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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO VALE DO ARAGUAIA

Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão


Rua Moreira Cabral, nº 1.000 – Setor Domingos Mariano
CEP: 78.603-209 – Barra do Garças/MT
Tel. (66) 3402-4900 – Site: www.univar.edu.br

PROJETO DE PESQUISA - 2023


DATA: PROTOCOLO:
1. IDENTIFICAÇÃO:
( ) PIC - Programa de Iniciação Científica
( ) PIBIC - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica
(X) TCC – Trabalho de conclusão de curso
2. PROPONENTE:
( ) Curso
( ) Instituição (Núcleos)
3. CURSO(S) PARTICIPANTE(S):
Bacharelado em Psicologia
4. ÁREA DO CONHECIMENTO*:
( ) Ciências da Saúde ( ) Ciências Agrárias
( ) Ciências Sociais e Aplicadas ( ) Ciências Biológicas
( ) Ciências Exatas e da Terra (X) Ciências Humanas
( ) Multidisciplinar ( ) Linguística, Letras e Artes

5. LINHA DE PESQUISA:
Ênfase em Psicologia da Educação e Processos Psicossociais
6. DOCENTE ORIENTADOR/COORDENADOR DA PESQUISA
Nome:Amanda Kollett
E-mail: amandaluciakollett@gmail.com
Cel/ WhatsApp®: 66 9 9966-5001
Instituição: Centro Universitário do Vale do Araguaia
Link do C. Lattes:  

7. COLABORADOR(ES)

8. ACADÊMICO(S) PARTICIPANTES
Nome:Lívia dos Santos Medrado
E-mail:liviasmedrado@gmail.com
Cel/ WhatsApp®: (66) 99977-5994
Instituição: Centro Universitário Vale do Araguaia - UNIVAR
Link do C. Lattes:

9. PROTOCOLO DE COMITÊ DE ÉTICA (SERES HUMANOS OU ANIMAIS)

NSA.

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10. TÍTULO
Desafios de uma inclusão de qualidade no ensino básico regular CME b Dona Delice
Farias Dos Santos: professor e a criança autista
11. RESUMO
Este trabalho objetivou a identificar e analisar as estratégias utilizadas no ensino básico regular para possibilitar
a criança autista o direito de uma educação inclusiva de qualidade, como também, identificar as principais
dificuldades que a gestão escolar encontra em se relacionas com estes alunos. Diante desse contexto o trabalho
possibilitou identificar que os fatores principais que dificultam uma inclusão de qualidade são a falta de
capacitação profissional adequada, falta de mais opções de materiais adequados. Porém foi verificado que os
docentes realizam e adaptam práticas pedagógicas de acordo com as características de cada aluno.

PALAVRAS-CHAVE: Autismo; Criança; Escola; Inclusão; Aprendizagem.

12. PROBLEMA
Quais os desafios a criança autista enfrentam na inclusão em escola básica regular?
13. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E JUSTIFICATIVA

A inclusão de crianças diagnosticada com Transtorno de Espectro Autista (TEA) nas


instituições de ensino reguladores é garantida por lei, conforme o capítulo V da lei de
diretrizes e bases da educação nacional (LDB) e a Lei Federal 12.764, onde aborda a
educação especial e a política nacional de proteção dos direitos da pessoa com TEA que, têm
direito a todas as políticas de inclusão do pais, entre elas as de Educação. Diante disso, surgiu
a necessidade de realizar esta pesquisa sobre como ocorre à inclusão de alunos autista. Pois é
de suma importância salientar que há uma grande necessidade dos profissionais da educação
em especial os professores terem mais amparo como, cursos de capacitação e materiais
adequados sobre o autismo na escola de ensino básico regular.
Como diz Lemos et al., 2016:

Desempenhar a função de professor com qualidade e competência requer


competências técnicas (ex. formação especializada) e pessoais (ex. desejo,
flexibilidade). Um dos aspectos que justifica esse fato refere-se à inclusão escolar,
que impõe às escolas a necessidade de se adaptar diante da diversidade dos alunos.
Desta forma, considera-se que a inclusão escolar esteja vinculada à atenção
personalizada, bem como às características individuais de cada educando, buscando
criar e oferecer oportunidades que favoreçam o desenvolvimento integral de todas
as crianças.

No entanto após a lei entrar em vigor observou um aumento de alunos com TEA nas
escolas de ensino regular. Os estudos realizados pelo Instituto Nacional de Estudos e

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Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (2013) revelam um aumento considerável nas


matrículas de crianças com deficiência no Brasil, sendo que este número cresceu de 23% no
ano de 2003, para 89% no ano de 2019. Nesta inclusão crianças com Transtorno do Espectro
Autista (TEA), matriculadas em escolas regulares é, cada vez mais comum.
De acordo com Lemos (2016):

Apesar do aumento de matriculados, os desafios continuam. Nossos professores


precisam melhorar a sua formação e o ambiente nas escolas precisa ser adaptado
(flexibilização de materiais e oferta de auxiliares de ensino na sala de aula). Sem
falar da negativa ou limitação de matrículas que ainda ocorrem na rede privada –
que apesar de ilegais, ainda são muito comuns – e do preconceito contra crianças
com necessidades específicas em geral.

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é caracterizado pelas desordens do


desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou começo da infância, ou seja, é
resultado de alterações físicas e funcionais do cérebro e está ligado ao desenvolvimento
motor da linguagem e comportamental. De acordo com o Manual de Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) o autismo passa a ser chamado de Transtorno
do Espectro do Autismo sendo caracterizado como um Transtorno Invasivo do
Desenvolvimento (TID) ocorrendo dificuldades de interação social, comunicação e
comportamentos repetitivos e restritos. Já no CID-10 indivíduos afetados pelo TID
apresentam "anormalidades qualitativas nas interações sociais recíprocas e em padrões de
comunicação e apresentam um repertório de interesses e atividades restritos, estereotipado e
repetitivo” e está inserido nos Transtornos Globais do desenvolvimento, do código F84.
Como diz Lacerda (2017) o “Transtorno do Espectro Autista é considerado uma
conjuntura que ataca aproximadamente 2% da população, pode ser considerada leve onde o
problema na comunicação pode ser percebido, porém não interfere tanto a sua rotina;
moderado onde as deficiências de linguagem são aspectos muito comuns e pode apresentar
algum transtorno de comunicação, já , considerado grave o nível mais sério, o autista tem
problemas em se expressar, habilidade cognitiva baixas, inflexibilidade comportamental e
tende mais ao isolamento onde a intervenção deve ser feita o quanto antes.”
Segundo o Instituto Neurosaber (2019):

A intensidade do Transtorno do Espectro Autista (TEA) serve para estabelecer


parâmetros do quanto será necessário intervir na criança para melhorar aspectos de
determinados quesitos que estejam atrasados. Dizer que a criança tem um autismo
severo não significa que ela não vai conseguir melhorar o seu quadro e reduzir a
intensidade; categorizar a intensidade do autismo auxilia na busca de soluções para
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melhorar o desempenho da criança na escola, e muitas vezes é preciso argumentar


quando ela precisa de profissionais para realizar o acompanhamento escolar. Logo,
saber da intensidade do autismo torna mais fácil embasar a argumentação; quando
se coloca os níveis de intensidade do TEA, é possível estabelecer um padrão dos
pontos que precisam melhorar. A partir disso, é mais fácil fazer as avaliações
periódicas e definir o que era severo e deixou de ser com as intervenções aplicadas.

Neste contexto, a escola surge como um novo meio de estimulação para a criança
com autismo, pois a escola tem um papel fundamental na investigação diagnostica, uma vez
que é o primeiro lugar de interação social separada de seus familiares. É a onde a criança vai
ter dificuldade em adaptarem-se as regras sociais, o que é muito difícil para a criança autista.
O processo de inclusão escolar tem sido também indicado por profissionais de diversas áreas,
pois estes verificaram a importância de estimular desde o início logo após o diagnostico as
habilidades da criança, bem como promover a interação social da mesma (Lemos et
al.,2016).
A escola inclusiva deve ser aquela que resulta num sistema educacional que
reconhece e atende as diferenças individuais, sempre respeitando as particularidades de todos
os alunos, tendo como pilares principais o aprender a conhecer, a fazer, a conviver e a ser.
Portanto o docente deve ter clara consciência do importante papel que ele desempenha ao
iniciar o processo de inclusão de uma criança com necessidades especiais educacionais
associado ao autismo.
Segundo Fumegalli (2012 p. 40):

A formação continuada deve ser objetivo de aprimoramento de todo professor,


porque o educador deve acompanhar o processo de evolução global, colocando a
educação passo a passo no contexto de modernidade, tornando-a cada vez mais
interessante para o aluno, a fim de que ele possa compreender que, na escola, ele
aperfeiçoa sua bagagem. É nesse processo que o professor pode ver e rever sua
prática pedagógica, as estratégias aplicadas na aprendizagem dos alunos, os erros e
acertos desse processo para melhor definir, retomar e modificar o seu fazer de
acordo com as necessidades dos alunos. (FUMEGALLI, 2012, p.40).

Sendo assim a inclusão de crianças com TEA vai além da sala de aula, deve almejar
sobre tudo uma aprendizagem onde favoreça a criança o desenvolvimento das habilidades e
potencialidades, superando as dificuldades tanto dentro da sala de aula como no meio social.
Podemos compreender também o quanto a Educação é uma das maiores ferramentas para
estimular o desenvolvimento da criança autista e , quando há uma interação mutua entre os
pais e professores favorecem o processo educativo mais eficaz e significativo na superação
das dificuldades do aluno autista. Por mais que seja decorrente as manifestações do autismo,

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pode levar a um sentimento de rejeição por parte de quem não conhece as características
desse transtorno, porém com a sensibilidade e perspicácia do docente são extremamente
importantes para aprender o compreender e trabalhar de forma eficaz com o aluno autista.

14. OBJETIVOS
14.1. GERAL:
Compreender as consequências da violência contra crianças e adolescentes no âmbito
familiar e construir políticas públicas eficaz para extinguir a ocorrência de novos casos.
14.2ESPECÍFICOS:
 Descrever as características do transtorno do espectro autista;
 Analisar como a comunidade escolar está sendo preparada para inclusão do
aluno autista;
 Verificar as dificuldades enfrentadas pela comunidade escolar para contribuir com o
desenvolvimento dos alunos autistas;
 Identificar a formação necessária dos docentes para uma inclusão de qualidade;
 Verificar que estrutura é adequada para receber alunos autistas;
15. METODOLOGIA
A metodologia a ser utilizada neste trabalho inclui a pesquisa bibliográfica em
livros, revistas e artigos científicos que abordem a temática, bem como pesquisa exploratória
via método quanti-qualitativo, técnicas que abranjam a observação, entrevista e questionário.
Esta metodologia pautada na pesquisa exploratória, por meio das fontes já citadas buscando
informações nas instituições como a escola estadual, clinica do bem de Barra do Garças, para
coleta de dados, apuração e análise dos resultados.
16. INVESTIMENTO
NSA.
17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANGELO, J. S. O papel do professor na inclusão do aluno autista. Revista Científica
Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 07, Vol. 03, pp. 137-150. Julho de
2021. Disponível em: www.nucleodoconhecimento.com.br. Acesso em: abr 2022.

BRASIL. Lei Federal nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012. Institui a Política Nacional de


Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Diário Oficial [da]
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República Federativa do Brasil, Brasília, 28 dez. 2012.

Gadia, C. A., Tuchman, R., & Rotta, N. T.. (2004). Autismo e doenças invasivas de
desenvolvimento. Jornal De Pediatria, 80(J. Pediatr. (Rio J.), 2004 80(2) suppl), 83–94.
https://doi.org/10.1590/S0021-75572004000300011
UNICEF. Convenção sobre os Direitos da Criança, 2021

Barra do Garças, 10 de Abril de 2022.

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