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FUNDAMENTOS DE REDES DE COMPUTADORES

BREVE HISTÓRICO:
No começo da informática os computadores eram grandes máquinas conhecidas
como MAINFRAMES, que trabalhavam de forma isolada e centralizada, os
MAINFRAMES eram responsáveis pelo processamento, os mesmos eram acessados
por terminais, terminais esses sem a capacidade de processamento, dessa maneira
eram formadas as REDES DE TELEPROCESSAMENTO.
O desenvolvimento tecnológico reduziu os custos do hardware levando ao desejo de
distribuir o poder computacional, que até então ficava centralizado. Esta evolução
introduziu os microcomputadores no cenário das empresas.

Nessa nova estrutura, os computadores não se comunicavam uns com os outros, o


que acarretava uma série de problemas com duplicação de recursos e dificuldades
para o compartilhamento de informações.
Nesse cenário, visando sanar as dificuldades apresentadas, surgiram as redes de
Computadores, onde um sistema de comunicação foi introduzido para interligar os
equipamentos de processamentos de dados (estações de trabalhos), antes operando
isoladamente com o objetivo de permitir o compartilhamento de recursos.
DIFERENÇA ENTRE AS REDES DE COMPUTADORES E AS REDES DE
TELEPROCESSAMENTO:
REDES DE COMPUTADORES:
Cada nó (Dispositivo conectado a rede) tem que ter capacidade de processamento
REDES DE TELEPROCESAMENTO:
Todo processamento é realizado na máquina central: MAINFRAME.
CLASSIFICAÇÃO DAS REDE DE COMPUTADORES:
LAN - REDE LOCAL (LOCAL AREA NETWORK):
É uma rede privada que interliga equipamentos em uma região geográfica bem
definida, como um escritório, um prédio, uma sala etc. É projetada para permitir o
compartilhamento de recursos entre os usuários. Possui, normalmente, uma grande
velocidade de transmissão e pode ser com fio (cabeada) ou sem fio (WiFi).
MAN – REDE METROPOLITANA (METROPOLITAN AREA NETWORK):
Cobre a área de um distrito ou até de uma cidade. É projetada para fornecer alta
velocidade aos clientes, como por exemplo as redes que as empresas de
telecomunicações montam para permitir o acesso à internet para seus clientes, seja
via ADSL (Oi Velox; antiga GVT) ou cabo (Net Virtua).
WAN – REDE DE LONGA DISTÁNCIA (WIDE AREA NETWORK):
Normalmente, interliga redes locais e abrange uma grande área geográfica, como um
país, um continente ou até o mundo todo.
MODELO DE REFERÊNCIA OSI (OPEN SYSTEMS INTERCONNECTION – RMOSI)
O aumento na quantidade e no tamanho das redes, ao longo dos anos 1980, ocorreu
devido as empresas perceberem o quanto podiam economizar e aumentar a
produtividade com essa tecnologia. Na metade desta mesma década, começaram a
surgir problemas devido à falta de padronização de equipamentos e protocolos, o que
dificultava, ou até mesmo impedia, a comunicação entre redes que usavam
especificações e implementações diferentes.
Visando prover a comunicação entre as redes de diferentes tecnologias a
INTERNACIONAL ORGANIZATION STANDARDIZATION (ISSO) pesquisou
esquemas de redes como, por exemplo, DECNET, SNA e TCP/IP, para tentar
padronizar um conjunto de regras que balizasse seu funcionamento. Como resultado
dessa pesquisa, a ISSO criou um modelo em camadas para permitir que soluções de
rede de diferentes fabricantes pudessem se comunicar.
O modelo de referência OSI da ISO, lançado em 1984 é composta por 7 camadas e
cada uma executa uma função específica da rede, trazendo as seguintes vantagens:
1. Decompõe as comunicações de rede em partes mais simples, facilitando sua
aprendizagem e compreensão;
2. Padroniza os componentes de rede, permitindo o desenvolvimento e o suporte
por parte de vários fabricantes;
3. Possibilita a comunicação entre tipos diferentes de hardware e de software de
rede;
4. Evita que as modificações em uma camada afetem as outras, possibilitando
mais rapidez no seu desenvolvimento.

Cada camada do modelo OSI possui um grupo de funções que cabe a ela
executar para que os pacotes de dados trafeguem na rede entre a origem e o
destino. A figura, a seguir, mostra cada camada do RM OSI.

 7. APLICAÇÃO
 6. APRESENTAÇÃO
 5. SESSÃO
 4. TRANSPORTE
 3. REDE
 2. ENLACE
 1. FÍSICO

Breve descrição da camada do RM OSI:


Camada 7: APLICAÇÃO
É a mais próxima do usuário; fornecendo serviços de rede aos aplicativos do usuário
como navegadores, clientes de correio eletrônico, aplicativos bancários e outros que
desejam acessar a rede.
Camada 6: APRESENTAÇÃO
Sua função é realizar transformações adequadas nos dados, tais como a
compreensão de textos, a criptografia, a conversão de padrões de terminais e arquivos
para padrões de rede e vice-versa.
Camada 5: SESSÃO
O nível de sessão fornece mecanismos que permitem estruturar os circuitos oferecidos
pelo nível de transporte, ordenando a conversão entre equipamentos.
Camada 4: TRANSPORTE
O nível de rede, dependendo da tecnologia utilizada, pode ou não garantir que um
pacote chegue ao seu destino. Desta forma, a camada de transporte pode também
implementar a confirmação de entrega.
No nível de transporte a comunicação é fim-a-fim, isto é, a entidade do nível de
transporte da máquina origem se comunica com a entidade do nível de transporte da
máquina de destino. Isto pode não acontecer nos níveis físico, de enlace e de rede,
onde se dá entre máquinas adjacentes (vizinhos) na rede.
Camada 3: REDE
A camada de rede provê conexão entre dois hosts que podem estar localizados em
redes diferentes e, eventualmente, distantes do ponto de vista geográfico. Para tal
inclui entre os seus serviços os endereçamentos lógicos e o roteamento, ou seja, a
seção de caminhos entre a rede de origem e a rede de destino.

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