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SP 2.1 – Vai voltar...

bioeletrogênese é a capacidade de gerar Da hiperpolarização retorna para o


sinais elétricos na membrana plasmática. repouso, o que pode ser alterado a partir
de células contráteis ou autoexcitavéis
 Potássio (K+) – mais concentrado (neurônios).
no meio interno. Canal mais lento
que sódio; período refratário absoluto os canais
sódio dependentes da voltagem estão
 Sódio (Na+) – mais concentrado
inativados, portanto não é possível fazer
no meio externo. Canais mais
com que ele dispare outro potencial de
rápidos;
ação. No período refratário relativo os
 Cálcio (Ca2+) – mais
canais sódios estão fechados, mas podem
concentrado no meio externo.
ser aberto por um estimulo que ultrapassa
Canais mais lentos;
o limiar.
 Cloreto (Cl-) – mais concentrado
no meio externo.

Com a saída de potássio, a força química


diminui (diferença de concentração
diminui) e a força elétrica aumenta
(porque a célula fica mais negativa).

A gênese do potencial de membrana gera


a eletronegatividade celular através de 3 Sinapses
fatores que a deixam em repouso:
As sinapses são conexões entre neurônios,
 Constituição/permeabilidade outras células e glândulas. O sinal elétrico
seletiva da membrana fosfolipidíca; passa ao químico através da liberação de
 Presença de canais de vazamento um neurotransmissor.
de potássio;
Existem 2 tipos de sinapses, as sinapses
 Bomba de sódio potássio (saldo
elétricas e químicas:
dentro da célula fica negativo).
Elétricas
A maioria das células não conseguem
mudar o potencial de membrana.  Caracterizadas pelas junções
comunicantes ou junção gap;
O potencial de repouso depende de  Bidirecional;
todos os potenciais de equilíbrio e se  Transmissão rápida.
aproxima ao potencial de equilíbrio do
potássio. Química

 Presença de fenda sináptica;


 Unidirecional, dividida em pré-
sináptica (abertura dos canais de
cálcio voltagem dependentes –
vesícula sofre exocitose – liberação
de um neurotransmissor) e pós-
sináptica (existem receptores
presentes na membrana);
 Transmissão mais lenta. quimiorreceptores que ficam agrupados e
formam os botões gustativos, esses
Existem duas siglas importantes, PEPS que
botões ficam nas papilas gustativas.
significa potencial excitatório e PIPS que
significa potencial inibitório. As papilas gustativas são divididas em (1)
fungiforme; (2) foliada; (3) circunvalada,
Receptores onde ficam a maioria dos botões
gustativos.
 Os receptores ionotropicos tem
resposta rápida e são canais Botões Gustativos
iônicos mediados por ligantes.
O botão gustativo é composto de 50 a 150
 Os receptores metabotrópicos
tem resposta mais lenta e são uma células receptoras gustatórias (CRG).
proteína transmembrana acoplado Possuem 4 tipos celulares
a proteína G. morfologicamente distintos, denominados
I ou células de sustentação do tipo glial, II
Neurônios ou células receptoras, III ou células pré-
sinápticas (essas 3 são células receptoras
 Sensoriais: recebem informações gustatórias), mais as células basais.
do ambiente e transmite para o
SNC; Cada CRG é uma célula epitelial não neural
polarizada de modo que uma pequena
 Motores: transmissão para os
ponta da extremidade se estende para a
músculos e glândulas (eferente);
cavidade oral por meio do poro
 Interneurônios: conecta outros
neurônios e processam gustatório. A membrana apical da CRG é
informações do SNC. modificada por microvilosidades, as quais
 Multipolares: tem + de 2 aumentam a área de superfície de contato
prolongamentos, + potencial e com o ambiente.
comunicação e são os ais
abundantes.
 Bipolares: 2 prolongamentos, são
característicos no epitélio olfatório
e retina.
 Unipolar: 1 prolongamento que se
divide em (1) dentrito e (2) axônio.

Células da Glia é um conjunto de células,


como célula de Schwan (no SNP é
responsável pela produção da bainha de
mielina); oligodendrócitos (no SNC é
responsável pela produção da bainha de
mielina); astrócitos (nutrição); micróglia Transdução
(função imunológica – fagocítica).
Para que uma substância (gustante) seja
Gustação detectada, ela deve primeiro se dissolver
na saliva e no muco da boca. Os ligantes
A língua é o órgão receptor dessa via. Na gustatórios dissolvidos interagem com uma
língua estão presentes os proteína localizada na membrana apical
(receptora ou canal) da célula receptora Essa despolarização faz com que os canais
gustatória. A interação do ligante de cálcio voltagem dependentes se abram,
gustatório com a proteína de membrana com isso tendo um estímulo para liberação
inicia uma cascata de transdução de sinal, dos neurotransmissores que estavam na
que termina com a liberação de um célula.
mensageiro químico pela CRG.
Umami: O composto que provoca esse
Sabores sabor é o glutamato monossódico. O
receptor para esse composto é semelhante
Salgado: O sódio (Na+) entra na célula ao receptor para doce. Ocorre então após
receptora gustatória através do canal a ligação receptor + substância a ativação
iônico apical, como o canal de Na+ epitelial de proteína G que libera um 2º mensageiro
sensível a amilorida. O aumento do fluxo por meio da ativação da AMPc, induzem o
de sódio despolariza a célula e ativa os fechamento dos dos canais de cálcio e
canais de cálcio voltagem dependentes consequente despolarização da membrana.
resultando na exocitose do Essa despolarização faz com que os canais
neurotransmissor SEROTONINA pelas de cálcio voltagem dependentes se abram,
vesículas sinápticas que excita o neurônio com isso tendo um estímulo para liberação
gustativo primário. dos neurotransmissores que estavam na
célula.
Azedo: As células pré-sinápticas do tipo III
respondem ao sabor azedo. Nos Amargo: Transdução por meio da proteína
mecanismos de transdução para o gosto G, semelhante ao processo de
azedo ocorre o aumento de H+, e o sinal interpretação dos gustantes doce e umami.
para sabor ácido, também altera o pH. A
despolarização da célula pré-sináptica
mediada pelo H+ resulta no bloqueio do
canal de potássio (K+) e na liberação de
SEROTONINA por exocitose que excita o
neurônio sensorial primário.

 Sabores doces, amargo e


umami: Receptores
metabotrópicos, pois envolvem a
proteína G e por isso são mais
lentos.

Doce: Carboidratos, polissacarídeos,


dissacarídeos chegam nas células
receptoras do tipo II e são acopladas. Via Gustativa
Quando acontece essa ligação da molécula
doce com o receptor, ocorre a ativação da O corpo do neurônio I fica localizado em 3
proteína G (GUSTDUCINA). Essa ativação gânglios, (1) gânglio geniculado
da Gustducina, ativa enzimas específicas correlacionado ao nervo facial, (2) gânglio
(Adenil Ciclase – fosfolipases). Essas
inferior do nervo glossofaríngeo e (3)
enzimas produzem um 2º mensageiro que
induz o fechamento dos canais de cálcio e nervo inferior do nervo vago.
consequente despolarização da membrana.
Os prolongamentos periféricos do N1 se
ligam aos receptores gustatórios
localizados nas papilas gustativas.

O prolongamento central do N1 ganham


o trato solitário (tronco encefálico), onde
ocorre a sinapse com o neurônio II Células do bulbo olfatório (células
(localizado no núcleo do trato solitário). mitrais e em tufo – transformam a
Os axônios do neurônio II irá dirigir-se ao informação do bulbo até o SNC).
núcleo ventral posteromedial do tálamo Interneurônio (células periglomerulares e
(projeção bilateral – projetam-se para o glomerulares).
mesmo lado e para o lado oposto), onde
fará sinapse com o neurônio III. Transdução

Os axônios do neurônio III projetam-se ao Na superfície do epitélio olfatório existem


córtex (área 43 de Brodman – giro pós- cílios imóveis. Os cílios estão embebidos
central que representa a língua ou para o em uma camada de muco, produzido pelas
córtex da ínsula) glândulas olfatórias (presentes no
A sensibilidade gustatória para (1) os dois epitélio e na lâmina própria).
terços anteriores da língua afere pelo As moléculas odoríferas se dissolvem e
nervo facial (gânglio geniculado); (2) o penetram no muco antes de se ligar a uma
terço posterior da língua afere pelo nervo
proteína receptora olfatória (proteína
glossofaríngeo; (3) a região da epiglote
acoplada a proteína G) no cílio olfatório.
afere pelo nervo vago.
 Moléculas odoríferas se
Olfação combinam com os receptores
O sistema olfatório consiste de um olfatórios e ativam a proteína G
epitélio olfatório (mucosa que reveste a especial, que aumenta o AMPc
intracelular. O aumento de AMPc
cavidade nasal), no qual estão inseridos os
neurônios receptores. Nesse epitélio abre canais catiônicos permeáveis
olfatório, estão presentes células: células ao Na+ e Ca2+, despolarizando a
basais, células de suporte e células célula e disparando um potencial
de ação.
secretoras de glândulas olfatórias.

Outras estruturas do sistema olfatório: Via olfatória

 Bulbo olfatório;  Via simples com 2 neurônios;


 Córtex cerebral;  relê talâmico (não passam pelo
 Lâmina cribiforme ou crivosa (faz tálamo) antes de atingir o córtex
parte do osso etmoide). olfatório.
 Cavidade nasal.
Neurônios sensoriais primários ou
olfatórios estão localizados no epitélio
olfatório. Seus axônios de prolongamento
central, atravessam a lâmina cribiforme e
formam o nervo olfatório. O nervo
olfatório faz sinapse com os neurônios pois ao mastigar, as moléculas odorantes
sensoriais secundários no bulbo se difundem a partir da cavidade oral e
olfatório. alcançam o epitélio olfatório estimulando
os receptores olfatórios que estão ali
Os neurônios sensoriais secundários
ganham o trato olfatório através da estria presentes. Na integração central ocorre
lateral e projetam-se ao córtex olfatório, na área órbito frontal, onde há
seguem sentido ao giro parahipocampal convergência de informações olfatórias
(sistema límbico) ou ao úncus. e gustatórias. Caso ocorra fratura dos
ossos etmoide e central, pode
Integração entre Olfato e Paladar
comprometer a percepção do olfato e do
Pode ocorrer em dois pontos: periférico e paladar.
central. A integração periférica ocorre
Termos Importantes

 Anosmia: perda da percepção do olfato;


 Hiposmia: capacidade olfativa reduzida;
 Parosmia: sensação distorcida do olfato;
 Ageusia: perda completa da capacidade gustativa;
 Disgeusia: estímulo gustativo percebido de forma diferente do normal, normalmente
como amargo ou metálico.

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