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CURSO: FISIOTERAPIA

DISCIPLINA: BIOFÍSICA

ALUNA: IZABHELLY CHRISTINEE RODRIGUES

POTENCIAL DE AÇÃO, BOMBA DE SÓDIO E POTÁSSIO E SUA AÇÃO NA


CONTRAÇÃO MUSCULAR.

CUIABÁ / MT - 2024
POTENCIAL DE MEMBRANA E POTENCIAL DE AÇÃO

Através da membrana plasmática de todas as células vivas do nosso corpo existem potenciais
elétricos, como uma diferença de voltagem entre os meios intracelulares e extracelulares. Em
relação ao meio extracelular o interior das células é mais negativo, que se deve ao fluxo de
diferentes íons através da membrana e também a ação da bomba de sódio e potássio. Através
do potencial de ação as nossas células transmitem informações de uma célula para a outra, ou
seja, elas conversam entre si, para que no músculo inicie a contração muscular. Já em nossos
nervos eles transmitem informações que são sensíveis, como tato, dor, calor, entre outras.

POTENCIAL DE REPOUSO

O potencial de repouso de uma célula tem origem em dois mecanismos simples: Difusão de
íons atráves da membrana (Na+ e K+) e uma pequena contribuição da bomba de sódio e
potássio. Quando a celula nervosa não está transmitindo um impulso elétrico, o potencial de
epouso é de aproximadamente – 90mV. Então, o potencial dentro da célula é de 90mV mais
negativo que o meio extracelular.

CONTRIBUIÇÃO DA BOMBA DE Na+ K+ PARA O POTENCIAL DE REPOUSO

A bomba de sódio e potássio dá uma contribuição adicional para o potencial de repouso


negativo da célula. Isso se deve ao fato de a bombaa transportar 3 íons Na+ para fora da
célula e apenas 2 íons K+ para o interior da célula, assim a cada ciclo de bombeamento, a
célula perde uma carga positiva, gerando um potencial negativo no meio intracelular. Os
calculos mostram que bomba de Na+/K+ é responsável pela geração de 4mV do valor total do
potencial de repouso. Considerando que esse potencial é de – 90 m, percebemos que a bomba
contribui pouco para o potencial de repouso final. Concluimos assim que, a difusão junta de
Na+ e K+ através da membrana produz um potencial de membrana de cerca de -86 mV, boa
parte determinada pela saída de potássio da celula. E a bomba de Na+/K+ contribui com um
potencial de -4mV. Os dois mecanismos juntos, a difusão de Na+ e K+ pelos canais iônicos e
o trabalho da bomba de Na+/K+, criam um potencial final de – 90mV.
POTENCIAL DE AÇÃO NA CÉLULA NERVOSA

Um potencial de ação é definido como uma alteração subida, rápida e transitória do potencial
de repouso da membrana, que se propaga. Somente os neurônios e células musculares são
capazes de gerar potenciais de ação, que é chamada de excitabilidade.

Definição do potencial de ação: São sinais neurais, os neurônios geram e conduzem esses
sinais para transmitir aos tecidos inervados por eles. Esses neurônios serão estimulados de
alguma forma.

Mas o que causa esse potencial de ação? É causado por um estímulo com um valor expresso
por milivolts (mV). O estímulo adequado tem que ter um valor elétrico que seja suficiente
para reduzir a negatividade da célula neuronal até o valor limiar do potencial de ação. Existem
outros tipos de estímulos, que são: Estímulos sublimiares que não causam um potencial de
ação. Estímulos limiares que possuem energia para produzir o potencial de ação. Estímulos
supralimiares também são capazes de produzir potencial de ação, mas com uma força maio do
que os estímulos limiares. O potencial de ação é gerado quando um estímulo muda o potencial
de ação da membrana para os valores do potencial limiar, que geralmente está em torno de -50 a
-55 mV. O potencial de ação se comporta segundo a regra “tudo ou nada”. Isso significa que
qualquer estímulo sublimiar não vai causar nenhuma alteração, enquanto estímulos limiares ou
supralimiares vão produzir uma resposta completa da célula excitável. A força e a amplitude de
um potencial de ação é sempre a mesma. Entretanto, aumentar a força do estímulo leva a um
aumento na frequência de um potencial de ação e sua ação se propaga ao longo da fibra nervosa
sem perder força ou amplitude. Após a geração de um potencial de ação, os neurônios se tornam
refratários a estímulos por certo período de tempo, no qual eles não podem gerar um novo
potencial de ação.

FASES

Um potencial de ação é causado por alterações temporárias na permeabilidade da membrana à


difusão de íons. Essas alterações fazem com que canais iônicos se abram e que os íons reduzam
seu gradiente de concentração. O valor do potencial limiar depende da permeabilidade da
membrana, da concentração iônica intra e extracelular e das propriedades da membrana celular.

Um potencial de ação possui três fases: despolarização; pico de ultrapassagem e repolarização.


Existem dois outros estados do potencial de membrana relacionados ao potencial de ação. O
primeiro é a hipopolarização, que precede a despolarização e o segundo é a hiperpolarização,
que se segue à repolarização.

Curva e fases do potencial de ação.

Hipopolarização é o aumento inicial do potencial de membrana até o valor do potencial


limiar. O potencial limiar abre canais voltaicos de sódio e causam um grande influxo de íons
de sódio. Está fase é chamada de despolarização. A despolarização, o interior da célula fica
cada vez mais eletropositivo, até que o potencial de ação chegue próximo ao equilíbrio de
sódio de +61mV. Essa fase de extrema positividade é a fase do pico de ultrapassagem. Após a
ultrapassagem, a permeabilidade do sódio reduz subitamente devido ao fechamento de seus
canais. O valor de ultrapassagem do potencial de ação abre canais voltaicos de potássio, o que
causa um efluxo de potássio, reduzindo a eletropositividade da célula. Essa é a fase de
repolarização, a fim de fazer a membrana retornar ao seu potencial de repouso. A
repolarização sempre leva primeiro á hiperpolarização, um estado no qual o potencial de
membrana é mais negativo do que o potencial de repouso. Após isso a membrana estabelece
novamente o seu potencial de membrana.
Trocas iônicas no potencial de ação.

PERIODO REFRATÁRIO

O período refratário é o tempo decorrido após a geração do potencial de ação e durante o qual a
célula excitável não é capaz de produzir um novo potencial de ação. Existem duas subfases
desse período: a refratariedade absoluta e a relativa.

Refratariedade absoluta: Ocorre durante a despolarização e em cerca de 2/3 da fase de


repolarização. Um novo potencial de ação não pode ser gerado durante a despolarização, pois
todos os canais voltaicos de sódio já estão abertos na sua velocidade máxima. Durante a fase
precoce de repolarização, a geração de um novo potencial de ação não acontece, uma vez que
os canais de sódio estão inativos e precisam do potencial de repouso para fechar, somente a
partir desse momento que podem abrir novamente. Termina quando um número determinado
suficiente de canais de sódio se recupera do se estado inativo.

Refratariedade relativa: Período no qual a geração de um novo potencial de ação acontece,


mas somente se houver um estimulo supralimiar. Coincide com o 1/3 final da repolarização.
PROPAGAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO

Um potencial de ação é gerado no corpo do neurônio e propagado pelo seu axônio. A


propagação não afeta a qualidade do potencial de ação, de forma que o tecido inervado recebe o
mesmo impulso, independentemente de sua distância do corpo neuronal. O potencial é gerado
em um ponto da membrana celular e se propaga ao longo da sua superfície, despolarizando
sequencialmente a próxima parte da membrana. Então o potencial de ação não se move, mas na
verdade cria um novo potencial de ação no segmento adjacente da membrana neuronal. O
potencial de ação sempre se propaga para frente, nunca para trás, isso por causa da
refratariedade das partes da membrana que já foram despolarizadas, de forma que a única
direção possível de propagação seja para frente. Por causa disso, um potencial de ação sempre
se propaga do corpo do neurônio em direção ao axônio e ao tecido alvo.

A velocidade de propagação depende muito da espessura do axônio e se ele é ou


não mielinizado. Quanto maior o diâmetro, maior a velocidade de propagação, além de ser mais
rápida nos axônios mielínicos. A mielina aumenta a velocidade de propagação uma vez que
aumenta a espessura da fibra. Além disso, ela permite a condução saltatória do potencial de
ação, em razão de que apenas os nodos de Ranvier se despolarizam, enquanto os nodos
mielinizados são saltados.

RESUMINDO

Um potencial de ação é causado por um estímulo limiar ou supralimiar sobre um neurônio.


Sendo suas fases: despolarização, pico de ultrapassagem e repolarização. Um potencial de ação
se propaga ao longo da membrana celular do axônio até alcançar seu botão terminal. Quando o
botão terminal é despolarizado, ocorre a liberação do neurotransmissor na fenda sináptica. O
neurotransmissor se liga aos seus receptores na membrana pós-sináptica da célula alvo,
causando uma resposta excitatória ou inibitória. Potenciais de ação são propagados mais
rapidamente em neurônios espessos e mielínicos e mais lentamente em axônios finos e
amielínicos. Logo após a geração de um potencial de ação, um neurônio não é capaz de gerar
um novo potencial de ação, pois fica refratário a novos estímulos.
REFERÊNCIAS

https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/11162116022012Biofisica_para_Biologos_aul
a_2.pdf

https://pt.khanacademy.org/science/biology/human-biology/neuron-nervous-system/a/the-
membrane-potential

https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/potencial-de-acao

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