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Índice

SOBRE A NEUROINSIGHT 4

Défice de Atenção e Autismo


Perturbação do espetro do autismo 5
Sinais de alerta 7
Dificuldades de comunicação na PEA 10
Interação Social na PEA 12
Comportamento na PEA 14
Contacto Visual no PEA 16
Estratégias de Regulação Emocional 18
no PEA

Perturbação do Espectro do Autismo


20
(PEA) e a Perturbação do Défice de
Atenção e Hiperatividade (PHDA)

Quais são as semelhanças na rede 22


de modo padrão entre o Autismo
e o PHDA

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Perturbação do espetro
do autismo

A Perturbação do Espetro do Autismo (PEA) é uma


perturbação do neuro desenvolvimento que afeta
sobretudo a área da comunicação, interação social e
comportamento.
O termo "espectro" é usado para descrever a ampla
variação de sintomas e níveis de gravidade que as
pessoas com PEA podem apresentar.
Perturbação do espetro
do autismo

Os principais sintomas podem incluir dificuldades na


comunicação verbal e não verbal, em estabelecer
contacto ocular, na interação social, comportamentos
repetitivos e estereotipados, interesses restritos e
hiperfoco, sensibilidade sensorial e dificuldades na
identificação e compreensão das emoções nos outros.
Sinais de Alerta
Recusar o contacto físico – bebés hipertónicos
não se “aconchegam” no colo;

Ausência de atenção partilhada;

Falta de desejo ou necessidade de estar


perto do outro

Isolar-se dos outros


Sinais de Alerta

Levar o adulto pela mão ao objeto pretendido


e não fazer pedidos verbalmente

Dificuldade em imitar

Emitir vocalizações pouco diferenciadas

Produzir vocalizações atípicas

Não responder ao nome

Alinhar, empilhar, rodar objetos de forma


compulsiva e repetitiva (comportamentos
obsessivos);
Sinais de Alerta

Não responder ao nome

Não sorrir como resposta a uma interação


por parte do outro

Falta de intenção comunicativa (só comunica


após solicitação)

Isolar-se dos outros

Ter dificuldades em brincar com


brinquedos novos e diferentes (interesses
restritos);
Dificuldades de
06
comunicação na PEA

As pessoas com Perturbação do Espetro do Autismo (PEA) podem


apresentar diversas dificuldades de comunicação, tanto verbal
quanto não-verbal. Algumas dessas dificuldades incluem:

Atraso ou ausência no desenvolvimento da fala:


Muitas crianças podem apresentar um atraso no
desenvolvimento da fala ou nem falar nada. Algumas podem
ter dificuldade em entender ou produzir palavras simples;

Uso limitado de gestos e expressões faciais:


Podem apresentar dificuldades em usar gestos e expressões
faciais para se comunicar, como apontar ou sorrir;

Dificuldade em iniciar ou manter uma conversa;


Dificuldades de
comunicação na PEA 06

Comportamentos repetitivos na fala: podem repetir palavras


ou frases várias vezes sem contexto ou significado aparente;

Interpretação literal da linguagem: podem ter dificuldade em


entender o significado de figuras de linguagem, ironia e
sarcasmo;

Dificuldade em entender a linguagem corporal e as emoções


dos outros: podem ter dificuldades em entender a linguagem
corporal e as emoções dos outros, o que pode afetar a
capacidade de relacionamento e interação social.

É importante lembrar que as dificuldades de comunicação variam de


pessoa para pessoa e que muitas pessoas com PEA têm habilidades
de comunicação excelentes em algumas áreas. O tratamento e a
terapia podem ajudar a melhorar as habilidades de comunicação, o
contacto visual e a interação social.
Interação Social na PEA
06

A interação social é uma das áreas mais afetadas na


Perturbação do Espetro do Autismo (PEA).
Algumas das dificuldades comuns na interação social incluem:

Dificuldade em estabelecer relacionamentos sociais:


podem ter dificuldade em iniciar e manter relacionamentos
sociais significativos;

Falta de interesse em interações sociais:


podem parecer desinteressadas em iniciar ou manter
interações sociais, preferindo manter-se em atividades mais
solitárias
Comunicação não-verbal limitado:
podem ter dificuldades em usar a comunicação não-verbal
para interagir socialmente, como o contato visual, gestos e
expressões faciais.
Interação Social na PEA
06

Comportamentos sociais inadequados:


podem ter dificuldade em compreender as normas sociais
e assim apresentar comportamentos considerados
inadequados ou estranhos aos olhos dos outros;

Dificuldade em entender as pistas sociais:


podem ter dificuldades em entender e interpretar as pistas
sociais, como as expressões faciais, o tom de voz e a
linguagem corporal;

O tratamento e a terapia podem ajudar a melhorar as habilidades


sociais, como por exemplo, a terapia comportamental, através da
melhoria da compreensão de normas sociais e comunicação social, o
desenvolvimento de habilidades sociais e de comunicação não-verbal.
É importante reter que as dificuldades sociais podem variar de pessoa
para pessoa e que muitas pessoas com PEA são capazes de
desenvolver relacionamentos sociais significativos e adaptados.
Comportamento na PEA

O comportamento é outra das áreas mais afetadas na


Perturbação do Espetro do Autismo (PEA).
Algumas das dificuldades comuns na interação social incluem:

Comportamentos repetitivos e estereotipados:


podem exibir comportamentos repetitivos e estereotipados,
como balançar o corpo, girar objetos ou repetir palavras ou
frases (ecolalia);

Interesses restritos:
podem ter interesses intensos e restritos em certos temas,
como veículos, números ou mapas;

Sensibilidade sensorial
podem ter sensibilidades sensoriais incomuns, como serem
muito sensíveis à luz, ao som, determinadas texturas ou
cheiros;

Resistência à mudança:
podem ter dificuldade em lidar com mudanças na rotina ou
em situações inesperadas;
Comportamento na PEA

Comportamentos desafiadores:
podem apresentar comportamentos desafiadores, como
agressão, birras ou autolesão;

Hiperfoco:
podem ter dificuldade em mudar o foco de suas atividades
ou interesses

O tratamento e a terapia podem ajudar a gerir comportamentos


desafiadores e desenvolver habilidades de coping para lidar com as
áreas mais comprometidas, como por exemplo, a terapia
comportamental através da redução de comportamentos
repetitivos e estereotipados e o desenvolvimento de habilidades de
regulação sensorial e emocional.
É importante reter que o comportamento pode variar de pessoa para
pessoa e que muitas pessoas com PEA são capazes de desenvolver
habilidades comportamentais significativas e adequadas.
Contacto Visual no PEA

O contato visual é uma das habilidades sociais que pode estar


afetada na Perturbação do Espectro do Autismo (PEA) e que se
revela imprescindível para desenvolver a interação e
comunicação social. Algumas pessoas com PEA podem ter
dificuldade em fazer contato visual, enquanto outras podem
fazer contato visual excessivo ou inadequado.

A falta de contato visual pode fazer com que as pessoas com


PEA pareçam desinteressadas ou desconectadas das interações
sociais, o que pode afetar de forma negativa as suas relações e
comunicação com os outros. A falta de contato visual também
pode dificultar a leitura das expressões faciais e pistas sociais
dos outros.
Contacto Visual no PEA

No entanto, algumas pessoas com PEA podem fazer contato


visual excessivo ou inadequado, o que pode ser desconfortável
ou intimidador para os outros. Por exemplo, algumas pessoas
com PEA podem manter contato visual por um período
prolongado de tempo ou fazer contato visual em momentos
inapropriados, como durante conversas íntimas.

A terapia visual e comportamental pode ajudar a desenvolver


habilidades de contato visual adequado, ao ensinar estratégias
para fazer contato visual de forma confortável e apropriado.
Estratégias de Regulação Emocional no PEA

Estratégias de regulação emocional são técnicas e ferramentas que


podemos usar para gerir as nossas emoções e nos sentirmos melhor.
Algumas estratégias eficazes de regulação emocional incluem:

Consciência emocional:
Antes de podermos regular nossas emoções, é importante
estarmos conscientes delas. Observar e nomear as nossas
emoções.

Respiração profunda:
a respiração profunda pode ajudar a reduzir o stress e a
ansiedade. Fazer respirações lentas e profundas,
concentrando-se na sensação da nossa respiração.

Meditação
a meditação pode ajudar a nos acalmarmos e na
concentração. Devemos experimentar diferentes tipos de
meditação, para encontrar aquela que funciona melhor
para nós.
Estratégias de Regulação Emocional
É importante lembrar que nem todas as estratégias de regulação
emocional funcionam para todos. Devemos experimentar e
encontrar as estratégias que funcionam melhor para nós.

Exercício Físico:
O exercício físico pode ser uma ótima forma de diminuir
o stress e melhorar o humor.

Comunicação:
conversar com alguém em quem confiamos sobre as
nossas emoções pode ajudar a processá-las e a nos
sentirmos melhor.

Distração
se estivermos a lidar com emoções intensas, a
distração pode ser útil. Fazer algo que gostamos e que
nos faça sentir bem.

Aceitação
Às vezes, a melhor maneira de regular uma emoção é
simplesmente aceitá-la. Aceitar como nos sentimos
sem julgamento.
Perturbação do Espectro do Autismo
(PEA) e a Perturbação do Défice de
Atenção e Hiperatividade (PHDA)

São duas perturbações neuropsiquiátricas comuns


que afetam a função cerebral e o comportamento.
Embora sejam condições distintas, investigações
recentes mostram que há algumas semelhanças nas
características da rede de modo padrão (default
mode network, DMN) entre estas duas perturbações.
A DMN é uma rede neural que está ativa em repouso
e desempenha um papel crucial no processamento
de informações internas, autorreflexão e
pensamentos espontâneos.
Perturbação do Espectro do Autismo
(PEA) e a Perturbação do Défice de
Atenção e Hiperatividade (PHDA)

São duas perturbações neuropsiquiátricas comuns


que afetam a função cerebral e o comportamento.
Embora sejam condições distintas, investigações
recentes mostram que há algumas semelhanças nas
características da rede de modo padrão (default
mode network, DMN) entre estas duas perturbações.
A DMN é uma rede neural que está ativa em repouso
e desempenha um papel crucial no processamento
de informações internas, autorreflexão e
pensamentos espontâneos.
Quais são as semelhanças na rede de modo
padrão entre o autismo e o PHDA?

Conectividade alterada da DMN

Tanto no autismo como no PHDA, há evidências de que a DMN


exibe conectividade alterada. No autismo, estudos têm
relatado uma hiperconectividade interna da DMN, com maior
sincronização funcional entre as regiões que compõem a
rede. Isso significa que as regiões da DMN estão mais
fortemente conectadas entre si, resultando numa maior
atividade sincronizada. Por outro lado, no PHDA, observa-se
uma desconexão funcional da DMN, com menor sincronização
entre suas regiões.
A hiperconectividade interna da DMN no autismo pode estar
associada a características como pensamentos
perseverantes, dificuldades ao nível da flexibilidade cognitiva
e do foco excessivo nos processos internos em detrimento dos
estímulos do ambiente externo. A desconexão funcional da
DMN no PHDA pode contribuir para os défices de atenção,
regulação da atenção e dificuldades no controlo cognitivo.
Quais são as semelhanças na rede de modo
padrão entre o autismo e o PHDA?

Desconexão entre a DMN e outras redes cerebrais

Além das alterações internas na DMN, tanto o autismo quanto


o PHDA estão associados a uma desconexão entre a DMN e
outras redes cerebrais. No autismo, essa desconexão envolve
principalmente a rede de controlo executivo (executive control
network, ECN) e a rede saliente (salience network). A ECN está
envolvida no controlo cognitivo, flexibilidade comportamental
e inibição de respostas impulsivas, enquanto a rede saliente
desempenha um papel na deteção e orientação da atenção
para estímulos relevantes.
No PHDA, também há uma desconexão entre a DMN e a ECN,
bem como em outras redes cerebrais envolvidas no controlo
cognitivo. Essa desconexão pode prejudicar a capacidade de
regular a atenção, a alternância entre tarefas e a inibição
comportamentos impulsivos.
A desconexão entre a DMN e outras redes cerebrais sugere
que o autismo e o PHDA podem envolver dificuldades na
integração e coordenação das informações entre diferentes
redes cerebrais, afetando o processamento de informações
tanto internas quanto externas.
Quais são as semelhanças na rede de modo
padrão entre o autismo e o PHDA?

Correlações da DMN com sintomas comportamentais

As alterações na DMN em ambas as perturbações, também


têm sido associadas a sintomas comportamentais
característicos. No autismo, a hiperconectividade interna da
DMN foi relacionada a sintomas como dificuldades na
interação social, défices na teoria da mente e
comportamentos repetitivos. Esses sintomas podem ser
atribuídos à maior atenção dada aos processos internos em
detrimento das interações sociais e do processamento de
informações sociais.
No PHDA, a desconexão funcional da DMN e a diminuição da
conectividade com a ECN têm sido relacionadas aos sintomas
de défice de atenção, hiperatividade e impulsividade. Essas
alterações podem interferir na capacidade de regular a
atenção, inibir comportamentos impulsivos e manter o foco
em tarefas relevantes.
Quais são as semelhanças na rede de modo
padrão entre o autismo e o PHDA?

Influência de fatores genéticos e ambientais

Tanto o autismo quanto o PHDA são influenciados por uma


combinação de fatores genéticos e ambientais. Estudos
sugerem que algumas das alterações na DMN podem ser
influenciadas por fatores genéticos que afetam a
conectividade cerebral e o desenvolvimento neuronal.
Além disso, fatores ambientais, como exposição a
substâncias tóxicas, stress durante o desenvolvimento fetal e
complicações no parto, também podem desempenhar um
papel na alteração da DMN em ambos as perturbações.
Quais são as semelhanças na rede de modo
padrão entre o autismo e o PHDA?

Implicações clínicas e terapêuticas

A compreensão das semelhanças na DMN entre o autismo


e o PHDA tem implicações importantes para o
desenvolvimento de estratégias de intervenção e tratamento.
O conhecimento das alterações na DMN pode ajudar a
identificar alvos terapêuticos específicos e desenvolver
abordagens mais direcionadas para cada perturbação.
Por exemplo, técnicas de neurofeedback, que visam modular
a atividade da DMN e outras redes cerebrais, têm sido
exploradas como uma abordagem terapêutica promissora
para o autismo e o PHDA. Essas técnicas permitem que os
indivíduos aprendam a regular a sua própria atividade
cerebral, melhorando o controlo cognitivo e a regulação da
atenção.
Implicações clínicas e terapêuticas

Além disso, intervenções comportamentais, terapia


ocupacional e medicamentos podem ser direcionados para
modular a atividade e a conectividade da DMN e outras
redes cerebrais. A terapia comportamental pode ajudar a
desenvolver estratégias de regulação de atenção,
competências sociais e controlo da impulsividade, enquanto
medicamentos, como estimulantes no caso do PHDA, podem
afetar a atividade cerebral e reduzir os sintomas.
No entanto, é importante destacar que o autismo e o PHDA
são perturbações complexas com uma ampla variedade de
sintomas e características individuais. As alterações na DMN
são apenas uma parte do quadro mais amplo dessas
perturbações e devem ser consideradas juntamente com
outras características clínicas e cognitivas.
Em conclusão, embora o autismo e o PHDA sejam
perturbações distintas, há algumas semelhanças nas
características da DMN entre eles. A hiperconectividade
interna da DMN tem sido observada no autismo, enquanto o
PHDA está associado à desconexão funcional da DMN. Essas
alterações na DMN podem estar relacionadas aos sintomas
comportamentais e cognitivos observados em cada
perturbação. A compreensão dessas semelhanças pode
contribuir para o desenvolvimento de abordagens
terapêuticas mais eficazes e direcionadas para o autismo e
o PHDA.
Sobre a autora

Membro da equipa do Centro Neurosensorial,


na consulta de Neuropsicologia. Mestre em Psicologia
pela Universidade do Minho e Mestre em Psicologia
dos Processos Neurocognitivos e Ciências Afetivas
pela Universidade de Lille. No qual, frequentou cursos
correlacionados com a área da Neuropsicologia,
envolvendo o neuro desenvolvimento, traumas,
demências, intervenção e o processo de avaliação
cognitiva. Atualmente frequenta o Doutoramento em
Psicologia na Especialidade de Saúde, Bem-estar e
Rendimento, na Universidade do Minho.

Drª Catarina Ribeiro


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O Centro Neurosensorial é a clínica que aborda a visão como um processo


neurológico complexo que necessita de ser integrado com
os outros sentidos, como é o caso da audição, propriocepção, (postura), etc.,
fundamentais para o desenvolvimento de processos
ao nível da linguagem, leitura e escrita, com rendimento global positivo.
De um modo geral, no Centro Neurosensorial, trabalha-se a relação intima
e indicossiável da emoção e a razão, como sendo dois hemisférios
fundamentais para a saúde mental do ser humano.
A natureza complexa e sofisticada desta abordagem implica por sua vez,
um corpo clínico multidisciplinar motivado para compreender
e melhor a saúde dos indivíduos, como sendo essa a premissa do Centro.

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