Você está na página 1de 81

Redes de Computadores

Introdução
Redes Corporativas

• Muitas empresas têm um número significativo de


computadores em operação, frequentemente
instalados em locais distantes entre sí.
Redes Corporativas

• Empresas buscam o compartilhamento de


recursos;
• Temos que pensar em Confiabilidade;
• É natural a busca por economia.
Modelo Cliente-Servidor

É comum em redes corporativas o uso do modelo cliente servidor


Modelo Cliente-Servidor

Baseado na troca de mensagens entre processos


Redes Domésticas

Principais motivações para implantação de redes


domésticas:
1. Acesso a informações remotas.
2. Comunicação entre pessoas.
3. Entretenimento interativo.
4. Comércio eletrônico.
Cliente-Servidor: Uso doméstico

O uso doméstico do modelo cliente-servidor é


adotado muitas vezes sem o conhecimento do
usuário doméstico, isso porque este atua
somente no papel cliente.
Em redes de computadores é uma prática ocultar
detalhes técnicos do usuário.
O modelo cliente-servidor é um modelo
hierárquico.
Modelo não hierárquico

Também conhecido como peer-to-peer, nessa


forma de comunicação, indivíduos que
constituem um grupo livre podem se comunicar
com outros participantes do grupo.
Modelo não hierárquico
Modelo não hierárquico

Observação:
“A comunicação não hierárquica realmente
alcançou o auge por volta de 2000 com um
serviço chamado Napster que, em seu pico,
teve mais de 50 milhões de fãs de música
trocando todos os tipos de músicas,
constituindo aquilo que provavelmente foi a
maior violação de direitos autorais em toda a
história registrada.”
Modelo não hierárquico

O modelo não hierárquico se difere do modelo


hierárquico, podemos citar:
• Base de informações descentralizada;
• Aumento na disponibilidade;
• Incerteza do término da operação;
• Redução da segurança.
Usuários Móveis

Computadores móveis, como notebooks e PDAs


(personal digital assistants), constituem um
dos segmentos de mais rápido
crescimento da indústria de informática.
As redes sem fios têm muitas utilidades. Um
uso comum é o escritório portátil.
Usuários Móveis

Combinação entre Mobilidade e Rede sem Fio


Questões Sociais

A ampla introdução das redes trouxe novo s


problemas sociais, éticos e políticos.
• Temas politicamente (éticos) incorretos em Blogs;
• Outra área polêmica envolve os direitos do
empregado e do empregador;
• Outro tópico importante é a relação entre o governo e
os cidadãos;
• Roubo digital.
Hardware de Rede

Em termos gerais, há dois tipos de tecnologias


de transmissão em uso disseminado nos dias
de hoje:
1. Links de difusão.
2. Links ponto a ponto.
Redes de difusão

As redes de difusão têm apenas um canal de


comunicação, compartilhado por todas as
máquinas da rede.
Mensagens curtas, que em determinados
contextos são chamadas pacotes, enviadas
por qualquer máquina, são recebidas por
todas as outras.
Redes de difusão

Cada pacote é endereçado para uma máquina,


todas recebem mas somente a máquina
destino não ignora o pacote.
Redes de difusão

Também é possível o envio do pacote para mais


de uma máquina, para isso é necessário um
código adicional no campo de endereço.
Quando um pacote com esse código é
transmitido, ele é recebido e processado por
todas as máquinas da rede. Esse modo de
operação é chamado difusão (broadcasting).
Rede ponto a ponto

As redes ponto a ponto consistem em muitas


conexões entre pares individuais de máquinas.
Para ir da origem ao destino, talvez um pacote
desse tipo de rede tenha de visitar uma ou
mais máquinas intermediárias.
Classificação de redes por
escala
Redes locais

As redes locais, muitas vezes chamadas LANs,


são redes privadas contidas em um único
edifício ou campus universitário com até alguns
quilômetros de extensão.
Elas são amplamente usadas para conectar
computadores pessoais e estações de trabalho
em escritórios e instalações industriais de
empresas, permitindo o compartilhamento de
recursos
Redes locais

As LANs têm um tamanho restrito, o que significa


que o pior tempo de transmissão é limitado e
conhecido com antecedência.
O conhecimento desse limite permite a utilização
de determinados tipos de projetos que em
outras circunstâncias não seriam
possíveis, além de simplificar o
gerenciamento da rede.
Redes locais

Duas redes de difusão. (a) Barramento (b) Anel


Redes locais

Em uma rede de barramento, em qualquer


instante no máximo uma máquina desempenha
a função de mestre e pode realizar uma
transmissão.
Se houver a colisão de pacotes, as duas
máquinas remetentes deverão aguardar um
tempo aleatório para reenvio.
Redes metropolitanas

Uma rede metropolitana, ou MAN, abrange uma


cidade. O exemplo mais conhecido de uma
MAN é a rede de televisão a cabo disponível
em muitas cidades.
Redes metropolitanas
Redes geograficamente
distribuídas
Uma rede geograficamente distribuída, ou
WAN , abrange uma grande área geográfica,
com frequência um país ou continente.
Ela contém um conjunto de máquinas cuja
finalidade é executar os programas do usuário.
Redes geograficamente
distribuídas
Redes geograficamente
distribuídas
Os hosts pertencem aos usuários, enquanto a
sub-rede de comunicação em geral pertence e
é operada por uma empresa de telefonia ou por
um provedor de serviços da Internet.
Redes geograficamente
distribuídas
Redes sem fios

A comunicação digital sem fios não é uma idéia


nova. Em 1901, o físico italiano Guglielmo
Marconi demonstrou como funcionava um
telégrafo sem fio que transmitia informações de
um navio para o litoral por meio de código
morse.
Os modernos sistemas digitais sem fios têm um
desempenho melhor, mas a idéia básica é a
mesma.
Redes sem fio

Em uma primeira aproximação, redes sem fios


podem ser divididas em três categorias
principais:
1. Interconexão de sistemas.
2. LANs sem fios.
3. WANs sem fios.
Redes sem fio
Redes sem fio

Quase todas as redes sem fios se conectam à


rede de fiação em algum ponto, a fim de
fornecer acesso a arquivos, bancos de dados e
à Internet.
Redes sem fio
Inter-redes

Existem muitas redes no mundo, com frequência


apresentando diferentes tipos de hardware e
software. Normalmente, as pessoas conectadas
a redes distintas precisam se comunicar entre si.
Para que esse desejo se torne uma realidade, é
preciso que se estabeleçam conexões entre
redes quase sempre incompatíveis, às
vezes por meio de máquinas chamadas
gateways.
Software de rede

No projeto das primeiras redes de


computadores, o hardware foi a principal
preocupação e o software ficou em segundo
plano. Essa estratégia foi deixada para trás.
Atualmente, o software de rede é altamente
estruturado.
Hierarquias de protocolos

Para reduzir a complexidade do projeto, a


maioria das redes é organizada como uma
pilha de camadas ou níveis, colocadas umas
sobre as outras.
O objetivo de cada camada é oferecer
determinados serviços às camadas superiores,
isolando essas camadas dos detalhes de
implementação desses recursos.
Hierarquias de protocolo

A camada n de uma máquina se comunica com a


camada n de outra máquina.
Coletivamente, as regras e convenções
usadas nesse diálogo são conhecidas
como o protocolo da camada n.
Basicamente, um protocolo é um acordo entre as
partes que se comunicam, estabelecendo
como se dará a comunicação.
Hierarquia de protocolos

Na realidade, os dados não são transferidos


diretamente da camada n de uma máquina para a
camada n de outra máquina. Em vez disso, cada
camada transfere os dados e as informações de
controle para a camada imediatamente abaixo
dela, até ser alcançada a camada mais baixa.
Abaixo da camada 1 encontra-se o meio físico
através do qual se dá a comunicação
propriamente dita. Depois o caminho contrário.
Hierarquias de protocolos
Hierarquias de protocolos

Um conjunto de camadas e protocolos é


chamado arquitetura de rede.
A especificação de uma arquitetura deve conter
informações suficientes para permitir que um
implementador desenvolva o programa ou
construa o hardware de cada camada, de
forma que ela obedeça corretamente ao
protocolo adequado.
Hierarquias de protocolos
Hierarquias de protocolos
Interfaces de Serviços

A função de cada camada é oferecer serviços para uma camada


acima dela.
Os elementos ativos em cada camada são chamados de
entidades.
As entidades da mesma camada, mas contida em maquinas
diferentes são chamadas de entidades de par.
Interfaces de Serviços

As entidades da camada n implementam um serviço usado pela


camada n + 1. Neste caso a camada n é chamada de
provedora de serviço e a camada n + 1 é chamada de usuária
do serviço.
Os serviços estão disponíveis em SAPs (Service Access Points).
Os SAPs da camada n são os locais onde a camada n + 1
pode acessar os serviços.
Em uma interface normal, a entidade da camada n + 1 passa uma
IDU (Interface Data Unit) para a entidade da camada n através
do SAP.
Interfaces de Serviços

A IDU consiste em uma SDU (Service Data Unit) e algumas


informações de controle.
Serviços Orientados a Conexão e
Serviços não Orientados a Conexão

As camadas podem oferecer dois tipos diferentes


de serviços às camadas situadas acima delas:
• serviços orientados a conexões
• serviços sem conexões
Serviços orientados a conexões

Para utilizar um serviço de rede orientado a conexões,


primeiro o usuário do serviço estabelece uma
conexão, utiliza a conexão, e depois libera a
conexão.
Em alguns casos, quando uma conexão é estabelecida,
o transmissor, o receptor e a sub-rede conduzem
uma negociação sobre os parâmetros a serem
usados, como o tamanho máximo das mensagens, a
qualidade do serviço exigida e outros questões.
Serviços orientados a conexões

Uma situação típica em que um serviço


orientado a conexões confiável é apropriado é
a transferência de arquivos. O proprietário do
arquivo deseja se certificar de que todos os bits
chegaram corretamente e na mesma ordem em que
foram enviados.
Serviços orientados a conexões

O serviço orientado a conexões confiável tem


duas pequenas variações secundárias:
• sequências de mensagens
• fluxos de bytes
Serviços não orientados a
conexões
As mensagens são enviadas com um endereço
de entrega, uma mensagem não está
relacionada as demais e o fluxo não é
controlado.
Primitivas de serviço

Um serviço é especificado formalmente por um


conjunto de primitivas (operações) disponíveis
para que um processo do usuário acesse o
serviço. Essas primitivas informam ao serviço
que ele deve executar alguma ação ou
relatar uma ação executada por uma
entidade par.
Pesquisa para próxima aula

Como o cliente saberia que o pacote último


realmente recebido foi de fato o último pacote
enviado?
Suponha que o cliente quisesse um segundo
arquivo. Como ele poderia distinguir o pacote 1
do segundo arquivo de um pacote 1 perdido do
primeiro arquivo que repentinamente tivesse
encontrado o caminho até o cliente?
O relacionamento entre serviço
e protocolo
Um serviço é um conjunto de primitivas
(operações) que uma camada oferece à
camada situada acima dela.
O serviço define as operações que a
camada está preparada para executar em
nome de seus usuários, mas não informa
absolutamente nada sobre como essas
operações são implementadas.
O relacionamento entre serviço
e protocolo
Já o protocolo é um conjunto de regras que
controla o formato e o significado dos pacotes
ou mensagens que são trocadas pelas
entidades pares contidas em uma camada.
As entidades utilizam protocolos com a
finalidade de implementar suas definições
de serviço.
O relacionamento entre serviço
e protocolo
O modelo de referência OSI

Esse modelo se baseia em uma proposta


desenvolvida pela ISO (International Standards Organization)
como um primeiro passo em direção à
padronização internacional dos protocolos
empregados nas diversas camadas.
O modelo de referência OSI

1. Uma camada deve ser criada onde houver


necessidade de outro grau de abstração.
2. Cada camada deve executar uma função bem
definida.
3. A função de cada camada deve ser escolhida tendo
em vista a definição de protocolos padronizados
internacionalmente.
4. Os limites de camadas devem ser es colhidos para
minimizar o fluxo de informações pelas interfaces.
O modelo de referência OSI

5. O número de camadas deve ser grande o bastante


para que funções distintas não precisem ser
desnecessariamente colocadas na mesma camada e
pequeno o suficiente para que a arquitetura não se
torne difícil de controlar.
A camada física

A camada física trata da transmissão de bits


brutos por um canal de comunicação. O projeto
da rede deve garantir que, quando um lado
enviar um bit 1, o outro lado o receberá como
um bit 1, não como um bit 0.
A camada de enlace de dados

A principal tarefa da camada de enlace de dados


é transformar um canal de transmissão bruta
em uma linha que pareça livre de erros de
transmissão não detectados para a camada de
rede.
Outra questão que surge na camada de enlace
de dados é como impedir que um transmissor
rápido envie uma quantidade excessiva de
dados a um receptor lento.
A camada de rede

A camada de rede controla a operação da


sub-rede. Uma questão fundamental de
projeto é determinar a maneira como os
pacotes são roteados da origem até o destino.
Se houver muitos pacotes na sub-rede ao
mesmo tempo, eles dividirão o mesmo
caminho, provocando gargalos. O controle
desse congestionamento também pertence à
camada de rede.
A camada de transporte

A função básica da camada de transporte é


aceitar dados da camada acima dela, dividi-los
em unidades menores caso necessário,
repassar essas unidades à camada de rede e
assegurar que todos os fragmentos chegarão
corretamente à outra extremidade. Além do
mais, tudo isso deve ser feito com eficiência
e de forma que as camadas superiores
fiquem isoladas das inevitáveis mudanças
na tecnologia de hardware
A camada de sessão

A camada de sessão permite que os usuários de


diferentes máquinas estabeleçam sessões
entre eles.
A camada de apresentação

Diferente das camadas mais baixas, que se


preocupam principalmente com a
movimentação de bits, a camada de
apresentação está relacionada à sintaxe
e à semântica das informações
transmitidas.
A camada de aplicação

A camada de aplicação contém uma série de


protocolos comumente necessários para os
usuários.
Um protocolo de aplicação amplamente
utilizado é o HTTP.
Para casa

Listar os principais protocolos de cada camada,


dar descrição do uso.
Modelo TCP/IP
A camada host/rede

O modelo de referência TCP/IP não especifica


muito bem o que acontece nesta camada,
exceto o fato de que o host tem de se conectar
à rede utilizando algum protocolo para que seja
possível enviar pacotes IP
A camada inter-redes

Essa camada, chamada camada inter-redes,


integra toda a arquitetura. Sua tarefa é permitir
que os hosts injetem pacotes em qualquer rede
e garantir que eles trafegarão
independentemente até o destino.
A camada de transporte

A finalidade dessa camada é permitir que as


entidades pares dos hosts de origem e de
destino mantenham uma conversação,
exatamente como acontece na camada de
transporte OSI.
A camada de aplicação

Ela contém todos os protocolos de nível


mais alto. Dentre eles estão o protocolo
de terminal virtual (TELNET), o protocolo
de transferência de arquivos (FTP) e o
protocolo de correio eletrônico (SMTP).
Uma comparação entre os modelos
de referência OSI e TCP/IP

Os dois se baseiam no conceito de uma pilha de


protocolos independentes. Além disso, as
camadas têm praticamente as mesmas
funções.
Uma comparação entre os modelos
de referência OSI e TCP/IP

O modelo OSI tem três conceitos fundamentais:


• Serviços
• Interfaces
• Protocolos
Originalmente, o modelo TCP/IP não distinguia
com clareza a diferença entre serviço, interface
e protocolo, embora as pessoas tenham
tentado adaptá-lo ao modelo OSI.
Questões de Projeto
Relacionadas as Camadas
Toda camada precisa de um mecanismo par identificar os
emissores e receptores;
Direção de transferência de dados:
• Simplex
• Half-duplex
• Full-duplex
Velocidade de transferência de dados, particularmente quando o
emissor é mas rápido do que o receptor;
Primitivas de serviço
Primitivas de serviço

Pacotes enviados em uma interação cliente/servidor simples, em


uma rede orientada a conexões
Pesquisa para próxima aula

Se a resposta consistisse em centenas de


pacotes, alguns dos quais pudessem se perder
durante a transmissão, como o cliente saberia
que alguns fragmentos se perderam?
Referência

• TANEMBAUM, Andrew S. Redes de


computadores. 3 ed. Editora Campus, Rio de
Janeior. 1997.

Você também pode gostar