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Aumento drástico na prevalência de diagnósticos do TDAH

É possível observar ao longo dos últimos anos um aumento significativo nos


diagnósticos de Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, levantando diversos
questionamentos de psicólogos, médicos e familiares.

O TDAH é um transtorno neurobiológico que afeta o ser humano em qualquer idade,


afetando significativamente sua vida.

É evidente que o aumento dos diagnósticos pode ser um reflexo de uma sociedade
mais conscientizada acerca do TDAH, além de uma maior representatividade nas mídias
sociais de pessoas que sofrem e falam sobre isso. Ademais, a pressão acadêmica e social
colocada sobre as crianças e adolescentes acaba por levar há uma maior identificação de
sintomas do TDAH.

É de extrema importância uma avaliação cuidadosa e criteriosa antes do diagnóstico,


pois os sintomas podem ser confundidos com outras condições médicas. E, o tratamento é
multidisciplinar, envolvendo a saúde, a educação e o núcleo familiar da pessoa.

Diante dessa crescente são necessários o debate e a reflexão sobre a prevalência dos
diagnósticos, visão dos diagnósticos mais precisos e um tratamento adequado para os que
realmente necessitam.

Os especialistas no assunto fazem diversos alertas sobre o aumento de diagnósticos e


prescrições de medicamentos para o TDAH, em uma audiência pública estes especialistas
ressaltaram uso excessivo de medicamentos extremamente fortes como a ritalina.

Afirmam que é uma epidemia de diagnósticos falhos, fazendo diversos alertas para os
efeitos colaterais tardios e os problemas de dependência causados pelos medicamentos
prescritos desnecessariamente.

Entretanto, afirmam que em casos que realmente necessitam a ritalina pode fazer a
diferença e melhorar a qualidade de vida do paciente.

O TDAH afeta, em média, 5% a 8% da população, sendo caracterizado pela


desatenção, hiperatividade e impulsividade, não existindo exames específicos para
diagnóstico, que é realizado clinicamente.

Há um forte componente genético e é comum acometer crianças que possuem paz com
o mesmo transtorno. É evidente que não houve um aumento dos casos ao longo dos anos, mas
sim um aumento de diagnósticos como reflexo da melhor instrução da população e a
popularização do transtornou.
Ou seja, sempre existiram pessoas com TDAH, mas como não era algo muito falado
entendia-se ser algo normal, com a disseminação das informações as pessoas passaram a
entender e buscar seus diagnósticos.

O Sistema Único de Saúde realiza atendimentos especiais para pessoas com o


transtorno, ressaltando que o diagnostico precoce é essencial para uma vida escola saudável e
tratamentos eficazes.

O aumento nos diagnósticos de TDAH ao longo dos anos se deve principalmente ao


maior reconhecimento e acolhimento das pessoas com o transtorno. As pessoas com TDAH
estão sendo mais reconhecidas e acolhidas dentro dos serviços de saúde e educacionais,
resultando em um aumento nos diagnósticos.

O TDAH é mais presente em crianças, sendo 5% afetados em comparação a metade da


porcentagem de adultos, que quando recebem seus diagnósticos acabam por acreditar que
sofrem de outras condições, como ansiedade ou depressão.

Além disso, há uma falta de informações sobre os efeitos combinados de


medicamentos usados para tratar o TDAH, como os psicoestimulantes Ritalina e Venvanse, e
outros remédios utilizados para doenças crônicas comuns em adultos mais velhos, como
diabetes e hipertensão.

Na Suécia e no Reino Unido foram realizados estudos visando a análise de diretrizes


terapêuticas em adultos mais velhos com a condição, encontrando muitos pacientes com
diagnóstico durante a infância que não foram acompanhados até uma idade mais avançada, o
que dificulta a identificação dos sintomas em pessoas beirando os 50 anos.

Conclui-se que diante do aumento significativo na prevalência de diagnósticos de


Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) nos últimos anos, é evidente a
importância de uma reflexão e debate sobre esse fenômeno.

A conscientização e o reconhecimento do TDAH têm levado a um aumento no


identificações da doença, resultando em uma busca por ajuda profissional. No entanto, é
fundamental enfatizar a necessidade de avaliações cuidadosas antes do diagnóstico, devido à
possibilidade de confusão dos sintomas com outras condições médicas ou problemas
comportamentais.

Esse debate é crucial para garantir diagnósticos precisos e tratamentos adequados para
aqueles que realmente necessitam.

O aumento no diagnóstico de TDAH entre crianças e adolescentes também levanta


preocupações sobre a medicalização excessiva e o uso indiscriminado de medicamentos,
exigindo uma abordagem cuidadosa e criteriosa no tratamento dessa condição.
A preocupação com a medicação sem necessidade neste contexto é bastante relevante,
levando os especialistas ao alerta da possível "epidemia de diagnósticos" de, realizados com
critérios frouxos e imprecisos, o que pode resultar na prescrição de medicamentos sem uma
avaliação adequada.

Portanto, é fundamental promover uma abordagem cautelosa no diagnóstico e


tratamento do TDAH, garantindo que a medicação seja prescrita apenas quando necessária e
após uma avaliação completa da condição do paciente. O envolvimento multidisciplinar de
profissionais da saúde, educação e familiares é essencial para garantir que o tratamento seja
adequado e que as preocupações com a medicação sem necessidade sejam devidamente
consideradas.

Do exposto, os argumentos acabam por ser redundantes, mas concordo que o aumento
excessivo de diagnósticos de TDAH traz consigo diversas problemáticas que precisam ser
abordadas com cautela, sendo fundamental reconhecer a importância de uma avaliação
criteriosa antes do diagnóstico e garantir que o tratamento seja direcionado apenas para
aqueles que realmente necessitam.

RESUMO

O aumento significativo nos diagnósticos de Transtorno do Déficit de Atenção com


Hiperatividade (TDAH) nos últimos anos tem levantado questionamentos entre psicólogos,
médicos e familiares. O TDAH é um transtorno neurobiológico que afeta pessoas de todas as
idades, impactando significativamente suas vidas. O aumento dos diagnósticos pode refletir
uma sociedade mais consciente sobre o TDAH, assim como uma maior representatividade nas
mídias sociais de pessoas que sofrem com o transtorno. Além disso, a pressão acadêmica e
social sobre crianças e adolescentes tem levado a uma maior identificação de sintomas do
TDAH.

É crucial realizar uma avaliação cuidadosa e criteriosa antes do diagnóstico, uma vez
que os sintomas podem ser confundidos com outras condições médicas. O tratamento é
multidisciplinar, envolvendo saúde, educação e a família da pessoa afetada. Especialistas
alertam para o aumento de diagnósticos e prescrições de medicamentos para o TDAH,
ressaltando a importância de diagnósticos precisos e tratamentos adequados para aqueles que
realmente necessitam.

O Sistema Único de Saúde oferece atendimentos especiais para pessoas com TDAH,
destacando a importância do diagnóstico precoce para um desenvolvimento saudável na
escola e tratamentos eficazes. O aumento nos diagnósticos se deve principalmente ao maior
reconhecimento e acolhimento das pessoas com o transtorno. No entanto, há preocupações
sobre a medicalização excessiva e o uso indiscriminado de medicamentos, exigindo uma
abordagem cuidadosa e criteriosa no tratamento dessa condição.

Portanto, é essencial promover uma abordagem cautelosa no diagnóstico e tratamento


do TDAH, garantindo que a medicação seja prescrita apenas quando necessária e após uma
avaliação completa da condição do paciente. O envolvimento multidisciplinar de profissionais
da saúde, educação e familiares é fundamental para assegurar um tratamento adequado e
considerar as preocupações com a medicação sem necessidade.

Fontes:

Bottallo, Ana. (2023). Diagnóstico e tratamento de TDAH são falhos para pessoas acima de
50 anos, mostra estudo. Acessado em 22/01/2024 de:
https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2023/09/diagnostico-e-tratamento-de-tdah-
sao-falhos-para-pessoas-acima-de-50-anos-mostra-estudo.shtml

Agência Senado. (2023). Especialistas alertam para ‘epidemia de diagnósticos’ de TDAH


entre crianças. Acessado em 22/01/24 de:
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2023/11/27/especialistas-alertam-para-
2018epidemia-de-diagnosticos2019-de-tdah-entre-criancas

Martins, Fran. (2022). Entre 5% e 8% da população mundial apresenta Transtorno de Déficit


de Atenção com Hiperatividade. Acessado em 22/01/24 de:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/setembro/entre-5-e-8-da-populacao-
mundial-apresenta-transtorno-de-deficit-de-atencao-com-hiperatividade

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