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TDAH

Transtorno do Déficit de Atenção com


Hiperatividade (TDAH)

Pode ser também...

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Significado de Hiperatividade
• Característica ou condição de hiperativo, de quem apresenta
atividade em excesso: a hiperatividade pode prejudicar a
aprendizagem.Psicopatologia.
• Excesso de atividade que se manifesta de variadas formas;
comportamento fora do comum que se caracteriza pelo
excesso de atividade motora, déficit de atenção, descontrole,
sendo muito frequente na criança ou no adolescente em idade
escolar. É o mesmo termo de hipercinesia no CID 10.

Hiperatividade não sendo TDAH no CID 10

(F23) Psicótico: Possui hiperatividade grosseira;


(F84.4) Transtornos invasivos do desenvolvimento - Transtorno de
hiperatividade em retardo mental e movimentos estereotipados;
(F05) Delirium, não induzido por álcool e outras substâncias
psicoativas - perturbações psicomotoras (na hiperatividade aumento
do fluxo da fala; intensificação da reação de susto);
(F1x.O) - Intoxicação aguda - Drogas depressoras podem levar a
sintomas de agitação ou hiperatividade
(F06.1) Transtorno catatônico orgânico – mudança de estupor
(movimento espontâneo com mutismo parcial ou completo,
negativismo e postura rígida) para excitação (hipermotilidade
grosseira com ou sem agressividade) hipo para hiperatividade.
(F1x.4) Estado de abstinência com delirium - Delírios, agitação,
insônia ou inversão do ciclo do sono e hiperatividade autonômica;
(F33) Transtorno depressivo recorrente - episódios breves de elevação
do humor e hiperatividade leves;
(F91) Transtornos de conduta

Hiperatividade não sendo TDAH no CID 10

(F25.0) Transtorno esquizoafetivo, tipo maníaco – agressividade, idéia


persecutória, aumento de energia, hiperatividade, concentração
comprometida e uma perda da inibição social normal.
(F30.1) Mania sem sintomas psicóticos – humor elevado,
hiperatividade, pressão ao falar e diminuição da quantidade de sono.
(F31.6) Transtorno afetivo bipolar, episódio atual misto – presença de
hiperatividade e pressão para falar, humor maníaco e grandiosidade
serem acompanhados por agitação e perda de energia e libido;
(F41.1) Transtorno de ansiedade generalizada - hiperatividade
autonômica (sensação de cabeça leve, sudorese, taquicardia ou
taquipneia, desconforto epigástrico, tonturas, boca seca, etc.)
(F43.0) Reação aguda a estresse – exaustão física que pode ser
seguida por agitação e hiperatividade (reação de escape ou fuga);
(F51.4) Terrores noturnos – Despertar com grito aterrorizado em
intensa ansiedade, motilidade corporal e hiperatividade autonômica;
(F98.8) Outros transtornos emocionais e de comportamento
especificados com início usualmente na infância e adolescência.

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Hiperatividade não sendo TDAH no CID 10
(F80.1) Transtorno de linguagem expressiva – linguagem expressiva
baixa com dificuldades em relacionamentos, perturbação emocional,
comportamento destrutivo e/ou hiperatividade e desatenção.
(F81.0) Transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades
escolares - Dificuldades de atenção, muitas vezes associadas a
hiperatividade e impulsividade, são também comuns;
(F84.3) Outro transtorno desintegrativo da infância - a criança se
toma irrequieta, irritável, ansiosa e hiperativa. Isso é seguido por
empobrecimento e então perda da fala e linguagem, acompanhado
por desintegração do comportamento;
(F84.4) Transtorno de hiperatividade associado a retardo mental e
movimentos estereotipados - crianças com retardo mental grave (QI
abaixo de 50) que apresentam problemas maiores de hiperatividade e
desatenção, assiduamente mostram comportamentos estereotipados.
Na adolescência, a hiperatividade tende a ser substituída por
hipoatividade (um padrão que não é usual em crianças hipercinéticas
com inteligência normal). Hiperatividade grave e inapropriada ao
desenvolvimento, tem estereotipias motoras e retardo mental grave;

TDAH é Hipercinesia (=hiperatividade) no


CID 10 - F90 - Transtornos hipercinéticos

Exceção: F20.2 Esquizofrenia catatônica – Perturbações


psicomotoras aliadas a hipercinesia e estupor ou obediência
automática e negativismo.
(F90.1) Transtorno de conduta hipercinética - hiperatividade,
perturbação emocional e gravidade do transtorno de conduta;
F90 Transtornos hipercinéticos
F90.0 Perturbação da atividade e atenção
F90.1 Transtorno de conduta hipercinética
F90.8 Outros transtornos hipercinéticos
F90.9 Transtorno hipercinético, não especificado

F90 - Transtornos hipercinéticos – início precoce; combinação de um


comportamento hiperativo e pobremente modulado com desatenção
marcante e falta de envolvimento persistente nas tarefas e conduta
invasiva nas situações.
Atenção comprometida e hiperatividade, que implica em inquietação
excessiva, em especial em situações que requerem calma relativa.

Características da Hipercinesia no CID 10


F90 - Transtornos hipercinéticos

Envolvem conjuntamente a hiperatividade, perturbação emocional e


gravidade do transtorno de conduta.
“Transtorno de Déficit de Atenção” não foi usado, pois implica num
conhecimento de processos psicológicos que ainda não está disponível
e sugere inclusão de crianças ansiosas, preocupadas ou "sonhadoras"
apáticas, cujos problemas são provavelmente diferentes.
Entretanto, do ponto de vista do comportamento, problemas de
desatenção constituem o aspecto central dessas síndromes
hipercinéticas;

IMPORTANTE: Sinais do transtorno podem ser mínimos ou


ausentes quando o indivíduo está recebendo recompensas freqüentes
por comportamento apropriado, está sob supervisão, está em uma
situação nova, está envolvido em atividades especialmente
interessantes, recebe estímulos externos consistentes (p. ex., através
de telas eletrônicas) ou está interagindo em situações individualizadas
(p.ex., em um consultório), o que aparentemente mascara o problema.

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Características da Hipercinesia no CID 10
F90 - Transtornos hipercinéticos

* Início precoce nos primeiros 5 anos de vida;


* Comportamento hiperativo e desatenção;
* Falta de envolvimento persistente nas tarefas;
* Conduta invasiva nas situações e persistência no tempo;
* Falta de persistência em atividades que requeiram envolvimento cognitivo;
* Tendência a mudar de uma atividade para outra sem completar nenhuma;
* Atividade excessiva, desorganizada e mal controlada;
* Pode haver melhora gradual na atividade e na atenção;
* Outras anormalidades podem estar associadas a esses transtornos;
* Crianças hipercinéticas são assiduamente imprudentes e impulsivas;
* Propensas a acidentes e problemas disciplinares por infrações não preditas;
* Relacionamentos com adultos, socialmente desinibidos, sem precaução;
* Impopulares com outras crianças e podem ser isoladas;
* Comprometimento cognitivo, atrasos do desenvolvimento motor e linguagem;
* Se complicações secundárias: comportamento antissocial e baixa auto-estima;
* Mais frequentes em meninos do que em meninas;
* Dificuldades de leitura associadas (e/ou outros problemas escolares) comuns;

Hipercinesia (=hiperatividade) no CID 10


F90 - Transtornos hipercinéticos

* Atenção comprometida e hiperatividade em mais de uma situação;


* Interromper tarefas prematuramente e por deixar atividades inacabadas;
* As crianças mudam frequentemente de ação pela distração por outras coisas;
* Inquietação excessiva, em situações que requerem calma relativa;
* Desinibição em relacionamentos sociais, imprudência em situações de perigo;
* Intromete e interrompe atividades dos outros com respostas prematuras;
* Transtornos de aprendizado e inabilidade motora frequentes (F80 — F89)
* Início precoce (antes da idade de 6 anos) e longa duração.
* Antes da idade de entrada na escola, a hiperatividade é difícil de ser reconhecida devido à ampla
variação normal; somente níveis extremos devem levar a um diagnóstico em crianças pré-escolares.
* O início agudo de comportamento hiperativo em uma criança em idade escolar é com maior
probabilidade decorrente de algum tipo de transtorno reativo (psicogênico ou orgânico), estado
maníaco, esquizofrenia ou doença neurológica (p. ex., febre reumática).
* No adulto pode gerar transtorno de personalidade antissocial ou abuso de substância
* Se hiperatividade é invasiva e grave - "transtorno de conduta hipercinética" (F90.1)
* A evolução na adolescência e na vida adulta está muito influenciada pela associação ou não à
agressão, delinquência e comportamento antissocial. Em consonância, a principal subdivisão é feita
de acordo com a presença ou ausência desses aspectos associados.

Hiperatividade não sendo TDAH no DSM V


* 315.32 (F80.2) Transtorno da Linguagem;
* 315.39 (F80.89) Transtorno da Comunicação Social (Pragmática);
* 299.00 (F84.0) Transtorno do Espectro Autista – dificuldade de atenção;
* Transtorno Específico da Aprendizagem;
* 315.4 (F82) Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (quedas);
* 295.40 (F2Q.81) Transtorno Esquizofreniforme (comportam. desordenado);
* 295.90 (F20.9) Esquizofrenia: com juízo crítico prejudicado, falta de insight;
* Transtorno Bipolar Tipo I e II - mania, como fala rápida, pensamentos
acelerados, distratibilidade e menor necessidade de sono;
* 301.13 (F34.0) Transtorno Ciclotímico – associadas à mudanças de humor;
* 296.99 (F34.8) Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor – explosão de raiva constante;
* Transtorno Depressivo Maior - distratibilidade e a baixa tolerância à frustração (pela
hiperatividade do eixo hipotalâmico-hipofisáriosuprarrenal);
* 300.3 (F42) Transtorno Obsessivo-compulsivo – pela hiperatividade nos tiques repetitivos;
* 313.89 (F94.2) Transtorno de Interação Social Desinibida impulsiva em excesso;
* 307.59 (F50.8) Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo – irritação em excesso na alimentação;
* 307.44 (F51.11) Transtorno de Hipersonolência – pela agressiva falta de atenção hiperativa;
* 327.23 (G47.33) Apneia e Hipopneia Obstrutivas do Sono - pela dificuldades de aprendizado e
cefaleias pela manhã, falta de atenção e comportamentos internalizantes

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Hiperatividade não sendo TDAH no DSM V
* 313.81 (F91.3) Transtorno de Oposição Desafiante - falha do indivíduo em
obedecer às solicitações de outros não ocorre somente em situações que
demandam esforço e atenção sustentados ou o indivíduo permaneça quieto.
* 312.34 (F63.81) Transtorno Explosivo Intermitente – pela impulsividade;
* Transtorno da Conduta – Comportamento impulsivo viola regras sociais;
* 312.33 (F63.1) Piromania – Associada ao excesso de impulsividade do desejo;
* Abstinência de Álcool/Sedativos, Hipnóticos ou Ansiolíticos - Hiperatividade
autonômica (sudorese ou frequência cardíaca maior que 100 bpm) em
conjunto com sintomas gastrintestinais.
* Transtorno por Cannabis – em uma variedade de alterações conjuntas;
* Transtorno por Uso de Estimulantes/anfetamina – sem supervisão médica, como a compulsão de
melhoria de desempenho, uso de cocaína, uso ou abstinência de tabaco e delirium medicamentoso;
* 301.83 (F60.3) Transtorno Personalidade Borderline – conflito hostil e auto-sabotagem excessiva;
* 302.82(F65.3) Transtorno Voyeurista/ 302.4(F65.2) Transtorno Exibicionista–impulsivo sexual;
* Síndrome de Psicose Atenuada – prejuizo da atenção
* Transtorno do Jogo pela Internet - Indivíduos com jogo compulsivo pela internet demonstraram
ativação cerebral em regiões específicas desencadeada pela exposição ao jogo pela internet, mas não
limitada a estruturas do sistema de recompensa.
* 314.01 F90.8 Outro transtorno de déficit de atenção/hiperatividade especificado

Transtorno do Déficit de Atenção


com Hiperatividade (TDAH) no DSM V
* O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade é um exemplo de
transtorno com diferenças na apresentação que são experimentadas mais
comumente por meninos ou meninas, em múltiplos locais de atuação.
* Muitas crianças com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade
(TDAH) apresentam também um transtorno específico da aprendizagem.

* O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento definido por níveis


prejudiciais de desatenção, desorganização e/ou hiperatividade-impulsividade.
* Desatenção e desorganização envolvem incapacidade de permanecer em uma tarefa, aparência de
não ouvir e perda de materiais em níveis inconsistentes com a idade ou o nível de desenvolvimento, e
divagação em tarefas, falta de persistência, dificuldade de manter o foco e desorganização não
constitui conseqüência de desafio ou falta de compreensão.
* Hiperatividade-impulsividade implicam atividade motora excessiva, inquietação, incapacidade de
permanecer sentado, intromissão em atividades de outros e incapacidade de aguardar - sintomas que
são excessivos para a idade ou o nível de desenvolvimento, que nos adultos, pode gerar inquietude
extrema ou esgotamento dos outros, como assumir emprego sem ter todas as informações.
* Na infância, o TDAH frequentemente se sobrepõe a transtornos em geral considerados "de
externalização", tais como o transtorno de oposição desafiante e o transtorno da conduta.
O TDAH no adulto, resulta em prejuízos no social, acadêmico e profissional.

Transtorno do Déficit de Atenção


com Hiperatividade (TDAH) no DSM V

• 314. Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade


Desatenção: 6 sintomas persistentes e inconsistentes por 6 meses.
Em adolescentes mais velhos e adultos (17 anos ou mais), pelo
menos cinco sintomas são necessários para manter o diagnóstico;
FREQUENTEMENTE:
* TDAH associado a algum transtorno específico da aprendizagem;
* Não presta atenção em detalhes ou comete erros por descuido;
* Dificuldade de manter atenção em atividades, aulas, conversas ou
leituras mais prolongadas;
* Parece estar em “djavu”, não escuta quando alguém lhe dirige a palavra, está longe;
* Não segue instruções até o fim : Começa as tarefas, perde o foco e perde o rumo);
* Desordem pessoal; desorganizado e desleixado; mau gerenciamento do tempo;
* Evita se envolver em tarefas que exijam esforço mental prolongado;
* Perde coisas ao uso do cotidiano: carteiras, chaves, documentos, óculos, celular);
* Facilmente distraído por estímulos externos (pensamentos não relacionados);
* Esquece obrigações, retornar ligações, pagar contas, manter horários agendados);

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Transtorno do Déficit de Atenção
com Hiperatividade (TDAH) no DSM V

• 314. Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade


Impulsividade: 6 sintomas persistentes por 6 meses.
Em adolescentes mais velhos e adultos (17 anos ou mais), pelo
menos cinco sintomas são necessários para manter o diagnóstico;
FREQUENTEMENTE:
* Remexe ou batuca as mãos ou os pés ou se contorce na cadeira;
* Levanta da cadeira em situações em que se espera que permaneça
sentado;
* Inquietude ou corre ou sobe nas coisas em situações em que isso é inapropriado;
* Incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer calmamente;
* “Não pára”, está “com o motor ligado"; desconforto em ficar parado por muito tempo;
* Fala demais; termina frases dos outros, não consegue aguardar a vez de falar;
* Dificuldade para esperar a sua vez (aguardar em uma fila);
* Interrompe ou se intromete nas conversas, jogos ou atividades;
* Pode usar as coisas de outras pessoas sem pedir ou receber permissão;
* Pode querer controlar a vida dos outros do que estão fazendo, intromissão pessoal;

Transtorno do Déficit de Atenção


com Hiperatividade (TDAH) no DSM V

• INFORMAÇÕES NEUROLÓGICAS ENVOLVENDO TDAH


* Atrasos leves no desenvolvimento lingüístico, motor ou social;
* Baixa tolerância a frustração, irritabilidade ou humor instável;
* Comportamento desatento está associado a processos cognitivos;
* Podem exibir problemas cognitivos em testes de atenção, função
executiva ou memória;
* No adulto, associado ao suicídio, se há transtorno do humor,
conduta ou drogas;
* Crianças com TDAH apresentam eletrencefalogramas com aumento de ondas lentas,
volume encefálico total reduzido na ressonância magnética e, possivelmente, atraso na
maturação cortical no sentido póstero-anterior, embora esses achados não sejam
diagnósticos;
* TDAH na maioria das culturas 5% das crianças e 2,5% dos adultos;
* Na primeira vez uma atividade motora excessiva quando a criança começa a andar;
* O adolescente fica irrequieto ou sensação interna de nervosismo, inquietude ou
impaciência;

Transtorno do Déficit de Atenção


com Hiperatividade (TDAH) no DSM V

• INFORMAÇÕES NEUROLÓGICAS ENVOLVENDO TDAH


* Adulto: desatenção, inquietude, impulsividade;
* Associado a níveis menores de inibição comportamental, de
controle à base de esforço ou de contenção, a afetividade negativa
e/ou maior busca por novidades.
* Muito baixo peso ao nascer (menos de 1.500 gramas) confere um
risco 2 a 3 vezes maior para TDAH;
* Correlacionado com tabagismo na gestação ou exposição ao álcool no útero;
* Parte envolve reações a aspectos da dieta;
* Pode haver história de abuso infantil, negligência, múltiplos lares adotivos;
* Exposição a neurotoxina (p. ex., chumbo), infecções (p. ex., encefalite);
* Deficiências visuais e auditivas, anormalidades metabólicas, transtornos do sono,
deficiências nutricionais e epilepsia considerados influências sobre sintomas de TDAH.
* O TDAH não está associado a características físicas específicas;
* Atrasos motores sutis e outros sinais neurológicos leves podem ocorrer.
* Padrões de interação familiar no começo da infância podem influenciar;
* Práticas culturalmente apropriadas são relevantes na avaliação do TDAH;

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Transtorno do Déficit de Atenção
com Hiperatividade (TDAH) no DSM V

* O TDAH é mais freqüente no sexo masculino - 2:1 nas crianças e de


1,6:1 nos adultos.
* O TDAH está associado a desempenho escolar e sucesso acadêmico
reduzidos, rejeição social e, nos adultos, a piores desempenho,
sucesso e assiduidade no campo profissional e a maior probabilidade
de desemprego, além de altos níveis de conflito interpessoal.
* Crianças com TDAH apresentam probabilidade significativamente
maior do que seus pares para desenvolver transtorno da conduta na adolescência e
transtorno da personalidade antissocial na idade adulta, aumentando, assim, a
probabilidade de transtornos por uso de substâncias e prisão.
* São mais propensos a sofrer lesões do que seus colegas;
* Em adultos, acidentes e violações de trânsito são mais frequentes;
* Pode haver probabilidade aumentada de obesidade;
* Podem sofrer mais bulying (preguiça, irresponsabilidade ou falta de cooperação);
* As relações familiares podem ter discórdia e interações negativas;
* As relações com os pares costumam ser conturbadas devido a rejeição por parte
daqueles, negligência ou provocações em relação ao indivíduo com TDAH.

Transtorno do Déficit de Atenção


com Hiperatividade (TDAH) no DSM V

* Podem desenvolver atitudes de oposição secundárias em relação a


tais tarefas e, assim, desvalorizar sua importância;
* Crianças com TDAH podem se comportar mal ou ter um ataque de
raiva durante alguma transição importante devido a impulsividade
ou autocontrole insatisfatório.

Transtorno de Déficit de Atenção/


Hiperatividade Especificado 314.01 (F90.8)
Esta categoria aplica-se a apresentações em que sintomas característicos do transtorno
de déficit de atenção/hiperatividade que causam sofrimento clinicamente significativo ou
prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida
do indivíduo.
Predominam, mas não satisfazem todos os critérios para transtorno de déficit de
atenção/hiperatividade ou para qualquer transtorno na classe diagnostica dos
transtornos do neurodesenvolvimento.

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Cuidados nutricionais no TDAH

Folhas verde (couve, espinafre, agrião e bertalha): são fontes


de B6, folato e magnésio, um mineral que costuma ser baixo nas
crianças com TDAH.
Proteínas animais (carne de vaca, aves, pescados e
suínos): fontes de ferro, outro mineral que é carente nos pacientes
com TDAH. Também são ricas em vitaminas do complexo B,
ligadas à saúde do cérebro.
Alimentos ricos em zinco (iogurte, peixes e frutos do mar, ovo
e semente de girassol): Este mineral é importante para o
funcionamento do cérebro e para uma série de reações
bioquímicas. Portadores de TDAH costumam ser deficientes nele.

FUNCIONAMENTO NEURO-PSICANALÍTICO

S.Ego Id, Ego, S. Ego


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2Ego
4 Ego
5Id

Processos Decisórios: Id (Soma) > Ego (ânima ou psique) > S. Ego (ânimo) > Ego > Id

1-Frontal: Consciência da identidade: Consciência da identidade de si, do outro; Lei Moral - Superego;
2-Temporal: Ouve/interpreta o que lê p/julgamento: Esclarece, troca idéias e se prepara p/novo – Ego;
3-Pariental: Ação mais importante: (Envolve o conjunto de atividades do Id, Ego e Superego)
4-Occipital: Visão de Compromisso: Esclarece, troca idéias e se prepara p/novo – Ego;
5-Insular: Força motivacional: Curiosidade, desejo e prazer - Id

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S. Ego
Id, Ego, S. Ego

Ego
Ego

Id

Id, Ego, S. Ego

S. Ego

Ego
Ego

Id

ÁREAS DE BROADMANN
1, 2, 3: Tato, dor e propriocepção (capacidade em reconhecer a
localização espacial do corpo, sua posição e orientação)
4: Controle do movimento voluntário
5: Estereognosia (habilidade de reconhecer ou identificar a forma e
os contornos dos objetos através do tato),
6: Planejamento dos movimentos dos membros e oculares

7: Visão espacial, uso de ferramentas, memória de trabalho


8: Controle do movimento dos olhos
9: Lógica e cálculos
10: Atenção e alerta
11 e 12: Processo decisório e comportamentos éticos
13, 14, 15 e 16: Córtex da ínsula
17: Visão
18: Visão; profundidade
19: Visão, cor, movimento e profundidade
20 e 21: Forma visual, memória
22: Audição, palavra, memória auditiva e interpretativa
23, 24, 25, 26, 27: Emoções
28: Olfato, emoções
29, 30, 31, 32, 33: Emoções
34, 35, 36: Olfato, emoções
37: Percepção, visão, leitura, palavra
38: Olfato, emoções
39: Percepção, visão, leitura, palavra escrita
40: Olfato, emoções
41: Percepção, visão, leitura, palavra falada
42 e 43: Audição
44: Gosto
45: Palavra, planificação do movimento
46: Pensamento, cognição, planificação do comportamento,
aspectos e controle do movimento ocular;
47: Pensamento, cognição, planificação do comportamento

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3 2

Pacientes com TDAH apresentam déficits nas funções executivas (lobo frontal e
pré-frontal), conexões com córtex posterior e áreas subcorticais.
1) Dorso lateral: distúrbios da organização, dinâmica motora, panificação,
memória prospectiva, atualizações de representação mnêmicas, flexibilidade
mental, sequenciamento, memória operacional(conceitos), mediação das
interferências e auto monitoração.
2) Órbito frontal: desinibição, irritabilidade, impulsividade, distratibilidade,
euforia, hipomania, depressão, sociopatia, aproveitamento do feedback como
modulador de respostas, tomadas de decisões, hipersexualidade.
3) Órbito medial: interferência na motivação e volição, interesse, atenção
sustentada participa dos processos de memória imediata.

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* Desregulação central dos sistemas dopaminérgicos e
noradrenérgicos que controlam a atenção, organização,
planejamento, motivação, cognição, atividade motora, funções
executivas e também o sistema emocional de recompensa.
* Anormalidade nas conexões striatais-frontais.
* Desregulação da atividade fronto-cortical inibitória
(predominantemente noradrenérgica) nas estruturas striatais
(predominantemente dopaminérgica).
* Leva a déficits na resposta inibitória e outros déficits na função
executiva habilidades cognitivas para sentir, pensar e agir.
* A eficácia dos agentes noradrenérgicos e dopaminérgicos sugere
que esses neurotransmissores desempenham um papel importante.

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TDAH: Tratamento com base na estimulação de áreas
cerebrais com eletrodos ou ondas eletromagnéticas

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As avaliações Neuropsicológicas auxiliam:
- diagnóstico adequado
- identificar as disfunções cognitivas e emocionais que
podem acompanhar o quadro de TDAH
- elucidar possíveis co-morbidades
- exclusão ou comorbidades de retardo mental
- estabelecimento de prioridades terapeutas
- indicação de terapias paralelas
- Verificação das potencialidades do paciente
- monitorar evolução e efeitos medicamentoso.

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Para as crianças!

1– Reforce os aspectos positivos da criança, parabenizando por seus acertos


2– Dê instruções claras e objetivas, facilitando o entendimento
3– Incentive a criança a terminar aquilo que já iniciou
4– Seja presente no âmbito escolar do filho, assim fica mais fácil saber como está o
desempenho em diversos aspectos da vida
5– Estimule a autonomia da criança, incentivando-a a realizar certas atividades, mas
sempre de acordo com sua idade
6– Por mais corrido e atribulado que seja o dia a dia, tenha tempo para interagir e
brincar com o filho
7– Tente manter sempre o ambiente doméstico o mais organizado possível
8– Crie uma rotina diária consistente, ou seja, com horários bem estabelecidos e pouco
mutáveis
9 – Tenha conversa frequentes com a criança e pergunte como ela se sente e se acredita
que alguma coisa deve mudar
10– Quando a criança fizer algo inapropriado, diga que foi errado e explique como
seria a maneira mais correta.

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Para quem tem TDAH

* 1. Exercite-se. Verifique o tempo de exercício a cada dia, pois ele ajuda a aumentar o foco de atenção e a
diminuir o excesso de energia.
2. Aceite a si mesmo e seus limites. O diagnóstico pode ajudá-lo a entender porque você age de uma certa maneira,
mas não é uma desculpa para comportamentos inadequados. Você pode mudar.
3. Procure pessoas que o aceite. Junte-se a pessoas com quem você se sinta respeitado. Procure grupos de apoio em
sua área ou crie sua própria rede de amigos.
4. Busque tempo no seu dia para relaxar. Deixe a sua família saber que quando você chega em casa do trabalho,
você precisa de alguns minutos de silêncio antes de se dedicar às atividades familiares.
5. Crie um registro de atividades diárias para cada dia. Selecione as suas escolhas em ordem de importância. Veja o
que precisa ser feito e complete os itens mais importantes primeiro. Se você se distrair, ainda assim você terá
conseguido fazer os itens mais importantes do dia.
6. Use o seu relógio biológico em seu benefício. Se você é uma pessoa mais produtiva no início do dia, coloque os
itens mais importantes a serem realizadas no período da manhã. Gerencie suas atividades de modo que você tire o
máximo proveitos de seus próprios padrões de produtividade.
7. Crie prazos para seus projetos. Aprenda a gerenciar o seu tempo. Esboce seus projetos estabelecendo prazos
para cada etapa. Classifique suas metas com os respectivos prazos.
8. Realize todas as suas tarefas e atividades em etapas. Ao invés de olhar o projeto como uma longa e única tarefa a
ser concluída, veja-o por partes. Não se preocupe com nenhuma outra coisa até completar o que estiver fazendo
naquele momento.
9. Sistematize com antecedência a sua própria rotina. O uso de ajudantes organizacionais, listas de tarefas,
agendas, gravadores, entre outros, é de grande valia para muitos.
10. Aprenda tudo sobre o TDAH. Quando mais informado você estiver sobre o seu problema, mais você estará
preparado para lidar com as dificuldades diárias.

Na sala de aula

1. Sentar a criança numa área silenciosa.


2. Sentar a criança perto de alguém que seja um bom modelo a seguir.
3. Sentá-la próximo de algum colega que possa apoiá-la em sua aprendizagem.
4. Orientar a atenção da criança para a tarefa que será iniciada. É importante ajudá-la a descobrir e
selecionar a informação mais importante, organizá-la e sistematizá-la.
5. As rotinas de trabalho devem ser claras. Devem ser evitadas, na medida do possível variações
imprevistas.
6. Não é conveniente fazer atividades com limites de tempo. Isto pode favorecer condutas impulsivas.
7. Permitir um tempo extra para completar seus trabalhos.
8. Encurtar períodos de trabalho de modo a coincidirem com seus períodos de atenção.
9. Dividir os trabalhos que lhes sejam dados em partes menores de modo que elas possam completá-
lo.
10. Dar assistência à criança para que ela se coloque metas a curto prazo.
11. Entregar os trabalhos um de cada vez.
12. Exigir delas menos respostas corretas que do restante da turma.
13. Reduzir a quantidade de deveres de casa.
14. Dar instruções tanto orais como escritas.
15. Tentar envolver a criança na apresentação dos temas.
16. Estabelecer sinais secretos entre a criança e o professor para poder fazê-lo notar quando está
começando a se distrair.

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12 ATIVIDADES ESSENCIAIS DE ESTIMULAÇÃO
COGNITIVA E DE MOTRICIDADE PARA CRIANÇAS
COM TDAH E DISLEXIA

1. Espaciais: As crianças devem


andar em cima de espaços
demarcados, entrar e sair de
compartimentos de diferentes
tamanhos, passarem por baixo ou
por cima de obstáculos, mudarem a
direção ou o sentido dos movimentos
corporais, colocarem objetos de
diferentes tamanhos em recipientes,
imitação de movimentos corporais
globais ou de membros superiores e
inferiores seguindo uma sequência;

12 ATIVIDADES ESSENCIAIS DE ESTIMULAÇÃO


COGNITIVA E DE MOTRICIDADE PARA CRIANÇAS
COM TDAH E DISLEXIA

2. Temporais: reproduzir diferentes


ritmos, criar ritmos, sequencializar
figuras, sequencializar fatos a partir da
apresentação de uma história.
3. Lateralidade: traçar linhas
dividindo objetos simétricos
verificando sua igualdade e a relação
lado direito e esquerdo, traçar linhas
dividindo figuras do corpo humano,
movimentar membros superiores ou
inferiores direito e esquerdo de maneira
alternada, mudar de posição (frente e
costas) enquanto movimenta membros
superiores e inferiores.

12 ATIVIDADES ESSENCIAIS DE ESTIMULAÇÃO


COGNITIVA E DE MOTRICIDADE PARA CRIANÇAS
COM TDAH E DISLEXIA

MOTRICIDADE GERAL
4. Consciência global do corpo: andar, correr,
saltar, rodar, etc.
5. Equilíbrio estático e dinâmico: ficar parado,
ficar num pé só.
6. Dissociação de movimentos: reproduzir uma
série de posições de braços, pernas, mãos.
7. Jogos mímicos com as crianças.
8. Atividades com as mãos e dedos: embaralhar
cartas, abotoar e desabotoar, cortar, rasgar papel,
manipular marionetes.

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12 ATIVIDADES ESSENCIAIS DE ESTIMULAÇÃO
COGNITIVA E DE MOTRICIDADE PARA CRIANÇAS
COM TDAH E DISLEXIA

MOTRICIDADE GERAL
9. Fazer pinturas e desenhos livres.
10. Fazer pinturas dirigidas, procurando
preencher todo o espaço do papel.
11. Execução de diferentes formas
gráficas: linhas retas horizontais, verticais ou
oblíquas, linhas circulares e formas geométricas.
12. Execução de símbolos gráficos a partir de
modelos.

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O IPDA - Instituto Paulista de Déficit


de Atenção - é um centro de referência
em TDAH Adulto há mais de 12 anos,
desde 2004. Com base neste extenso
conhecimento clínico, produziu uma
check list de sintomas relevantes,
levando em conta tanto os sintomas
listados no DSM para TDAH adulto e
também outros aspectos que impactam
os adultos, especialmente na vida
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