Você está na página 1de 6

Guia de Profissionais

Advogados
Cabeleireiros
Cirurgiões Dentistas
Fonoaudiólogos
Médicos
Nutricionistas
Personal Trainers
Psicólogos
Veterinários
Saúde
Beleza
Pet
Direito
Revista
TV Boa Vida
Blog

Toggle navigation

Guia de

Profissionais Perfil
Advogados Cabeleireiros Cirurgiões Fonoaudiólogos Médicos

Dentistas Nutricionistas Personal

Trainers

Psicólogos Veterinários

Saúde Beleza Pet Direito Revista


Fábio Pessoa
TV Boa Vida Blog

Pediatria
Cidade atual:
Goiânia
www.fillium.com.br Ver perfil completo

Publicações
Transtorno do Deficit de Atenção e Hiperatividade, com o Pediatra Fábio Pessoa
Dificuldades escolares, com o Pediatra Fábio Pessoa
Cinco doenças psiquiátricas ligadas à irritabilidade
Sete dicas valiosas para lidar com a irritabilidade das crianças
Como lidar com a irritabilidade na infância
Autismo
Desenvolvimento Infantil
Hiperatividade

Transtorno do Deficit de Atenção e Hiperatividade, com o Pediatra Fábio Pessoa


O Transtorno do Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um assunto extremamente difícil. Deixa a maioria dos pais atordoados, sem saber lidar com a inquietude
dos filhos. O pediatra e consultor do Boa Vida Online, Dr. Fábio Pessoa, em entrevista, esclareceu sobre o TDAH, além de informar os principais sintomas. Esta matéria é,
ainda, uma homenagem ao Dia do Pediatra. Valorizando estes profissionais tão importantes para a saúde na infância e juventude.

1 – O Transtorno do deficit de atenção e hiperatividade – TDAH – é hoje uma das doenças mais estudadas na medicina, devido sua alta incidência; cerca de 5%
da população mundial apresenta os seus sintomas. O que é o TDAH?
TDAH é comprovadamente um transtorno neurobiológico e de caráter genético, que tem início na infância e que pode se manter na vida adulta. Nesses indivíduos,
acredita-se que existam falhas na regulação(liberação e captação) de dopamina e/ou de noradrenalina; a quantidade insuficiente desses neurotransmissores em algumas
regiões do cérebro, leva aos sintomas de falta de atenção, hiperatividade e impulsividade. O diagnóstico preciso é feito a partir dos 6 anos de idade, com auxílio dos pais e
dos professores, uma vez que é possível observar prejuízo em função da alteração comportamental que já é visível. Atualmente não existem exames que auxiliem
no diagnóstico desse transtorno.
A Associação Americana de Psiquiatria, em seu Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais, elaborou uma lista de sintomas que norteiam cientificamente
o diagnóstico, de tal forma que o paciente apresente pelo menos seis dos sintomas de desatenção e/ou seis dos sintomas de hiperatividade/ impulsividade propostos. Além
disso, os sintomas devem se manifestar em pelo menos dois ambientes diferentes (em casa e na escola, por exemplo) e por um período superior a seis meses (veja box na
página seguinte). É importante que o diagnóstico seja feito na idade certa e que o tratamento se inicie o quanto antes. Uma pessoa portadora de TDAH pode realmente ser
prejudicada na sua vida acadêmica, bem como, ter dificuldades na vida pessoal, familiar, social e profissional.
Dr. Fábio Pessoa, Pediatra, CRM – GO 9861

2 – Qual a diferença entre TDAH (Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade) e DDAHI (Distúrbio de Deficit de Atenção/Hiperatividade e
Impulsividade)?
Na verdade são nomenclaturas diferenciadas, mas que indicam a mesma doença. O quadro clínico do TDAH foi descrito pela primeira vez, em 1902, no Reino Unido, e de
lá pra cá, os nomes foram se alterando. Mas hoje a nomenclatura oficial da doença é TDAH mesmo.

3 – Como os pais e professores podem diferenciar a hiperatividade da peraltice das crianças?


Os pais e os professores têm papel fundamental na identificação do TDAH. Na verdade, a maioria das crianças saudáveis é mesmo muito ativa, inquieta e curiosa. É isso o
que nós esperamos delas. Mas, quando existe um comportamento que as distanciam do restante do grupo é preciso ter um olhar diferenciado para ela. Tanto a desatenção
quanto o comportamento hiperativo interferem de forma importante no estudo e no aprendizado, já que a criança não consegue se concentrar, possui dificuldades de
se manter parada para receber uma informação, fala demais ou inadvertidamente.
Mas, a dificuldade de aprendizado não significa que a criança não tenha inteligência ou que não consiga aprender. Fala-se inclusive que Einstein possa ter sido portador de
TDAH. O que acontece é que ela apenas não está preparada, naquele
momento, para receber determinada informação. A pessoa não tem culpa de ser desatenta e descuidada, de perder os materiais escolares com frequência, de ser muito
agitada, de fazer brincadeiras inadequadas por não conseguir esperar a vez para entrar em ação. Isso faz com que os outros colegas comecem a deixá-la (o) de lado. Certo é
que, sem tratamento, vão se acumulando os prejuízos sociais, emocionais e de aprendizado.

4 – Um tratamento tardio pode significar perda de qualidade de vida?


Sim, os prejuízos emocionais ao longo do tempo vêm com uma carga extra na baixa auto-estima, na dificuldade em aceitar regras, nas vulnerabilidades frequentes da vida,
que são armadilhas fáceis para um portador de TDAH. Quanto mais cedo intervirmos no ajuste neurobiológico, melhor.

5 – Como é o tratamento para o TDAH? Existem fases do problema?


Todo TDAH deve receber algum tipo de tratamento psiquiátrico e terapêutico; certamente ele terá muitos benefícios. As etapas do tratamento passam pelo entendimento da
família e do paciente sobre o que é esse transtorno e sobre as orientações a serem seguidas. Depois, dar início aos medicamentos psicoestimulantes que possuem uma
excelente resposta na correção da disfunção neuroquímica, promovendo um ajuste na captação da dopamina e da noradrenalina e, consequentemente amenizando os
sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Em paralelo, é importante que haja um apoio psicoterápico, sobretudo nas orientações comportamentais,
facilitando a reinserção da criança, adolescente ou adulto no contexto social, acadêmico, profissional e familiar. Embora não exista a cura para esse transtorno, enquanto os
medicamentos eliminam os sintomas, a terapia ajuda o paciente a reverter a baixa auto-estima e a reorganizar sua vida, passando a conviver socialmente sem problemas.
Aqueles com prejuízo em relação ao aprendizado, precisam ainda de acompanhamento de um psicopedagogo ou de um fonoaudiólogo.

6 – É verdade que muitas das crianças com TDAH podem ter também outra doença psiquiátrica associada?
Sim, cerca de 70% dos pacientes com TDAH possuem também outro tipo de problema psiquiátrico, apresentando quadros depressivos, como o Transtorno Desafiador
Opositor (TDO), o Transtorno de Ansiedade, ou Transtorno Bipolar de Humor, condições que devem ser tratadas paralelamente. Pesquisas mostram ainda, maior índice de
abuso de substâncias (álcool e outras drogas) por parte do paciente portador de TDAH.

7 – Existem muitos profissionais que afirmam que os medicamentos “entorpecem” os


pacientes, os tornam “robotizados”, “zumbis” e que este é um meio artificial de controle da doença. O que o senhor tem a dizer sobre isso? E o que acontece
quando medicamentos são prescritos sem uma real necessidade?
Quando ocorre a prescrição de medicamento adequado para o controle dos sintomas do TDAH não se espera tais consequências. É fato que, alguns pacientes são mais
sensíveis ao ajuste de doses, o qual deve ser feito individualmente, com base na observação clínica do paciente. A criança ou adolescente em uso de qualquer medicamento
para TDAH deve reunir condições para desempenhar todas as suas atividades, sejam elas físicas ou psíquicas. Já nos casos em que a
prescrição ocorre sem o diagnóstico preciso não se espera efetivamente qualquer benefício, além disso, poderá haver efeitos colaterais com maior intensidade. Dependendo
do medicamento poderá aumentar a irritabilidade, instabilidade do sono, além de dores de cabeça e dores abdominais.

8 – Pacientes podem fazer o tratamento para a TDAH através do Sistema Único de Saúde – SUS?
Sim, o diagnóstico e tratamento do TDAH são oferecidos pela rede pública. Geralmente, por já existir uma rede multiprofi ssional montada, os Hospitais-escola são uma
boa referência, mas a procura pelo tratamento é maior do que a demanda e o atendimento fi ca prejudicado; muitas crianças não recebem o tratamento adequado.
9 – Goiânia já é uma referência no tratamento?
Sim, Goiânia possui vários pediatras, neuropediatras e psiquiatras infantis, além dos psicólogos capacitados para acompanhar os pacientes com TDAH. O importante é
montar essa rede de profissionais que cerca o paciente de todo o suporte, para que ele viva sem prejuízos signifi cativos. Não podemos depositar todas as fichas do
tratamento na medicação, mas é preciso estar sempre buscando todo o tipo de apoio possível, sem jamais virar as costas para os avanços que surgem em relação ao
tratamento.

Características de pacientes TDAH com predomínio de desatenção e TDAH com predomínio de


Hiperatividade e Impulsividade.
• Falta de atenção a detalhes ou erros na escola ou no trabalho por descuido;
• Dificuldade em manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas;
• Dificuldade em escutar quando lhe dirigem a palavra;
• Problemas em seguir as instruções ou terminar suas atividades escolares, deveres domésticos ou de trabalho;
• Falta de organização nas tarefas e atividades diárias;
• Antipatia ou falta de envolvimento em atividades que exijam esforço mental constante;
• Perda frequente de objetos necessários para tarefas ou atividades (lápis, livros, brinquedos…);
• Facilidade em se distrair por estímulos alheios às suas atividades;
• Esquecimento em atividades diárias

Sintomas de hiperatividade/impulsividade que também podem estar presentes:


• Agitação de mãos e/ou pés e inquietação na carteira escolar;
• Abandono de sua carteira em sala de aula ou em outras situações em que há
necessidade de permanecer sentado;
• Atitudes inapropriadas para determinadas situações;
• Dificuldade para brincar ou de se envolver silenciosamente em atividades de lazer;
• Parecer estar frequentemente agitado;
• Falar em demasia;
• Dar respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido concluídas;
• Dificuldade para aguardar a sua vez;
• Interromper ou se meter em assuntos alheios.

Caso seis ou mais dos sinais e sintomas acima forem observados e persistirem por pelo menos
seis meses, deve-se procurar ajuda especializada.

Por Boa Vida

VEJA TAMBÉM

Transtorno do Deficit de Atenção e Hiperatividade, com o Pediatra Fábio Pessoa

Dificuldades escolares, com o Pediatra Fábio Pessoa

Cinco doenças psiquiátricas ligadas à irritabilidade


Sete dicas valiosas para lidar com a irritabilidade das crianças

Como lidar com a irritabilidade na infância

Autismo

VER TODAS PUBLICAÇÕES

Comentários

0 Comments Sort by Oldest

Add a comment...

Facebook Comments Plugin

Queremos sua opinião! Comente!

Nome (required)

Email (não vai ser compartilhado, required)

Website

Cancelar Comentar

Inscreva seu E-mail


Receba novidades da Boa Vida em seu e-mail!

E-mail:Perfil da Aurélia
Anuncie
Nome:Fale Conosco

Indique o Site Newsletter


Inscreva-se
×

Envie a um amigo

Seu Nome:
Seu E-mail:
Digite aqui sua busca

Nome do Amigo:
E-mail do Amigo:
Comentário

Digite o texto

Digite o texto

Cancelar Enviar

Você também pode gostar