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Curso Básico de Redes com o

Packet Tracer

Autor: AGGARB
03/03/2016
Sumário

Aula 01 – Conceito de Rede e Histórico .............................................................................. 3


Aula 02 – Modelo OSI............................................................................................................ 5
Aula 03 – Tipos de Comunicação ......................................................................................... 7
Aula 04 – Topologias de Rede.............................................................................................. 9
Aula 05 – Servidor e Cliente ............................................................................................... 14
Aula 06 – Protocolos de Comunicação .............................................................................. 15
Aula 07 – Equipamentos e Recursos de Rede.................................................................. 16
Aula 08 – Cabeamento e Meios de Comunicação ............................................................ 21
Aula 09 – Layout e Cabeamento Estruturado ................................................................... 25
Aula 10 – Tipos de Rede ..................................................................................................... 27
Aula 11 – A Pilha TCP/IP .................................................................................................... 28
Aula 12 – Endereçamento IP .............................................................................................. 30
Aula 13 – Sub-Redes........................................................................................................... 32
Links Úteis – Confira ! .......................................................................................................... 34

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Aula 01 – Conceito de Rede e Histórico
Uma rede de computadores (Figura 1) consiste em duas ou mais
máquinas conectadas entre si com o objetivo de compartilhar seus
recursos. Uma rede também pode conter outros dispositivos conectados
tais como celulares, tablets, impressoras, scanners, controladores de
outros sistemas como por exemplo, dispositivos para controle de
temperatura, controladores de processos industriais, dispositivos de
automação e tantos outros equipamentos para as mais variadas
aplicações.

Figura 1 – Conceito de Rede

As redes de computadores surgiram no início dos anos 70, onde era


considerado como rede, computadores terminais (apenas teclado e vídeo)
conectados em mainframes (Figura 2) nos quais vários usuários
compartilhavam os dados de uma forma limitada e restrita. Durante este
período a IBM dominava o mercado e apenas empresas de grande porte
dispunham de tal equipamento.

Figura 2 - Sistema Mainframe

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Em 1974 surgiram os mini computadores que desencadearam a
descentralização dos dados e impressão das informações. Esses
dispositivos trabalhavam com uma tecnologia conhecida na época como
processamento batch ou processamento em lote.

Com o advento dos microcomputadores na década de 80, o processo


de fabricação tornou-se mais viável devido às especificações abertas,
logo o preço tornou-se acessível popularizando assim os PC’s (Personal
Computers). O PC passou a ser um equipamento de uso individual, no
entanto, ainda havia uma grande dificuldade das conexões de rede entre
estes dispositivos em função das diferentes especificações de hardware e
software, por conta deste fato, foram criados órgãos reguladores e
normas visando compatibilizar os equipamentos de modo que pudessem
comunicar entre si mesmo e que seu hardware e software fossem de
fabricantes diferentes.

Em seguida surgiram as redes LAN (redes locais) que posteriormente


evoluíram para as redes MAM uma vez que o número de máquinas
aumentou consideravelmente até chegar aos dias atuais onde temos o
mundo todo conectado através da Internet pelo WWW (World Wide Web).
Podemos afirmar hoje que em nenhuma outra época a humanidade esteve
tão próxima como é nos dias atuais graças ao avanço tecnológico e a
evolução do conceito de rede.

Figura 3 – Conceito de Rede com Outros Sistemas

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Aula 02 – Modelo OSI
O modelo OSI (Open System Interconnect) foi lançado na década de 80
pelo organismo de padronização internacional ISO (International
Organization for Standardization), o objetivo do modelo era a
interoperabilidade entre sistemas de diferentes fabricantes, isto é, definir
uma maneira que estes equipamentos se comunicassem. Por tratar-se de
um padrão aberto, as especificações do modelo OSI encontram-se
disponíveis para todas as pessoas que tiverem interesse em conhecer.

O modelo OSI é definido em 7 camadas, onde cada camada gerencia


um determinado grupo de serviços. A Figura 4 ilustra todas as camadas
do modelo OSI.

Figura 4 - Camadas do Modelo OSI

Cada camada do modelo OSI se comunica com a sua camada


adjacente, por exemplo, a camada 5 pode se comunicar com a camada 6 e
com a camada 4. Outro aspecto importante a considerar é que as
camadas também agem como se estivessem comunicando-se com a sua
respectiva camada em outra máquina, logo, pode-se implementar uma
comunicação virtual entre as camadas correspondentes em cada
máquina. A essa comunicação virtual entre camadas denominamos
comunicação ponto a ponto.

Figura 5 - Fluxo de Comunicação OSI

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Nos próximos parágrafos será mostrada uma breve explicação de
cada uma das camadas do modelo OSI.

Camada 1 – Física: A camada física especifica características físicas tais


como conectores, tipos de cabo, limite de distância, limite de velocidade e
codificação dos sinais. Também define as especificações mecânicas,
elétricas e funcionais de modo que possa estabelecer, manter e encerrar
a conexão física entre computadores. Pode-se afirmar que esta camada é
responsável por enviar e receber os bits de informação. Utiliza os
protocolos RDIS, RS-232, EIA-422, RS-449, ISDN, SONET, DSL, etc.

Camada 2 – Enlace: A camada de enlace contém as definições de rede e


protocolo de comunicação, trabalha com o endereço MAC do host de
origem e do host de destino. Esta camada também é responsável por
transformar os pacotes de dado em frames e agregar nestes pacotes um
Header de enlace que contém as informações para o pacote chegar ao
seu destino e uma vez neste destino, restaurar o pacote original com suas
características e informações. Utiliza os protocolos Ethernet, 802.11 WiFi,
HDLC, Token ring, FDDI, PPP, Switch, Frame relay, ATM, etc.

Camada 3 – Rede: A camada de rede gerencia o tráfego na rede fazendo o


controle de congestionamento de dados, problemas de roteamento e
transferências de pacotes de dados. Os segmentos de dados são
quebrados em pacotes menores para serem transmitidos dependendo da
situação e reorganizados quando chegam ao destino. Esta camada é
responsável por endereçar as mensagens, traduzir endereços lógicos em
endereços físicos e determinar o melhor percurso no roteamento. Utiliza
os protocolos IP (IPv4, IPv6), IPsec, ICMP, ARP, RARP, NAT, etc.

Camada 4 – Transporte: A camada de transporte é responsável por


entregar os dados sem erros, sem perdas, sem duplicidade e na
seqüência correta. Também realoca as mensagens em segmentos de
modo que mensagens longas sejam quebradas em segmentos menores e
mensagens curtas sejam agrupadas em um segmento, visando aumentar
a eficiência de transmissão na rede. O serviço desta camada é
transparente para as camadas superiores a ela. Utiliza os protocolos
NetBEUI, TCP, UDP,RTP, SCTP, DCCP, RIP, etc.

Camada 5 – Sessão: A camada de sessão é responsável por estabelecer,


gerenciar e encerrar as sessões de comunicação entre os dispositivos.
Uma sessão consiste de requisições e respostas de um determinado
serviço em uma aplicação que pode estar rodando nos computadores da
rede. Outra característica importante a considerar é que quando uma
sessão é estabelecida, um diálogo é aberto com o intuito de definir as
regras de comunicação, por exemplo, qual máquina faz a transmissão,

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quando essa transmissão é feita, qual o tempo da transmissão, etc. Utiliza
o protocolo NetBIOS.

Camada 6 – Apresentação: A camada de apresentação é responsável por


executar funções de compressão, descompressão, criptografia,
descriptografia, conversão e codificação dos dados. Os dados serão
apresentados no formato adequado, por exemplo, uma informação que
representa uma imagem será decodificada e apresentada como tal, logo,
não será apresentada como um texto ou um vídeo. Utiliza os protocolos
XDR, TLS, etc.

Camada 7 – Aplicação: A camada de aplicação é responsável por prover o


acesso aos aplicativos e aos serviços de rede. Consiste de um suporte
direto ao aplicativo que o usuário está rodando. Utiliza os protocolos
HTTP, SMTP, FTP,SSH, Telnet, SIP, RDP, IRC, SNMP, POP3, IMAP, etc.

Aula 03 – Tipos de Comunicação


Antes de iniciarmos este tema, é importante entendermos o que é um
sinal elétrico analógico e um sinal elétrico digital.

O sinal elétrico digital é formado a partir de uma onda quadrada


(podemos visualizar esta onda através de um aparelho de medição
chamado osciloscópio) onde o nível baixo desta onda pode representar
um nível de tensão ou corrente nulo ou negativo e o nível alto um valor de
tensão ou corrente positivo. Isto vai depender muito do circuito
empregado, das portas físicas utilizadas e das referências de sinal. Como
o foco deste curso não é eletrônica vamos adotar a forma genérica onde o
nível baixo corresponde a 0 (sem tensão) e o nível alto corresponde a 1
(com tensão) conforme ilustrado na Figura 6.

Figura 6 - Representação de um Sinal Digital

O sinal elétrico analógico (Figura 7) é formado a partir de uma onda


senoidal (podemos visualizar esta onda através de um aparelho de
medição chamado osciloscópio) onde cada parte da onda representa um
valor de tensão ou corrente que varia entre um ponto máximo e um ponto

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mínimo, isto é, neste formato de sinal são considerados todos os valores
intermediários. Ex: -2v, -1.9, -1.8 ... 0 ... 1, 1.01 e assim por diante.

Figura 7 - Representação de um Sinal Analógico

A comunicação entre dispositivos em uma rede, tais como


computadores, celulares, tablets, impressoras, servidores, etc., possui
determinadas classificações com suas respectivas características que
estudaremos a seguir.

Modo de Comunicação: Todas as informações, dados, caracteres, etc.


são transmitidos como sinais elétricos durante um determinado período
de tempo. A sincronia entre os dispositivos pode definir:

 Transmissão Síncrona – A sincronia entre os dispositivos é feita


antes da transmissão dos dados por meio de caracteres de
sincronismo. Os dispositivos também devem estar em sincronia
durante a comunicação

 Transmissão Assíncrona – A sincronia entre os dispositivos ocorre


de forma individual onde temos um sinal de início de caracter e
outro sinal de fim de caracter. Este tipo de transmissão também é
conhecido como START/STOP, os dispositivos não precisam estar
previamente sincronizados antes de iniciar a comunicação e os
dados são transmitidos de forma intermitente.

Técnica: Transmissão simultânea de vários sinais em um único meio, que


pode ser um cabo por exemplo, a partir daí temos:

 Banda Base (Baseband) – Amplamente utilizada em redes LAN


(redes locais), esta técnica utiliza a capacidade total de
comunicação do meio de transmissão para trafegar um único sinal
que faz uso da banda inteira. O sinal transmitido no meio é digital.
 Banda Larga (Broadband) – Nesta técnica um único meio de
transmissão realiza o transporte de vários sinais analógicos
simultaneamente dentro dele.

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Operação: O modo de operação define o sentido de comunicação,
podendo ser transmitida a informação do emissor para o receptor e vice-
versa. Os modos de operação classificam-se em:

 Half Duplex – A comunicação entre os dispositivos ocorre em um


sentindo e depois é invertida para o outro sentido (Figura 8). Os
dispositivos não se comunicam simultaneamente.

Figura 8 - Comunicação Half Duplex

 Full Duplex – A comunicação entre os dispositivos ocorre nos dois


sentidos. Os dispositivos se comunicam simultaneamente, não
existe inversão no sentido da comunicação (Figura 9).

Figura 9 - Comunicação Full Duplex

Aula 04 – Topologias de Rede


Em redes, existem dois tipos de topologia, são elas a topologia física e
a topologia lógica.

Topologia Física: Define a maneira como os dispositivos são ligados na


rede fisicamente. A seguir, veja os principais exemplos de topologia
física:

 Topologia Barramento (Bus): Nesta configuração os dispositivos


são conectados em um cabeamento central que forma um
barramento (Figura 10). O funcionamento consiste em apenas uma
máquina enviar dados no barramento em um determinado momento
ao passo que as outras máquinas “escutam” essa mensagem e

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pegam apenas as mensagens direcionadas a elas, quando uma
máquina transmite, a rede permanece ocupada e se outra máquina
durante este tempo tentar enviar uma mensagem, uma colisão de
pacotes ocorre e a transmissão é reiniciada. A Figura 11 mostra um
exemplo do funcionamento de uma topologia de rede em
barramento para simular no Packet Tracer.

Figura 10 - Topologia Barramento

Figura 11 - Simulação de Topologia Barramento com Hubs

 Topologia em Anel (Token Ring): Esta configuração consiste de


dispositivos que são conectados em um circuito fechado que forma
um anel com as máquinas conectadas em série (Figura 12). O
funcionamento deste tipo de rede consiste em cada nó (dispositivo
ligado na rede), esperar a sua vez para enviar e receber dados por
meio de um token. Este token é enviado junto com os dados da
primeira para a segunda máquina, da segunda para a terceira e
assim por diante. Neste processo apenas o nó com o token pode

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enviar e receber dados e todos os outros nós permanecem
aguardando a passagem do token.

Figura 12 - Topologia em Anel

 Topologia em Estrela (Star): Nesta configuração os dispositivos


são conectados a um equipamento central que controla o tráfego
de dados e repassa esses dados para os demais dispositivos na
rede. A topologia estrela (Figura 13) é uma das configurações mais
utilizadas atualmente em pequenas redes.

Figura 13 - Topologia em Estrela

 Topologia Híbrida: A topologia de rede híbrida é a configuração


física na qual são combinados diferentes tipos de topologia, isto é,
pode-se formar uma grande rede na qual existam trechos dessa
rede que podem ter sido feitos com topologia barramento ligados a
outros trechos que podem ser com topologia anel, estrela, etc. vai
depender muito da aplicação, por exemplo, algumas infraestruturas
de cabeamento antigas que tenham uma topologia bus, nas quais

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deseja-se aproveitar a instalação, podem ser conectadas a uma
infraestrutura nova, por esta razão torna-se conveniente o uso de
redes híbridas. Nas figuras a seguir, serão ilustrados mais alguns
tipos de topologia de rede para conhecimento.

Figura 14 - Topologia Estrela Estendida

Figura 15 - Topologia Hierárquica ou Topologia em Árvore

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Por fim, encerrando o tópico “Topologia Física”, segue o último
exemplo de ligação em rede ilustrado na Figura 16, a configuração de
topologia em malha.

Figura 16 - Topologia em Malha

Topologia Lógica: Define a maneira como os dados são enviados através


de uma rede partindo de um ponto para outro sem levar em consideração
a ligação física dos dispositivos. Este tipo de topologia pode ser
configurada estatica ou dinamicamente por switches e roteadores,
normalmente as topologias lógicas trabalham através de endereço MAC e
protocolos de comunicação. Em suma, a topologia lógica define os
métodos de acesso para a transmissão de dados em um ambiente
compartilhado. A seguir, veja os principais exemplos de tipos de
topologia lógica:

 Passagen de Token: Um pacote chamado Token que contém


autorização para transmitir dados fica circulando na rede.

 Contenção: Múltiplo acesso dos dispositivos a um sinal elétrico


chamado portadora com detecção ou aviso de colisão de pacotes.

 Prioridade de Demanda: Prioriza os dados de acordo com um


esquema de contenção.

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Aula 05 – Servidor e Cliente
Os dispositivos de rede como computadores, controladores
programáveis (utilizados para automação) e tantos outros, podem exercer
na rede a função de cliente ou servidor (Figura 17).

Um dispositivo é considerado servidor quando disponibiliza seus


recursos na rede e é considerado cliente quando utiliza um determinado
recurso na rede disponibilizado por algum servidor.

Outro aspecto importante é que um cliente pode se conectar a vários


servidores e um servidor pode disponibilizar recursos para vários
clientes.

Figura 17 - Clientes e Servidor

A partir deste conceito, podemos classificar uma rede em ponto a


ponto ou baseada em servidor.

A rede baseada em servidor possui dispositivos dedicados a execução


de tarefas específicas como por exemplo servidor de banco de dados,
hospedagem WEB, servidores de aplicação como Apache, GlassFish,
TomCat, Jboss, servidores de e-mail, etc. O dispositivo fica dedicado
apenas a executar sua tarefa, podendo também existir a possibilidade de
um dispositivo prover mais de um serviço, isto é, uma máquina pode ser
um servidor de banco de dados e páginas WEB simultaneamente.

A rede ponto a ponto é também conhecida como peer to peer, nesta


rede todos os dispositivos podem ter a função de cliente ou servidor.
Cada dispositivo pode compartilhar os seus recursos atuando como
servidor e pode também utilizar os recursos de outros dispositivos
atuando como cliente.

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Aula 06 – Protocolos de Comunicação
Protocolo de comunicação é uma definição de regras e normas para
que possa existir a comunicação entre os dispositivos em uma rede.
Imagine por exemplo que você deseja conversar com um amigo através
de uma vídeo conferência pelo Skype, para isso você terá que ter alguns
recursos e seguir alguns procedimentos, como ligar seu computador,
acessar a Internet, logar no Skype, discar para o seu amigo, esperar ele
atender e quando o seu amigo atender ele poderá iniciar a comunicação.
Para os computadores o processo é bem parecido pois da mesma forma
que você seguiu alguns procedimentos para se comunicar com o seu
amigo o computador também deverá seguir um conjunto de regras e
procedimentos para se comunicar com outro dispositivo na rede, ou seja,
ele seguirá um protocolo de comunicação, logo pode-se concluir que para
que haja a comunicação entre dois ou mais dispositivos em uma rede, é
necessário que todos estes dispositivos que desejam se comunicar
utilizem sempre o mesmo protocolo.

Atualmente existe uma infinidade de protocolos de comunicação, cada


um com suas vantagens ou funcionalidades específicas dedicadas para
uma determinada aplicação, por exemplo, temos o protocolo Modbus
utilizado em redes 485, o protocolo TCP muito utilizado em redes de
computadores e em alguns casos até mesmo protocolos fechados de
fabricantes de dispositivos específicos para uma aplicação como ocorre
muito no caso da automação industrial e predial.

Os protocolos também podem ser utilizados juntos, pode-se usar mais


de um protocolo. Quando os protocolos são utilizados em conjunto
recebem o nome de pilha e cada nível de uma pilha de protocolo
corresponde-se com o nível do modelo OSI, isto é, a camada mais alta da
pilha de protocolo se relaciona com a camada mais alta do modelo OSI,
como exemplos de pilhas de protocolos temos as mais famosas: TCP/IP,
IBM SNA, AppleTalk entre outros.

O funcionamento dos protocolos consiste em quando um dispositivo


for enviar dados, este dispositivo passa os dados para o protocolo ou
pilha de protocolos que fará a conversão dos dados no formato mais
adequado para a transmissão levando em conta as características da
rede. No pacote serão incluídas informações adicionais (Header) como
por exemplo, os endereços de origem e destino, a prioridade, o tipo, etc. e
o dispositivo receptor deverá possuir o mesmo protocolo ou pilha de
protocolos para interpretar as informações adicionais e restaurar nele os
dados recebidos.

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Para que as informações sejam enviadas e recebidas de forma
adequada é necessário que os dispositivos cumpram todas as etapas de
forma correta, portanto devem executar o mesmo protocolo.

Os protocolos podem ser classificados em 3 níveis:

 Protocolos de Aplicativo: São os protocolos que atuam nas 3


camadas mais altas do modelo OSI (Aplicação, Apresentação e
Sessão). Estes protocolos permitem a interação entre aplicativos e
a troca de dados. Ex: APPC, FTP, SNMP, SMTP, X.400, X.500, etc.
 Protocolos de Transporte: São os protocolos responsáveis por
garantir a entrega segura dos dados. Ex: SPX, TCP, UDP, Nwlink,
NetBEUI, etc.
 Protocolos de Rede: São os protocolos cuja função é controlar as
informações de endereçamento e roteamento, realizar testes de
erros, solicitações de retransmissão e estabelecer as regras de
comunicação entre os dispositivos. Ex: IPX, IP.

Aula 07 – Equipamentos e Recursos de Rede


Para que a comunicação entre os computadores em uma rede possa
ocorrer é necessário que existam alguns recursos que possibilitem esta
comunicação. Estes recursos podem variar desde hardware como
equipamentos para ampliar uma rede, por exemplo, bridges, repetidores,
switches, hubs, etc. até software, como por exemplo protocolos e
sistemas operacionais de rede.

A seguir serão demonstrados os principais equipamentos e recursos


utilizados em uma rede.

Dispositivos Mobile: São os tablets (Figura 18 – Esquerda) e celulares


(Figura 18 – Direita). Atualmente pode-se executar quase todas as tarefas
que realizamos em um computador pessoal, pode-se acessar a internet,
enviar e receber e-mails, utilizar planilhas eletrônicas, documentos de
texto em diversos formatos, ver vídeos, acessar a internet e etc.

Figura 18 - Mobile

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Computador Pessoal: Também conhecido pelo termo Estação de Rede,
pode ser portátil como os notebooks (Figura 19 – Lado Direito) ou
computadores desktop (Figura 19 – Lado Esquerdo) projetados para uso
fixo. Normalmente os computadores exercem a função de cliente, no
entanto, também é possível configurar um computador para exercer a
função de servidor na rede.

Figura 19 - Computadores

Servidores: São computadores com a tarefa específica de fornecer


recursos para os clientes da rede. Possuem a confiabilidade que um
computador pessoal não tem para garantir um bom funcionamento na
rede e a estabilidade do sistema para fornecer os serviços. Seus
componetes são dimensionados com base no menor índice de falhas
(componentes de maior qualidade), seu gabinete permite expansão para
HD, pode-se utilizar diversos processadores, possuem redundância de
dispositivos críticos (se um componente falha o outro assume) e alguns
servidores (Figura 20) ainda apresentam a tecnologia hot swap que
permite trocar componentes como um disco rígido por exemplo, sem
desligar a máquina.

Figura 20 - Servidores

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Sistema Operacional de Rede: O Sistema Operacional é o software que
facilita a comunicação entre o usuário e a máquina e ainda gerencia de
forma transparente ao usuário os recursos do computador, já um Sistema
Operacional de Redes, consiste de um conjunto de módulos que
aumentam a capacidade do Sistema Operacional utilizando recursos
compartilhados na rede. Cada cliente na rede deve possuir um Sistema
Operacional Local, por exemplo, Windows, Linux, Android, etc. e este
sistema local é complementado por um Sistema Operacional de Redes
que utiliza um módulo redirecionador fazendo com que o usuário não
perceba que o recurso uilizado é remoto.

Repetidor: Dispositivo utilizado para expandir uma rede além do limite


físico do cabo. Todo cabo apresenta um comprimento máximo no qual é
possível transmitir um sinal com segurança, no entanto, o sinal elétrico
transmitido vai enfraquecendo ao longo do meio de transmissão, esse
fenômeno chama-se atenuação. Se haver a necessidade de usar um cabo
maior, fora da especificação do comprimento de segurança, o sinal ficará
mais fraco podendo até mesmo corromper os dados. Para resolver este
problema utiliza-se um repetidor no meio do circuito, pois o repetidor
regenera o sinal garantindo a integridade da informação no próximo
segmento da rede.

Figura 21 - Repetidor

Hub: Dispositivo pelo qual se transmite dados, tendo, como principal


característica, que a mesma informação está sendo enviada para todos os
receptores simultaneamente (Processo de broadcast). O hub (Figura 22),
pode ter várias portas para conectar o cabo de rede de cada computador,
normalmente 8, 16, 24 e 32 portas. A quantidade varia de acordo com o
modelo e o fabricante do equipamento. Embora semelhantes, por
apresentar mais limitações, menos vantagens e ser mais simples que o
switch, o hub caiu em desuso.

Figura 22 - Hub Doméstico

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Bridge: Também conhecida pelo nome de Ponte (Figura 23), executa a
mesma função de um repetidor porém com uma performance maior, isto
é, não gera tráfego inútil na rede devido a trabalhar na camada 2 do
modelo OSI, fazendo acesso ao endereço MAC para saber o segmento da
rede em que está o dispositivo para o qual deseja-se enviar uma
informação. A Bridge faz uma filtragem do tráfego de rede, gerenciando
os pacotes de origem e destino.

Figura 23 - Bridge

Roteador: É um equipamento que permite interligar duas redes lógicas,


que podem ser de diferentes classes, tipos e tecnologias. O roteador
(Figura 24) pode acessar o endereço de rede e possui uma tabela interna
que define a melhor rota para entregar um pacote de informação. Trabalha
na camada 3 do modelo OSI (Rede) e é capaz de se auto configurar a
partir de uma linguagem própria criando tabelas de roteamento que são
alteradas dinâmicamente. Uma grande vantagem que este equipamento
apresenta é que se por ventura um novo roteador for instalado na rede ou
uma rota for alterada, todos os roteadores da rede se comunicam e
atualizam de forma automática suas respectivas tabelas de roteamento.

Figura 24 - Roteadores

Switch: É um dispositivo semelhante ao hub, no entanto, ao passo que o


hub compartilha a largura de banda para todas as suas portas, um switch
(Figura 25) dedica a largura de banda para cada porta. Por exemplo, uma
rede cuja largura de banda é de 10Mbps, fazendo a utilização de um hub,
esta largura será compartilhada para todas as portas, no entanto se para

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esta mesma rede utilizarmos um switch, para cada porta será dedicado
este valor, logo a rede será transformada em vários segmentos de 10Mps
onde cada segmento é dedicado e evitando a colisão entre eles, logo o
switch evita a possibilidade de congestionamento no meio físico e perda
de tempo em retransmitir informações. Considerando que o hub divide a
largura da banda entre as portas, o switch possibilita que cada
equipamento da rede se comunique com a velocidade total. Quanto aos
tipos de switch em relação ao modelo OSI, podem ser classificados em:

 Switch Layer 2 – Atua na camada de enlace fazendo a verificação


apenas dos endereços MAC;

 Switch Layer 3 – Atua na camada de rede. Gerencia o tráfego de


rede e evita tráfego desnecessário, trabalha com o endereço de
rede no entanto não possui tantos recursos quanto um roteador;

 Switch Layer 4 ao 7 – Atua nas camadas mais altas em relação à


camada de rede e gerencia os tipos de tráfego para priorizar
aplicações mais críticas.

Figura 25 - Switch

Firewall: Consiste de uma solução de segurança para redes desenvolvida


em hardware (Figura 26 – Esquerda) ou software (Figura 26 – Direita). No
Firewall pode-se definir instruções que analisam o tráfego da rede para
determinar quais operações de transmissão ou recepção podem ser
executadas. O Firewall é uma parede de defesa (traduzindo literalmente
“Parede de Fogo”) com o objetivo de bloquear tráfego de dados
indesejado e liberar acesso de tráfego confiável.

Figura 26 - Firewall

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Gateway: Consiste de um servidor (Figura 27) que possibilita que
sistemas com diferentes tecnologias, protocolos de comunicação,
estrutura de rede, etc. possam se comunicar. Todos os dispositivos de
um sistema conseguem se comunicar com os dispotivos de outro de
sistema diferente por meio do Gateway.

Figura 27 - Conceito de Gateway

Aula 08 – Cabeamento e Meios de Comunicação


Nesta aula serão apresentados os principais meios de comunicação e
cabeamento que permitem a conexão dos equipamentos vistos na aula
anterior, também serão demonstradas as limitações e características de
cada meio.

O cabeamento consiste de um meio físico onde trafegam os sinais


elétricos de informação entre servidores, clientes e outros periféricos e
em alguns casos, além de sinais de dados, existe também a possibilidade
de transmitir sinais de alimentação para manter os equipamentos
energizados. É através das características do meio, como por exemplo,
tipo de cabo, material com o qual o cabo é fabricado, comprimento
máximo recomendado para determinado tipo de cabo que pode-se
determinar a distância máxima para transportar um sinal elétrico de sua
origem até seu destino. Quanto a velocidade de transmissão, deve-se
levar em conta que é determinada pelos métodos de acesso
especificados na camada 2 do modelo OSI, no entanto o meio físico
escolhido deve ser compatível e suportar esta velocidade. Vejamos agora
os principais meios físicos de transmissão e suas características:

Cabo de Par Trançado: O cabo de par trançado (Figura 28 – Esquerda)


consiste de 2 ou mais pares de fios de cobre isolados e torcidos entre si,
internamente agrupados e com um revestimento externo para proteção.
Podem ser de dois tipos: Com blindagem (STP) e sem blindagem (UTP).
Um cabo de par trançado pode transmitir um sinal elétrico a uma
distância máxima de até 100 metros. A conexão deste cabo pode ser feita
através do uso de conectores RJ-45 (Figura 28 – Centro) e este tipo de

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cabo é classificado em categorias de acordo com a aplicação. As
categorias são:

 Categoria 1 – Utiliza-se para transporte de voz, cabo UTP usado


para telefonia;

 Categoria 2 – Cabo formado por 2 pares, possui certificação para


transmitir sinais até uma frequência de 4MHz;

 Categoria 3 – Cabo formado por 2 pares, possui certificação para


transmitir sinais até uma frequência de 10MHz;

 Categoria 4 – Cabo formado por 4 pares, possui certificação para


transmitir sinais até uma frequência de 16MHz;

 Categoria 5 e 5e – Cabo formado por 4 pares, possui certificação


para transmitir sinais até uma frequência de 100MHz;

 Categoria 6e – Cabo formado por 4 pares, possui certificação para


transmitir sinais até uma frequência de 250MHz;

Figura 28 - Cabo de Par Trançado e Conector RJ-45

Cabo Coaxial: O cabo coaxial é um cabo composto de um núcleo de


cobre revestido por um material isolante que pode variar de teflon ou PVC
cuja função é proteger o cabo evitando que se quebre. Possui uma
camada de blindagem para proteger os dados que atua absorvendo os
sinais de ruído elétrico logo acima da camada isolante que pode ser de
alumínio ou malha de cobre e por fim revestindo essa malha, o cabo
contém a capa de proteção externa do fabricante. Em redes de
computadores, utilizavam-se dois tipos de cabo coaxial, são eles:

 Cabo Coaxial Grosso (Thicknet): Consiste de um cabo rígido


(Figura 29 a esquerda), o que torna um pouco difícil seu
manuseamento. Este cabo pode transportar sinais elétricos de

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informação até uma distância de 500 metros. Utiliza-se o conector
AUI (Attachment Unit Interface – Figura 29 a direita) de 15 pinos em
conjunto com um cabo transcepetor para fazer a conexão.
Atualmente esta tecnologia caiu em desuso, no entanto é
importante que o leitor tenha este conhecimento devido a
existência de sistemas antigos e possíveis questões em provas e
testes diversos.

Figura 29 - Cabo Coaxial Grosso e Conectores AUI

 Cabo Coaxial Fino (Thinnet): Consiste de um cabo similar ao


anterior porém, com um diâmetro menor (Figura 30 – Esquerda). A
conexão pode ser feita por meio de um conector BNC tipo T (Figura
30 – Centro) em conjunto com um conector BNC fêmea simples em
cada uma das pontas que estão ligadas ao T que por sua vez são
ligadas ao cabo. Para a placa de rede local utiliza-se um conector
BNC macho. Este cabo pode levar um sinal até uma distância
máxima de 185 metros, no entanto esta tecnologia também
encontra-se em desuso.

Figura 30 - Cabo Coaxial Fino e Conector BNC

Cabo de Fibra Óptica: Este cabo consiste de um filamento de vidro


revestido de uma substância que contém um baixo índice de refração
fazendo com que os raios luminosos sejam refletidos na parte interna do
cabo, o que minimiza muito as perdas de transmissão. Cada um dos
filamentos de vidro que compõe o cabo permitem que o sinal seja
transportado apenas em um sentido, por esta razão, o cabo é formado por
duas fibras ópticas. Os cabos de fibra óptica (Figura 31) utilizam

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conectores SC, ST e MT-RJ em suas extremidades para fazer a conexão e
podem ser classificados em dois tipos, são eles:

Monomodo – Este cabo utiliza um diodo emissor de luz (LED) como


fonte de luminosidade, por isso apresenta menor custo. Pode
transportar dados até 2Km com uma velocidade de 100Mbps ou
ainda transportar um sinal a 550m com uma velocidade de 1Gbps.
 Multimodo – Este tipo de fibra utiliza o laser como fonte de
luminosidade, e os filamentos são mais delicados. Pode transportar
um sinal até 5Km de distância com uma velocidade de 1Gbps, no
entanto apresenta um custo maior.

Figura 31 - Cabos de Fibra Óptica

Sistema Wireless: Também conhecido pelo termo “sem fio”, este sistema
permite que exista conexão entre dispositivos sem a utilização de cabos
através do princípio de transmissão por ondas eletromagnéticas, que
transportam os dados usando como meio o ar. Atualmente muitos
switches domésticos e dispositivos mobile utilizam esta tecnologia, no
entanto é possível utilizar adaptadores wireless para comunicar um
computador desktop ou outros dispositivos por exemplo, sem usar cabo.

Figura 32 – Dispositivos para Comunicação Wireless

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Aula 09 – Layout e Cabeamento Estruturado
Cabeamento estruturado é a modalidade cujo principal objetivo é
estudar a disposição organizada e padronizada de conectores e meios de
transmissão para as redes sejam elas de computadores ou telefonia, de
modo que a infraestrutura de cabeamento seja livre quanto ao tipo de
aplicação e layout, permitindo a interligação entre diversos equipamentos
de rede. O cabeamento estruturado utiliza conectores RJ-45 e cabos
UTP como mídias-padrão para a transmissão de dados. Quanto aos
objetivos principais do cabeamento estruturado, pode-se destacar:

 Redução de custos de gestão do sistema;

 Dispor de um sistema de cabos que atenda tanto a rede de dados


como a rede de telefonia;

 Proporcionar facilidade de expansão para uma rede local ou


adaptação de novas redes;

 Facilitar a manutenção;

 Definir normas para instalação;

 Garantir bom funcionamento dos serviços.

Como o assunto de cabeamento estruturado é muito extenso


necessitando um curso apenas para tratar sobre o tema, então para este
curso cujo objetivo são conceitos fundamentais de rede, será mostrada
apenas uma visão geral sobre cabeamento estruturado sem entrar em
maiores detalhes.

Um sistema de cabeamento estruturado pode ser definido por 4


principais componentes, a seguir serão explicados cada um destes
componentes do sistema:

 1-) Área de Trabalho: Consiste do lugar definido para alocação de


uma estação de rede (computador) e que possibilita a utilização de
um usuário para tal. Uma quantidade de cabos é definida para
atender uma determinada quantidade de áreas de trabalho de
acordo com o projeto do local.

 2-) Sala de Comunicação ou Sala de Equipamentos: Corresponde


ao local onde são instalados os equipamentos de rede como
switches, roteadores, servidores, etc. Normalmente estes
equipamentos são instalados em grandes armários metálicos

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denominados racks. Os racks mais utilizados para esta finalidade
contém uma estrutura metálica capaz de armazenar os dispositivos
em pilha de forma que fiquem alocados um sobre o outro porém
acoplados na estrutura interna do rack. Os racks também possuem
painéis instalados nele, conhecidos pelo nome de patch panel,
onde são ligados os cabos que procedem de todas as estações que
usam dispositivos deste rack, e por fim, as conexões são feitas
através do patch panel (Figura 33 – Esquerda) até os dispositivos
de rede como um switch por exemplo, utilizando um patch cord
(Figura 33 – Direita). Um patch cord muito comum para este tipo de
aplicação, consiste de um pedaço de cabo de par trançado com
conectores RJ-45 nas duas pontas com um tamanho máximo de
5m, seu uso apresenta vantagens como fácil manuseio,
manutenção, alteração do layout lógico de rede, etc.

Figura 33 - Patch Panel e Patch Cord

 3-) Cabeamento Horizontal: Corresponde ao seguinte conjunto de


cabos: cabo de rede proveniente da estação de rede, cabo
horizontal e o patch cord. Um cabo horizontal é também conhecido
como cabo de link, consiste de um cabo que faz a ligação da
tomada (ponto de rede) que encontra-se na área de trabalho onde
fica a estação de rede até o patch panel do rack, sua distância
máxima é de 90m. Uma vez executado o projeto de cabeamento
horizontal, qualquer alteração da rede, não deverá ser feita mais
manuseando o cabeamento horizontal, este manuseio deverá ser
feito apenas através dos patch cords do rack ou do cabo que liga a
estação de rede até a tomada de cabeamento horizontal (ponto de
rede).

 4-) Cabeamento de Backbone: Corresponde ao cabeamento que faz


a ligação entre as salas de comunicação. Estas salas, podem estar

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fisicamente situadas em pavimentos diferentes ou no mesmo
pavimento de uma edificação. O tipo de cabo implementado (STP,
UTP, Fibra, etc.) irá variar de acordo com alguns fatores como a
distância, ambiente, ruído, entre outros. A Figura 34 ilustra uma
visão simples e conceitual que descreve o cabeamento estruturado
com base nos itens 1, 2, 3 e 4 explicados previamente.

Figura 34 - Cabeamento Estruturado

Aula 10 – Tipos de Rede


As redes podem ser classificadas de acordo com o seu tamanho,
atualmente existem diversos tipos de classificação para os tipos de rede,
a seguir serão explicados os três grandes principais tipos de rede.

LAN (Local Area Network) – É um tipo de rede cuja cobertura abrange


uma pequena área geográfica. Uma rede LAN faz a conexão entre
computadores, servidores, impressoras e outros dispositivos dentro de
uma pequena área geográfica que pode ser uma residência, um prédio ou
vários prédios dentro de uma área privada por exemplo. Este tipo de rede
apresenta uma alta velocidade e uma baixa taxa de erros.

MAN (Metropolitan Area Network) – Este tipo de rede faz a interligação de


várias redes que encontram-se geograficamente próximas dentro de uma
zona urbana, todos os pontos desta rede comunicam-se como se
estivessem dentro da mesma rede local. A distância para interligar as
redes do tipo MAN pode variar até dezenas de quilômetros, como um
exemplo de rede MAN pode ser considerado o sistema de TV a cabo que
era utilizado na década de 90 em grandes cidades do Brasil como São
Paulo, Rio de Janeiro e outras.

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WAN (Wide Area Network) – A rede WAN consiste de uma rede de longa
distância, é um tipo de rede que abrange uma ampla área geográfica
como por exemplo, várias cidades, um país ou um continente.

Figura 35 - Redes LAN, MAN e WAN

Aula 11 – A Pilha TCP/IP


O TCP/IP (Transmission Control Protocol / Internet Protocol) consiste
de uma pilha de protocolos padrão atualmente disponível em quase todos
os equipamentos. Esta pilha padrão permite que diferentes dispositivos e
sistemas operacionais se comuniquem.

Existe um conjunto de documentos chamados de RFC (Request For


Comments), onde é publicada a padronização do TCP/IP. Esses
documentos descrevem todos os trabalhos que são feitos para a
padronização da Internet, alguns destes documentos ainda descrevem os
serviços de rede e os protocolos de comunicação bem como suas
implementações.

A pilha TCP/IP é dividida em 4 camadas que se relacionam com as


camadas do modelo OSI conforme mostra a Figura 36.

Figura 36 - Modelo OSI e Pilha TCP/IP

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A seguir, uma breve explicação de cada uma das camadas e suas
funções na pilha TCP/IP.

Interface de Rede – Também conhecida como “Acesso à Rede”,


representa a camada mais baixa da pilha equivalendo às camadas Física e
de Enlace no modelo OSI. A função desta camada é colocar e retirar os
dados no meio físico.

Internet – Equivalendo à camada de Rede no modelo OSI. A função desta


camada é endereçar, empacotar e rotear os dados. Nesta camada,
encontramos alguns protocolos importantes como:

 ARP (Address Resolution Protocol) – Responsável por resolver


endereços de hardware de hosts (computadores) que encontram-se
na mesma rede física, executam esta tarefa com o objetivo de
localizar os endereços dos hosts de destino;

 ICMP (Internet Control Message Protocol) – Responsável por enviar


mensagens e informar os erros que por ventura possam ocorrer na
entrega dos pacotes;

 IP (Internet Protocol) – Responsável por endereçar e rotear pacotes


entre hosts (computadores) e redes.

Transporte – Esta camada é equivalente à camada de Transporte no


modelo OSI. A função desta camada é proporcionar a comunicação entre
os hosts. Nesta camada os principais protocolos são:

 TCP (Transmission Control Protocol) – Responsável por fornecer e


estabelecer antes da transmissão uma comunicação segura e
confiável. Este protocolo é muito utilizado em aplicações que
enviam grandes quantidades de dados de uma só vez ou
aplicações que necessitam de confirmação de recebimento de
dados.

 UDP (User Datagram Protocol) – Este protocolo permite enviar um


datagrama (unidade independente com informações que permitem
seu roteamento) encapsulado em um pacote IP e não garante a
entrega dos pacotes, por isso não é muito confiável. Normalmente
seu uso é feito em aplicações que transmitem pequenas
quantidades de dados de uma só vez, devido as limitações deste
protocolo, o aplicativo deverá ter lógicas e rotinas de confirmação
para o recebimento dos dados.

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Aplicação – Esta camada é equivalente às camadas de Sessão,
Apresentação e Aplicação no modelo OSI. A função desta camada é
proporcionar o acesso do aplicativo à rede. Esta camada possui dois
tipos de sistemas de interface, são eles:

 NetBIOS – Responsável por fornecer uma interface de programação


para os protocolos que possuem suporte a convenção de nomes
NetBIOS para endereçamento.

 Sockets – Permitem oferecer uma interface de programação


padronizada para aplicativos que pode ser utilizada em diversos
tipos de sistemas operacionais.

Aula 12 – Endereçamento IP
O esquema de endereçamento IP permite que um host TCP/IP possa ser
identificado na rede. Considera-se um host, qualquer hardware que possa
receber um endereço IP, por exemplo, um computador, um tablet, um
servidor, um CLP, etc.

Dentro de uma LAN, todo dispositivo deve ser identificado por um


endereço único e que tenha um formato padronizado.

Atualmente, existem dois tipos de endereçamento IP, o IPv4 e o IPv6. O


IPv4 trabalha com endereços de 32 bits, suporte opcional de Ipsec, seus
endereços de broadcast são utilizados para enviar tráfego para todos os
hosts de uma rede, suporta pacotes de 576 bytes, etc. O número
crescente de dispositivos, está fazendo com que o IPv4 não possua mais
endereços disponíveis para todos os dispositivos, por isso ficará
obsoleto no futuro. Visando a solução deste problema, foi criado o
conceito de IPv6 com o intuito fornecer um número muito maior de
endereços IP de modo a permitir que mais dispositivos possam se
conectar a rede mundial. O IPv6 trabalha com endereços de 128 bits,
suporte obrigatório de Ipsec, seus endereços de broadcast deixam de
existir para dar espaço ao multicast e suporta pacotes de 1280 bytes entre
tantas outras vantagens.

Por ser mais didático e visando facilitar o aprendizado do leitor, este


curso irá mostrar o conceito de endereçamento IP, utilizando como base
o IPv4, pois este ainda é muito utilizado mundialmente.

Um endereço IP (IPv4) consiste de um total de 32 bits, composto por 4


campos de 8 bits. Cada campo é separado por um ponto e este campo
representa um número decimal que varia de 0 a 255.

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Veja a seguir na Figura 37, a composição de um endereço IP com suas
representações na base binária (máquina) e na base decimal (usuário).

Figura 37 - Constituição de um Endereço IP

Um endereço IP é formado por duas partes, a primeira parte é o Net ID


ou identificação de rede. A parte correspondente ao Net ID serve para
identificar uma rede sendo que todos os computadores dentro desta rede
deverão conter em seu IP o mesmo Net ID. A segunda parte é o Host ID
que serve para identificar um dispositivo (computador, teblet, servidor,
etc.) dentro de uma rede. O Host ID deve ser único para cada dispositivo.

Figura 38 - Net ID e Host ID

Um endereçamento IP é definido de acordo com sua classe. Existem 5


classes de endereçamento IP conhecidas como classe A, B, C, D e E que
foram definidas para alocar redes de diferentes tamanhos, no entanto, é
permitido comercialmente apenas o uso das classes A, B e C.

As classes de endereçamento IP servem para definir quais campos


serão utilizados pelo Net ID e pelo Host ID.

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Aula 13 – Sub-Redes
O conceito de sub-redes surgiu em 1985 com a necessidade de dividir
as redes formadas a partir das classes A, B ou C em outras redes
menores. Este conceito foi definido através de um procedimento padrão
por meio do RFC 950 com o objetivo de resolver dois problemas:

1-) Evitar que os administradores locais de rede fizessem numerosas


requisições de número de rede para instalação de novas redes;

2-) Adequar os sistemas a expansão da Internet, que fazia as tabelas de


roteamento crescerem.

A solução encontrada foi a adição de mais um nível na estrutura de


endereçamento, logo, o número do host foi dividido em uma parte
destinada a numeração da sub-rede e a outra destinada a numeração do
host, logo o esquema ficou conforme mostra a Figura 39.

Figura 39 - Esquema de Endereço de Sub-Rede

Com esta solução, o conceito de sub-rede ajudou a diminuir o


crescimento da tabela de roteamento na Internet uma vez que a estrutura
de sub-rede não é visível externamente, com isso todas as sub-redes
dentro de um local, estão associadas a uma única entrada na tabela de
roteamento da Internet, o que faz o roteamento da Internet para qualquer
uma dessas sub-redes internas usar sempre o mesmo endereço IP. Uma
sub-rede é administrada localmente e é vista pelo ambiente externo
(Internet), como sendo uma única rede.

Um endereço de rede, pode ser dividido em várias sub-redes sendo que


o endereço mais baixo dará o endereço da rede (campo destinado a host
ID preenchido por zeros) e o endereço mais alto será o endereço de
broadcasting (pacote de dados que é enviado para todas as máquinas na
rede).

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Para entender melhor o conceito, veja o exemplo a seguir onde temos
uma sub-rede formada a partir de uma classe C:

Exemplo 1 – Endereçamento de Sub-Redes

Endereços de Sub-Redes: 200.10.80.0 (Sub-Rede 1 – Rede 80)

200.10.85.0 (Sub-Rede 2 – Rede 85)

200.10.88.0 (Sub-Rede 3 – Rede 88)

Exemplo 2 – Endereçamento de Máquinas em uma Sub-Rede (Rede 88)

Endereço da Rede: 200.10.80.0 (Endereço mais baixo)

Endereços Válidos de Host: 200.10.80.1

200.10.80.2

200.10.80.3

200.10.80.4

...

200.10.80.254

Endereço da Broadcasting: 200.10.80.255 (Endereço mais alto)

Uma outra coisa importante a se considerar é a máscara de sub-rede. É


ela quem define quantos endereços IP serão permitidos utilizar na sub-
rede, define o tamanho da sub-rede, também serve para identificar as
partes do endereço IP que correspondem à rede pública (Internet), à rede
local (Sub-Rede) e ao host (máquina).

A máscara de sub-rede padrão sempre vai estar de acordo com a


classe do endereço IP, por exemplo:

Classe A: 255.0.0.0

Classe B: 255.255.0.0

Classe C: 255.255.255.0

As máscaras de sub-rede podem usar até 32 bits que são divididos em


duas partes: um bloco de bits em “1”, seguido por outro bloco de bits em
“0”. Os bits em “1” indicam a parte do endereço IP reservada à rede e os
bits em “0” indicam a parte reservada ao host.
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As técnicas utilizadas para endereçamento IP e subneting requerem
muitos cálculos e conceitos, para tal seria necessário desenvolver um
outro curso abordando apenas estes assuntos, como a proposta deste
curso é dar ao leitor a base do que é uma rede, seus fundamentos e a
utilização de ferramentas de simulação para construir, testar e simular
seus próprios projetos, no momento encerra-se por aqui o curso básico
de redes.

Agradeço e espero que todos que tenham lido este material e assistido
as aulas, tenham absorvido e entendido de uma forma fácil o
conhecimento sobre os conceitos de rede e desejo que você leitor não
pare por aqui, isto é apenas o começo de uma caminhada, continue
procurando mais conhecimento sobre redes, leia bons livros, faça
diversos cursos (matricular-se em um bom curso presencial ajuda muito
além de proporcionar um certificado), procure mais material na Internet,
na biblioteca de sua faculdade ou em qualquer outro local, faça provas
para obter certificações, leia, pesquise, jamais se contente com o básico,
sempre procure mais, sempre aprenda mais, pois isso poderá fazer a
diferença na sua vida profissional.

Boa Sorte !

Links Úteis – Confira !


 Site da Cisco

http://www.cisco.com

 Download Packet Tracer

http://tools.cisco.com/search/results/en/us/get#q=packet+tracer

 Curso da Cisco

http://hotmart.net.br/show.html?a=C4021211R

 Outros Cursos para Aprimorar o Conhecimento

http://hotmart.net.br/show.html?a=I4021212U

http://hotmart.net.br/show.html?a=R4021207B

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