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Bioeletrogenese
CANAIS PROTEICOS
Os canais proteicos (poros) são seletivos, e
funcionam como comportas que regulam (controlam)
ELETROFISIOLOGIA CARDÍACA o movimento dos íons através da membrana, ou
seja, controlam a permeabilidade seletiva da
Síntese de eletricidade pela célula, tais impulsos membrana em determinados momentos com a
que são detectados pelo eletrocardiograma. abertura ou o fechamento dos canais.
Os canais ficam fechados quando a célula
está em repouso, mas quando a célula é estimulada
MEMBRANA CITOPLASMÁTICA os canais se abrem, o estimulo pode ser:
• Sinais elétricos - canais dependente de voltagem.
Se abrem quando a voltagem se altera
A célula, que tem como barreira membrana
• Sinais químicos - canais dependentes de ligante.
citoplasmática, é preenchida internamente pelo LIC e
Se abrem quando se liga ao canal uma substância
externamente pelo LEC. Membrana é responsável
química que altura sua conformação (ex:
pelo transporte seletivo por ser lipossolúvel,
neurotransmissores, hormônios ou 2º mensageiros)
composta de fosfolipídios que isolam o meio externo
e interno, e em alguns pontos existem proteínas que
permitem a passagem de substancias.
LIC E LEC
As concentrações de eletrólitos e de outras
substancias nos líquidos intra e extra celulares são POTENCIAIS DE MEMBRANA
diferentes. Os solutos não são diferentes, mas as
concentrações. Os estímulos elétricos são propagados no
neurônio por meio de potenciais de ação
POTENCIAL DE REPOUSO
Também chamado potencial de membrana.
Ocorre antes de um potencial de ação. Presente
quando a célula não está realizando sua função
fisiológica, ou seja, está em repouso. Nesse estado a
membrana está impermeável aos soltos e polarizada
como consequência da ação da bomba de Na/K.
Existe uma diferença de concentração e de
As quantidades diferentes de sódio e potássio voltagem na membrana. No meio interno está
dentro e fora a célula formam um gradeie de carregado negativamente de potássio, com potência
concentração, que tende a se igualar. A bomba de de - 70 mv mais negativo quando comparado a face
sódio e potássio é responsável por não permitir que externa. O exterior está positivo, carregado
as concentrações de Na e K se igualem, com auxílio positivamente de sódio.
da membrana que, neste momento está impermeável
ao sódio e potássio.
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FISIOLOGIA - 2º TERMO
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FISIOLOGIA - 2º TERMO
BIOELETROGENESE CARDÍACA
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FISIOLOGIA - 2º TERMO
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FISIOLOGIA - 2º TERMO
Fisiologia Cardiovascular
excito-condutor. Fibras especializadas em geração
e condução de estímulos elétricos, formam o
complexo estimulante do coração. Apresentam
INTRODUÇÃO poucos filamentos de actina e miosina, pouco
desenvolvidos e desorganizados,
O coração, um músculo potente, que bombeia
consequentemente, tem pouca capacidade
aproximadamente 7.200 litros de sangue
contrátil. Mas tem grande capacidade em gerar o
diariamente, sem para para descansar.
impulso elétrico e se despolarizar, induzindo as
fibras brancas a se contraírem - marca passo
FUNÇÃO biológico.
O coração tem a função de dar força
(bombear) para que o sangue se mova em sequencia
no sistema circulatório. É descrito como uma bomba
SINCÍCIO CARDÍACO - FUNCIONAL
O músculo estriado cardíaco é organizado
dupla, que move o sangue sequencialmente pela
como um sincício funcional.
circulação pulmonar (coração direito) e pela
O sincício verdadeiro esta presente na
circulação sistêmica (coração esquerdo). A função do
musculatura esquelética, é definido como uma
sistema circulatório é transportar substâncias:
massa multinucleada e citoplasma formada pela
• Levar nutrientes, água e gases para os tecidos;
fusão de células originalmente separadas. O
• Carregar materiais que se movem de célula a
miocárdio é um sincício funcional, são várias células
célula (hormônios) - comunicação celular;
(fibras), que por conta das junções comunicantes se
• Retirar dos tecidos os resíduos que serão
tornam um sincício funcional. O coração é formado
eliminados - produtos do catabolismo (CO2)
por dois sincicios: atrial e ventricular.
No miocárdio, os filamentos de actina e
CAMINHO DO SANGUE NO CORAÇÃO miosina tem certa organização em paralelo, mas a
O sangue do sistema chega pelas veias célula como um todo está entrelaçada com outras, e
cavas superior e inferior no átrio direito. Vai para o as fibras não apresentam inicio e fim, pois se
ventrículo direito passando pela valva tricúspide, de organizam como uma malha. Esse modelo ficou
onde será bombeado para o tronco pulmonar em conhecido como sincício funcional pois são fibras
direção ao pulmão para sofrer a hematose. Retoma mononucleadas, e possuem aberturas entre as
para o átrio esquerdo pelas veias pulmonares e células (junções GAP). Muitas fibras juntas, se
desemboca no ventrículo esquerdo, passando pela tornam uma só fibra multinucleada e funcionam como
valva mitral, de onde será bombeado para a aorta e uma só célula.
enviado para todo o sistema. Na união das fibras existe o disco intercalar,
formado pela fusão das membranas onde estão as
Porque o sangue só percorre um sentido? junções GAP. Os disco intercalares são proteínas de
As válvulas o impedem de voltar, e o sangue membrana que se fundiram e permitem a passagem
caminha de uma região de maior pressão para uma de tudo que chega, como íons, nutrientes, etc.
de menor pressão. O sangue chega ao coração do
sistema venoso e sai pelo sistema arterial. Esse
trajeto não pode mudar porque isso iria gerar um
colapso.
PROPRIEDADES DO CORAÇÃO
• Contratilidade
• Automaticidade
• Excitabilidade
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FISIOLOGIA - 2º TERMO
SISTEMA EXCITO-CONDUTOR
Quando os átrios estão cheios, forma uma
despolarização, um sinal elétrico gerado pelo nó
sinusal, que se espalha até o nó atrioventricular e
chega aos ventrículos, se espalha e a contração
começa do ápice para a base
No final da diástole, as quatro câmaras
cardíacas estão relaxadas. O nó sinusal se
despolariza, e gera o impulso elétrico, que vai
CONTRATILIDADE caminhar pelas vias internodais, nos átrios, que irão
se despolarizar e contrair, enviando o sangue para os
ventrículos. O sinal vai chegar ao nó atrioventricular,
A contração cardíaca acontece de maneira vai para o fascículo atrioventricular (Feixe de His)
sequencial: primeiro átrios e depois ventrículos. direito e esquerdo, de lá vai para as fibras de
Existe um músculo atrial e um ventricular. O Purkinje, se espalha por todo o ventrículo fazendo
sangue chega nos átrios, que estavam relaxados e com que eles se contraiam do ápice para a base.
irão se contrair para lançar o sangue para baixo, nos
ventrículos, que nesse momento devem estar
relaxados. Quando receberem o sangue, irão contrair
lançando-o para cima.
O músculo atrial empurra o sangue para
baixo e o músculo ventricular empurra o sangue para
cima. Não ao mesmo tempo, porque enquanto um
contrai o outro deve estar relaxado. Afim de que não
ocorra problemas com isso, dividindo-os existe um
tecido fibroso que funciona como isolante para que
ocorra a contração sequencial. Se isso falhar ocorre
um colapso.
BIOELETROGÊNESE CARDÍACA
Geração e condução dos potenciais de ação
(impulsos elétricos) através das fibras musculares
cardíacas.
As fibras brancas geram o impulso e dão a
ordem para as fibras vermelhas se contraírem. A
autoexcitabilidade existe pois o potencial de repouso
nas fibras brancas não existe, isso porque existem
LEI DO “TUDO OU NADA” canais de vazamento para sódio (canais IF). Portanto
O coração obedece a lei do tudo ou nada.
se nunca para de entrar sódio, a voltagem nunca fica
Que é explicada da seguinte maneira, se as fibras
estabilizada.
brancas enviarem um sinal forte o suficiente para
Características do potencial de ação no coração:
ultrapassar o limiar, todo o sincício irá contrair,
• Podem ser gerados espontaneamente - nodo
primeiro átrio depois ventrículo sequencialmente,
sinusal e atrioventricular
para isso é necessário apenas um sinal. Mas se não
• Podem. Ser conduzidos facilmente de célula a
houver sinal, ou não for forte o suficiente, o músculo
célula (junções comunicantes do tipo Gap)
todo continua relaxado.
• Possuem longa duração (300 ms) - refratariedade.
Nas fibras vermelhas, após receber o sinal e
AUTOMATICIDADE se contrair, a membrana permanece despolarizada
por 0,2 segundos, por isso a contração muscular
dura mais que a do esquelético. O platô faz com que
As fibras brancas são responsáveis pela o período refratário dure mais.
automaticidade do coração pelo sistema excito-
condutor, que gera e conduz a excitação (sinal) por Está relacionada com os períodos refratários,
nos quais o coração não aceita um novo estímulo.
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FISIOLOGIA - 2º TERMO
PERÍODOS REFRATÁRIOS
• Músculo esquelético
O período refratário é mais curto, por isso
pode ficar mais tempo apenas contraído. O período
refratário no músculo esquelético não coincide com o
período de contração, quando contrai o músculo a
ordem já foi recebida e já acabou, portanto se • Extra-sístole - Quando acontece uma contração a
receber uma nova ordem, pode continuar contraído - mais no período refratário relativo, geralmente
contração sustentada. causado por estresse ou susto
• Músculo cardíaco
Se despolariza e continua despolarizado, não VELOCIDADE DO IMPULSO CARDÍACO
aceita outro estímulo enquanto tiver no período Passagem pelos átrios = 0,04s
refratário. O músculo cardíaco precisa contrair para Breque no nó AV = 0,12s
enviar sangue, e não pode ficar contraído. Pois Passagem pelos ventrículos = 0,06s
precisa relaxar para receber o sangue novamente. Total = 0,22s
Por isso seu período refratário é maior, para que ele
não consiga aceitar outro estímulo de contrair e não
receba o sangue que esta vindo, isso iria gerar um REGULAÇÃO DO BOMBEAMENTO CARDÍACO
colapso.
Quando uma pessoa fisiologicamente normal
está em repouso, o coração bombeia apenas 4 a 6L
de sangue por minuto. Durante exercícios
extenuantes, o coração pode bombear quatro a sete
vezes essa quantidade. Os mecanismos básicos
para regular o bombeamento cardíaco são:
• Regulação intrínseca - em resposta a mudanças
no volume de sangue que flui para o coração;
• Regulação extrínseca - controle da frequência
cardíaca e da força de contração pelo sistema
nervoso autônomo.
PERÍODOS REFRATÁRIOS CARDÍACO
Analisando-se em níveis fisiológicos ideais, REGULAÇÃO INTRÍNSECA
no músculo cardíaco existe o período refratário Acontece pelo mecanismo de Frank-
absoluto e o período refratário relativo, que são Starling. Explica que, quantidade de sangue
seguidos de um período de excitação normal. bombeada pelo coração a cada minuto é
O período refratário absoluto coincide com normalmente determinada quase inteiramente pela
a sístole. O nó sinoatrial disparou um impulso taxa do retorno venoso. Ou seja, cada tecido
elétrico, que gera uma despolarização - uma sístole, periférico do corpo controla seu próprio fluxo
gerando o período refratário absoluto. sanguíneo local, e todos os fluxos locais de tecido se
Quando o coração estiver quase totalmente combinam e retornam pelas veias do átrio direito. O
relaxado, tem o período refratário relativo, que é o coração, por sua vez, bombeia automaticamente
período que se tiver um impulso forte o suficiente esse sangue, para que ele flua pelo circuito
para causar uma despolarização prematura nas novamente.
fibras brancas, o músculo irá se contrair novamente - Desse modo, dentro dos limites fisiológicos, o
coincide com o período da diástole. coração bombeia todo o sangue que retorna a ele
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FISIOLOGIA - 2º TERMO
REGULAÇÃO EXTRÍNSECA
A efetividade do bombeamento cardíaco
também é controlada por nervos simpático e
parassimpático (vago).
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FISIOLOGIA - 2º TERMO
Ciclo Cardíaco
O ciclo cardíaco é o conjunto de eventos
cardíacos que ocorre entre o início de um batimento
cardíaco e o início do próximo. Ou seja, todos os
eventos que acontecem em um batimento cardíaco -
“tum tá” - e o que acontece entre um tum e o próximo
tum. Os sons audíveis, tum e tá, são feitos pelo
fechamento das válvulas. Portanto o ciclo cardíaco EVENTOS QUE MARCAM INÍCIO E FIM
começa com algo que faria a válvula se fechar. - Sístole: período entre S1 (1ª bulha cardíaca) que
corresponde ao fechamento da valva
atrioventricular e a S2 (2ª bulha cardíaca) que
FASES DO CICLO CARDÍACO corresponde ao fechamento da valva aórtica
- Pequeno silêncio
O ciclo cardíaco pode ser dividido em sístole - Diástole: período entre S2 (2ª bulha cardíaca) e a
e diástole, sendo que a sístole representa 40% do S1 (1ª bulha cardíaca)
ciclo e a diástole 60% - em repouso. Isso porque, em - Grande silêncio
condições fisiológicas, o coração passa muito mais O período de abertura das válvulas não
tempo relaxando-se do que contraindo, ja que o sinal produz ruído, mas o fechamento sim. A valva
de despolarização enviado pelo sinoatrial caminha atrioventricular é, em sua composição mais delgada,
rapidamente (sístole), mas leva mais tempo para se por isso faz um ruído mais baixo duradouro - cerca
encher de sangue (diástole). de 0,14s. As valvas semilunares são muito mais
No final de um ciclo o coração se encontra espessas e tem uma abertura menor, tem o
completamente relaxado. É quando irá se iniciar um fechamento mais forte (alto) e mais rápido, cerca de
novo ciclo cardíaco. No final do ciclo o coração está 0,10s.
em diástole. O início do outro ciclo será na sístole, Tem início no fim da diástole. O nó sinusal
portanto o ciclo cardíaco se inicia com a disparou um potencial elétrico e o estímulo se
despolarização do nó sinusal, que envia um sinal espalhou pelo átrio, até chegar ao nó atrioventricular
para os átrios se despolarizarem, logo apos a e o átrio se contrai, de modo que a tricúspide ja
despolarização atrial vem a contração atrial, depois a estava aberta. Chegando o sangue no ventrículo,
contração ventricular, e só então as valvas este se contrai e ocorre uma sístole ventricular,
atrioventriculares irão se fechar, quando é audível o ejetando o sangue para cima, colocando muita
tum - início do ciclo cardíaco. pressão no ventrículo e o sangue tenta refluir para o
Os dois grandes eventos do ciclo cardíaco são: átrio mas nesse momento as válvulas AV se fecham
• Sístole - período de contração (ventricular) completamente fazendo o tum. O sangue então abre
• Diástole - período de relaxamento (ventricular) a semilunar passa por ela e vai para o pulmao ou
A duração total do ciclo cardíaco depende das para a aorta. Nesse momento acabou a sístole e o
condições fisiológicas do indivíduo, mas o ideal é: coracao comeca a se relaxar para encher de sangue
0,833 segundos (para 72 batimentos por minuto. novamente. O sangue que foi para a aorta ou para o
tronco pulmonar tenta refluir, quando as valvas
O AUMENTO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA REDUZ semilunares se fecham, fazendo o tá.
A DURAÇÃO DO CICLO CARDÍACO
Quando o indivíduo sai do repouso e inicia O SANGUE SE MOVIMENTA DEVIDO AO
uma atividade física que requer aumento da GRADIENTE DE PRESSÃO
frequência cardíaca, o ciclo cardíaco é encurtado, O sangue se movimenta de um local onde a
pois com o batimento mais rápido, os intervalos ficam pressão está maior, para um local de menor pressão.
menores. A proporção de 40% para sístole e 60%
para diástole não se mantém, a diástole encurta
muito mais, ao passo que essa proporção se inverte.
No repouso, a contração atrial é pouco
importante para o enchimento ventricular, sendo que
só envia 20% do sangue total que vai para o Isso significa que em algum momento, a
ventrículo, 80% passa diretamente. No entanto, é pressão do átrio vai estar maior que a do ventrículo,
enviado de 300 a 400% mais sangue do que o para que o sangue possa ir para o ventrículo.
necessário para o corpo em repouso. Quando isso acontecer, a valva atrioventricular irá se
Mas em momento de atividade física, a abrir passivamente. Mas se o contrario ocorrer, a
contração atrial adequada passa a ser extremamente pressão no ventrículo for maior que nos átrios, as
importante, isso porque a diástole está muito curta, valvas não permitirão que o sangue retorne pois são
de modo que se não houver contração adequada do seguradas pelas cordas tendíneas. O mesmo
átrio, não existe enchimento adequado do ventrículo, acontece para o sangue ir do ventrículo para a aorta
ja que tem menos tempo para relaxar e encher. ou tronco pulmonar.
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FISIOLOGIA - 2º TERMO
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FISIOLOGIA - 2º TERMO
pulmonar. Durante esse período, as pressões de sangue dentro do ventrículo não se alterou, ele
intraventriculares diminuem rapidamente de volta aos continua cheio - CONTRAÇÃO ISOVOLUMÉTRICA.
seus níveis diastólicos baixos. Então, as valvas AV se O volume não se alterou pois a pressão no ventrículo
abrem para iniciar um novo ciclo de bombeamento ainda não é maior que a pressão na aorta para a
ventricular. valva semilunar se abrir.
A sístole continua, a pressão dentro do
EVENTOS DURANTE A DIÁSTOLE VENTRICULAR ventrículo passa a pressão na aorta, a linha vermelha
• Relaxamento isovolumétrico ultrapassa a linha pontilhada. O primeiro terço do
• Enchimento ventricular rápido período de ejeção é quando sai muito sangue, 2/3 do
• Enchimento ventricular lento volume sanguíneo saem do ventrículo - EJEÇÃO
• Sístole atrial RÁPIDA. A pressão no ventrículo continua subindo e
o volume sanguíneo declina rapidamente. O restante
d o s a n g u e é e j e t a d o - E J E Ç Ã O L E N TA .
DIAGRAMA DE WIGGERS Consequentemente a pressão dentro do ventrículo
começa a diminuir rapidamente, quando a pressão
O Diagrama de Wiggers relaciona as da aorta aumenta rapidamente e fica maior que
pressões do coração à esquerda e da aorta com o dentro do ventrículo. Acontece então o fechamento
volume sanguíneo do coração à esquerda e o ECG da valva semilunar aórtica. Durante todo esse
em um ciclo cardíaco. período o átrio estava em diástole, recebendo
sangue das veias cavas.
Em seguida, o coração ja está em diástole e a
pressão cai muito rapidamente, mas o volume é o
mesmo, pois as valvas atrioventriculares ainda não
se abriram. Pois a pressão dentro do ventrículo
ainda é maior que a do átrio. Somente quando a
pressão do átrio for maior que do ventrículo, elas
irão se abrir e se inicia um novo ciclo cardíaco.
Na diástole ventricular acontece o
relaxamento isovolumétrico, enchimento ventricular
rápido, lento e a sístole atrial.
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FISIOLOGIA - 2º TERMO
Débito Cardíaco
70mL X 72 = 5.040 mL/min
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FISIOLOGIA - 2º TERMO
Eletrocardiograma
eletrocardiógrafo. A despolarização acontece em um
sentido, vem da região do estímulo e caminha para o
outro lado, isso forma um vetor.
Os potenciais elétricos no músculo cardíaco A célula fica então completamente
podem ser detectados em qualquer região da despolarizada, e como não tem dipolo, não tem
superfície do corpo. Um eletrocardiograma (ECG) estímulo no eletro. A célula irá então se repolarizar,
registra a atividade elétrica do coração em gráficos formando um dipolo novamente, neste momento o
que refletem os potenciais elétricos dessa atividade vetor está invertido (se antes estava da direita para a
elétrica. esquerda, agora está da esquerda para a direita),
pois a repolarização acontece em sentido contrário.
ELETROCARDIÓGRAFO
O eletrocardiógrafo é um galvanômetro que
amplia, filtra e registra a atividade elétrica do coração
em um papel milimetrado especialmente determinado
para esse fim.
TEORIA DO DIPOLO
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FISIOLOGIA - 2º TERMO
FC= 1500 ÷ R
Onde R = O espaço entre 2 ondas R
Se em 1 minuto o papel avança 1500 mm, qual o
espaço (mm) o papel avançou em 1 ciclo? (22mm)
Batimento = 1500 ÷ 22 = 68 batimentos
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FISIOLOGIA - 2º TERMO
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FISIOLOGIA - 2º TERMO
CAPILAR
O capilar é composto apenas por endotélio,
apenas células com poros. O que permite que o
líquido que circula dentro do capilar saia com muita
As artérias se ramificam em arteríolas, que se facilidade.
ramificam em meta-arteríolas e depois, originam-se Nada sai da corrente sanguínea e vai para as
os capilares. Os capilares se juntam para formar as células sem passar pelos capilares e liquido
vênulas, que se juntam para formar as veias. intersticial. Portanto o líquido sai do sistema
circulatório pelo capilar, entra no liquido intersticial e
vai para a célula. Da mesma forma ocorre o caminho
contrário, nada sai da célula e vai para o capilar
antes de passar pelo interstício. Portanto o liquido
intersticial é a porta de entrada para os nutrientes,
pois ele é nutrido e fornece o nutriente para todas as
células.
ARTÉRIA
A sístole ventricular enche a aorta de sangue,
a aorta se dilata, acomoda esse sangue, e quando o
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FISIOLOGIA - 2º TERMO
ventrículo está em diástole, ele se relaxa e para de energia, já áreas como o bíceps, quando não estão
exercer a pressão. A parede arterial, por ser sendo utilizadas, tem arteríolas com menor calibre
muscular, continua exercendo a pressão e mantem o (vasoconstrição). Desse modo, as arteríolas
sangue circulando. modificam seu calibre dependendo do momento, em
VEIAS regiões que precisam de mais ou menos sangue e
As veias tem valvas, que mantém o fluxo energia no momento. Isso recebe o nome de
sanguíneo em uma única direção - ascendente. Para resistência vascular periférica.
ajudá-lo a subir, existe os músculos esqueléticos que
estão circundando essa veia, como a panturrilha. Or VASOMOTRICIDADE
ter a valva que não deixa o sangue retornar, toda vez O fluxo no capilar é controlado pelo esfíncter
que movimenta-se os músculos e eles contraem, pré capilar, estes formam anéis, que aumentam ou
impulsionam o sangue para cima. A outra bomba que diminuem o calibre. Para esse controle, ele se baseia
auxilia está na caixa torácica, na inspiração, a caixa na demanda de O2. Se a concentração de O2
torácica é expandida, causando diferença de pressão diminuir, tem relaxamento do esfíncter pré capilar e
e o sangue é puxado para cima, na expiração, a consequentemente aumento do fluxo, se estiver com
caixa é novamente pressionada e o sangue vai O2 suficiente, o esfíncter pré capilar contrai e tem
subindo. diminuição do fluxo naquela região e esse sangue é
enviado para outra região que precisa de mais
oxigênio. Esse controle local do fluxo sanguíneo no
capilar é chamado de vasomotricidade.
Esse desvio é uma anastomose arterio-
venosa, que ira uma arteríola a uma vênula, é
diferente de um capilar. É importante para quando a
região ja está com O2 suficiente, o esfíncter pré
capilar identifica isso e, ao invés de enviar o sangue
para o capilar, envia por esse desvio, que transporta
diretamente para a vênula, sem passar pela troca de
substâncias.
MICROCIRCULAÇÃO
CAPILARES
ESTRUTURA
• Células endoteliais
• Membrana basal
• “Poros” (6 a 7nm)
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FISIOLOGIA - 2º TERMO
FORÇAS DE STARLING
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FISIOLOGIA - 2º TERMO
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FISIOLOGIA - 2º TERMO
EQUILÍBRIO DE STARLING
Em condições normais, existe um estado de
quase equilíbrio na maioria dos capilares. Ou seja, a
quantidade de líquido filtrado para fora nas
extremidades arteriais dos capilares é quase igual ao
líquido que retorna à circulação por reabsorção - a de
filtrar é maior que para absorver. O ligeiro
desequilíbrio que ocorre é responsável pelo líquido
que finalmente retorna à circulação através dos
vasos linfáticos.
SISTEMA LINFÁTICO
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FISIOLOGIA - 2º TERMO
Trocas Gasosas
mmHg, a pressão de CO2 é igual a 45 mmHg, nesse
sentido, o O2 sai do alvéolo e vai para o sangue, o
CO2 vai do sangue para o alvéolo - hematose.
FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA
O sangue dos tecidos entram no átrio direito
pelas veias cavas, rico em gás carbônico, esse
sangue vai para o ventrículo direito, tronco pulmonar
em direção ao pulmão, passa pelos capilares e entra
nos alvéolos pulmonares, onde ocorre a hematose.
Esse sangue agora com oxigênio retorna ao coração
e seja ejetado para a aorta, para ser distribuído aos
tecidos.
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FISIOLOGIA - 2º TERMO
VELOCIDADE DE DIFUSÃO
Dx A xΔP
V=
Δx
D = coeficiente de difusão do gás
• Solubilidade
• Peso molecular
A = área de superfície
RELAÇÃO VENTILAÇÃO ALVEOLAR (VA) E
ΔP = diferença de pressão do gás PERFUSÃO (Q)
Δx = espessura da membrana Relação a quantidade de ar que chega aos
pulmões e o fluxo de sangue que chega aos
alvéolos.
TROCAS GASOSAS E PATOLOGIAS • Em casos que a pressão de O2 e de CO2 que
RESPIRATÓRIAS chega nos alvéolos é normal.
ENFISEMA - Destruição dos alvéolos significando
menor área de superfície para as trocas gasosas,
consequentemente, a velocidade será menor.
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FISIOLOGIA - 2º TERMO
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FISIOLOGIA - 2º TERMO
Controle da Respiração
se localizam no tronco cerebral.
Os neurônios que formam o SNC sao
formados por aglomerados de neurônios, chamados
de núcleo nervoso. A junção de vários núcleos é
INTRODUÇÃO chamado de grupo. No bulbo existe um núcleo
O pulmão possui em sua constituição fibras
chamado de grupo respiratório dorsal, dentro dele,
de elastina e colágeno (parênquima pulmonar), que
está localizado o NTS (um dos núcleos). Mais à
permitem se distender (complacência), e retrair
frente dele, encontra-se o grupo respiratório
(elastância).
ventral. Bem na região anterior, tem uma área
O controle da respiração pode ser voluntário
quimiossensível, outro aglomerado de núcleos no
e involuntário. O sistema nervoso regula a taxa de
bulbo.
ventilação de acordo com as necessidades do
Portanto o centro respiratório está no bulbo, e
organismo, mantendo PO2 e PCO2 do sangue arterial
é compreendido pelo NTS, na área quimiossensível e
em níveis relativamente constantes.
são junções de núcleos, um núcleo na ponte,
chamado centro pneumotáxico.
SISTEMA NERVOSO
GRUPO RESPIRAT RIO DORSAL: regi o posterior
do bulbo
O neurônio é a célula do sistema nervoso. - N cleo do trato solit rio (NTS): um n cleo
Nele pode-se encontrar um corpo (o soma), com sensorial (que recebe informa es), e faz parte do
núcleo e organelas, do corpo podem sair grupo respirat rio dorsal.
prolongamentos pequenos chamados de dendrito e
um prolongamento maior chamado axônio na porção GRUPO RESPIRAT RIO VENTRAL: regi o anterior
final do axônio encontram-se os botões terminais e do bulbo. Sua atividade ausente ou muito baixa
pequenas bifurcações do axônio, chamado durante a respira o normal / basal, atua na
telodendo. inspira o e expira o for ada em conjunto com o
A junção dos neurônios forma o sistema grupo respirat rio dorsal.
nervoso. O sistema nervoso central é constituído por Ativa os m sculos abdominais na expira o intensa.
encéfalo (tudo que esta dentro do crânio) e medula - N cleo amb guo (NA): faz parte do grupo
espinal (dentro do canal vertebral). O sistema respirat rio ventral
nervoso central se comunica com estruturas
periféricas por meio de estruturas do SNP, os nervos. CENTRO PNEUMOT XICO: localizado
Os nervos ligados a medula são os nervos posteriormente na ponte. Realiza ajuste fino do
espinais, e os ligados ao tronco encefálico são os padr o respirat rio, suavizando a transi o entre
nervos cranianos. Nas vísceras tem os receptores, inspira o e respira o.
que percebem o que esta acontecendo enviam por
um nervo aferente ou somático a informação para o CENTRO APN USTICO: sabe-se que essa regi o
SNC, que gera uma resposta enviada por um nervo participa do controle da respira o, mas n o h
eferente ou motor. O encéfalo é constituído de: certeza sobre sua fun o. Acredita-se que ela
cérebro, tronco encefálico e cerebelo. O grande estimula a rea inspirat ria bulbar, prolongando os
centro controlador da respiração está localizado no potenciais de a o em ascens o.
tronco encefálico. No tronco encefálico tem o
mesencéfalo, a ponte e o bulbo. REA QUIMIOSSENS VEL: anterior ao bulbo. Atua
no controle qu mico da respira o.
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FISIOLOGIA - 2º TERMO
Sinalização Celular
sinalização parácrina. Essa mesma partícula
sinalizadora também pode encontrar um receptor em
sua própria membrana, modificando seu próprio
Para manter a homeostasia, cada célula do funcionamento - sinalização autócrina.
corpo pode se comunicar com quase todas as outras
células a todo momento. Esta comunicação é COMUNICAÇÃO DE LONGA DISTÂNCIA
realizada e coordenada a partir de sinais químicos e Pode usar sinais elétricos transmitidos pelos
elétricos. Para que isso aconteça, o corpo se utiliza neurônios ou sinais químicos transportados pelo
de: sistema circulatório.
• Difusão - para pequenas distâncias
• Distribuição de moléculas - pelo sistema circulatório ENDÓCRINA - SISTEMA ENDÓCRINO
• Mensagens rápidas e especificas - pelo sistema Acontece quando uma célula endócrina
nervoso especializada na produção de hormônios, produz um
hormônio, lança no liquido intersticial, que vai para a
corrente sanguínea, percorre todo o sistema
TIPOS DE SINALIZAÇÃO CELULAR circulatório e onde esse hormônio encontrar locais
para se encaixar, ele ira se encaixar e modificar a
função da célula que se encaixou.
COMUNICAÇÃO LOCAL
Dois tipos de comunicação dependem de
contato entre uma célula e outra. As que se
comunicam por junções comunicantes (proteínas que
atravessam as membranas formando poros), ex:
sincício cardíaco , e as que dependem do toque de
uma proteína a proteína da outra nas membranas, • Neuroendócrina - muito semelhante a sinalização
mas não formam canais entre as membranas, as endócrina, mas um neurônio produz o hormônio,
proteínas se projetam e alcançam as células chamado neurohormônio. É transmitido da mesma
vizinhas, ex: macrófago que apresenta o antígeno ao maneira. Utiliza tanto o sistema nervoso quando a
linfócito. circulação sanguínea para desenvolver uma
resposta fisiológica.
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FISIOLOGIA - 2º TERMO
ESTÍMULO HUMORAL
Proveniente da alteração da concentração
sanguínea de íons e nutrientes. Acontece a partir
da concentração do cálcio no plasma se essa
concentração diminuir, se as células da paratireoide
HORMÔNIOS EICOSANOIDES percebem e liberam o hormônio da paratireoide
Participam da resposta inflamatória, de (paratormônio), esse vai para a grande circulação,
origem lipídica, sintetizados a partir do ácido chega em:
araquidônico (AA). - Ossos: aumentando a reabsorção de calcio, ou
seja a reabsorção do cálcio na circulação
- Rim: não deixa liberar cálcio na urina
- Trato digestório: aumenta a liberação de cálcio na
circulação
- A concentração plasmática de cálcio aumenta
ESTÍMULO NEURAL
Proveniente de
fibras nervosas. O
sistema nervoso estimula
uma glândula a produzir
hormônio. Ex: quando o
sistema nervoso autônomo
simpático, manda uma
despolarização para a
medula da supra renal, ela
produz adrenalina e lança
na corrente sanguínea. Esse é um exemplo de controle da liberação
hormonal por feedback negativo.
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DEPURAÇÃO HORMONAL
CONTROLE SECREÇÃO HORMONAL POR
FEEDBACK NEGATIVO Retirada do hormônio da circulação. Se um
A produção da insulina pelo pâncreas pode hormônio estiver circulando dissolvido no plasma,
ser desencadeada de três maneiras diferentes: pelo algo ira acontecer co ele, ou ele irá sair da
aumento da glicose plasmática (estimulo humoral), circulação, encontrar sua célula alvo e produzir o
do sistema nervoso (estimulo neural), ou um estímulo efeito fisiológico, ou o fígado vai metaboliza-lo e
hormonal. Quando tiver um aumento da glicose, isso inativar, ou o rim irá elimina-lo. Esse conjunto que
é percebido pelo pâncreas, que secreta a insulina, forca a saída do hormônio da circulação é chamada
esta age diminuindo os níveis de glicose. de depuração hormonal.
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RECEPTORES DE MEMBRANA
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