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Fontes históricas são documentos produzidos pelos seres humanos ao longo do tempo e

indispensáveis para o trabalho do historiador no estudo sobre o passado. São objetos,


escritos, imagens, sons que fornecem informações relativas a algum período da história. A
forma de se analisar essas fontes se modificou ao longo do tempo, principalmente no
começo do século XX, quando as fontes passaram a não se restringirem apenas ao
documento oficial escrito.

Seus tipos são:


● documentos textuais

● vestígios arqueológicos

● representações pictóricas

● registros orais

Resumo sobre fontes históricas

Fontes históricas são documentos ou vestígios feitos por seres humanos ao longo do tempo
e indispensáveis para o historiador estudar o passado.

Ao longo do tempo, a forma como o historiador analisou essas fontes mudou,


principalmente no século XX, quando outros tipos de fontes, além da escrita, foram
inseridos nos estudos históricos.

Os tipos de fontes são: documentos textuais, vestígios arqueológicos, representações


pictóricas e registros orais.

Alguns exemplos de fontes: texto escrito, vídeos, fotos, áudios, resquícios de objetos
históricos, quadros.

O que são fontes históricas?

As fontes históricas são matérias-primas para o trabalho do historiador. Elas consistem em


tudo aquilo que foi feito pelos seres humanos ao longo do tempo, e o seu acesso possibilita
a compreensão sobre o passado. De acordo com o professor José d’Assunção Barros|1|:

“As fontes históricas são as marcas da história. Quando um indivíduo escreve um texto, ou
retorce um galho de árvore de modo que esse sirva de sinalização aos caminhantes em
certa trilha; quando um povo constrói seus instrumentos e utensílios, mas também nos
momentos em que modifica a paisagem e o meio ambiente à sua volta — em todos estes
momentos, e em muitos outros, os homens e mulheres deixam vestígios, resíduos ou
registros de suas ações no mundo social e natural.”

Essa reflexão nos permite compreender a amplitude dessas fontes. As marcas da história
foram feitas por pessoas ilustres, que tiveram destaques no cenário nacional, mas também
por indivíduos que viveram o cotidiano de forma “anônima”, mas registraram sua presença
em um lugar e em um tempo. Essa ampliação dos tipos e dos acessos às fontes começou
no século passado. Até o século XIX, o uso das fontes era restrito aos documentos oficiais e
escritos.

Durante muito tempo, o historiador interessado no estudo sobre o passado recorria aos
museus nacionais em busca de documentos escritos e produzidos por agentes do Estado
ou grandes figuras heroicas de uma nação. A escrita se sobrepunha aos outros tipos de
fontes. Registros de viagens, crônicas, ofícios se tornaram objetos de estudos dos
historiadores para produzirem uma análise sobre o passado baseada na ciência e no rigor
da pesquisa. O cientificismo, tão característico em meados do século XIX, colaborou nessa
busca por uma ciência histórica que estudasse o passado com base em provas seguras.

Essa visão rigorosa das fontes mudou a partir da década de 1920, quando historiadores
franceses fundaram a Escola dos Annales, que tinha como objetivo renovar o estudo sobre
o passado, não mais limitado aos documentos escritos, mas sim considerando outros tipos
de produções de tempos antigos que poderiam colaborar na compreensão da história.

As imagens, os sons, os registros de indivíduos comuns ganharam destaque e se tornaram


fontes de estudos e pesquisas históricas. A mudança nos estudos históricos e a ampliação
daquilo que é fonte histórica permitiram mais possibilidades de se conhecer o passado por
meio de ângulos de visão desprezados pelos historiadores do século XIX. Isso não
significou o abandono do rigor científico, mas sim a proposição de novas metodologias de
pesquisa.

As tecnologias foram úteis para o historiador conservar e acessar os documentos históricos.


A internet permitiu a pesquisa a arquivos e a descoberta de documentos até então
inacessíveis ou inéditos. O compartilhamento de informações entre historiadores possibilitou
melhor diálogo e maiores reflexões sobre as fontes históricas e as metodologias de
pesquisa, além de uma compreensão do passado conectada com os problemas do
presente, não mais sendo algo massificado, sem vida.

Ao analisar uma fonte histórica, o historiador questiona a sua originalidade, a sua


veracidade. Verifica-se a data em que determinado documento foi produzido, quais eram as
intenções de quem o produziu, quais informações sobre o passado são possíveis de extrair
de determinado objeto ou vestígio. Dependendo do tempo histórico, as fontes são escassas
ou as que existem se encontram danificadas. Cabe ao historiador fazer a metodologia de
pesquisa, ou seja, quais passos seguir para melhor analisar a fonte e compreender o
período histórico no qual ela foi produzida.

Tipos de fontes históricas

A Escola dos Annales ampliou os tipos de fontes históricas não mais restritas ao que foi
escrito. O áudio, a imagem, os vestígios se tornaram objeto de pesquisa para o historiador.
Os principais tipos são:

Documentos textuais: cartas, crônicas, ofícios, diários, relatos.

Vestígios arqueológicos: objetos de cerâmica, construções, estátuas.


Representações pictóricas: quadros, pinturas, fotos, afrescos.

Registros orais: testemunhos pessoais transmitidos oralmente.

Exemplos de fontes históricas

Uma fonte que tem sido muito utilizada por historiadores são documentos pessoais, isto é,
cartas, diários e outros registros que não vieram a público, mas guardam informações sobre
o passado. O diário escrito por Anne Frank possibilitou conhecer as experiências de uma
menina judia que viveu escondida da perseguição nazista com sua família em um sobrado
em Amsterdã, Holanda.

Durante a década de 1970, vários políticos brasileiros publicaram suas memórias ou


autobiografias para registrar as suas visões sobre acontecimentos do passado. Além disso,
os familiares desses políticos doaram seus acervos para arquivos e outras instituições,
como o CPDOC da Fundação Getúlio Vargas, que não apenas cuidaram da sua
preservação, como também permitiram o acesso e a pesquisa com base na documentação
produzida.

Apesar de não serem escritas com tanta frequência nos dias de hoje, as cartas nos ajudam
a compreender o passado por meio do registro da intimidade, da troca de correspondência
entre pessoas, públicas ou não. Nelas, o autor da carta reserva um tempo do seu dia para
escrever para outra pessoa e aguarda a sua resposta. Essas cartas revelam diálogos,
contrariedades, alegrias de quem as escreve, e podem ajudar na compreensão de um
contexto individual ou mesmo coletivo.

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