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Fundamentos de Telecomunicações

Aula 7:
Multiplexagem
Sumário

 TDM -Multiplexagem pela divisão do tempo


 TDM Síncrono
 TDM Estatístico
 FDM-Multiplexagem pela divisão na
frequência
Introdução

 No caso mais simples cada canal de transmissão


transporta apenas os sinais de uma fonte
 Quando o canal de transmissão possui capacidade
muito superior ao débito da fonte, pode-se usar esse
canal para transportar os sinais de mais do que uma
fonte
 Quando isso acontece diz-se que o canal está a ser
partilhado ou multiplexado.
Multiplexagem
Categorias de Multiplexagem

Multiplexagem

Divisão do Tempo Divisão da Frequência Divisão do Espaço Divisão Código


TDM FDM SDM CDMA
TDM: Multiplexagem por Divisão
no Tempo
 Sinal amostrado é nulo no espaço entre
amostras
– Durante grande parte do tempo
– Podemos aproveitar os tempos mortos para
transmitir amostras de sinais doutras fontes
TDM
TDM

TDM

frequência

tempo
TDM
Sistema TDM
Ritmo de transmissão TDM

B - Largura de banda das fontes


f a  2 B ciclos/s- ritmo do comutador para cada fonte
1
Ta   tempo entre amostras sucessivas da mesma entrada
fa
Ta 1
  tempo entre amostras contíguas numa mesma trama
N Nf a
rc  Nf a  2 NB  ritmo no canal de transmissão
Sistema TDM com 3 canais PCM
Multiplexagem por divisão no
tempo: TDM
 Processo Digital que permite que várias conexões partilham
uma ligação com muita largura de banda
 Fatias (Slots) de tempo e Tramas (Frames)
– Cada PC tem uma fatia de tempo
– No TDM uma trama consiste num ciclo completo de fatias de tempo

Based on
Data Communications and Networking, 3rd EditionBehrouz
A. Forouzan,
© McGraw-Hill Companies, Inc., 2004
Quadros TDM

 TDM Puro: débito mux-para-mux = débitos dos PCs agregados


 Sem perdas de dados (similar à multiplexagem de chamadas
telefónicas)

Based on
Data Communications and Networking, 3rd EditionBehrouz A. Forouzan,
© McGraw-Hill Companies, Inc., 2004
Exemplo 1

4 ligações 1-Kbps são multiplexadas. A unidade é 1 bit.


Determine:(1) A duração de 1 bit antes da multiplexagem,
(2) O débito da ligação , (3) a duração duma fatia de
tempo (4) a duração dum quadro?
Solução
Podemos responder assim:
1. A duração do bit é 1/1 Kbps, ou 0.001 s (1 ms).
2. O débito da ligação é 4 Kbps.
3. A duração de cada fatia de tempo é 1/4 ms ou 250 ms.
4. A duração de cada quadro é 1 ms.
Intercalação

 Multiplexador/Desmultiplexador processa um PC de cada


vez
 Intercalação de caracter (byte)
– A multiplexagem processa de cada vez um/mais caracteres de
cada unidade
 Intercalação de bit
– A multiplexagem processa um bit de cada unidade de cada vez
Exemplo 2

Quatro canais são multiplexados usando o TDM.


Cada um deles envia 100 bytes/seg e é multiplexado
1 byte por canal. Mostre o quadro a viajar no canal,
a duração do quadro, a taxa de quadros e
o débito em bits para a ligação
Exemplo 2: Solução
Comutador Electrónico para TDM
Sincronização

 Questão essencial da multiplexagem é a


sincronização entre comutador e o
distribuidor
– Cada amostra tem que ser entregue ao destino
correcto e no instante devido
– O distribuidor deve estar posicionado na saída do
destino i sempre que chega amostra originária da
fonte i (trama alinhada)
Sinal PAM TDM com sincronização
Conceito de Canal Virtual

 Tudo se passa como se cada para fonte


destino tivesse um caminho dedicado onde
transitam amostras do respectivo sinal
 Este conceito aparece frequentemente em
outros contextos de telecomunicações em
especial na comunicação de dados e
comunicação entre computadores
Representação de Canal Virtual
Técnicas de TDM

 Na técnica descrita
– Símbolos sucedem-se regularmente no tempo
– Tramas contíguas sem interrupção
 TDM síncrono
– Quando uma fonte deixa de transmitir os intervalos de
tempo que lhe estão atribuídos têm que decorrer pois são
esses intervalos que identificam a fonte
 TDM assíncrono
– Não se exige a referida ordenação temporal nem a
contiguidade das tramas e pode-se usar o tempo
desperdiçado.
Aplicações TDM

 Telefone Digital
 Comunicação de Dados
 Acesso a satélite
 Rádio Celular
TDM Síncrono
Introdução

 A primeira forma apareceu com a digitalização TDM


do sistema telefónico
 Começou com a preocupação de transmitir canais
de voz de qualidade telefónica
– Sistemas de multiplexagem TDM
 A sua estrutura mostrou-se desadequado para TV
digital, comunicação entre computadores
– Surgiram outras estruturas de multiplexagem como a SDH
e a SONET
 Usaremos o PCM como referência e abordaremos
aspectos de outros sistemas
Organização de Tramas

 Os sistemas TDM digitais multiplexam os


canais na forma digital binária
– Fontes analógicas são previamente digitalizdas
– A cada amostra PAM passa a corresponder um
grupo de k bits (uma palavra)
– O ritmo unitário corresponde a uma canal
telefónico (4kHz) com 8 bits por amostra

rb  2 xBxk  2 x 4 x8  64Kbps
Organização das Tramas

 Constituída pela multiplexagem no tempo de


N canais de K bits
– 2 organizações
 Canais entrelaçados
 Dígitos entrelaçados
Formas de organização de tramas
Alinhamento das tramas

 Típica da multiplexagem síncrona


 Sincronização do equipamento terminal de
recepção tanto em frequência como em fase
à frequência de símbolos que está a receber.
 Operação necessária cada vez que o
receptor entra em operação
– Inicial ou após interrupção
Receptor alinhado

 Precisa de referência temporal periódica


para verificar isocronismo e detectar
eventuais desvios de fase
 Referência temporal consiste num padrão de
bits organizado da seguinte forma
– Alinhamento agrupado: v bits consecutivos no
ínicio de cada trama
– Alinhamento distribuído: os v bits do padrão estão
distribuídos na mesma trama ou em várias
Referência temporal simulada

 Padrão com baixa auto-correlação


 Bloqueando canais da trama e enviando
sequência determinística
 Confirmando o correcto alinhamento através
de critérios diferentes (ausência de padrão
de alinhamento em tramas alternadas)
Sinalização

 Transmissão de informação de controlo entre


equipamentos de multiplexagem
– Possui semântica própria
– Sinalização dentro do octeto (em banda)
– Sinalização fora do octeto
– Sinalização em canal comum (+ utilizada)
Sistemas de Multiplexagem PCM

 Proliferação de sistemas de multiplexagem


incompatíveis
– Ritmos de transmissão
– Número de canais por trama
– Método de sinalização
 Normas ITU
– Sistema Europeu
– Sistema Americano (AT&T)
Sistema de Multiplexagem Primário
Europeu

 Referenciado abreviadamente como ritmo de 2Mbps


resultante da composição da trama com 125us de
duração por 32 canais básicos
 Canais 1-15;17-31 constituem os 30 canais de
informação utilizáveis
 Canal 0 destina-se à transmissão em tramas
alternadas do padrão de alinhamento da trama
 Canal 16- Usado para numeração das tramas num
alinhamento multitrama
 Sinalização fora do octecto
Estrutura da trama PCM de 2 Mbps
Multitrama PCM de 2 Mbps
Algoritmo de Alinhamento
SP Europeu
Sistema de Multiplexagem Primário
Amerciano

 24 canais +1 bit de sincronismo de trama


=193 bits
 193bits/125 us = 1544 Kbps~1.5Mbps
 Sinalização dentro do octeto : último bit de
cada canal das tramas 6 e 12
Estrutura da trama PCM de 1.5Mbps
Multitrama PCM 1.5Mbps e
canais de sinalização
Hierarquia de Multiplexagem PDH

 Para multiplexar um maior número de canais


– Recorre-se à hierarquização de estágios de
multiplexagem sucessivos
 Ritmo agregado mais elevado
Exemplo de Multiplexagem PDH
Europeia
Hierarquia de multiplexagem PDH
Exemplo 6.1
Hierarquia de Multiplexagem PDH

 Infra-estruturas das operadoras estão


estruturadas segundo esta hierarquia
– Utente deve dispor de terminal apropriado para o
serviço que pretende usar
 Se não for o caso tem que se intercalar um DSU
Anisocronismo das tributárias

 Os multiplexadores de nível inferior a um


determinado nível de multiplexagem são
designadas tributárias
– Na construção do nível n de multiplexagem a
partir de tramas de n-1 há o problema do
assincronismo das tributárias
 Fontes geograficamente distantes
– Frequências ligeiramente diferentes
– Frequências isócronas mas desfasadas
– Desfasamento provoca atrasos (jitter)
Estrutura da trama PDH de 2ª ordem a
8 Mbps
Formato da trama de multiplexagem de
8 Mbps
Arquitectura dos Multiplexadores
Duplexidade dos Multiplexadores
Formatos de tramas SDH e SONET

 Tramas básicas: blocos de 810 bytes com


125 us de duração
– Coincide com o período PCM: são produzidas
8000 tramas por segundo
– Sistema síncrono: as tramas são sempre emitidas
com informação útil ou não
– Tramas descritas com matriz 9*90
Formato de Tramas SDH e SONET
Formatos de tramas SDH e SONET

 Ritmo binário bruto


– 810x8=6480 bits/125 us -> 51.84 Mbps (canal básico
SONET)
– Trama correspondenre STS-1
– Todos os restantes ritmos são múltiplos do STS-1
– 3 1ºs bytes são reservados para gestão do sistema
(sinalização da linha e da secção)
– Restantes 87 colunas transportam dados do utilizador - as
origens/destinos ligados aos equipamentos terminais.
Esses dados SPE (Synchronous Payload Envelope)
Hierarquias de Multiplexagem SDH e
SONET
Multiplexagem Hierárquica SDH
TDM Estatístico
Multiplexagem síncrona

 Apropriada para transmissão digitalizada de


fontes que produzem tráfego a um ritmo
contínuo ou regular
 Existem fontes que não se comportam desta
forma
– Computadores, Terminais de Dados
– Tráfego produzido de forma aleatória
Característica do Tráfego Gerado por
Computador

 De natureza aleatória
 Multiplexador para tirar partido deveria
– Alocar dinamicamente as ranhuras temporais das
tramas de saída
 Em função da existência de informação nos buffers de
entrada e com o seu estado de ocupação

Multiplexagem estatística ou assíncrona


Característica do Tráfego Gerado por
Computador

 Intermitente não regular


 Carácter Aleatório
 Com elevado factor de crista
– Relação elevada entre o ritmo binário nominal e
médio (>> 1)
 Muitos picos (bursts) de tráfego
 Muitos tempos mortos
Características do trafego gerado por
computador

Duração da intermitência do trafego 1


i   i é aleatória
 número de bits transmitidos durante t d 
rb 
td
Factor de crista
rb td
fc  
rb  ri
i

Os equipamentos transmitem apenas durante uma fracção


do tempo
1

fc
Características do trafego gerado por
computador

 Unidade de dados (DU) de transmissão


– Equipamento nunca transmite apenas um bit
 Ou um byte ou um múltiplo do byte
– DU é um conjunto de bits emitidos consecutivamente e
interpretado como um todo
 DU pode ser de tamanho fixo ou variável (mensagens)
– Da figura anterior

1 / i  tempo médio entre transmissões de DUs


i  valor médio de DUs produzidos por segundo
TDM Estatístico
 Débito Mux-to-Mux < débito agregado dos terminais/hosts
 Fatias de tempo alocadas baseada em padrões de tráfego
 Usar estatística para determinar alocação entre utilizadores
 Tem que nviar o endereço da porta com os dados
(sobrecarga)
 Potencia perdas em períodos de pico
 Pode usar buffer de dados e controlo de fluxo para reduzir
perdas
 Nem sempre transparente aos terminais/hosts
 Perdas e atrasos são possíveis
 Porquê usar o STDM
 Mais económico (menos MUXs e linhas mais baratas)
e eficiente
TDM síncrono vs estatístico
Formato de tramas do TDM estatístico
Desempenho

 Recorre-se à teoria das filas de espera para


descrever o comportamento do multiplexador
estatístico
Classificação de Modelo de Filas

Processo de Chegada / Tempo de Serviço / Servidores / Max Ocupação

Intervalo entre Service times X 1 servidor K clientes


chegadas  M = exponential c servidores Não especificado
M = exponencial D = deterministic se ilimitado
infinito
D = determinístico G = geral
G = geral Tempo de serviço:
Ritmo de chegada: mE[X]
E[ ]

Multiplexer Models: M/M/1/K, M/M/1, M/G/1, M/D/1


Modelos de Trunking: M/M/c/c, M/G/c/c
Actividade de utilizadores: M/M/, M/G/ 
Variáveis de um Sistema de Fila de Espera

N(t) = Nq(t) + Ns(t) N(t) = nº no sistema


Ns(t) Nq(t) = nº na fila
Nq(t) 1 Ns(t) = nº em serviço
Pb) 2


c T = atraso total
W
X W = tempo de espera
 Pb T=W+X
X = tempo de serviço
Classificação de Modelo de Filas

Processo de Chegada / Tempo de Serviço / Servidores / Max Ocupação

Intervalo entre Service times X 1 servidor K clientes


chegadas  M = exponential c servidores Não especificado
M = exponencial D = deterministic se ilimitado
infinito
D = determinístico G = geral
G = geral Tempo de serviço:
Ritmo de chegada: mE[X]
E[ ]

Multiplexer Models: M/M/1/K, M/M/1, M/G/1, M/D/1


Modelos de Trunking: M/M/c/c, M/G/c/c
Actividade de utilizadores: M/M/, M/G/ 
Fila de Espera de MUX estatístico

Os clientes chegam a um ritmo médio de /segundo de acordo com uma determinada estatística
O servidor possui uma capacidade de C operações/segundo;
1
O nº médio de operações por cliente variável aleatória
m
1
Tempo de serviço  S  variável aleatória
mC

Fila de espera em equilíbrio    S 1
mC
Modelos Probabilístico para F.E.
Modelo para MUX estatístico

DU com comprimento fixo de k bits


 .rbe  .rbe
Cada uma das N entradas tem um ritmo médio de DU/s Entrada única de N. DU/s
k k
1
Serviço com capacidade de rbs bits/seg efectuando  k operações por cliente
m
 .rbe 1 k r
  N. S    S.  N . be
k mC rbs rbs
Teorema de Pollaczek- Khinchin (valor médio
S
do tempo de espera em sistemas M/D/1 ) t w 
2(1   )
S
Tempo médio total no sistema t q  S 
2(1   )
2
Teorema de Litle (nº de DU no sistema) n q   
2(1   )
Ocupação e atraso médios no MUX
estatístico
Probabilidade de sobrelotação dos
buffers
Exemplo 6.2

 Considere-se um multiplexador estatístico com


entradas de de 64Kbps e saída de 120Kbps.
Suponha-se que os equipamentos ligados à
entrada transmitem unidades de dados (DUs) de
comprimento fixo igual a 1000 bits durante 40% do
tempo a uma ritmo aleatório (Poisson), isto é,
tempos entre DUs distribuídos segundo uma
exponencial negativa. Valores para esta situação
 k=1000 bits; rbe=64000 bps; rbs=128000; alfa=0.4
a) 3 equipamentos ligados à entrada
b) 4 equipamentos ligados à entrada
FDM
Multilexagem por Divisão na
Frequência
FDM: Multiplexagem por divisão da
Frequência

 Atribui diferentes frequências analógicas a cada


dispositivo ligado
 Tal como TDM puro
 Velocidade mux-mux- agregação velocidade de terminais
 Não há perdas de dados- transparente ao utilizador
 Canais separdos por banda de guarda
Domínio da frequência

watts
Não Modulado
Portadora
Sinal

Frequência
Banda de Base (BB)

watts Modulado
Portadora
Signal

Frequência
BB BB
FDM
Example:
FDM
4 users

frequency

time
Processo FDM

– Os sinais de cada canal são modulados usando diferentes


portadoras
– Os sinais modulados resultados são combinados num sinal
composto que é enviado através do canal
– O canal tem que ter largura de banda suficiente para o
transportar.
Desmultiplexagem FDM

 O desmultiplexador usa uma série de filtros para


decompor o sinal multilexado nos seus sinais
constituintes
 Os sinais individuais são então desmodulados e
passados aos receptores
MUX FDM
MUX FDM INV
FDM de 3 sinais de voz
Exemplo 6

Assuma que um canal de voz ocupa uma largura de banda


de 4 KHz. Precisamos de combinar três canais de voz
num canal com largura de banda de 12 KHz, de 20 a 32
KHz. Mostre a configuração no domínio da frequência
sem usar bandas de guarda.Show the configuration using
the frequency domain without the use of guard bands.
Exemplo 6
Exemplo 7

5 canais cada um dos quais com 100 KHz de largura de


banda, vão ser multiplexados conjuntamente. Qual é a
largura de banda mínima da ligação a usar se for
necessária uma banda de guarda de 10 KHz entre os
canais para prevenir interferência?
Exemplo 7
Hierarquias FDM
WDM: Multiplexagem por divisão
de comprimento de onda

WAVE DIVISION
MULTIPLEXING - WDM
WDM

 Técnica de multiplexagem
analógica para combinação
de sinais ópticos
 Fluxos de luz múltiplos a
diferentes frequências
 Transportado por fibra
óptica
 Uma forma de FDM
 Cada cor de luz transporta
um canal de dados diferente
 Sistemas comerciais de 160
canais de 10 Gbps
disponíveis

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