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Sinalização elétrica dos neurônios

1. Identificar e definir os canais iônicos.

À medida que os íons se deslocam, eles criam um fluxo de corrente elétrica que pode
mudar o potencial de membrana. Quando os canais iônicos estão abertos, eles permitem a
passagem de íons específicos pela membrana plasmática ao longo de seus gradientes
eletroquímicos. Os íons se deslocam de áreas de maior concentração para áreas de menor
concentração, que é a parte química do gradiente. Além disso, cátions se movem em
direção a áreas carregadas negativamente, e ânions se movem em direção a uma área
carregada positivamente, que é a parte elétrica do gradiente. Há quatro tipos de canais
iônicos:

•Canais de vazamento;
•Canais ativados por ligante;
•Canais mecano ativados;
•Canais dependentes de voltagem.

2. Compreender o potencial de repouso da membrana.

O potencial de membrana em repouso existe devido a um pequeno acúmulo de íons


negativos no citosol, ao longo da parte interna da membrana plasmática, e a um acúmulo
igual de íons positivos no líquido extracelular (LEC) em toda a superfície externa da
membrana. Esta separação das cargas elétricas positivas e negativas é um tipo de energia
potencial. Quanto maior for a diferença de carga na membrana, maior será o potencial de
membrana (voltagem). O citosol ou o líquido extracelular em qualquer outra parte da célula
apresenta números iguais de cargas positivas e negativas, e são eletricamente neutros.
Nos neurônios, o potencial de membrana em repouso varia entre −40 e −90 mV. Um valor comum é
de −70 mV. O sinal negativo indica que a parte interna da célula está mais negativa do que a externa.
Uma célula que apresenta um potencial de membrana é considerada polarizada. A maioria das células
do corpo é polarizada; o potencial de membrana varia entre +5 e −100 mV nos diferentes tipos de
células.

O potencial da membrana em repouso existe devido a um pequeno acúmulo de íons


negativos no citosol, ao longada parte interna da membrana plasmática, e a um acúmulo
igual de íons positivos no líquido extracelular em toda a superfície externa da membrana.
Esta separação das cargas elétricas positivas e negativas é um tipo de energia potencial,
medida em volts ou milivolts. Quanto maior for a diferença da carga na membrana, maior
será o potencial da membrana.

Três fatores contribuem para o potencial da membrana em repouso:

1. Como a membrana plasmática tem mais canais de vazamento de K+ do que Na+, o


número de íons K+ que sai da célula é maior que o número de íons Na+ que entra. À
medida que cada vez mais íons K+ saem da célula , a parte interna da membrana
plasmática se torna mais negativa, e aparte externa, mais positiva.

2. Íons retidos não podem seguir o K+ para fora da célula pique estão ligados a moléculas
que não se difundem, como o atp e grandes proteínas.

3. A Na+ -Ka+ ATPase eletrogênica retira 3 íons Na+ para cada 2 íons Ka+ captados.

3. Descrever o potencial de ação com suas fases e íons respectivos.

Os potenciais de ação são variações rápidas do potencial de membrana de células


excitáveis que vão de potenciais de repouso negativos a potenciais positivos, e em seguida
volta a potenciais negativos.
• Os sinais nervosos são transmitidos por potenciais de ação,que são variações rápidas do
potencial de membrana;
• Início do potencial: rápida alteração do potencial de repouso, normalmente negativo, para
um potencial de membrana positivo, terminando por retorno igualmente rápido ao potencial
negativo;
• Para conduzir um sinal neural, um potencial de ação se desloca, ao longo da fibra
nervosa, até atingir sua extremidade.

Etapas do potencial de ação:

1. Estado de repouso:
• Corresponde ao potencial de repouso da membrana antes que comece o potencial de
ação;
• A membrana está“polarizada”, devido à presença de grande potencial negativo da
membrana.

2. Etapa de despolarização:
• Membrana fica permeável aos íons sódio;
• O estado “polarizado” normal de -90mV desaparece, com o potencial variando para a
positividade (despolarização);
• Nas fibras nervosas mais grossas, o potencial de membrana “ultrapassa” (overshoots) o
potencial zero.
• Em fibras mais delgadas, bem como em neurônios do SNC, o potencial chega apenas
próximo de zero.

3. Etapa de repolarização:
• Dentro de pouco décimos milésimos de segundo, os canais de sódio começam a se
fechar, enquanto os canais de potássio se abrem mais do que o fazem normalmente;
• Isso permite a rápida difusão de íons potássio para o exterior da fibra, o que restabelece o
potencial normal negativo de repouso da membrana (repolarização).

Canais de Sódio e de Potássio voltagem-dependentes


• Despolarização: canal de sódio voltagem-dependente
• Repolarização: canal de potássio voltagem-dependente
• Os dois canais atuam junto com a bomba de Na+-K+ e com
os canais de vazamento Na+-K+
4. Definir limiar associando a lei do tudo ou nada.

O limiar é o nível que a despolarização deve atingir, para que o potencial de ação aconteça.
Ou seja, é necessário um estímulo específico para elevar o potencial de ação até o seu
limiar. Caso não ocorra esse estímulo necessário, nada acontece e essa característica é
denominada de princípio do tudo ou nada.

5. Nomear os tipos de somação caracterizando-os.


A somação espacial é a somação de potenciais pós sinápticos em resposta a estímulos
que ocorrem em diferentes locais da membrana de uma célula pós sináptica ao mesmo
tempo. Por exemplo, a somação espacial é resultado da concentração de
neurotransmissores liberados simultaneamente por vários botões sinápticos.

A somação temporal é a somação de potenciais pós sinápticos em resposta a estímulos


que acontecem no mesmo local da membrana da célula pós sináptica, mas em períodos
diferentes. Por exemplo, a somação temporal é formada a partir da concentração de
neurotransmissores liberados rapidamente por um único botão sináptico duas ou mais
vezes.

Como um PPSE típico dura cerca de 15 ms, a segunda (e subsequente) liberação de


neurotransmissores deve acontecer logo após a primeira para que ocorra a somação
temporal.

A somação é como votar na Internet. O fato de muitas pessoas votarem “sim” ou “não”
sobre um assunto ao mesmo tempo pode ser comparado com a somação espacial. Uma
pessoa votando repetida e rapidamente é como a somação temporal.

Na maior parte do tempo, as somações espacial e temporal atuam juntas para aumentar a
chance de um neurônio disparar um potencial de ação. Um único neurônio pós sináptico
recebe informações de muitos neurônios pré sinápticos, alguns dos quais liberam
neurotransmissores excitatórios e outros, inibitórios. A soma de todos os efeitos excitatórios
e inibitórios a qualquer momento determinar o efeito sobre o neurônio pós sináptico, que
pode responder das seguintes maneiras:
1. PPSE: Se os efeitos excitatórios finais forem maiores que os inibitórios, mas menores
que o limiar de estimulação, o resultado é um PPSE que não atinge o limiar. Após um
PPSE, os estímulos subsequentes podem gerar mais facilmente um impulso nervoso por
meio da somação, pois o neurônio estará parcialmente despolarizado.

2.Impulso(s) nervoso(s): Se os efeitos excitatórios finais forem maiores que os inibitórios e


o limiar for atingido, serão disparados um ou mais impulsos nervosos (potenciais de ação).
Os impulsos continuarão a ser gerados contanto que o PPSE se mantenha no limiar ou
acima dele.

3. PPSI: Se os efeitos inibitórios finais forem maiores que os excitatórios, a membrana se


hiperpolariza (PPSI). O resultado é a inibição do neurônio pós sináptico e sua incapacidade
de gerar um impulso nervoso.

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