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Protocolo de Risco para a Gagueira do Desenvolvimento (PRGD)

Tem como objetivo obter um perfil dos fatores e grau de risco para a gagueira do
desenvolvimento.

É aplicado com os pais da criança, em sessão específica de entrevista.


Composto por 15 questões, com três alternativas (grau de risco) que abrangem desde os
dados de caracterização da criança até seus antecedentes familiares e reações sociais.

Aplicação
Aplicado pelo terapeuta com os pais ou responsáveis pela criança.
O terapeuta deverá formular as questões de forma a eliciar respostas, o mais objetivas
possível.
Nos casos de dúvida não fazer nenhuma marcação antes de ter esclarecido o ponto em
questão.

Análise
A pontuação do protocolo será a somatória de cada uma das colunas.
O grau de risco será aquele da coluna com maior número de pontos.
Quando houver a mesma pontuação em duas colunas considerar o grau de risco mais
elevado.

1. IDADE
Quanto menor a idade menor o risco para o desenvolvimento da gagueira crônica.
Em crianças pequenas a gagueira tende a ter um pequeno período de duração, devido à
possibilidade de recuperação espontânea.
Assinalar a faixa etária atual da criança marcando 1 na coluna correspondente.

Baixo risco Risco Alto risco

2 anos a 3 anos e 11m 4 anos a 6 anos e 11m 7 anos a 11 anos e 11m


2. SEXO
A gagueira ocorre mais frequentemente no gênero masculino, proporção esta que
aumenta com a idade.
Coloca-se 2 para gênero masculino e 1 para o gênero feminino, em baixo da coluna
correspondente à idade.
O gênero feminino tem maior possibilidade de recuperação espontânea da gagueira, por
este motivo pontua 1.

3. TIPOLOGIA DA DISFLUÊNCIA
Determina a tipologia da disfluência pedindo ao entrevistado que imite o (s) tipo (s) de
ocorrências mais comuns apresentado (s) pela criança.
Marcar 1 na coluna correspondente à tipologia predominante.
4. TEMPO DE SURGIMENTO DA DISFLUÊNCIA
Marcar 1 na coluna correspondente à duração, em número de meses, a partir da primeira
vez em que o problema foi percebido.
A recuperação espontânea da gagueira ocorre principalmente nos primeiros anos de vida,
ou seja, muitos recuperam nos primeiros 12 meses de início das disfluências.

5. TIPO DE SURGIMENTO
Pontua 1 na coluna correspondente, podendo ser:
- Súbita: de uma hora para a outra

- Cíclica: vai e volta; tem dias e fases melhores ou piores


- Persistente: desde que começou a falar; permanece constante; vem se agravando
com o tempo
6. FATORES COMUNICATIVOS ASSOCIADOS
Marcar 1 na coluna correspondente à importância dos agravantes de comunicação
associados.
Agravantes: alterações fonológicas (omissões, distorções ou trocas de sons); alterações
miofuncionais e neurovegetativas; alterações na velocidade da fala (principalmente a
aceleração); variação da intensidade (alto/baixo) e/ou frequência (grave/agudo) da voz;
não realização de turnos de fala; não execução satisfatória de ordens; não compreensão
adequada do que lhe é solicitado; não tem boa memória; não sabe o nome as coisas; só
faz frases curtas e simples; só a família entende o que a criança fala.

7. FATORES QUALITATIVOS ASSOCIADOS


Marcar 1 ponto na coluna correspondente.
Agravantes: tensão corporal associada, tensão facial associada, rupturas por alterações na
coordenação pneumofonoarticulatória.

8. COMPONENTES ESTRESSANTES ASSOCIADOS


Esses fatores devem ter ocorrido até 3 meses antes do início da gagueira.
Marcar 1 ponto na coluna correspondente
9. HISTÓRICO MÓRBIDO PRÉ, PERI E PÓS-NATAL
Marcar 1 ponto na coluna correspondente.
Agravantes: complicações pré-natais graves, pré-maturidade, permanência em berçário de
risco, hospitalizações prolongadas, infecções graves, achados neurológicos (convulsões,
medicamentos neurolépticos, etc.).

10. HISTÓRICO FAMILIAR


Marcar 1 ou 2 ou 3 na coluna correspondente

11. REAÇÃO FAMILIAR

Como a família reage frente a gagueira.


Marca 1 ponto na coluna correspondente.
12. ATITUDE FAMILIAR
Marca 1 ponto na coluna correspondente.
Refere-se às atitudes linguísticas das famílias

 Mais atenção à disfluência do que à fluência


 Oferecem pistas e truques para evitar as disfluências (pense antes de falar, respire,
calma, fale devagar, etc.)
 Finalizam as sentenças das crianças
 Apressam a criança para que finalize sua fala (vamos, fale logo, estou com pressa,
etc.)
 Encorajam ou solicitam que a criança fale rápido, precisa ou maduramente todas
as vezes
 Falam muito rápido, ou falam com criança muito rápido
 Frequentemente corrigem, criticam ou modificam as frases, a pronúncia das
palavras ou dos sons emitidos pela criança
 Têm um estilo de vida acelerado (tudo para ontem)
 Exibem a criança para parentes e amigos fazendo-a recitar, ler, cantar, etc
 São incapacitadas para responder à criança quando ela precisa e só o fazem
quando querem ou podem
 Dão mais atenção e superproteção quando ocorrem as disfluências

13. REAÇÃO DA CRIANÇA


Marcar 1 ponto na coluna correspondente.
Agravantes: vergonha excessiva, pequena resistência à frustração, ansiedade excessiva,
sensibilidade exacerbada, timidez e insegurança persistentes, irritação (propensão à raiva
e ao descontrole), baixa estima, inclinação à autoagressão, tendência à culpa,
perfeccionismo, sensação de insucesso quando compete por atenção, carência afetiva,
dependência exagerada.

14. REAÇÃO SOCIAL

Marca 1 ponto na coluna correspondente.


Refere-se ao modo como amigos e parentes distantes da criança, assim como professores
e colegas da escola reagem ao problema.

15. ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL ANTERIOR

Marca 1 ponto na coluna correspondente.

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