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INTRODUÇÃO, EVOLUÇÃO DA TV

DIGITAL
Evolução da TV digital
 Os primeiros passos no sentido do
desenvolvimento da HDTV (High Definition
Television – Televisão de alta definição)
foram dados em 1969 no Japão, pela NHK.
 No entanto, o primeiro esboço do que seria
a HDTV, foi apresentado ao público em
1981 através de demonstrações, levadas a
cabo pela NHK, na Europa e nos EUA.
 Pesquisas feitas no Japão pela NHK, na
década de 70, identificaram a viabilidade
de um formato de TV capaz de
proporcionar “uma nova experiência
visual” ao espectador, similar à sensação
conferida pelo cinema de tela larga.
 Estas pesquisas culminaram com a
adopção de uma imagem com proporções
de 16:9, dimensionada para visualização
sob um ângulo horizontal de 30 graus,
formato este denominado Hi-Vision.
 Este formato (actualmente classificado
como HDTV ou TV de Alta Definição) foi
padronizado em 1080 linhas x 1920 pixels,
mantendo a proporção de 16 x 9.
A Europa começou a dar os primeiros
passos sérios em sistemas de TV de alta
definição em 1986 quando a comissão
europeia recusou a norma japonesa MUSE
(Multiple Sub-Nyquist Sampling Encoding)
e lançou o programa EUREKA 95 com vista
à criação de um sistema europeu de HDTV.
 Com a necessidade de um sistema digital
de televisão europeu, fabricantes, cadeias
de televisão e agentes reguladores dos
diversos países, juntaram-se e formaram,
no final de 1991, o ELG (European
Launching Group).
 Acordados os princípios de funcionamento
entre as diversas partes envolvidas, em
1993 o ELG passou-se a denominar DVB
(Digital Vídeo Broadcasting).
 A partir deste momento a investigação
entrou em velocidade de cruzeiro
tornando hoje possível a existência de
uma grande variedade de normas para TV
terrestre (DVB-T), por satélite (DVB-S),
por cabo (DVB-C), interactiva, entre
outras.
 Os EUA nos fins dos anos 80 princípios dos
anos 90 estavam no limite da paranóia
industrial.
 Preocupado com os
recentes protagonismos da Europa e Japão,
no domínio da HDTV, houve uma tomada de
posição do FCC (Federal Commission of
communications - Comissão Federal de
Comunicações).
 Foi assim criado em 1987 o Comité
Consultivo sobre Serviço de Televisão
Avançada (ACATS) pela FCC para
"aconselhar a FCC sobre os fatos e
circunstâncias respeitantes a sistemas de
televisão avançada" para difusão terrestre.
 Já a intenção da FCC era autorizar um
serviço de TV de alta definição com
exibição simultânea, compatível com o
sistema NTSC convencional.
 Essa exigência de “Simulcasting”
(Simultaneous Broadcasting) traz novos
problemas de compatibilidade, devido à
natureza diferente dos dois meios,
principalmente no que diz respeito ao
enquadramento e ao movimento de
câmara.
 Em resposta às solicitações de espectro
adicional das redes de TV, para
radiodifusão de HDTV, a FCC fez as
seguintes concessões:
• Liberação de um canal adicional de 6 MHz, não
adjacente, para radiodifusão de HDTV;
• A transmissão de HDTV deveria manter
compatibilidade com a TV convencional
(Simulcast);
• O canal adicional estaria sujeito a interferências
por parte de emissoras de TV convencional;
• O canal adicional não poderia interferir nos
serviços de TV já existentes.
Conceitos principais
 TV Digital é uma televisão turbinada,
mostrando imagens limpas, melhor som,
mais canais e com maior visibilidade do
que a televisão analógica.
 TV Digital oferece uma imagem livre de
“fantasmas”, chiados e interferências.
 TV Digital
 Elaborada como uma iniciativa de ser
uma opção para o desenvolvimento da
convergência digital.
 Tecnologia digital permite mais
eficiência no uso das freqüências de
rádio.
 A televisão digital permite também
transmissão de dados.
Normas de TV Digital
 Existem três normas de televisão digital:
 ATSC - Advanced Television System Comitee
(Comité de Sistemas de Televisão
Avançada), que é a norma adoptado pelos
EUA,
 DVB - Digital Video Broadcasting
(Radiodifusão de Vídeo Digital) que é a
norma adoptado pela Europa
 ISDBT - Integrated System Digital
Broadcasting (Transmissão Digital de
Serviços Integrados) adoptada pelo Japão.
 Alémdas três normas já citadas , existem
as normas emergentes do Brasil e da
China, respectivamente:
 SBTVD (Sistema Brasileiro de TV Digital),
idealizado em 2003 entrou em vigor em 2006
 ADTB-T (Advanced Digital Television
Broadcasting Terrestrial), entrou em operação
em 2008 (jogos olímpicos de Pequim)
Modelo de referência dos padrões da TV Digital
A estrutura de um sistema de TV Digital é
baseada em um modelo de referência da
UIT e é visto na figura anterior.

 Estemodelo de TV Digital é desenvolvido


em camadas. No total são cinco e são
descritas abaixo com suas funções:
 camada de aplicação - executa os
aplicativos desenvolvidos;

 camada de middleware - permite que as


aplicações sejam executadas
independentes do hardware existente;

 camada de compressão - executa a


compressão e descompressão dos sinais
de áudio e vídeo;
 camada de transporte – realiza as
operações de multiplexação e
demultiplexação dos programas de TV; e

 camada de transmissão - executa as
atividades de modulação/demodulação e
codificação/decodificação do sinal
 Uma imagem de vídeo de alta definição
como a de HDTV (High Definition TV),
 quando digitalizada, converte-se em um
feixe digital de altíssima taxa de bits da
ordem de 1Gbps, velocidade incompatível
com a largura de banda de 6MHz
reservada para transmissão de um canal
de TV.
 Por essa razão tornou-se necessário
comprimir o feixe digital de 1Gbps para
uma taxa de bits de aproximadamente
20Mbps.
 Essa alta taxa de compressão foi
alcançada pela aplicação do algoritmo de
compressão denominado MPEG2,
igualmente adotado pelos três padrões de
TV Digital.
 Foi também necessário comprimir o sinal
de áudio digitalizado, para permitir a
utilização do som multicanal.
 Quanto ao áudio, cada padrão de TV
Digital escolheu algoritmos de digitalização
e/ou compressão diferentes, que serão
comentados quando da descrição de cada
um dos padrões.
 Além do áudio e vídeo, algumas
informações complementares e facilidades
operacionais são multiplexadas às
informações comprimidas de áudio e
vídeo para formar o feixe digital
(aproximadamente 20Mbps) que entra no
Modulador.
O Modulador, independentemente do
padrão, é constituído basicamente por três
blocos funcionais, a saber:

•Codificador: confere a necessária robustez


a interferências ao sinal digitalizado.

• Estruturador de quadro: monta a estrutura


de quadro de sinal digital e acrescenta a
estrutura de quadro de sinal digital e
informações de sincronismo e controle.
 Modulador 8VSB ou COFDM: efetua a
modulação da portadora ou portadoras, e
transporta o sinal modulado para a
Freqüência Intermediária (FI), ocupando
um canal de 6MHz de banda.
 Após a modulação, segue-se uma etapa
de conversão de freqüência que transfere
o sinal modulado em FI para a freqüência
do canal de TV Digital desejado.

A etapa de conversão segue a de


excitação e amplificação de potência,
onde então o sinal modulado será inserido
na antena de transmissão.
Padrão ATSC
O sistema americano ATSC foi introduzido
nos Estados Unidos em 1998, e tem como
principal característica ser monoportadora
(portadora única) com modulação de
amplitude de 8 níveis na versão 8
Vestigial Sideband (8VSB), ocupando a
mesma banda de 6MHz utilizada no
sistema analógico.
Diagrama do modulador 8VSB
Características do padrão ATSC
Padrão DVB
O padrão DVB-T se diferencia
fundamentalmente da ATSC no método de
modulação empregado. O método usado
pelo ATSC é de monoportadora modulada
em amplitude com banda lateral vestigial
(8VSB).
 Os europeus optaram por implantar a
versão Standard, que permitia mais de um
canal de TV Digital em cada banda de
8MHz.
 O método usado pelo DVB-T é o de
multiportadora (milhares) modulada em
QPSK, 16QAM ou 64QAM e
multiplexadas por divisão de freqüência
(FDM).
 Esse método de modulação é conhecido
por Coded Orthogonal Frequency
Multiplex (COFDM) em que a palavra
coded significa que o sinal digital antes de
ingressar no modulador OFDM é
codificado por código corretor de erro que
aumenta significativamente a robustez do
sinal digital às interferências provindas do
meio de transmissão.
 Modulador COFDM – DVB-T
Características do padrão DVB
Padrão ISDB-T
O sistema japonês ISDB-T é uma
evolução do sistema DVB-T, usando o
mesmo sistema de multiportadoras,
modulação OFDM e inserção de intervalo
de guarda.
 Em virtude de a maioria da funcionalidade
dos circuitos já ter sido comentada no item
anterior, aqui serão comentados apenas
os itens adicionais introduzidos.
O padrão ISDB possui três modos de
multiportadoras: 2K, 4K e 8K. Uma
inovação deste sistema é a segmentação
de banda que divide a largura de 6MHz do
canal em 13 segmentos e, conforme o tipo
de transmissão escolhida, utiliza um ou
mais segmentos para cada camada, com
a possibilidade de transmitir até três feixes
de dados simultâneos com modulações
diferentes entre si.
Diagrama basico do modulador ISDB-T

Diagrama do codificador de canal


Diagrama em blocos do modulador
Características do sistema ISDB
SBTVD

 SBTVD é a sigla para o Sistema Brasileiro


de Televisão Digital. Foi lançado em 26 de
novembro de 2003 através do decreto
presidencial Nº 4901, com a missão de
implementar um sistema de TV Digital,
contando com a colaboração de
emissoras de TV, ABERT, SET,
universidades e empresas do setor
eletroeletrônico .
 Antes desse decreto, em 1998, a ABERT,
em parceria com a Universidade
Presbiteriana Mackenzie, realizou um
estudo e pesquisa com os três sistemas
de TV Digital existentes relacionando suas
características e o seu comportamento em
território brasileiro.
 No Brasil, o modo de transmissão é a
radiodifusão terrestre, com o uso da
modulação BST-OFDM e operando em
canal de 6 MHz
 A multiplexação nesse sistema usa o
padrão de compressão MPEG-2. A
compressão de vídeo no SBTVD é feita
pelo padrão MPEG-4 AVC (H.264), que
permite maior capacidade de dados no
canal que o MPEG-2.
O uso do MPEG-4 AVC é uma melhoria
que foi adicionada ao nosso padrão; para
compressão de áudio é utilizado o padrão
MPEG-4 AAC.
 O middleware utilizado é chamado de
Ginga e foi desenvolvido no Brasil, sendo
uma parte na PUC do Rio de Janeiro e
outra parte na Universidade Federal da
Paraíba (UFP)
Arquitetura do padrão SBTVD
Aplicações da TV Digital
• Maior qualidade de som/imagem
 • Maior resolução - HDTV
 • Múltiplos Programas
 • TV Móvel
 • TV Portátil
 • Interactividade e Multimídia
 Multimídia
 Estuda os problemas inerentes ao
armazenamento, recuperação e
transmissão de texto, sons, imagens e
vídeos digitalizados.
 As mídias podem ser divididas em dois
grupos
• Mídias discretas
• Mídias contínuas
CONCLUSÕES
 Os sistemas de TV modernos
proporcionam baixo custo de serviços e
alta qualidade
 Hi-Vision foi o primeiro protótipo da TV
digital, criado no Japão (anos 1970/80)
 Existem três principais normas de TV
digital:
 ATSC (americana)
 DVB (europeia)
 ISDB (japonesa)
REFERÊNCIAS

 www.lcs.poli.usp.br/~gstolfi/ptc2547downloads.h
tml
 http://www.dvb.org
 http://www.atsc.org
 www.intervozes.org.br
 (acesso em Julho de 2006)
 http://www.teleco.com.br/tvdigital_tecn
ologia.asp

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