Você está na página 1de 2

Beatriz Zago Marcolino, P100014

Resumo sobre TEA

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), frequentemente referido como autismo, onde derive do
grego “autos” que significa “voltar-se para si mesmo), é um termo abrangente que engloba uma
série de condições neuropsiquiátricas caracterizadas por padrões variados de desafios na
comunicação, interação social e comportamentos repetitivos. Bleuler, psiquiatra austríaco, cunhou
o termo para caracterizar pacientes com alheamento social, mas voltado a pacientes com
esquizofrenia, onde os sintomas eram alucinações, afeto desorganizado, incongruência e
autismo. Foi definido como um dos transtornos do cérebro dentro da classe de
multidimensionalmente, por afetar áreas complexas do comportamento humano, considerado
uma disfunção de redes neurais distribuídas. O TEA é chamado de "espectro" porque engloba
uma ampla gama de apresentações clínicas, desde formas leves a mais graves, com variações
individuais significativas. Alguns dos principais sintomas e características do TEA incluem:
 Dificuldades na Comunicação: Pessoas com TEA podem apresentar atrasos na linguagem
e na comunicação verbal e não verbal. Além disso, podem ter dificuldade em compreender
o uso da linguagem de forma social e pragmática.
 Desafios na Interação Social: Indivíduos com TEA podem ter dificuldade em estabelecer e
manter relacionamentos sociais. Eles podem ter dificuldade em compreender as emoções
e as pistas sociais dos outros.
 Comportamentos Repetitivos e Restritos: Muitas pessoas com TEA exibem
comportamentos repetitivos, como balançar, alinhar objetos, seguir rotinas rígidas ou se
apegar a interesses específicos e intensos.
 Sensibilidade Sensorial: Alguns indivíduos com TEA têm sensibilidades sensoriais
aumentadas ou diminuídas, o que significa que podem ser hiper ou hipossensíveis a
estímulos sensoriais, como luz, som, textura e cheiro.
 Variações Individuais: O TEA é altamente heterogêneo, o que significa que as
características e o grau de gravidade variam de pessoa para pessoa. Alguns indivíduos
com TEA podem ser altamente funcionais e independentes, enquanto outros podem
precisar de apoio significativo ao longo da vida.
 Talentos e Habilidades Especiais: Algumas pessoas com TEA também possuem
habilidades especiais ou talentos notáveis em áreas como matemática, música, arte ou
memória.
O diagnóstico de TEA é baseado em critérios estabelecidos no DSM-5 (Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais) e envolve uma avaliação clínica abrangente realizada por
profissionais de saúde mental, como psicólogos, psiquiatras ou neuropediatras. O diagnóstico
geralmente é feito na infância, mas pode ser identificado em idades posteriores, dependendo do
grau de severidade e das características individuais da pessoa. O tratamento e o apoio para
pessoas com TEA variam de acordo com suas necessidades específicas. Intervenções precoces,
como a terapia comportamental, a terapia da fala e a terapia ocupacional, frequentemente
desempenham um papel importante no desenvolvimento e na melhoria das habilidades de
comunicação e interação social. Além disso, apoio educacional personalizado e programas de
intervenção podem ser implementados para ajudar indivíduos com TEA a alcançar seu potencial
máximo. O apoio e a compreensão da família, amigos e comunidade também desempenham um
papel crucial no bem-estar de pessoas com TEA. É uma condição que abrange uma ampla gama
de apresentações clínicas, de leves a graves, resultando em diferenças significativas entre os
níveis de autismo. Algumas das principais diferenças entre os diferentes níveis de autismo são:
Comunicação:
 Nível 1 (Leve): Pessoas com autismo de nível 1 podem ter dificuldades na comunicação
social, como compreender normas sociais, fazer amizades e iniciar conversas. No entanto,
eles podem ser capazes de manter uma comunicação básica.
 Nível 2 (Moderado): Indivíduos com autismo de nível 2 geralmente têm dificuldades
significativas na comunicação social. Eles podem ser minimamente verbais ou não verbais,
o que significa que podem não usar a fala ou ter dificuldade em expressar suas
necessidades.
 Nível 3 (Grave): Pessoas com autismo de nível 3 têm a comunicação mais prejudicada.
Muitos são não verbais e podem ter desafios significativos na compreensão e expressão
de pensamentos e sentimentos.
Interação Social:
 Nível 1 (Leve): Indivíduos com autismo de nível 1 podem mostrar desafios na interação
social, como dificuldade em compreender a perspectiva dos outros, fazer amizades e
interpretar pistas sociais sutis.
 Nível 2 (Moderado): No autismo de nível 2, as dificuldades na interação social são mais
pronunciadas. Pode haver falta de reciprocidade social e dificuldade em estabelecer
relacionamentos significativos.
 Nível 3 (Grave): Pessoas com autismo de nível 3 geralmente têm a interação social mais
prejudicada. Eles podem parecer isolados e têm dificuldade em iniciar ou manter qualquer
tipo de relacionamento social.
Comportamentos Repetitivos:
 Nível 1 (Leve): Comportamentos repetitivos podem estar presentes, mas geralmente são
menos intensos e invasivos.
 Nível 2 (Moderado): Os comportamentos repetitivos podem ser mais pronunciados e afetar
a funcionalidade diária.
 Nível 3 (Grave): Comportamentos repetitivos são frequentes e podem ser intensos,
interferindo significativamente nas atividades diárias.
Habilidades de Vida Independente:
 Nível 1 (Leve): Pessoas com autismo de nível 1 geralmente têm a capacidade de adquirir
habilidades de vida independentes e podem levar uma vida relativamente independente.
 Nível 2 (Moderado): No autismo de nível 2, as habilidades de vida independentes podem
ser limitadas, e o apoio para a vida diária pode ser necessário.
 Nível 3 (Grave): Indivíduos com autismo de nível 3 podem precisar de apoio substancial
em atividades diárias e podem ter uma dependência significativa dos cuidadores.

É importante lembrar que o autismo é altamente heterogêneo, e essas diferenças nos níveis de
gravidade não abrangem todas as nuances da condição. Cada pessoa com autismo é única, e a
intervenção e o apoio precisam ser adaptados às necessidades individuais. O objetivo é
maximizar o potencial de cada pessoa, independentemente do nível de autismo.

Você também pode gostar