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Você já deve ter ouvido por aí que o TDAH e a dislexia estão sempre interligados, mas, não
é verdade. Os dois são transtornos de desenvolvimento e são confundidos com frequência.
Para deixar claro: o TDAH afeta habilidades de atenção do indivíduo e a dislexia está ligada
especificamente às habilidades de linguagem e escrita.
Ambos, quando não diagnosticados na infância, podem trazer dificuldades na idade adulta.
Neste artigo, iremos abordar mais sobre cada condição, tipos, sintomas, diagnósticos e
tratamentos. Vamos conferir?
Em alguns casos, o TDAH pode ser definido como DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção).
Devido aos sintomas desse transtorno, a criança pode apresentar mais dificuldade na
alfabetização e memorização, trazendo até mesmo problemas de ansiedade por não
conseguirem aprender ou acompanhar o desenvolvimento de sua turma.
É importante ressaltar que o TDAH pode causar outros transtornos, como ansiedade e
depressão, por parecer que o indivíduo não consegue “se adequar” aos demais. Há também
maior risco de consumo de álcool e drogas.
Dislexia
A dislexia é um distúrbio específico de linguagem, ou seja, afeta a capacidade de leitura e
escrita do indivíduo. Dessa forma, ficam prejudicadas as habilidades de consciência
fonológica e habilidades verbais. Assim como no TDAH, além de ter fatores genéticos,
também costuma manifestar-se na infância e, se não tratada, pode perdurar para a idade
adulta.
Logo, é possível imaginar como isso pode ser confundido com a dislexia. Uma vez que a
criança não consegue prestar atenção nas aulas, se distrai muito facilmente ou até mesmo
não consegue ficar parado, isso claramente afetará o seu desenvolvimento escolar, fazendo
com que a alfabetização seja mais difícil. Dessa forma, a suspeita de dislexia pode
aparecer. Porém, são coisas diferentes.
É comum que essa confusão exista, uma vez que 70% das pessoas com TDAH têm
dificuldade na leitura e escrita. É claro que crianças com diagnóstico de TDAH também
PODEM ter dislexia, mas não é uma regra. Por isso, cada caso deve ser avaliado de forma
multidisciplinar.
A dislexia pode ser identificada mais por dificuldades em memorizar música, trocar letras e
palavras, por exemplo, uma vez que é uma disfunção puramente de linguagem, enquanto o
TDAH abrange muitos outros fatores, conforme citamos.
Apesar da maior dificuldade, é possível, sim, que a criança possa aprender a ler e escrever
da forma adequada nesses casos, mas é importante que o diagnóstico seja o mais precoce
possível, uma vez que o tratamento pode ajudar a sanar os sintomas e permitir que a
criança se desenvolva mais facilmente.
Para entender um pouco melhor como o TDAH se comporta na idade adulta, vamos conferir
alguns sintomas:
Como lidar?
Com tantos pontos desafiadores, é fato que a rotina para essa pessoa precisa ser adaptada
para que tenha mais qualidade de vida. Antes de qualquer ação, é imprescindível que a
condição seja investigada por uma equipe multidisciplinar capacitada, para que possa se
chegar ao diagnóstico e, então, iniciar o tratamento medicamentoso assim como as terapias
auxiliares necessárias.
Como o TDAH tem um perfil mais “acelerado” do que o normal e tudo pode funcionar de
maneira muito rápida, os hábitos alimentares e de sono podem acentuar ainda mais os
sintomas. Por isso, para esses casos, praticar exercícios que gastem energia ajuda a
melhorar o humor, a relaxar e a melhorar a qualidade de vida. É essencial também adotar
uma alimentação equilibrada e bons hábitos de sono.
Outras práticas que podem ajudar o TDAH na vida adulta são dispositivos ou meios para
auxiliar na organização, por exemplo:
– fazer listas;
– usar uma agenda ou planner que funcione melhor para você;
– realizar pequenas tarefas, sem se sobrecarregar, uma de cada vez.
É claro que todas essas tarefas são um processo, uma vez que a dificuldade de
organização é muito presente nesse transtorno. Por isso, a ajuda profissional é
indispensável, além da persistência e da paciência para lidar com o TDAH.
O mais importante é saber que tem tratamento e que isso não precisa ser um motivo de
vergonha. Procure um profissional da sua confiança, tenha paciência com você mesmo e
seja constante no tratamento! Dessa forma, é possível conquistar mais qualidade de vida.