM-4.

Canalização SDH

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Topologia de uma rede E1

Topologia simples com troncos E1

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Topologia de uma rede mista E1

Topologia mista com troncos E1

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T1
O T1 é uma tecnologia TDM (assim como o E1). O T1
pertence a camada física no modelo de referência OSI. As
linhas T1 comumente se conectam entre PABXs e Centrais
Telefônicas públicas.

O padrão T1 é adotado principalmente nos EUA

A interface T1 provê uma taxa de acesso de 1544 Kbps.


Pode suportar até 24 canais de usuários, cada um deles com
64 Kbps de taxa de acesso

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HIERARQUIA T1
Assim como o E1 possui a sua hierarquia de
multiplexadores para aumentar a capacidade de
transmissão de dados do backbone das
operadoras, o mesmo acontece com o sistema T1.

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Formato DS1
DS1 é um formato de dados, transmitindo a uma taxa
de 1,544 Mbps.

Em tempos antigos, o DS1 só era transportado sobre


o T1, uma facilidade que usava normalmente dois pares de
um cabo especial, e repetidores a cada 1800 metros (1000
pés).

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Tabela de Hierarquia T1

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Vantagens
- Baixo delay e baixo jitter
- Circuito dedicado e full-duplex
- Transparência a protocolo
- Qualidade e confiabilidade
- são ágeis e podem ser utilizados com tráfego
pesado

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DESVANTAGENS
- Baixa eficiência de utilização de circuitos ociosos
-Custo por circuito contratado
-Custo da infraestrutura no ponto central da rede

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Utilização atual
O E1 e também o T1 estão bem consolidados para
uso em telecomunicações.

Principalmente para conectar um PABX (central


privada de telefonia) a um CO (Central da
Operadora)

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Futuro do E1 e T1
Com tecnologias novas surgindo, como o ADSL, os
xDSLs e outros sistemas baseados no IP, que estão
sendo agora amplamente desenvolvidos, esses
últimos poderão decretar o fim do E1 e do T1.

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Bibliografia
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
1. TANENBAUM, Andrew S., Redes de Computadores, 4ª Ed. São Paulo:
Campus, 2003.
2. KUROSE, F.J. and ROSS W.K , Redes de computadores e a Internet. 3ª Ed.
São Paulo: Pearson Education / Makron Books, 2005.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
1. DANTAS, Mario. Tecnologias de redes de Comunicação e Computadores.
Rio de Janeiro: Axcel Books, 2003.
2. L.L. Peterson & B. S. Davie, Redes de Computadores: Uma Abordagem de
Sistemas. Ed. Campus, 2004.

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