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Sistema Digestório
É uma tubulação por onde o alimento vai passar e em seu percurso teremos glândulas anexas
que vão lançar secreções, que vão ajudar no processo digestivo. Começa na cavidade bucal,
esôfago, estômago, intestino delgado e grosso. As glândulas anexas: glândulas salivares,
pâncreas, fígado (produz a bile) e vesícula biliar (concentra a bile). O sistema digestório vai
produzir uma série de hormônios que vão ajudar a controlar algumas coisas.
Organização histofisiológica - a organização de externa para interna: uma camada serosa fina,
uma camada de musculatura longitudinal, um conjunto de neurônios chamado plexo
mioentérico (de Auerbach), uma camada de musculatura circular, uma camada submucosa
com o plexo de Meissner, uma camada muscular da mucosa e uma camada mucosa. Essa
organização vai por todo o trato GI.
A inervação parassimpática é feita pelo X par craniano, nervo vago, inerva praticamente todas
as vísceras do pescoço para baixo, e a porção sacral da medula, entre s2 e s4, inervando a
parte final do TGI. O neurotransmissor predominante é a acetilcolina e o destino
predominante é o SNE. A função é aumentar a atividade e aumentar secreções. A inervação
simpática parte de T5 a L2. O neurotransmissor é noradrenalina, os receptores são do tipo alfa-
2, que podem produzir influxo de entrada e saída de potássio e cálcio, depende do local. O
destino predominante é SNE ou músculo. De uma maneira geral a função é diminuir a
atividade/motilidade do TGI e diminuição de secreções.
Além disso, temos uma inervação dos vasos sanguíneos, principalmente simpática, que
quando liberadas, adrenalina e noradrenalina se ligam aos receptores alfa-1, causando
vasoconstrição. Também existem neurotransmissores que vão estar no próprio SNE, causando
vasodilatação, como por exemplo, o VIP (peptídeo intestinal vasoativo) e serotonina (5HT). O
parassimpático aumenta a secreção de VIP e 5HT pelo SNE e com isso temos vasodilatação.
- Sangramento na víscera abdominal - diminuir o sangramento: agonista alfa porque ele se liga
no receptor alfa-1 fazendo vasoconstrição. (Não tem receptor beta nos vasos que irrigam as
vísceras).
Ao entrar um leão na sala ocorre a ativação total do simpático. Porém, algumas pessoas vão
desmaiar, algumas pessoas perderão o controle dos esfíncteres (o que não tem sentido
fisiológico algum) pela ativação exagerada do simpático (fenômeno de transborno) pegando o
nervo vago e ativando seu núcleo, liberando mais acetilcolina no coração, reduzindo a
frequência cardíaca, faltando fluxo pelas carótidas e vertebrais, causando o desmaio do
paciente, ou descendo nos vertebrais e liberando ou esfíncteres.
A parte motora do nervo ativa o plexo de Auerbach, que acaba aumentando a movimentação
na camada muscular e daí vão partir fibras que chegam na submucosa para estimular a
secreção das glândulas. O simpático vai chegar ao plexo de Auerbach, mas vai acabar ter um
efeito inibitório sobre secreções e movimentação. A inervação simpática e parassimpática vai
acontecer nos plexos e diretamente no ‘’alvo’’. Além de levarmos informações para o SNE, ele
nos manda informações também; então, temos quimiorreceptores, que nos mostram, por
exemplo, o quão ácido está o ambiente, mecanorreceptores que mostram o grau de distensão
do estomago, ou seja, temos uma comunicação entre SNE e SNC, caminho de ida e volta.
Funções: quebrar o alimento para pedaços menores para que as enzimas digestivas possam
agir de uma maneira mais efetiva. Ajuda na deglutição.
Controle: feito pelo córtex (decidir quando iniciar ou parar de mastigar), tronco e formação
reticular (não pensamos que estamos mastigando), hipotálamo, amígdala.
Papel dos receptores somatossensoriais: temos receptores para tato de diferentes tipos, para
frio, calor. E isso é muito importante para identificar elementos estranhos (ossos) no alimento
ou um chá muito quente que pode causar lesões. Eles são subestimados em relação ao gosto
das substancias que ingerimos. O gosto do que comemos depende muito da textura do
alimento.
Força mastigatória: expectativa de vida tem muito a ver com a odontologia. Edêntados com
prótese perdem de 20 a 40% da força mastigatória quando comparada com edêntados
normais.
As glândulas salivares são inervadas pelo 7º par craniano (facial) e pelo 9º par craniano
(glossofaríngeo). O sistema parassimpático é composto pelo 3º, o 7º, o 10º e o 11º. A maior
parte dos desmaios que o paciente tem são síndromes vazo-vagais, ou seja, o paciente
hiperativação nervo vago, libera acetilcolina no coração, diminui a frequência cardíaca, diminui
o fluxo sanguíneo no encéfalo e o paciente desmaia. Quando o paciente faz isso ele ativa todos
os pares cranianos do parassimpático, aumenta a salivação pelo 7º e 9º. Desmaia e saliva
muito.
Secreções digestivas: amilase salivar (ptialina) (Ph de atividade 4,0 a 11,0) e lípase lingual
(glândulas de Von Ebner) (quebra gorduras). Essa lípase faz a limpeza dos ductos das glândulas
de Von Ebner para que não fique gordura depositada aí. Se isso acontecesse, não sentiríamos
o sabor dos alimentos pelos botões gustativos.
Na saliva, ainda temos imunoglobulinas A que vão ajudar a direcionar o sistema imune para
bactérias e vírus; temos lisozimas que vão que quebrar a parede das bactérias e temos
lactoferrina agrupa bactérias para que as lisozimas possam agir.
A saliva é muito parecida com o plasma; contudo, além das bactérias, a saliva se injetada
endovenosa pode causar sepse; além de deitar o paciente extremamente mal, causando
vasodilatação, queda de pressão arterial violenta.
A saliva também tem mucinas que são lubrificantes, funcionam como barreira para
desidratação, limitação da penetração de agentes irritantes e toxinas, regulação da
colonização bacteriana e viral e proteases, elastases, colagenases bacterianas.
Nas glândulas salivares temos algumas que são predominantemente de secreção proteica,
como a parótida e a submandibular e algumas que são predominantemente de secreção
mucina, como a submandibular e a sublingual.
A produção de saliva é em torno de 1 a 1,5 litros por dia = 1mL/min. Se o fluxo for entre 140 a
280 ml por dia entramos em um estado chamado Xerostomia, que é uma diminuição do fluxo
salivar (velhos em geral tem xerostomia, porque a glândula salivar conforme a idade vai
perdendo a porção secretora e aumenta a quantidade de tecido conjuntivo, além de uma
diminuição do centro da sede – desidratação). Cialogogo: droga que aumenta a produção de
saliva, devido à ativação do parassimpático. Além disso, em idosos o hematócrito esperado é
um pouco menor; contudo, encontramos, muitas vezes, um hematócrito é igual ao do
indivíduo jovem, isso acontece pela desidratação, baixando a quantidade de plasma – colocar
no soro, repondo a água, encontrando o hematócrito 32.
Quando comparada ao pâncreas em tamanha, por exemplo, a glândula salivar tem um fluxo
relativo de 50 a 70 vezes, ou seja, ela produz muito mais secreção do que o pâncreas.
Aquaporinas: canais de água que jogam a água na luz do acino. Ao longo dos ductos a saliva vai
sendo modificada- os ductos vão reabsorvendo sódio e excretando HCO3 e potássio.
A saliva previne contra doenças periodontal e cáries. O indivíduo que tem mais doenças na
cavidade oral é o que tem mais ativação do simpático (estresse).
A salivação é aumentada pelo fator-contato, algo em contato com a cavidade oral (dentista,
aparelho dentário, chicletes). E também quando o ph for diminuído, seja tomando um suco
ácido seja vomitando (para proteger do ácido HCL que está vindo do estômago) a salivação é
aumentada.
Vômito x Refluxo: no vômito vai ter contração da musculatura gástrica, vai lançar o conteúdo.
No refluxo tu comeu demais e o conteúdo do estômago passa pelo esôfago e volta.
Inervação da Língua
Temperatura e tato: inervação sensitiva pelo nervo trigêmeo e uma inervação gustatória pelo
nervo facial, pelo vago e pelo glossofaríngeo. No tronco temos a consciência de determinado
sabor.
Substâncias doces são mais percebidas na ponta da língua, mas não é exclusivo para esse local,
mas sim o que está em maior quantidade. O amargo é mais no final da língua. Na lateral
anterior é a salgada. Temos também a percepção na epiglote, no palato e na faringe.
Seres humanos têm memória sobre os alimentos que comem. Se por acaso o paciente fizer
uma alergia, uma intoxicação alimentar, passar mal ocorre uma aversão ao alimento, passando
um bom tempo sem conseguir ingerir o alimento novamente. Isso é uma medida protetora
muito grande e sábia.
Anormalidades do paladar
Para deglutir recrutamos o 5º, 7º e 10º pares (via aferente). -> processado no tronco no
núcleo do trato solitário (NTS) e no núcleo ambíguo (NA) -> parte motora da deglutição que
envolve o 5º, o 7º e o 12º pares. Se tiver lesões de tronco, começa a ter dificuldade na
deglutição. Pacientes com Parkinson e Alzheimer morrem muitas vezes de pneumonia
porque eles lesam o tronco e essa lesão causa problema na deglutição e o alimento
começa a entrar nas vias aéreas, isso se repete muitas vezes. Pacientes mais idosos se
tiverem pneumonia não conseguem tossir, e só se percebe a pneumonia quando a
secreção sai pela cavidade oral.
Epitélio simples. Local de pouca absorção. Não tem vilosidades, nem microvilosidades. Porém,
começa a ter reentrâncias/ fossetas no epitélio que é uma característica da mucosa do
estômago. Essas fossetas são importantes porque é aqui que as secreções, produzidas pelo
agrupamento de células, serão lançadas. O estômago é dividido em fundo, corpo e região
antral. Separando o estômago do esôfago encontrasse o esfíncter esofagiano inferior (cárdia) e
separando o estômago do duodeno temos o esfíncter pilórico. O estômago é extremamente
distensível. A primeira função do estômago é funcionar como um reservatório de comida, além
de ter uma série de secreções.
Esses últimos hormônios serão liberados na corrente sanguínea e terão ou efeito endócrino ou
efeito parácrino nas células vizinhas.
O ácido clorídrico (HCl) serve como barreira de proteção contra a invasão bacteriana, tanto
que quando são usadas drogas que diminuem a produção de HCl a possibilidade de contrair
uma infecção bacteriana no TGI é muito maior.
-No estômago temos uma quantidade muito reduzida de baterias. O intestino grosso é o local
de maior ‘’instalação’’ de bactérias. Lesão de intestino grosso = expõe tudo, lava tudo e entra
com carga máxima de antibiótico e reza kkk.
Em primeiro lugar, precisa-se da anidrase carbônica (CA) que acelera o processo. Temos CO2
que se associa com a água e vai gerar ácido carbônico e esse vai ser separado em hidrogênio e
bicarbonato.
CO2 + H2O -> H2CO3 -> H+ + HCO3- ( A anidrase carbônica acelera o processo de produção de
ácido carbônico a partir de gás carbônico mais água e de ácido carbônico em hidrogênio e
bicarbonato). Com a anidrase carbônica já foi produzido hidrogênio.
Necessita-se também de cloreto. Existe na membrana da célula um canal antiporter que faz o
cloreto entrar e o bicarbonato sair (isso gasta ATP). Aumenta a concentração de cloreto. Esse
cloreto passa por um canal por difusão facilitada. Todas as células do corpo têm mais potássio
dentro da célula e ele vai saindo por canais vazantes de potássio e enquanto ele sai nessa
região aumenta a quantidade de potássio o que é muito importante porque a bomba de
prótons consome ATP. O hidrogênio é lançado para fora e potássio para dentro. Essa bomba
gasta ATP.
O Omeprazol bloqueia a bomba de prótons e isso faz com que o hidrogênio não seja lançado
para fora. Esses medicamentos inibem a bomba de H/K ou bomba de prótons.
As células parietais lançam ácido na luz do estômago. O ácido não pode tocar as células para
evitar lesões celulares. Por isso, existe uma camada de muco e uma camada de bicarbonato
protegendo essas células. A célula parietal lança o ácido na luz do estômago e libera, ao
mesmo tempo, bicarbonato na circulação. Esse bicarbonato entra em capilares fenestrados e
passa para as células do epitélio que secretam esse bicarbonato. Esse bicarbonato é produzido
no interior da fosseta, lançado na corrente sanguínea e secretado pelas células da superfície
que se mistura com o muco produzido – barreira de muco e bicarbonato. A célula parietal
produz o bicarbonato e ácido clorídrico.
-Alcalose pós-prandial: aumento do ph por liberação de bicarbonato. Porém, isso não é certo
porque alterar o ph fisiológico é muito difícil e acredita-se mais na ativação do parassimpático.
-Qualquer coisa que diminua a barreira de muco vai ficar mais fácil do ácido fazer uma lesão/
ulceração.
- A camada de muco é formada por mucina, fosfolipídios, água, muco que confere proteção.
Paradoxo fisiológico: o indivíduo estressado tem muito mais chance de ter ulcera gástrica,
devido à ativação do simpático. Contudo, o parassimpático ativa a liberação de secreções por
todo o TGI, inclusive de ácido. Como o parassimpático aumenta a secreção de ácido e não faz
ulcera gástrica e o simpático, que até diminui a secreção de ácido faz ulcera gástrica? O que
acontece é o seguinte: se tivermos ativação do simpático, esse inibe a secreção de bicarbonato
porque para levar esse bicarbonato pela circulação, e com o simpático ativado, liberando
adrenalina/noradrenalina, que é produzida na suprarrenal. O vaso próximo tem receptores do
tipo alfa, a adrenalina/noradrenalina se liga a esses receptores e causa vasoconstrição. Ou
seja, na ativação do simpático temos vasoconstrição e com isso menos bicarbonato é liberado
e a barreira fica deficiente em bicarbonato.
Prostaglandinas: diminui a produção de ácido clorídrico. Temos uma via metabólica do ácido
araquidônico. Esse ácido libera, por exemplo, tromboxana-2 e gera prostaglandinas. Em um
processo inflamatório, as prostaglandinas aumentadas estimulam a dor - essa via depende da
COX; então medicamentos antinflamatórios não esteroides inibem a COX. Se a COX for inibida
o processo para e ai diminui prostaglandinas. Inibidores da COX podem causar ulceras
gástricas. Ao usá-los resolve-se o problema da inflamação e da dor, mas com a diminuição de
prostaglandinas, o HCl aumenta e causa a ulcera gástrica. O ácido araquidônico gera
tromboxana-2; essa tromboxana-2 age no processo de coagulação através do tampão
plaquetário. Uma plaqueta aderida ‘’chama’’ as outras plaquetas, por meio da liberação de
tromboxana-2 e serotonina. Aspirina diminui a produção de tromboxana-2.
HCL
- Fibra do nervo vago: parte dela vai até a célula parietal e secreta acetilcolina. A acetilcolina,
quando ligada ao receptor muscarínico do tipo M3, aumenta a colocação da bomba de
prótons, secretando mais HCL. Na célula parietal, em repouso, têm-se muitas bombas de
prótons internalizadas e quando se faz necessário um aumento de HCL, essas bombas são
fusionadas a membrana, lançando mais hidrogênio. Além disso, essa acetilcolina age em
outras células do corpo que vão produzir histamina. Essa acetilcolina se liga ao receptor
muscarínico, aumenta o cálcio dentro da célula e fusiona as vesículas com histamina e libera a
histamina. A histamina, por sua vez, se liga ao receptor do tipo H2, estimulando a produção de
HCL (uma das maneiras de inibir a produção de HCL é bloqueando os receptores H2 de
histamina). A gastrina, liberada pelo próprio estômago, se liga a receptores de gastrina
chamados de CCKB, aumentando a produção de HCL.
- A célula parietal secreta HCL. É um sistema túbulo-vesicular, que conta com uma série de
vesiculas cheias de HCL no seu estado de repouco e que forma uma rede de canaliculos no
estado ativo da célula, inserindo a bomba de prótons na membrana dos canaliculos. Nessa
fusão os canaliculos aumentam a sua área de superficie em torno de 50 a 100 vezes.
O estômago é fundamental para a secreção de fator intrínseco (FI), que é uma glicoproteina
secretada pelas células parietais. Ele também é indispensável para a absorção da vitamina B12
(cianocobalamina) no íleo. O fator intrínseco se liga a vit B12 e impede que a ela seja digerida,
impede sua quebra; o intestino só absorve vit B12 + FI, só vit B12 não é absorvida. A
deficiencia da vitamina B12 causa no paciente uma deficiencia na formação de hemácias,
tendo a anemia perniciosa – tipo de anemia megaloblástica- também chamada de anemia de
Addison (hemácias de tamanho maior, que se rompem facilmente quando passam pelos
capilares). Além disso, a deficiencia da vitamina B12 causa uma degeneração da coluna dorsal
(leva informação de tato fino, grau de contração da musculatura..).
Secreção basal: estômago em repouso por várias horas: taxa basal de secreção de HCL de
aproximadamente 10% da secreção máxima.
A gatrina entra na circulação. Ela sai do intestino e vai até a célula parietal do estômago.
Quando o ph estiver menor do que 3,0 passa para afase intestinal inibitória. O ph não pode
ficar menos que 3,0 devido ao má funcionamento das enximas digestivas, liberadas pelo
pâncreas, além de causar ulcerações. No momento em que o ph atingir 3,0 começa a fase
intestinal inibitória, devido a um feedback negativo do intestino (ph < 3). Esse feedback
negativo se da pela liberação de hormônios pelo intestino e também pela presença de
gorduras e aumento da osmolaridade do intestino. Quem comanda esse mecanismo é a
colecistoquinina e a secretina.
Agora sim podemos avaliar a fase intestinal inibitória que age por feedback negativo. O ph
menor que 3,0 inibe: H+ e produtos da digestão de gorduras -> secretina (secretada pelas
células S do duodeno) que inibe a liberação de gastrina e estimula a liberação de
somatostatina. Produtos da digestão de gorduras (ácidos graxos com mais de 10 carbonos) ->
produzem peptídeo inibitorio gástrico (GIP) e colecistoquinina (CCK) -> diminui a produção de
HCL.
Ulcera Gástrica
Para o individuo fazer a úlcera gástrica são necessários alguns agentes agressivos. Por
exemplo: o individuo pode ter uma diminuição na camada de muco ou um aumento do HCl ou
ainda os dois combinados. Boa parte dos pcientes que fazem úlcera gástrica eles tem uma
infecção por Helicobacter pylori ( de fácil contaminação). A bactéria diminui a camada de muco
por liberar substâncias que são mucolíticas (quebra do muco), como a amônia e também
estimula a secreção de HCl. O uso de antinflamatórios não esteróides (AINE) também colabora
para a formação da úlcera por diminuir a quantidade de muco, aumenta a produção de HCl por
diminuirem a produção de prostaglandinas. Outra coisa que pode aumentar a secreção de HCl
é o pâncreas. Em idade fetal, o pâncreas secreta gastrina que estimula a liberação de HCl. (O
pâncreas na idade adulta não secreta gastrina). Pacientes que tem tumores de pâncreas,
gastrinomas (Síndrome de Zollinger – Ellinson), esse tumor aumenta a secreção de gastrina e
consequentemente de HCl. E, obviamente, temos agentes que diminuem a barreira de uco e
bicarbonato, podendo causar a úlcera, como o etanol, a nicotina, o estresse (vasoconstrição
das visceras abdominais).
Se por acaso a úlcera romper, isso pode romper a parede do estômago e quando isso
acontecer o paciente sente muita dor devido ao derramamento do suco gástrico na cavidade
abdominal. Nem morfina acalma essa dor.
Funções
A bile não tem propriedade digestiva, apenas emulsiona gorduras e é produzida pelo fígado. A
vesícula biliar armazena e concentra bile (retira água da bile). Irritação do epitélio da vesícula
biliar pode causar cálculos biliares. Esses cálculos podem trancar o ducto da visícula, causando
dor, febre, inflamação. Deve-se retirar a vesícula biliar. Esse paciente tem bile, não tão
concentrada e e menor quantidade. Ela passa ser armazenada por um espassamento do
colédoco. O grande problema desses cálculos biliares é que ele pode se alojar no ducto
pancreático, e dentro do pâncreas ocorrer a acumulação de secreções digestivas, causando
uma pancreatite aguda – autodigestão.
O pâncreas tem tripisina, amilase e lipase. A tripsina é a principal enzima digestiva. O pâncreas
não se autodigere porque dentro dele fica armazenado tripsinogênio que será convertido em
tripsina no intestino delgado pela enteroquinase. O própria tripsina quebra o tripsinogênio,
devido a sua grande potencialidade. A tripsina ativa todas as outras enzimas. O pâncreas pode
ter uma tripsina, mas ele tambem tem a proteina inibidora de tripsina que controla para que
essa tripsina não quebre todo o tripsinogênio causando uma pancreatite aguda.
40 % dos pacientes com pancreatite aguda são assintomáticos em relação ao cálculo biliar.
50% desses pacientes vão a óbito.
Muco : produzido no TGI pelas células epiteliais (muco + HCO3), pelas glândulas de Brünner no
duodeno ( precisa de muco porque cai muito HCl nele, se não ter esse muco pode-se ter um
úlcera ou o não funcionamento das enzimas pancreáticas devido a necessidade de um ph mais
alcalino para suas ações) e pelas clelulas caliciformes (presentes no ID e no IG).
A movimentação é causada por estímulos como distensão, acetilcolina, nervo vago, irritação
da mucosa intestinal, gastrina, colecistoquinina. A movimentação é inibida pela secretina.
Ílio adinâmico