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Sinapses

A maioria das fibras neuronais são mielinizadas, ou seja, Os neurônios estão dispostos em uma rede, onde várias
cobertas por um isolante térmico, sem canais de sódio. sinapses acontecem ao mesmo tempo.
Nesses locais, o impulso elétrico passa muito mais Assim, há um fenômeno chamado de somação, onde
rapidamente que nos nódulos de Ranvier (locais sem soma-se o número de sinapses excitatórias e inibitórias
bainha), por isso, diz-se que a transmissão é saltatória. que um mesmo neurônio está fazendo, e prevalece o
caráter que está em maior quantidade.

● A presença da bainha de mielina evita a perda de


corrente elétrica e diminui o tempo gasto para abrir
os canais de sódio.
A desmielinização favorece o vazamento de corrente,
reduzindo a amplitude da corrente de despolarização,
fazendo com que a transmissão seja mais lenta e o limiar
do segmento seguinte seja mais dificilmente alcançado. ● Sinapse Elétrica:

Em alguns casos, torna-se impossível gerar um potencial O potencial de ação é transmitido de uma célula para

de ação. outra a partir de junções GAP, que conectam o conteúdo


citoplasmático das células pré e pós sináptica.
Características:
- Sinal acontece rapidamente;
- Pode ser bidirecional;
- Não tem retardo, sendo usada em regiões que não

Tipos de fibras: precisam de tanta modulação;


● Sinapses químicas
Após a percepção do estímulo pelo receptor, o potencial
de ação se propaga até o botão terminal das células
neuronais, onde canais de cálcio voltagem dependente se
abrem e o influxo de Ca2+ leva a exocitose e degranulação
das vesículas de neurotransmissores, liberando-os na
fenda sináptica para ativar ou inibir o neurônio
pós-sináptico através do receptor específico p/ aquele NT.

→ Sinapse Excitatória/Glutamatérgica (GLU):

obs.: O cálcio é neurotóxico, logo, o influxo de cálcio não


é contínuo.
– PEPS: Potencial pós-sináptico
excitatório, causa despolarização
Ao serem liberados os NT na fenda sináptica, receptores
na membrana pós sináptica.
específicos na membrana da célula pós-sináptica do tipo
ex.: entrada de Na+
NMDA e AMPA se ligam ao glutamato e abrem canais de
sódio, despolarizando a membrana pós-sináptica
– PIPS: Potencial pós-sináptico
A ação do glutamato liberado na fenda sináptica é
inibitório, causa hiperpolarização
limitada pela recaptação através das células gliais, onde é
da membrana pós sináptica.
convertido em Glutamina pela enzima glutamina
Ex.: entrada de Cl- ou saída de K+
sintetase.
Após isso, a glutamina volta para a célula pré-sináptica
Neurotransmissor: Geralmente uma molécula proteica
através de transportadores de aminoácidos excitatórios
que é empacotada em vesículas no complexo golgiense,
(TAEs).
transportada em microtúbulos para o botão terminal.
Lá, é convertida em glutamato pela glutaminase e
armazenado em vesículas por transportadores vesiculares
Acetilcolina: NT da placa motora, se liga a receptores
de glutamato (TVGlu).
- Nicotínicos e muscarínicos
Agonista glutamatérgico: Se liga ao receptor do glutamato Enquanto o GABA B leva a uma cascata de segundos
e age como se fosse o NT, hiper ativando as células mensageiros que irá abrir os canais de cloreto.
neuronais, aumenta o potencial de ação (ex.: ácido
carínico, caramboxina) O GABA é recaptado pelas células da glia ou diretamente
Antagonista: Diminui a excitação do organismo (ex.: pela célula pré-sináptica.
clorofórmio) GABA = Ácido gama-aminobutírico

→ Sinapse Inibitória/Gabaérgica (GABA): Receptor Ionotrópico: Receptor se liga diretamente no


O potencial de ação chega no botão terminal da célula canal, é mais rápido (ex.: GABA A)
pré-sináptica, abre os canais de cálcio voltagem Receptor Metabotrópico: Receptor desenvolve uma
dependente e ocorre a degranulação de GABA na fenda cascata que culmina na abertura do canal (ex: GABA B)
sináptica.
O GABA também pode ser excitatório, abrindo canais de
sódio, porém sempre prevalece o de cloreto. No período
de desenvolvimento humano, ele tem caráter
predominantemente excitatório.
Agonista gabaérgico: benzodiazepínicos
Antagonista gabaérgico: TDZ

→ Sinapse Serotoninérgica/Inibitória (5-HT):


Possui inúmeros receptores das duas classes, exemplos:
Receptor 5HT-3: Ionotrópico, liga-se direto ao canal
Receptor 5HT-1: Metabotrópico
obs: Gln = glutamina; Glu = glutamato

Os receptores para GABA na célula pós-sináptica são:


GABA A e GABA B, possuem 5 subunidades:

O GABA A abre os canais de cloreto na célula


pós-sináptica e inibe-a.
O sistema mesolímbico é responsável pelo prazer. Em
casos de depressão, esse sistema está sendo afetado.
Na membrana pré-sináptica, há um recaptador da
serotonina, então inibindo esse recaptador, a serotonina
passa mais tempo na fenda sináptica, deixando o
indivíduo feliz (antidepressivo).

→ Sinapse Dopaminérgica:
O processo para liberação do neurotransmissor é igual aos
outros.
Existem receptores D ionotrópicos e metabotrópicos, e
seu efeito inibitório ou excitatório depende do tipo de
receptor ao qual a dopamina se liga.
A recaptação também é feita por um receptor na
membrana pré-sináptica
Agonista: Cocaína

→ Sinapse Colinérgica (Ach):


- Receptor nicotínico: Ionotrópico
- Receptor muscarínico: Metabotrópico
Ao se ligar no receptor, abre canais de sódio e leva a
contração do músculo, que está inserido nos ossos pelos
tendões e gera o movimento.
Antagonista colinérgico: atropina, toxina botulínica
(param movimentos musculares)
Agonista: escopolamina
A recaptação é feita a partir da ação da colinesterase,
quebrando a acetilcolinesterase

AGONISTAS: mimetizam o efeito do NT


ANTAGONISTAS: inibem a ação do NT

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