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Sistemas de Rádio-Comunicações
Trabalho de Investigação
Turma: I41
Sabemos que as televisões mais antigas, que possuem um sistema analógico, não terão
capacidade para desmodular sinais digitais, e para tal terão que ser acopladas a um
descodificador, seja qual for o standard (terrestre, cabo ou satélite). Apesar de o princípio ser
comum a todos os standards do DVB, existem diferenças que os distinguem, diferenças que se
destinam a adequar o sinal transmitido ao meio de comunicação usado.
No satélite o sinal a transmitir irá percorrer grandes distâncias, no cabo existe o problema das
interferências eletromagnéticas, no sistema terrestre, existe o eco do sinal transmitido nos
edifícios em redor da receção. Como tal, cada um dos standards foi desenvolvido para ser imune
a cada um destes efeitos sobre o canal de transmissão.
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2. DESENVOLVIMENTO
Por meio do Document AO12 for Digital Terrestrial Television, que contém uma generalização
da versão Standar e HDTV pertencente a TV Digital, os europeus optaram por implementar a
versão Standard, que possibilita mais de um canal de TV Digital em cada banda de 8MHz e so
em 1998 começou-se a introduzir o padrão HDTV. Este que trabalha com conteudos audiovisual
em 3 modos de configuração de qualidade de imagem, (Camargo et al. 2015):
SDTV – transmissão de 480 linhas interlaçadas;
EDTV – transmissão de 480 linhas progressivas;
HDTV – transmissão de 1080 linhas interlaçadas;
Numa primeira fase para englobar todos os meios de televisão, a DVB consistiu o seu trabalho
criação de normas ou padrões para a transmissão digital com os meios tradicionais, e neste
período surgiram 3 grandes padrões:
DVB-S – para as redes de satélite;
DVB-C – para as redes de cabo;
DVB-T – para as redes terrestres;
Estas foram as primeiras tecnologias a imergir, tendo em conta que com o andar do tempo
surgiram outras e para cada uma existe a sua variação. Exemplo: DVB-S: DVB-S2 e DVB-SH;
DVB-C: DVB-C2; DVB-T: DVB-T2 e DVB-H. E o presente trabalho consistira na DVB-S. O
esquema abaixo ilustra o seu funcionamento.
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Fig. 1: Diagrama do processo de DVB.
O áudio, vídeo e dados (data) são multiplexados num Multiplexing Scrambling, ou seja, são
codificados e passam a partilhar o mesmo canal. Depois, passam a constituir um fluxo de dados,
designado por Transport Stream, para, em seguida, serem transmitidos pelo sistema mais
adequado ao que se pretende. O trabalho vai consitirá na DVB-S.
Uma transmissão por satelíte apresenta uma maoir largura banda disponível, mas a sua potência
é limitada possibilitando erros no sistema e o DVB-S traz consigo uma solução a esse problema
que é a codificação Reed-Solomon (RS), que garante mais robustez e uma modulação com alta
imunidade ao ruído, que impede as falhas.
Essa condificação funciona da seguinte maneira: Ela adiciona a cada um dos pacotes de dados
transmitidos, uma quantidade extra de bytes, a cada 188 bytes enviados, são adicionados 16
bytes, ou seja, 8,5% a mais de dados. Essas informações “extras” são, na verdade, códigos que
têm capacidade de corrigir eventuais erros (Assunção, s/d).
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O DVB-S traz soluções que facilitam a existência de serviços inter-activos, acesso à Internet,
aplicações que facilitam a distribuição de conteúdo entre estúdios e unidades remotas e até
mesmo as transmissões em directo de notícias e eventos. Também é apto para as transmissões de
canais em alta definição e vem sendo utilizado para esse fim por operadores como BSkyB, no
Reino Unido e Irlanda; Premiere, na Alemanha; e Sky, na Itália.
A DVB-S usa a modulação QPSK ou 4PSK. “Possui uma baixa SNR e a largura de banda
disponível é bastante alta; a modulação da amplitude é difícil devido à alta atenuação.”
(Anastassiou 1994).
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Os dados (pacotes de transporte MPEG-2) são randomizados por um gerador de
sequência pseudo-aleatória (Fig. 2.1). O byte de sincronismo do pacote MPEG não é
randomizado, a cada 8 pacotes, o byte de sincronismo MPEG é invertido, sinalizando
assim a reinicialização do randomizador.
Um código Reed Solomon (204, 188, t = 8) sobre o pacote randomizado, de acordo com a
fig. 2.2.
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A modulação DVB-S opera com relação Eb/N0 de 4,5 dB (com taxa convolucional de ½)
até 6,4 dB (taxa de 7/8). Para transponders com banda típica de 33 MHz, as taxas úteis
respectivas vão de 33 a 44 Mb/s.
Codificador de Fonte
O padrão DVB-S emprega o codificador Moving Picture Experts Group 2 (MPEG-2) com o intuito de
reduzir a quantidade de bits transmitidos. Para enviar o fluxo de bits, criou-se o conceito de Transport
Stream (TS) ou fluxo de transporte cuja função é transportar áudio, vídeo e dados digitais através de
meios ruidosos, imprevisíveis e instáveis.
Codificador de Canal
No padrão DVB-S, a codificação de canal tem o intuito de aumentar a robustez da comunicação através
da inserção de códigos corretores e detectores de erro (MOON, 2002), e este por sua vez é realizada em
cinco etapas:
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Adaptação e dispersão de energia: nesta etapa todos os bytes do pacote TS, com exceção do
byte de sincronismo, são transformados em uma sequência pseudoaleatória. Tal aleatorização
elimina sequências longas de zeros ou uns e visa dispersar a energia do espectroirradiado.
Codificador Externo ou Codificador de Reed-Solomon: o codificador Reed-Solomon (RS) e o
codificador cíclico binário (BCH) são codificadores cíclicos corretores de erros comumente
utilizados. Os códigos RS baseiam-se em corpos de Galois ou campos finitos (CLARKE, 2002).
a duração do símbolo, e a frequência da portadora f c é igual a n c/T s para algum número inteiro
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2.2.3 RECEPTOR
O sistema para a transmissão digital via satélite, mas a parte do receptor é deixada relativamente livre
para acomodar diferentes soluções de implementação (ETSI, 1993). Pode-se considerar a parte da
recepção como o processo inverso da transmissão, mas com algumas considerações importantes no
demodulador, decodificador de canal e decodificador de fonte. logo, cada bloco no transmissor tem seu
bloco correspondente no receptor.
Demodulador QPSK
O sinal recebido deve ser filtrado para eliminar ruído e possíveis interferências fora da banda de interesse.
Para minimizar os efeitos de ISI, o filtro casado deve obedecer ao critério de Nyquist. Após a
demodulação e a amostragem, o sinal recebido, antes real, é representado por uma sequência complexa
cuja parte real e imaginária estão associadas, respectivamente, aos dados em fase e quadratura que foram
mapeadas pelo receptor em uma constelação QPSK. Cabe ao demodulado rmapear os símbolos QPSK em
bits.
Decodificador de Canal
No decodificar de canal realiza-se as seguintes operações:
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1. De-puncturing - é o processo de adequar a taxa de bits do sinal recebido à taxa de bits que o
decodificador de Viterbi precisa para realizar a decodificação convolucional.
2. Decodificador interno ou decodificador de Viterbi - é um método de correção de erros
altamente eficiente. Mesmo quando não consegue corrigir os erros, o decodificador de Viterbi os
minimiza, deixando assim a tarefa mais leve para o decodificador RS (VITERBI, 1967; FORNEY
G., 1973).
3. De-embaralhamento externo o Deinterleaver - é o complemento do interleaver. O deinterleaver
permuta o conjunto de bytes para obter a ordem original dos símbolos enviados no transmissor.
4. Decodificador exterior ou decodificador RS – completa a tarefa de correção de erros de um
receptor DVB-S.
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3. CONCLUSÃO
A evolução do Homem sempre tem sido marcada por grandes e notáveis avancos ou inovações e
pelo aprimoramento das técnicas já existentes. Com isso o surgimento da TV Digital que mais
um exemplo de uma grande inovação em desenvolvimento tecnológico.
Neste trabalho foi apresentada a tecnologia DVB que possui 3 variações, com destaque para a
DVB-S (Digital Video Broadcasting – Satellite), desenvolvido pelo European
Telecommunications Standards Institute (ETSI)” (ETSI, 1993), que traz consigo os serviços
direct-to-home (DTH) aos consumidores e serviços de transmissão televisiva via satélite para
as headends dos sistemas de TV por cabo.
Se analisarmos bem uma transmissão por satelíte por possuir potência limitada apresenta erros
no sistema e o DVB-S apresenta uma solução a esse problema que é a codificação Reed-
Solomon (RS), que garante mais robustez e uma modulação com alta imunidade ao ruído, que
impede as falhas. Essa condificação tem o seguinte principio: acrescentar a cada pacote de dados
transmitidos, uma quantidade extra de bytes, essa informação extra é, na verdade, um conjunto
de códigos que têm capacidade de corrigir eventuais erros.
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4. BIBLIOGRAFIA
Anastassiou, Dimitris. 1994. “Digital Television.” Proceedings of the IEEE 82 (4): 510–19.
https://doi.org/10.1109/5.282227.
Camargo, Edilson Alexandre, Marcelo Pereira Lima, Marcus Renato, Ribeiro Gaios, and
Rodrigo Medeiros Teodoro. 2015. “TV DIGITAL – UM ESTUDO DOS PADRÕES TV
DIGITAL – UM ESTUDO DOS PADRÕES,” no. April.
https://doi.org/10.13140/RG.2.1.4172.2407.
Assunção, Pedro (s/d). Sistema DVB para Transmissão de Televisão Digital. Instituto de
Telecomunicações. Coimbra. [em linha] http://www.img.lx.it.pt/~fp/cav/Additional_material/
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ETSI. Padrão europeu EN 300 421 do DVB-S. 1993. Http://www.etsi.org. Acesso em:
24/07/2014. Citado 4 vezes nas páginas 15, 26, 33 e 37;
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Modulation for 11/12 GHz Satellite Services.” En 300 421 1.1.2: 1–24. https://doi.org/EN
300 421 V1.1.2.
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