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Exemplo: "Alô?"
Caracterís cas:
Taquifalia: Fala acelerada, mas com clareza. Pode ser observada em ansiedade, mania e
intoxicação por drogas.
Bradifasia: Fala lenta e arrastada. Há também, geralmente, latência (duração) aumentada entre
a pergunta que lhe fazemos e sua resposta. Em geral, a bradifasia está associada a quadros
depressivos graves, estados demenciais e esquizofrenia crônica ou com sintomas nega vos.
Mu smo: Ausência total da fala. Pode ser psicogênico (transtornos de conversão), orgânico
(lesões cerebrais) ou catatônico (esquizofrenia). O mu smo nas síndromes psicopatológicas é,
muitas vezes, uma forma de nega vismo verbal, de tendência automá ca a se opor passiva ou
a vamente às solicitações das pessoas no que concerne à resposta e à produção verbal. Nesse
caso, não há desejo, mo vação, drive ou intenção de se comunicar com os interlocutores por
outras vias de comunicação (gestos, escrita, comunicação alterna va).
Dislexia: Cabe acentuar que o termo dislexia é mais u lizado para designar dificuldades de
linguagem em que há trocas de fonemas, tanto na fala como na leitura e na escrita. Pode haver,
nessa condição, dificuldades mais acentuadas na leitura, na aprendizagem da escrita ou, ainda,
na capacidade de soletrar.
Ecolalia: Repe ção automá ca de palavras ou frases ditas por outras pessoas. Ela é encontrada
principalmente na esquizofrenia, sobretudo quando há sintomas catatônicos; nos transtornos
neurocogni vos, em especial nas demências; nos transtornos do espectro au sta (TEAs); e em
algumas deficiências intelectuais, geralmente graves ou profundas (Foxx; Faw, 1990)
Perseveração Verbal: Repe ção persistente de palavras, frases ou ideias ou trechos de frases,
de modo estereo pado, mecânico e sem sen do, o que indica lesão neuronal, par cularmente
das áreas cerebrais pré-frontais (mas não apenas). A perseveração da linguagem pode ser da
linguagem falada ou escrita. Ela ocorre nas demências de Alzheimer e vascular, em lesões do
hemisfério direito em conjunto com heminegligência, nas afasias e em quadros pós-trauma
craniencefálico.
Alterações na Voz
Disfonia: Alteração no mbre da voz. Disfonia (rouquidão) é o termo u lizado para a perturbação
da qualidade da voz humana, que em geral se traduz por rouquidão, restrição do desempenho
vocal e vocalização tensa ou con da. As disfonias envolvem a intensidade da voz, sua altura
(frequência, aguda ou grave) e o esforço empreendido para produzi-la. A condição pode ter um
impacto nega vo para o paciente, prejudicando a naturalidade na produção da fala e
dificultando a comunicação.
Afonia: A afonia (ou disfemia) se caracterizasse pela perda, mais ou menos abrupta, da voz, de
modo geral, sem causa neurológica ou laríngea (com exceções que serão abordadas adiante). Ela
eclode, com maior frequência, após um evento de vida estressante no qual o indivíduo fica
totalmente sem voz. Há intenção de se comunicar, mas a voz “não sai”. É, então, denominada
afonia conversiva ou histérica e está relacionada a fatores de personalidade vulnerável
(tendência à conversão), estados emocionais intensos e graves conflitos inconscientes ou
conscientes.
Expressões faciais incongruentes: Emoções faciais não condizentes com o conteúdo da fala.
Essas alterações da linguagem podem ser causadas por diversos fatores, incluindo:
Transtornos Mentais: Depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno bipolar, transtornos do
desenvolvimento, demências, etc.
Diagnós co e Tratamento:
O diagnós co das alterações da linguagem é feito por uma equipe mul disciplinar, incluindo
médicos, psicólogos, fonoaudiólogos e neuropsicólogos. O tratamento depende da causa
subjacente e pode incluir terapia fonoaudiológica, psicoterapia, medicação e outras
intervenções.
Exemplos:
Um paciente com esquizofrenia pode apresentar discurso desorganizado, alucinações audi vas
e delírios.
Uma pessoa com depressão pode ter fala lenta, monotonia e dificuldade em encontrar palavras.
Um indivíduo com ansiedade pode falar rápido, ter pressão na fala e apresentar tremores na voz.
Observações: