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Alterações da linguagem associadas a estados, condições ou

transtornos psicopatológicos

Dislexia é a disfunção no aprendizado da leitura, o indivíduo troca os fonemas tanto na fala como na
leitura e na escrita.

Gagueira (tartamudez ou disfluência da fala) é considerada pelo DSM-5 (Manual Diagnóstico e


Estatístico de Transtornos Mentais) um transtorno da comunicação. Isso, por afetar a fluência da
fala. Há interrupção das palavras no meio da locução e evitação de certas sílabas e palavras
(circunlocuções) e repetições de sílabas ou de palavras monossilábicas

Quando se refere a velocidade de fala temos a logorreia, taquifasia, loquacidade e bradifasia.

Enquanto na logorreia o indivíduo tem uma produção aumentada e acelerada (taquifasia) da


linguagem verbal – o indivíduo sente uma “pressão para falar” e também pode estar ligado com a
aceleração dos processos psíquicos), características que podemos ver em indivíduos com TDAH -
tendo uma perturbação leve ou grave da lógica e organização do discurso, na loquacidade ocorre
apenas o aumento da fluência verbal, sem prejuízo na lógica do discurso.

Em contraste. na bradifasia o paciente fala muito vagarosamente e há uma duração aumentada


entre a pergunta que lhe fazemos e sua resposta. Geralmente é percebida em quadros depressivos
graves, estados demenciais e esquizofrenia crônica.

Mutismo é a ausência de resposta verbal, onde o paciente, mesmo desperto, não responde o
interlocutor, o indivíduo não tem problemas auditivos, nem comprometimento do nível de
consciência ou paralisias motoras. As causas podem ser diversas, incluindo fatores neurobiológicos,
psicóticos ou psicogênicos.

Em casos psicopatológicos, o mutismo frequentemente é manifestado como negativismo verbal,


onde o indivíduo se opõe a solicitações de interação verbal, sem desejo, motivação ou intenção de
se comunicar por outras formas. Isso é observado em esquizofrenia e depressões graves.

Em crianças, observa-se o mutismo eletivo/seletivo. É pouco comum e está relacionado a ansiedade


social intensa, havendo ausência da fala em contextos específicos. Em outros contextos a criança
demonstra que é capaz de ouvir e falar normalmente, mesmo que seja poucas palavras.

Os tiques fonéticos ou verbais são produções de fonemas ou palavras de forma recorrente,


imprópria e irresistível, eles são característicos do transtorno de Tourette. No tique verbal, o
paciente produz geralmente sons abruptos e que soam com espasmos. É desagradável, mas
impossível de ser contido pelo indivíduo (que pode apenas adiá-lo um pouco). Já a coprolalia é a
emissão involuntária e repetitiva de palavras obscenas e vulgares, que ocorre em cerca de 25% dos
pacientes com transtorno de Tourette.

A ecolalia é a repetição da última ou das últimas palavras que o entrevistador (ou alguém no
ambiente) falou ou dirigiu ao paciente, uma repetição em eco da fala. É um fenômeno automático,
involuntário, realizado sem planejamento ou controle. A ecolalia pode ser imediata ou tardia,
quando ocorre minutos, às vezes horas, depois de ouvida a palavra ou frase. É encontrada
principalmente na esquizofrenia.

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