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das principais ferramentas utilizadas por profissionais de saúde mental para o diagnóstico de
transtornos, incluindo o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os critérios diagnósticos do
DSM-5 para o TEA são divididos em duas principais categorias: déficits persistentes na
comunicação social e padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou
atividades. Para receber o diagnóstico de TEA, o indivíduo precisa apresentar sintomas em
ambas as categorias. Os critérios diagnósticos são os seguintes:
1. Ecolalia:
A ecolalia é um fenômeno comum no autismo, caracterizado pela repetição
involuntária de palavras, frases ou sons que a pessoa ouviu de outras pessoas anteriormente.
Existem dois tipos principais de ecolalia: imediata e tardia. A ecolalia imediata ocorre
quando a pessoa repete as palavras logo após ouvi-las, muitas vezes como uma forma de
processar a linguagem.
Já a ecolalia tardia é quando a repetição ocorre após um intervalo de tempo, como se
fosse uma resposta automática a situações específicas. A ecolalia pode ser uma ferramenta
útil para a comunicação, mas também pode afetar a compreensão e a expressão linguística.
A ecolalia é um fenômeno linguístico que pode ocorrer em indivíduos com Transtorno
do Espectro Autista (TEA) e também em algumas outras condições neurológicas e de
desenvolvimento. Ela se refere à repetição involuntária de palavras, frases ou sons que
foram ouvidos anteriormente. A ecolalia é um dos comportamentos repetitivos e restritos
que são comuns em pessoas com autismo.
2. Ecolalia Tardia: Nesse tipo, a repetição ocorre após um período de tempo, muitas
vezes sem que haja um contexto claro para a repetição. Por exemplo, a pessoa pode repetir
uma frase ou palavra que ouviu horas, dias ou mesmo semanas atrás. A ecolalia tardia é
menos comum, mas também pode estar presente em indivíduos com autismo.
1. Ecolalia Imitativa: Nesse caso, a pessoa repete palavras ou frases que ouviu de
outras pessoas, como se estivesse imitando a fala. É comum em crianças pequenas que
estão desenvolvendo suas habilidades de linguagem, mas pode persistir em algumas pessoas
com autismo como uma estratégia de comunicação.
2. Ecolalia Intraverbal: Nesse tipo, a pessoa repete palavras ou frases sem que haja
um estímulo auditivo externo específico. Em vez disso, a ecolalia intraverbal pode ser
desencadeada por pensamentos internos ou como uma forma de autorregulação
emocional. Nesse caso, a ecolalia pode não estar diretamente relacionada à comunicação com
outras pessoas.
A ecolalia pode ser uma forma de comunicação funcional para algumas pessoas com
autismo, especialmente quando usada como uma maneira de responder a perguntas ou de se
comunicar quando têm dificuldades para encontrar suas próprias palavras. No entanto, para
outras pessoas, a ecolalia pode ser uma barreira para a comunicação efetiva, pois pode
interferir na compreensão e na expressão adequada das necessidades.
Profissionais de saúde e educadores que trabalham com pessoas com autismo podem utilizar
estratégias específicas para lidar com a ecolalia e promover uma comunicação mais funcional.
Isso pode incluir ensinar habilidades de comunicação alternativas, como o uso de palavras ou
expressões mais apropriadas para diferentes situações, bem como ensinar a usar a ecolalia de
forma mais funcional na comunicação do dia a dia.
2. Estereotipias:
As estereotipias, também conhecidas como comportamentos repetitivos, são ações ou
movimentos que são realizados de forma repetitiva, sem um propósito funcional aparente.
Esses comportamentos podem incluir balançar o corpo, bater as mãos, fazer movimentos com
os dedos ou qualquer outra ação repetitiva. As estereotipias podem ser uma forma de
autorregulação para lidar com a ansiedade ou o estresse, mas também podem interferir na
participação social e nas atividades diárias.
3. Interesses restritos:
Pessoas com autismo frequentemente desenvolvem interesses restritos e intensos em um ou
poucos tópicos específicos. Esses interesses podem ser incomuns em relação ao que é
considerado típico para a idade ou contexto social. Por exemplo, a pessoa pode se concentrar
profundamente em assuntos como trens, matemática, dinossauros, entre outros. Esses
interesses podem ser uma fonte de conforto e prazer para o indivíduo, mas também podem
limitar sua capacidade de se envolver em outras atividades e interações sociais.
4. Desregulação sensorial:
As pessoas com autismo frequentemente experimentam desregulação sensorial, o que
significa que suas respostas sensoriais ao ambiente podem ser hiper ou hiporreativas. Isso
pode afetar todos os sentidos, incluindo visão, audição, olfato, paladar, tato e propriocepção (a
percepção do corpo no espaço). O ambiente pode parecer excessivamente estimulante e
avassalador para algumas pessoas, levando a reações de hipersensibilidade. Em contraste,
outras podem apresentar pouca sensibilidade a estímulos, buscando, por exemplo, estimulação
tátil intensa.
5. Hipo e hiperreatividade:
A hipo e hiperreatividade referem-se às respostas comportamentais e emocionais a estímulos
sensoriais ou sociais. Hipoatividade é quando a pessoa tem uma resposta reduzida ou ausente
aos estímulos, mostrando pouco interesse ou reação aparente. Já a hiperatividade é o oposto,
onde a pessoa reage de maneira exagerada a estímulos, podendo ficar facilmente
sobrecarregada por situações sensoriais intensas ou sociais.
6. Meltdown e shutdown:
Meltdown é um termo utilizado para descrever uma reação intensa e descontrolada a uma
situação avassaladora ou sobrecarregadora. Geralmente, ocorre quando a pessoa com autismo
se sente incapaz de lidar com uma situação, resultando em comportamentos explosivos, choro,
gritos ou agressão dirigida a si mesma ou aos outros. É importante compreender que o
meltdown não é um ato deliberado, mas uma reação devido ao estresse emocional e sensorial.
Por outro lado, o shutdown é uma resposta de retraimento e esquiva, onde a pessoa se isola
emocionalmente e pode parecer desligada ou desconectada do ambiente. Ambos os
fenômenos podem ser extremamente desafiadores para o indivíduo e seus cuidadores.
7. Seletividade alimentar:
Seletividade alimentar é comum em pessoas com autismo, e muitas vezes estão relacionadas a
sensibilidades sensoriais, texturas ou cheiros específicos dos alimentos. Isso pode levar a uma
dieta restrita e limitada, dificultando o acesso a uma nutrição adequada. A terapia nutricional
e a exposição gradual a novos alimentos podem ajudar a superar essa seletividade e ampliar a
variedade alimentar.
8. Comportamentos disruptivos:
Comportamentos disruptivos referem-se a ações que perturbam o ambiente ao redor, podendo
incluir comportamentos agressivos, autolesões, birras intensas, recusas, entre outros. Esses
comportamentos podem ocorrer como resposta à frustração, dificuldades de comunicação ou
desregulação emocional. A análise funcional do comportamento e a intervenção adequada são
essenciais para entender as causas subjacentes e encontrar estratégias para promover
comportamentos mais adaptativos.
É importante ressaltar que essas diferenças são generalizações e não devem ser usadas para
impor estereótipos ou limitar as oportunidades das pessoas com base em seu gênero. Cada
indivíduo é único, e as diferenças individuais superam quaisquer diferenças de gênero
generalizadas. Além disso, é crucial lembrar que a identidade de gênero é uma experiência
pessoal e subjetiva que pode não corresponder ao sexo atribuído no nascimento. A
compreensão e a aceitação da diversidade de gênero são fundamentais para promover uma
sociedade mais inclusiva e justa para todos.