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Transportes transmembranares
1) Não mediado (s/ transportadores) / Mediado (c/ transportadores)
Dentro da célula: grande número de proteínas e outras moléculas orgânicas que não
podem sair da célula (maioria com carga negativa atraindo k+, Na+ e outros iões
positivos).
A membrana apresenta menos permeabilidade aos iões Na+, uma vez que estes estão
fora da célula, permanecem lá.
Há um estimulo – os canais de Na+ abre e os sódios entram – alteração da polaridade
da membrana que fica positiva no interior e negativa no exterior (despolarização) –
criação de um potencial de ação – fecho dos canais do sódio e abertura dos canais
potássio K+ (repolarização) – aumento das cargas positivas no exterior e negativas no
interior – potencial de repouso.
A bomba sódio e potássio bombeia 3 Na+ para o exterior e 2 K+ para o interior.
A bomba de sódio e potássio é importante uma vez que estabelece a diferença de
carga elétrica entre os dois lados da membrana que é fundamental para as células
musculares e nervosas e promove a facilitação da penetração de aminoácidos e
açúcares. Além disso, a manutenção de alta concentração de potássio dentro da célula
é importante para síntese de proteínas e respiração e o bombeamento de sódio para o
meio extracelular permite a manutenção do equilíbrio osmótico.
Potenciais da membrana
Anião - Quando um átomo recebe electrões com carga negativa isto é fica com excesso de
electrões relativamente ao nº de protões.
Células excitáveis: células que alteram as suas cargas (alteram o potencial de repouso)
Nas células musculares cardíacas e esqueléticas o potencial de membrana chama-se
potencial de repouso.
Quando não há mudança total das cargas, ou seja, pouca despolarização -> não é
potencial de ação.
Fisiologia Muscular
Tipos de tecidos:
- Muscular esquelético:
- Inserido nos ossos
- Com estrias e centenas de núcleos localizados perifericamente
- Possibilidade de controlo voluntário (depende da nossa vontade)
- Movimento corporal, postura e reflexos
- Muscular liso:
- Parede de órgãos ocos; olhos, pele, vasos sanguíneos, glândulas
- Sem estrias e um núcleo central
- Controlo involuntário (SNA + glândulas)
- Motilidade digestiva (movimentos do tubo digestivo)
- Reflexo de micção (esvaziamento da bexiga)
- Regulação do φ dos vasos
- Muscular cardíaco:
- Coração
- Com estrias, um núcleo central e fibras unidas por discos intercalares
- Controlo involuntário (autorritmicidade)
- Bombeia o sangue.
Funções do tecido muscular:
- Produção de movimentos corporais
- Estabilização das posições do corpo
- Regulação do volume dos órgãos
- Movimentação de substâncias do corpo
- Produção de calor
As fibras musculares tem uma espessura média que oscila entre os 10 e os 100
micrómetros e um comprimento muito variável. Estas fibras são revestidas por uma
bainha muito fina de tecido conjuntivo denominada endomísio, encontrando-se
agrupados em grupos, os feixes musculares. Estes feixes, com vários milímetros de
espessura, encontram-se rodeados por outra camada de tecido, o perimísio, por sua
vez agrupados num grupo mais carnosa que constitui o músculo propriamente dito. Os
músculos por sua vez são constituídos por uma bainha de tecido, o epimísio que se
encarrega da sua união e o protege de atritos.
Proteinas musculares:
1) Proteínas contráteis: geram força durante a contração
2) Proteínas de regulação: ajudam a ligar e desligar a contração
3) Proteínas estruturais: mantém os filamentos alinhados; conferem elasticidade
e extensibilidade à miofibrilha; ligam as miofibrilhas ao sarcolema e a matriz
extracelular.
3 – Proteínas estruturais
Titina: prende os filamentos espessos às linhas Z e estabiliza-os durante a contração e
relaxamento.
Miosina:
Cauda – forma o corpo dos filamentos espessos
Cabeça – ligam-se à actina durante a contração
Actina: Forma a espinha dorsal dos filamentos finos e contém locais de ligação para as
cabeças da miosina durante a contração.
Acoplamento excitação-contração:
Temos o exemplo de uma j.n. entre uma fibra nervosa mielinizada com uma fibra
muscular esquelética. A fibra nervosa forma um complexo de terminais nervosos
ramificados que se invaginam na superfície extracelular da fibra muscular placa
motora recoberta por uma ou mais células de Schwann que a isolam de líquidos.
A j.n. possui um alto fator de segurança pois cada impulso que chega à j.n. provoca um
potencial de placa motora 3x superior que o necessário para estimular a fibra.
Fadiga da Junção neuromuscular – estimulação da fibra com frequências 100x por
segundo, por vários minutos, diminui tanto o número de vesiculas de acetilcolina que
os impulsos não são transmitidos à fibra.
Drogas que bloqueiam a junção neuromuscular:
drogas curaniformes impedem a passagem do impulso da terminação nervosa para o
musculo.
D-tubocarina bloqueia a ação da acetilcolina nos recetores.
Drogas que reforçam a j.n:
metacolina, carbacol e a nicotina – tem o mesmo efeito que a acetilcolina, mas não são
destruídas pela Acetilcolinesterase ou se são é muito lentamente, ou seja, a sua ação
persiste ainda por algum tempo.
Cada vez que a fibra se recupera de uma contração, estas drogam previamente
provocam áreas localizadas de despolarização e atum sobre elas iniciando um novo
potencial de ação levando a um estado de fadiga.
Neostigmina, fisostigmina e fluorofosfato inativam a Acetilcolinesterase maior
acumulação de acetilcolina, maior estimulação da fibra.
- Contração excêntrica
A tensão é mantida enquanto o músculo aumenta de comprimento
Contrações excêntricas repetidas provocam mais danos musculares.
Carga externa superior – alargamento do sarcómero.
Relação frequência-tensão:
Somação de ondas: 2.º estímulo aplicado após o período refratário, mas antes do
completo relaxamento, induz uma 2.ª contração mais intensa (se ainda não tiver
havido o relaxamento do músculo a 2 contração é superior).
(A segunda contração é somada à 1ª; A força total da contração aumenta
progressivamente com o aumento da frequência. Quando a frequência aumenta, as
contrações são tão rápidas que se fundem e a contração total do músculo aparente ser
uniforme e continua – tetanização)
1) Aumento progressivo de Ca2+ no sarcoplasma;
2) Elementos elásticos mantêm-se estirados ➩ ➩ contração é aplicada mais
rapidamente
Cada estímulo causa uma contração. Se o tempo entre cada estímulo for
suficientemente grande (estimulação lenta), a tensão do músculo relaxará entre os
sucessivos estímulos. Se estes ocorrerem com elevada frequência as contrações vão-se
sobrepor, resultando na contração tetânica.
Relação comprimento-tensão:
Um componente elástico tem a capacidade de armazenar energia para fazer uma
tensão.
Tensão ativa: força que o músculo está a exercer
Tensão passiva: ação que os componentes
elásticos exercem na contração
Tensão total: resultado
A tensão ativa começa a baixar no momento em
que se encontra com a tensão passiva.
O aumento da tensão ativa diminui com o
alargamento do músculo além do comprimento
normal.
O músculo esquelético contrai-se extremamente rápido quando está sem qualquer
carga. Quando é aplicada uma carga, a velocidade de contração diminui.
Quando a carga é aumentada até um valor igual à força máxima que o músculo pode
exercer, a velocidade é 0, não acontece nada apesar de a fibra ter sido ativada.
Metabolismo muscular
Produção de ATP nas fibras musculares:
A energia utilizada a partir do ATP não é usada somente para o mecanismo de
contração muscular, mas também para bombear Ca2+ do sarcoplasma para o reticulo
e bombear iões sódio e potássio através da membrana. Porem, a concentração de ATP
disponível só é suficiente para manter a contração durante 1 a 2 segundos.
Quando o ATP liberta a sua energia, é libertado fosfato que se vai combinar com o ADP
formando ATP novamente. Para que este processo ocorra existem três fontes
principais de energia:
Creatina fosfato: contém uma ligação fosfato de alta energia semelhante à do ATP. A
Fosfocreatina é clivada e a energia gerada provoca a ligação do fosfato ao ADP para
convertê-lo em ATP. Essa fonte adicional mantém a contração por mais 5 a 8
segundos.
Glicogénio: rápida degradação do glicogênio – previamente armazenado nas células
musculares – em ácido lático e ácido pirúvico liberta energia, que é utilizada para
converter ADP em ATP. Sendo assim, esse mecanismo de “glicólise”, mantém a
contração até 1 minuto (sem a necessidade de oxigénio): forma 2x mais ATP do que
quando nutrientes celulares reagem com oxigénio.
-LOCALIZAÇÃO ABUNDANTE:
membros inferiores
-FUNÇÃO PRINCIPAL:
marcha + corrida de velocidade
-CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS:
Baixa capacidade de produzir ATP por fosforilação oxidativa, antes usam a glicólise
Elevada velocidade de hidrólise do ATP pela miosina ➧ velocidade de contração
Baixa resistência à fadiga
Elevadas reservas de glicogénio
terceiras a serem recrutadas
-LOCALIZAÇÃO ABUNDANTE:
Membros superiores
-FUNÇÃO PRINCIPAL:
Movimentos rápidos, intensos e curta duração.
a) Relação frequência-tensão
b) Relação comprimento-tensão
c) Diâmetro da fibra (tipo I < tipo IIa < tipo IIx)
d) Fadiga
◆ PAPEL DO TAMANHO DO
MOTONEURÓNIO SOBRE O
RECRUTAMENTO (LEI DE HENNEMAN):
Unidades motoras do tipo I são inervadas por neurónios mais pequenos, pelo que são as
primeiras a serem recrutadas.
Somação temporal (frequência de estimulação) apenas permite ajustes da tensão na ordem de
grandeza 3 -5 x, pelo que a força exercida por um músculo, desde movimentos delicados até
contrações extremamente vigorosas, depende principalmente do recrutamento de unidades
motoras
EXPLICAÇÕES POSSÍVEIS:
1) ➚ [Ca2+] no sarcoplasma
2) ➚ Temperatura do músculo
3) ➚ fluxo sanguíneo no músculo
> % de energia obtida a partir de FFA; < % de energia obtida a partir de CHO
Localização:
-paredes de artérias e veias de pequeno diâmetro
-paredes de vísceras ocas (estômago, intestinos, útero, bexiga)
Características:
-fibras unidas por junções de hiato e com autorritmicidade
-1 estímulo provoca a contração em uníssono de todas as fibras (as suas membranas estão
unidas entre si de maneira a que a força gerada numa possa ser transmitida à seguinte.
-o potencial de ação passa de umas para as outras através das junções comunicantes – os iões
fluem por ali.
-controle por sinais não-nervosos
Localização:
-paredes de artérias de grande calibre
-vias respiratórias
-músculo eretor do pelos
-músculos da íris e ciliar
Características:
-fibras individuais e discretas, cada qual inervada por terminais sinápticos próprios -
independentes
-estimulação de 1 fibra provoca apenas a contração dessa célula
-são recobertas por uma fina camada de substancia semelhante à membrana basal que isola as
fibras.
-Ao contrário das estriadas podem dividir-se, geralmente em resposta a danos no tecido
-Comprimento → 30-200 µm; diâmetro → 3-8 µm
-Filamentos não organizados em sarcómeros ➪ músculo liso (não estriado)
-Túbulos T ausentes e retículo sarcoplasmático pouco abundante
-FILAMENTOS:
Finos (actina + tropomiosina + calponina / caldesmona)
Espessos (miosina)
Intermédios - ligam-se a corpos densos, funcionalmente semelhantes às linhas Z, dispersos no
sarcoplasma ou ligados ao sarcolema (bandas densas)
-Filamentos intermédios formam uma rede que liga os corpos densos entre si
-Contração filamentos finos e espessos ➪ tensão transmitida aos filamentos intermédios ➪
estes puxam os corpos densos ligados ao sarcolema ➪ ➪ contração da fibra muscular
-Entrada e saída de Ca2+ é lenta ➪ contração começa mais lentamente e prolonga-se durante
mais tempo
-Fibras lisas podem encurtar ou estirar mais do que as esqueléticas ou cardíacas e a contração
pode ser gradual (contraem mesmo quando apenas despolarizam parcialmente)
CALMODULINA:
-proteína reguladora c/ função semelhante à troponina
-liga-se a Ca2+ e ativa a miosina cinase
MIOSINA CINASE:
-fosforila as cabeças de miosina
-atua lentamente, contribuindo p/ a lentidão da contração
TÓNUS: tensão relativa/ constante e contínua, devido à lentidão da saída de Ca2+ + ➘ [miosina
fosfatase]
O musculo liso não tem o mesmo arranjo estriado dos filamentos que o
musculo esquelético. Em vez disso, a organização física é como mostra na
figura.
Actina ligada aos corpos densos (alguns corpos ligados a membrana celular,
outros dispersos no interior da célula).
Entre os filamentos de actina estão os de miosina (estes apresentam um diâmetro 2x maior).
Encontram-se usualmente mais de 5 a 10x mais filamentos de actina do que de miosina.
Outra diferença entre o Esquelético e o Liso é o facto de no Liso a maioria dos filamentos de
miosina apresentar as chamadas pontes cruzadas com polarização lateral, arranjadas de forma
a que as pontes de um lado dobrem numa direção e as do outro lado dobrem na direção
oposta. Isto permite que a miosina puxe a actina de um lado e de outro simultaneamente Isto
permite ao músculo liso se contrair ate 80 %, ao contrário do esquelético que é ate 30%.
Em vez da troponina, as celulares musculares lisas contem uma outra proteína reguladora,
chamada calmodulina. Embora essa proteína seja similar à troponina, a maneira pela qual ela
inicia a contração é diferente.
A calmodulina fá-lo ativando as pontes cruzadas da miosina. Esta ativação e a contração
subsequente ocorrem na seguinte sequência:
Para provocar o relaxamento do m.liso, depois da contração, os ioes cálcio precisam de ser
removidos dos líquidos intracelulares. Esta remoção é efetuada pela bomba de cálcio que
bombeia os ioes Ca2+ para fora da fibra muscular lisa, de volta para o liquido extracelular ou
para o RS. Esta bomba é de ação lenta, em comparação com a bomba de cálcio de ação rápido
do RS do músculo esquelético. Portanto, uma única contração demora geralmente uns
segundos em vez de centésimos a décimos de segundo, como no m.esquelético.
-Neurotransmissores do SNA
-Alterações de pH, PO2 ou PCO2
-Distensão das fibras
-Geração espontânea de potenciais de ação (pacemaker)
-Alterações de temperatura ou [iões]
-Hormonas
INERVAÇÃO AUTONÓMICA
RESPOSTA TENSÃO-RELAXAMENTO
Quando as fibras musculares lisas viscerais são estiradas, numa fase inicial contraem-se,
desenvolvendo tensão crescente. Após cerca de 1 minuto, permanecem distendidas e a tensão
decresce.
FUNÇÃO:
Permite o aumento do volume no interior de órgãos ocos (vasos, estômago, bexiga), sem que a
pressão exercida sobre os seus conteúdos sofra grandes alterações. No entanto, após o
esvaziamento, as paredes dos órgãos readquirem a sua firmeza habitual.
Componentes: Nervos (nada mais são do que feixes de fibras nervosas dispostas
paralelamente e envoltas por tecido conjuntivo), Gânglios (são acúmulos de neurônios, que
geralmente formam estruturas esféricas, e estão localizados fora do sistema nervoso central.)
-Informação eferente é conduzida até um gânglio autonómico e daqui para o órgão efetor (2
neurónios)
-As fibras nervosas inervam músculo liso + cardíaco e glândulas endócrinas ou exócrinas
-Pode ter uma ação excitatória ou inibitória sobre os efetores
Divisões do SNA
-EFETORES:
Cutâneos (vasos, glândulas sudoríparas e músculos eretores dos pelos)
Vasos dos músculos esqueléticos
Vísceras
Ex: queremos fugir de um leão – o SN simpático vai fazer com que a pupila dilate para ter um
campo de visão maior, vai evitar a desidratação, dilatar brônquios para entrar mais ar, acelera
a frequência cardíaca para o sangue circula mais rápido e ser mais rápido oxigenado para
banhar as células, inibe o pâncreas para que este no retire a glicose do sangue, estimula a
libertação de glicose pelo fígado para esta ser quebrada e ser produzido mais ATP e libertada
energia.
A maioria das vezes o que um faz o outro contraria (não são totalmente antagonistas porque
nem sempre contraria).
Temos ainda dentro do SNA, o Sistema nervoso entérico: intimamente ligado ao intestino;
involuntário; atuam até certo ponto independentemente do SNA e SNC mas podem comunicar
com o SNC, via neurónios simpáticos e parassimpáticos; monitorizam mudanças no trato
gastrointestinal, bem como o grau de distensão das suas paredes.
Ex: contração do músculo liso do trato gastrointestinal para empurrar o alimento; controlo da
secreção ácida do estomago; controlo da secreção de hormonas por células endócrinas.
SINAPSES AUTONÓMICAS
Neurónios eferentes comunicam (através das sinapses) com outros neurónios eferentes
(dentro do SN) ou com as suas células efetoras (fora do SN).
Acetilcolina no Parassimpático
Noradrenalina no Simpático
O neurónio pré-glanglionar passa informação para o neurónio pós-ganglionar e este por sua
vez para a informação ao órgão efetor.
No SN simpático o corpo do neurónio pré-ganglionar sai diretamente da medula, da parte
torácica ou lombar; No caso do SN parassimpático o corpo do neurónio pré-ganglionar sai
diretamente do encéfalo ou da região sacral da medula espinhal.
RECEPTORES COLINÉRGICOS
Nicotinicos – ionotrópicos
Muscarinicos – metabotropicos
RECEPTORES ADRENÉRGICOS
-Receptores beta1 e beta2 (receção do neurotransmissor quer por um ou por outro resulta na
ativação da adeniciclase aumentando a concentração de AMPc) ➪ ➚ AMPc / Receptores alfa2
(localizados nos terminais dos nervos pré-sinpaticos e em outras células como a beta do
pâncreas; são mediados pela inibição da adenilciclase e o controlo do nível de AMPc) ➪ ➘
AMPc ➪ ➘ estimulação beta-adrenérgica
ATIVAÇÃO a-ADRENÉRGICA
-EFEITOS a1:.
contração de músculos lisos (ex: vasoconstrição na pele + vísceras)
➚ secreção glândulas salivares
➚ secreção glândulas sudoríparas (regiões palmar e plantar em situação de stress)
-EFEITOS a2:
➘ secreção de insulina
➚ agregação plaquetária
ATIVAÇÃO b-ADRENÉRGICA
-EFEITOS b1:
➚ frequência + força de contração + velocidade condução AV [miocárdio]
➚ secreção de renina
➚ secreção de ADH
➚ degradação de triglicerídeos [tecido adiposo]
-EFEITOS b2:
broncodilatação + vasodilatação
relaxamento do músculo ciliar
➚ secreção glucagom + gluconeogénese e glicogenólise [hepatócitos]
ATIVAÇÃO NICOTÍNICA
ATIVAÇÃO MUSCARÍNICA
➘ frequência cardíaca
broncoconstrição
➚ constrição das pupilas (miose) Estimulação parassimpática
contração do músculo ciliar (visão a curta distância)
vasodilatação + ➚ secreção das glândulas salivares
➚ motilidade e secreções no tubo digestivo -➚ atividade glândulas sudoríparas (regulação da
temperatura) - ESTIMULAÇÃO SIMPÁTICA
Outros neurotransmissores autonómicos: -Neurónios não colinérgicos ou não adrenérgicos:
ATP
Péptido intestinal vasoativo (VIP) aumenta a secreção de suco intestinal
Óxido nítrico (NO) provoca vasodilatação: -SNC
-tubo digestivo
-bexiga urinária
-órgãos reprodutores
A. Efeitos Antagonistas
Pacemaker Cardíaco:
Simpática (b1) / Parassimpática (M2) ➪ ➚ ritmo cardíaco / ➘ ritmo cardíaco
Tubo Digestivo:
Simpática (a+b) / Parassimpática (M3) ➪ ➘ motilidade + secreções / ➚ motilidade +
secreções
Íris:
Simpática (a1) / Parassimpática (M3) ➪ dilatação (midríase) / constrição (miose) das pupilas
Glândulas Salivares:
Simpática (a1+b1) / Parassimpática (M3) ➪ secreção saliva mucosa / secreção saliva serosa
REFLEXOS AUTONÓMICOS
FISIOLOGIA CARDÍACA
Estrutura do coração
CONSTITUIÇÃO:
- Músculo cardíaco (miocárdio)
- Células endoteliais (revestem o interior das
paredes)
- 3 tipos principais de músculo:
1) músculo atrial, 2) o ventricular e 3) as fibras especializadas excitatórias e condutoras.
Os tipos Atrial e ventricular contraem-se quase como os músculos esqueléticos, mas com
maior duração da contração. Por outro lado, as fibras excitatórias e de condução so se
contraem fracamente, por conterem poucas fibras contráteis, mas apresentam descargas
elétricas rítmicas automáticas na forma de PA, ou fazem a condução desses PA pelo coração,
representando o sistema excitatório que controla os batimentos cardíacos.
ESTRUTURA:
Aurículas / Ventrículos: direita (AD /VD) + esquerda (AE / VE)
Válvulas aurículo-ventriculares: -tricúspide (direita)
-bicúspide (esquerda)
Válvulas semilunares: -pulmonar (VD - Tronco pulmonar)
-aórtica (VE - Aorta)
CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA
Circulação pulmonar ou Pequena circulação pela qual são realizadas as trocas gasosas.
Circulação sistémica ou Grande circulação que permite levar os nutrientes e oxigénio aos
tecidos e receber os produtos finais do metabolismo para serem excretados, assim como
levar as hormonas aos seus órgãos alvo
Ao chegar à aurícula direita pelas veias cavas superior e inferior, o sangue passa da aurícula
para o ventrículo direito. Quando este, por sua vez, se contrai, dá-se a ejeção ventricular
direita para a artéria pulmonar que dividindo-se em direita e esquerda vai levar o sangue aos
dois pulmões.
As artérias pulmonares dividem-se e subdividem-se até se tornarem numa rede capilar nas
paredes alveolares onde vão ter lugar as trocas gasosas com difusão do Dióxido de carbono
dissolvido no plasma e captação do O2
Uma vez oxigenado, o sangue flui da vertente venosa capilar das paredes alveolares, para
pequenas vénulas que juntam e formam veias cada vez de maior calibre até se tornarem as
veias pulmonares que drenam na aurícula esquerda. Esta, ao contrair-se envia o sangue para o
ventrículo esquerdo e a Circulação sistémica começa.
Chegado ao ventrículo esquerdo o sangue arterializado é bombeado para a artéria aorta e seus
ramos, atingindo todas as partes do corpo humano, ramificando-se em artérias de calibre cada
vez menor até atingir a vertente arterial capilar e libertar o tão precioso oxigénio aos tecidos
para que a respiração celular seja possível.
Período de relaxamento (no qual o coração se enche de sangue) – diástole
Período de contração – sístole
HISTOLOGIA:
-Fibras curtas (50-100 µm), em Y, c/ Ø ≃ 14 µm – fibras são estriadas, ramificadas e
estabelecem entre si ligações profundas; junções entre células
-Proteínas contrácteis organizadas em sarcómeros
-Fibras não tão circulares, com 1 (ou 2) núcleos
-Sarcoplasma mais abundante e mitocôndrias mais numerosas
-Túbulos tranversais (T) menos abundantes ; 1 túbulo T / sarcómero, nas linhas Z
-Retículo sarcoplasmático menos abundante ➪ < Ca2+ armazenado
-Redes musculares: 1 nas aurículas + 1 nos ventrículos
-Discos intercalares: -Desmossomas (união das fibras) + Junções de hiato (condução dos PA)
-Contrações 10-15x mais longas:
Influxo de Ca2+ do LEC por canais lentos
-Contração regulada pelo marca-passo (nódulo sinoauricular), mas sob controlo do SNA
(noradrenalina/acetilcolina) e de várias hormonas.
A estimulação não é feita célula a célula como no músculo esquelético, mas sim todas ao
mesmo tempo e respondem sequencialmente.
◆ CICLO DE CONTRACÇÃO
Início: retículo sarcoplasmático liberta Ca2+ ➧ Ca2+ liga-se à troponina ➧ complexo troponina-
-tropomiosina move-se, expondo as moléculas de actina ➧ contração muscular
O potencial intracelular passa de um valor muito negativa, por volta de -85mV entre os
batimentos, para um valor ligeiramente positivo, +20mV durante cada batimento. Após o
potencial em ponta (spike) inicial, a membrana permanece despolarizada durante cerca de 0.2
seg, exibindo um platô (período de despolarização prolongado) ao qual se segue repolarização
repentina. A presença deste platô no PA faz a contração muscular ventricular durar ate 15x
mais que as contrações observadas no músculo esquelético.
Para alem dos iões calcio que são libertados pelo RS, grande quantidade de ioes Ca2+
adicionais também se difunde para o sarcoplasma, partindo dos proprios tubulos no PA. Na
realidade, sem esse Ca2+ adicional dos tubulos T, a força de contração ficaria,
consideravelmente reduzida, pois o RS é menos desenvolvido que o do musculo esquelético e
não armazena calcio suficiente para produzir contração completa. Por outro lado, os tubulos T
do m.cardiaco têm diametro maior que os do m.esqulético, o que equivale a um volume
maior.
Nódulo SA tem capaci// p/ gerar 100 PAs / min ➨ PAs deste nódulo chegam a outras fibras e
estimulam-nas antes de as mesmas poderem gerar PAs intrínsecos ➪ NÓDULO
SINOAURICULAR é o PACEMAKER do coração
ACh (divisão parassimpática) ➨ ➘ PAs do NSA p/ ∼ 75/min
Saída lenta de iões K+ ➔ potencial de pacemaker [-50 a - 60 mV] ➔ difusão de Na+ (F) / Ca2+ (T)
por CPV transitórios (DESPOLARIZAÇÃO ESPONTÂNEA) ➔ potencial limiar (-40 mV) ➔ difusão
“rápida” de Ca2+ através de CPV ➔ potencial de ação
Pacemaker ectópico estabelece o ritmo cardíaco quando o NSA desenvolve uma auto-
excitabilidade exagerada
Após entrada no feixe de His, o PA propaga-se rapidamente para o miocárdio ventricular (após
200 mseg)
-Disfunção do NSA:
a) NAV ➧ ritmo cardíaco 40-50 bpm
b) feixe de His / ramos direito e esquerdo / fibras de Purkinje ➧ ritmo cardíaco 20-40 bpm
(circulação sanguínea encefálica insuficiente)
DESPOLARIZAÇÃO: potencial de repouso [Em: -80 a -90 mV] ➨ limiar de excitação ➨ abertura
de canais rápidos com portão de voltagem (CRPV) para Na+ ➨ despolarização rápida ➨
fecham CRPV para Na+
PLATEAU: abertura de canais lentos com portão de voltagem (CLPV) para Ca2+ no sarcolema e
membrana do retículo sarcoplasmático + fecham CPV p/ K+ ➨ manutenção do potencial ∼ 0
mV (250 mseg)
ELETROCARDIOGRAMA (ECG)
ECG: registo das correntes elétricas geradas pelo coração e detetadas à superfície do corpo
FUNÇÕES:
-Detetar anomalias no sistema de condução
-Detetar hiper- ou hipotrofia de partes do coração
-Detetar área(s) de músculo cardíaco danificada(s)
ONDAS:
-Onda P (0,1-0,3 mV) - despolarização
auricular ➨ início da sístole auricular
-Complexo QRS (1 mV) - despolarização ➨
início da sístole ventricular (0,08-0,12 s)
-Onda T (0,2-0,3 mV) - repolarização ➨ início
do relaxamento ventricular
INTERVALOS:
-Intervalo PR (0,12-0,2 s) - início da despolarização auricular ➨ ➨ início da despolarização
ventricular
-Intervalo QT (0,25-0,45 s) - início da despolarização ➨ fim da repolarização ventricular
-Segmento S-T - total despolarização dos ventrículos (plateau)
- Relação entre a condução dos impulsos e o ECG
Antes que a contração do músculo possa ocorrer, é preciso que a despolarização se propague
pelo músculo para iniciar os processos químicos da contração. A onda P ocorre no início da
contração dos átrios (aurículas), e o complexo QRS de onde ocorre no início da contração dos
ventrículos. Os ventrículos permanecem contraídos até que a repolarização tenha ocorrido, ou
seja, até ao final da onda T.
Bloqueio de 1º grau: intervalo usual entre o início da onda P e o complexo QRS – 0,16
segundos (frequência cardíaca normal). Com batimentos mais rápidos este intervalo
(chamada P-R) fica mais curto, e com batimentos mais lentos fica mais longo.
Quando o intervalo P-R aumenta mais de 0,20 segundos diz-se que o intervalo P-R é
prolongado e que o paciente tem bloqueio atrioventricular incompleto de 1º grau.
Bloqueio de 2º grau: Quando a condução pelo feixe A-V fica suficientemente lenta para
aumentar o intervalo P-R para 0,25-0,45 segundos, o PA algumas vezes é forte o
suficiente para atravessar o feixe ate aos ventrículos e outras vezes não é (apenas 1\2,
1\3 ou 1\4 dos PAs chegam aos ventrículos). Nesse caso, ocorrerá a onda P atrial mas
não a onda QRS-T, e ai diz-se que há batimentos bloqueados (perdidos) dos
ventrículos.
Ciclo Cardíaco
2) Enchimento ventricular: com a abertura das válvulas AV, o sangue das aurículas passa para
os ventrículos
Enchimento ventricular rápido: 1\3 inicial do enchimento ventricular
- Ejeção ventricular: (250mseg) válvulas semilunares abrem e o sangue passa para a aorta ou
para o tronco pulmonar.
REGULAÇÃO DO DÉBITO (quantidade de sangue bombeada a cada minuto) CARDÍACO
Débito cardíaco (Q) = volume de ejeção * frequência cardíaca = 70*75 = 5250 mL\min = 5L\min
Reserva cardíaca: debito cardíaco máximo\debito cardíaco de repouso (normal: 4-5; atletas: 7-
8)
Um coração saudável ejeta todo o sangue que nele entrou durante a diástole.
- Pré carga: grau de distensão do coração antes da sístole (grau de tensão do músculo quando
ele começa a contrair-se) – a pressão diastólica final quando o ventrículo está cheio.
Lei de Frank-starling: aumento do volume telediastólico aumento do volume de ejeção
Depende do(a): retorno venoso e da duração da diástole ventricular
Cada tecido periférico do corpo controla o seu fluxo local de sangue, e todos os fluxos locais de
sangue combinam-se e retornam, pelas veias, para o átrio direito, compondo o retorno
venoso. O coração, bombeia esse sangue para as artérias, para que ele volte a circular. Esta
capacidade de o coração se adaptar a volumes crescentes de afluxo sanguíneo é conhecido
como o mecanismo cardíaco de Frank-Starling. Este mecanismo afirma que quanto mais o
miocárdio é distendido durante o enchimento, maior será a força de contração e maior será a
quantidade de sangue bombeado para a aorta.
- Pós carga: pressão a ser exercida para haver ejeção ventricular (carga contra a qual o
musculo exerce a sua força contrátil) – pós carga do ventrículo é a pressão na artéria à saída
do ventrículo.
Direito: 15 mm Hg (tronco pulmonar)
Esquerdo: 80 mm Hg (aorta)
2) Divisão parassimpática
Acetilcolina (cronotrópica -)
Predomina em repouso
- Regulação química
1) Hormonas
2) Iões
Mais potássio -> bloqueio da despolarização -> frequência baixa + contractilidade; excesso de
potássio faz com que o coração se dilate e fique flácido, além de diminuir a frequência dos
batimentos; podem vir a bloquear a condução do impulso cardíaco dos átrios para os
ventrículos pelo feixe A-V. A elevação da concentração de K+ de duas a três vezes o normal,
pode ser fatal.
Aumento moderado de Cálcio -> maior contractilidade; excesso de Ca2+ faz o oposto do K+,
induzindo o coração a produzir contrações espásticas. A causa disso é o efeito direito do Ca2+
na deflagração do processo contrátil cardíaco. Por outro lado, baixa concentração de cálcio
causa flacidez cardíaca. Felizmente, os níveis de Cálcio no sangue normalmente são mantidos
dentro dos limites.
Mecanismo de ação das catecolaminas e glicósidos cardiotónicos
- Papel da respiração
Inspiração: aumento do tónus simpático\RV Aumento da frequência cardíaca
Expiração: aumento do tónus parassimpático Diminuição da frequência cardíaca
Resultado?
- Ventilação ligeiramente maior diminuição freq.cardiaca
- Ventilação aumenta de forma mais pronunciada Aumento da frequência cardíaca
- Outros Fatores
Idade: recém-nascido – 120BPM; diminui durante a infância; aumenta nos indivíduos idosos
Género: mulheres adultas têm maior frequência cardíaca
Condição física: pratica regular de exercício diminui a f.c. (atletas – 45 BPM)
Temperatura corporal: aumento da temperatura Aumento do PA no nodulo sinoauricular e
vice-versa
Hemodinâmica
Arteríolas: pequenos ramos finais do sistema arterial; agem como condutos de controle, pelo
quais o sangue é libertado para os capilares; forte parede muscular, capaz de fechar
completamente o vaso ou dilatá-lo, multiplicando o seu diâmetro, sendo capaz de alterar o
fluxo sanguíneo em cada leito tecidual.
Vénulas: coletam o sangue dos capilares e de forma gradual, fundem, e formam veias
progressivamente maiores.
Veias: condutores para o transporte de sangue das vénulas de volta ao coração; importante
reservatório de sangue extra; a pressão no sistema venoso é muito baixa, logo as paredes das
veias são finas; são suficientemente musculares para se contraírem e expandirem, agindo
como reservatório controlável para o sangue, de acordo com as necessidades de circulação.
- Volumes de sangue
As áreas de secção transversa são muito maiores nas veias, em relação às artérias (4x
superior). Isso explica o grande armazenamento de sangue no sistema venoso.
Como o mesmo volume de sangue deve fluir por cada segmento da circulação, a cada minuto,
a velocidade do fluxo sanguíneo é inversamente proporcional à área da secção transversa
vascular.
O coração bombeia sangue continuamente para a aorta e por isso a pressão nesse vaso é alta,
aproximadamente 100 mm Hg. Além disso, como o bombeamento é pulsátil, a pressão arterial
alterna entre a pressão sistólica de 120 mm Hg e a pressão diastólica de 80 mm Hg.
À medida que o sangue flui pela circulação sistémica, a sua pressão media cai
progressivamente, para cerca de 0 mm Hg ao atingir o final das veias cavas, que desaguam na
aurícula direita.
A pressão nos capilares sistémicos varia entre valores elevados, como 35 mm Hg, próximos à
extremidade arteriolar, e valores baixos, como 10 mm Hg próximos à extremidade venosa, mas
a pressão funcional média na maioria dos leitos, é de cerca de 17 mm Hg, valor
suficientemente baixo para que pouco plasma flua através dos minúsculos poros das paredes
dos capilares, embora os nutrientes se possam difundir com facilidade.
Na circulação pulmonar: nas arteríolas a pressão é pulsátil, como na aorta, mas o nível da
pressão é muito menor: a pressão arterial pulmonar sistólica media é de cerca de 25 mm Hg, e
a pressão diastólica, de 8 mm Hg, com pressão arterial pulmonar media de 16 mm Hg. A
pressão capilar pulmonar média é de apenas 7 mm Hg. Ainda assim, o fluxo sanguíneo que
passa nos pulmões a cada minuto é o mesmo que o da circulação sistémica. As baixas pressões
do sistema pulmonar estão de acordo com as necessidades dos pulmões, que consistem
basicamente em expor o sangue dos capilares ao oxigénio e aos ouros gases alveolares.
1) a intensidade (ou velocidade) do fluxo sanguíneo para cada tecido corporal é, quase
sempre, controlada precisamente em relação às necessidades teciduais:
O coração nas condições normais não pode aumentar o seu débito por mais que 4 a 7 vezes
acima dos valores de repouso. Assim, não é possível, simplesmente aumentar o fluxo em todas
as partes do corpo quando um tecido particular demanda fluxo aumentado. Em vez disso, os
microvasos em cada tecido, monitoram de modo contínuo, as necessidades teciduais tais
como a disponibilidade de O2 e de outros nutrientes e a acumulação de CO2 e outros produtos
de metabolismo; estes, agem diretamente sobre os vasos locais, dilatando-os ou contraindo-os
para controlar o fluxo local. Além disso, o controle neural da circulação, pelo sistema nervoso
central, age como mais um mecanismo para a regulação do fluxo sanguíneo tecidual.
Depois de fluir por um tecido, o sangue retorna pelas veias ao coração. Este responde de
forma automática, bombeando o sangue para as artérias. Assim, o coração age
automaticamente. Entretanto, com frequência, precisa de auxílio, na forma de sinais nervosos
que o fazem bombear a quantidade necessária de fluxo.
3) A pressão arterial, é controlada de modo independente do fluxo sanguíneo local ou do
débito cardíaco:
- A microcirculação
A microcirculação de cada órgão está organizada, de forma específica, para atender às suas
necessidades. Em geral, cada artéria nutriente que penetra um órgão ramifica-se entre 6 a 8x
antes que fique suficientemente pequena para ser chamada de arteríola. As arteríolas são
muito musculares. As metarteríolas (arteríolas terminais) não têm revestimento muscular
continuo: ao contrário, as fibras musculares lisas circundam os vasos em pontos intermitentes,
pelos pontos pretos no lado da metarteríola.
No ponto onde cada capilar verdadeiro se origina da metarteríola, uma fibra muscular lisa
circunda em geral, o capilar. Essa fibra forma o esfíncter pré-capilar que pode abrir e fechar a
entrada do capilar.
A pressão nas vénulas é muito menor do que nas arteríolas e a sua parede também tem um
revestimento muscular mais fraco.
Débito cardíaco = volume que circula nos vasos / min = volume de ejeção x frequência cardíaca
> diferença de pressão ➪ > fluxo sanguíneo
> resistência ➪ < fluxo sanguíneo
120/80 mm Hg Pa = 93 mm Hg
Débito cardíaco = Pa / R
- Resistência
Sangue que regressa ao coração através de veias cavas ( P = PVÉNULAS - PAD = 16 mm Hg)
O coração não é o seu próprio controlador principal do débito cardíaco. Assim, em vez disso,
os diversos fatores da circulação periférica, que afetam o fluxo sanguíneo de retorno pelas
veias para o coração é que são os principais controladores. Isto porque, o coração apresenta
um mecanismo intrínseco que, nas condições normais, permite que ele bombeie
automaticamente toda e qualquer quantidade de sangue que flua das veias para a aurícula
direita – mecanismo de Frank-Starling. Basicamente essa lei diz que quando quantidades
elevadas de sangue fluem para o coração, essa maior quantidade de sangue distende as
paredes das câmaras cardíacas. Como resultado da distensão, o músculo cardíaco contrai-se
com mais força, fazendo com que seja ejetado todo o sangue adicional que entrou da
circulação sistémica. Outro fator, importante é que a distensão do coração faz com que o seu
bombeamento seja mais rápido – aumentando a frequência cardíaca. Isto é, a distensão do
nodo sinusal na parede da aurícula direita tem efeito direto sobre a ritmicidade do próprio
nodo, aumentando a frequência cardíaca. Além disso, a aurícula direita distendida desencadeia
um reflexo nervoso, que passa, 1º pelo centro vasomotor do encéfalo e a seguir de volta ao
coração, pela via nervoso simpática e vagal, acelerando a frequência cardíaca.
Na maioria das condições não stressantes usuais, o débito cardíaco é controlado pelos fatores
periféricos que determinam o retorno venoso. Todavia, se o retorno sanguíneo for maior do
que o coração pode bombear, então o coração passa a ser o fator limitante para a
determinação do débito cardíaco.
- Controlo da pressão e fluxo sanguíneo
Centro cardiovascular
Uma das mais importantes funções do controle nervoso da circulação é a sua capacidade de
causar aumentos rápidos da pressão. Para isso, todas as suas funções vasoconstritoras e
cardioaceleradoras do sistema nervoso simpático são estimuladas simultaneamente. Ao
mesmo tempo, ocorre a inibição reciproca de sinais inibitórios vagais parassimpáticos para o
coração. Assim, ocorrem a um só tempo, 3 importantes alterações que ajudam a elevar a
p.arterial:
1) Quase todas as arteríolas da circulação sistémica se contraem, o que aumenta muito a
resistência periférica total, aumentando assim a pressão arterial.
2) As veias, em especial, contraem-se fortemente (embora os outros grandes vasos também o
façam), o que desloca sangue para fora dos grandes vasos sanguíneos periféricos, em direção
ao coração, aumento o volume nas camaras cardíacas. O estiramento do coração, então,
aumenta intensamente a força dos batimentos, bombeando maior quantidade de sangue, o
que também eleva a p.arterial.
3) O próprio coração é diretamente estimulado pelo sistema nervoso autónomo, aumentando
ainda mais o bombeamento cardíaco. Grande pare desse aumento é provocado pela elevação
da frequência cardíaca. Alem disso, sinais nervosos simpáticos exercem um efeito importante,
aumentando a força contrátil do músculo cardíaco o que também aumenta a capacidade do
coração de bombear maiores volumes de sangue. Durante estimulação simpática intensa, o
coração pode bombear cerca de 2x mais sangue o que contribui para a elevação da pressão.
Corpo vertical (imóvel) ➯ pressão gerada coração + pressão exercida pela coluna sangue ➯
acumulação sangue nas veias + ➚ filtração ➯ edema ➯ ➘ retorno venoso ➯ ➘ volume de
ejeção ➯ ➘ pressão arterial
- Regulação hormonal da pressão sanguínea (longo prazo)
② ADRENALINA e NORADRENALINA:
a) ➚ frequência + ➚ contractilidade
b) vasoconstrição na pele e vísceras
c) ➚ vasodilatação no miocárdio e músculos esqueléticos
③ HORMONA ANTIDIURÉTICA
(ADH; vasopressina):
a) ➚ reabsorção H2O nos túbulos renais ➪ ➚ volemia
b) ➚ vasoconstrição ➪ ➚ resistência vascular sistémica
➚ O2 disponível
-Autorregulação: capacidade dos órgãos (principalmente encéfalo, coração e rins) para ajustar
automaticamente o seu fluxo sanguíneo
② Mediadores químicos
-Fatores vasoativos libertados por eritrócitos, plaquetas, fibras musculares lisas, macrófagos e
endotélio
a) Vasodilatadores: K+ , H+ , lactato, adenosina, NO, bradicinina, prostaciclina e histamina
b) Vasoconstritores: tromboxano A2, prostaglandina F2a, serotonina, endotelina e radicais
superóxido (O2• – )
Hiperemia ativa:
Quando qualquer tecido se torna muito ativo, como ocorre no músculo durante o exercício, na
glândula gastrointestinal durante o período de hipersecreção, ou até mesmo, no cérebro
durante a atividade mental rápida, a intensidade do fluxo sanguíneo é através dos tecidos
aumentada. O aumento do metabolismo local faz com que as células consumam nutrientes, no
líquido tecidual, de forma rápida e também libertem grande quantidade de substâncias
vasodilatadoras. O resultado é a dilatação dos vasos locais e portanto, o aumento do fluxo
local. Desse modo, o tecido ativo recebe nutrientes adicionais necessários para manter o seu
novo nível funcional.
Aumento da vermelhidão (eritema) na área afetada. A dilatação arteriolar e arterial dá-se por
mecanismos neurogénicos simpáticos e libertação de substâncias vasoativas.
É provocada por dilatação arteriolar com aumento do fluxo sanguíneo local. A vasodilatação é
de origem simpática ou humoral e leva à abertura de capilares "inativos", o que resulta na
coloração rósea intensa ou vermelha do local atingido e no aumento da temperatura. Ao
microscópio, os capilares encontram-se repletos de hemácias.
Hiperemia reativa\passiva ou congestão
Quando a irrigação sanguínea para um tecido é bloqueada pelo período de alguns segundos a
uma hora ou mais, e então é desbloqueada, o fluxo sanguíneo pelo tecido aumenta
imediatamente para 4\7x o normal. Esse fluxo aumentado persiste por alguns segundos, se o
bloqueio durou apenas alguns segundos, mas às vezes continua por muitas horas, se o fluxo foi
bloqueado por uma hora ou mais.
Possui uma coloração azul-avermelhada intensificada nas áreas afetadas, de acordo com o
acúmulo de sangue venoso. Esta coloração aumenta quando há um aumento da concentração
de hemoglobina não-oxigenada no sangue.
Decorre da redução da drenagem venosa, que provoca distensão das veias distais, vênulas e
capilares; por isso mesmo, a região comprometida adquire coloração vermelho-escura devido
à alta concentração de hemoglobina desoxigenada. Pode ser localizada (obstrução de uma
veia) ou sistêmica (insuficiência cardíaca).
PULSO: onda de pressão gerada pela dilatação e retração das artérias elásticas a cada sístole
ventricular. Mais forte em artérias próximas do coração e pode ser medido em vários locais
(ex: artéria radial e carótida)
Redistribuição do fluxo
HIPERTENSÃO
CHOQUE CIRCULATÓRIO
- Tipos de choque:
Capacidade p/ restabelecer o fluxo e pressão sanguínea adequados após perda até cerca de
30% da volemia
- Ativação do mecanismo renina-angiotensina-aldosterona
- Secreção de adh
- Ativação da divisão simpática do sna
- Acumulação/libertação local de vasodilatadores (k+ , h+ , lactato, adenosina, no)
CAUSAS:
➊ Enfarte do miocárdio
➋ Disfunções congénitas
➌ Disfunções das válvulas cardíacas
➍ Hipertensão crónica ➪ ➚ pós-carga
➎ Alteração da concentração de electrólitos
- ➚ [K+ ]e ➪ ➘ geração de potenciais de ação
- ➘ [Ca2+]e ➪ ➘ acoplamento excitação-contração
CONSEQUÊNCIAS:
Sangue
Funções e componentes do sangue
Características do sangue:
• viscosidade: plasma = 1,2x H2O; sangue = 2,4x plasma (3x H2O)
• pH = 7,35-7,45
• 8% peso corporal
• temperatura: 36,5-37,5º C
• volemia: 4 (mulheres)-6 (homens) L
Funções
1) TRANSPORTE:
• O2 e nutrientes para os tecidos / CO2 e desperdícios para os pulmões ou rins
• hormonas das glândulas para outras células
2) REGULAÇÃO:
• pH (7,4), através de sistemas tampão
• temperatura, através da água no plasma e da variação do fluxo sanguíneo na pele
• equilíbrio hídrico e eletrolítico, através da pressão osmótica (iões e proteínas)
3) PROTEÇÃO:
• contra a perda excessiva de líquidos, através do poder de coagulação
• contra micro-organismos e toxinas, através de células e substâncias químicas (anticorpos,
interferões)
Componentes do sangue:
O sangue é composto por uma parte líquida e uma parte sólida. A parte líquida é chamada de
plasma, sendo que 90% dessa parte é somente água e o restante é composto por proteínas,
enzimas e sais minerais.
A parte sólida é composta por elementos figurados, que são as células como as hemácias, os
leucócitos e as plaquetas e que desempenham papéis fundamentais para o bom
funcionamento do organismo.
1. Plasma
O plasma é a parte líquida do sangue, sendo de consistência viscosa e de cor amarelada. O
plasma é formado no fígado e as principais proteínas presentes são as globulinas, albuminas
e fibrinogênio. O plasma tem como funções o transporte de gás carbônico, nutrientes e toxinas
produzidas pelas células, além de ser responsável pelo transporte de medicamentos pelo
corpo.
2. Hemácias ou eritrócitos
As hemácias são a parte sólida e vermelha do sangue que têm como função o transporte de
oxigênio pelo corpo, uma vez que possui hemoglobina. As hemácias são produzidas pela
medula óssea, duram cerca de 120 dias e após esse período são destruídas no fígado e no
baço.
4. Plaquetas ou trombócitos
As plaquetas são as células responsáveis por cessar os sangramentos com a formação de
coágulos de sangue. Cada 1 milímetro cúbico de sangue deve conter de 150.000 a 400.000
plaquetas. Quando a pessoa possui menos plaquetas que o normal há dificuldade de cessar
sangramentos, podendo haver hemorragia que pode levar à morte, e quando há mais
plaquetas que o normal há um risco de formação de trombos que podem se deslocar
entupindo algum vaso sanguíneo que pode provocar infarto, AVC ou embolia pulmonar.
TECIDO MIELÓIDE: Medula óssea vermelha (epífises de ossos longos + ossos planos + vértebras
+ ossos coxais)
- Regulação:
Eritropoietina (rins) - ➚ conversão de proeritroblastos em reticulócitos
Trombopoietina (fígado) - ➚ nº de plaquetas
Citocinas (medula, leucócitos) - hormonas locais na manutenção da atividade celular e
proliferação de células
Interleucinas + fatores estimuladores de colónias - ➚ formação de leucócitos
ESTRUTURA
• discos bicôncavos c/ Ø: 7-8 µm
• glicolípidos da membrana (antigénios)
• anucleados
• Hg dissolvida no citoplasma (33% peso celular)
HIPÓTESE SNO-Hg
Liberta CO2 e NO nos pulmões ➔ capta O2 e SNO nos pulmões ➔ liberta O2 e SNO
(VASODILATAÇÃO) nos tecidos ➔ capta CO2 e excesso de NO (VASOCONSTRIÇÃO) nos tecidos
Leucócitos granulares
Leucócitos agranulares
LINFÓCITO: • núcleo redondo ocupa a quase totalidade da célula; citoplasma forma um anel
em volta deste
• Ø: 6-9 µm (pequenos); Ø: 10-14 µm (grandes)
FUNÇÕES
• Neutrófilos:
-leucócitos mais rápidos na resposta a bactérias
-lisozima
-oxidantes fortes (O2 2- , H2O2, OCl- )
-defensinas (atividade anti-bacteriana e anti-fúngica)
• Monócitos:
-são mais lentos que os neutrófilos, mas atuam em maior número
-diferenciam-se em macrófagos que fagocitam micro-organismos e resíduos
• Eosinófilos:
-libertam enzimas como a histaminase
-fagocitam complexos antigénio-anticorpo e certos parasitas
• Basófilos:
-diferenciam-se em mastócitos (heparina, histamina, serotonina)
-envolvidos em respostas alérgicas e inflamatórias
• Linfócitos:
-os mais comuns são os B e T; principais células envolvidas nas respostas imunitárias
-B: destruição de bactérias e inativação das suas toxinas
-T: atacam vírus, fungos, células transplantadas e algumas bactérias
Contagem de leucócitos
- Apenas os linfócitos migram continuamente entre o líquido intersticial, linfa e sangue, todos
os outros leucócitos após abandonarem o sangue em direção a um local de inflamação ou
invasão de patogénios, não mais regressam à corrente sanguínea
• Diapedese: processo pelo qual os leucócitos saem de circulação e entram nos tecidos;
tornam-se finos e alongados, escapando por entre células endoteliais
- Plaquetas (trombócitos)
Plaquetas:
-anucleares
-movimentação amebóide (tal c/o os leucócitos)
-5-9 dias no sangue (fagocitadas por macrófagos no baço e fígado)
PARTICIPAÇÃO NA HEMOSTASE:
-Serotonina ➪ vasoconstrição
-Tromboxano A2 ➪ vasoconstrição + agregação plaquetária
-Fosfolípidos da membrana ativam fatores de coagulação ➪ formação do coágulo
-Rolhão plaquetário (agregados de plaquetas)
HEMOSTASE
ESPASMO VASCULAR
• Espasmo vascular: arteríolas ou artérias (eficaz arteríolas ➧ vénulas)
-Grânulos alfa:
- fatores de coagulação
- fatores de crescimento (endotélio, músculo liso e fibroblastos)
-Grânulos densos:
ADP + ATP + Ca2+ (IV) + serotonina (5-HT)
➋ Plaquetas sofrem uma alteração profunda e começam a libertar o conteúdo dos grânulos
Coagulação
FASES DA COAGULAÇÃO
FASE ➊: formação do complexo protrombinase
a) Via extrínseca (rápida; segundos)
Tromboplastina (lipoproteínas + fosfolípidos) [III] céls. subendoteliais
b) Via intrínseca (+ lenta; minutos)
Fatores em contacto com o sangue ou intrínsecos ao sangue ➧ XII ➟ XIIa
FASE ➋: complexo protrombinase [Xa+Va] + Ca2+ [IV] ➪ protrombina [II] ➔ trombina [IIa]
FASE ➌: trombina + Ca2+ ➔ fibrinogénio [I] (solúvel) ➔ fibrina [Ia] (insolúvel) ➔ COÁGULO
SANGUÍNEO
◆ RETRAÇÃO DO COÁGULO E REPARAÇÃO DO VASO SANGUÍNEO
Retração do coágulo: consolidação ou compactamento do coágulo de fibrina
Sistemas anticoagulantes
-Inibidor da via do fator tecidular (TFPI): liga-se e bloqueia a ativação do factor X pelo
complexo fator tecidular-fator VIIa ➧ via extrínseca produz pouca trombina
◆ SISTEMA FIBRINOLÍTICO
-Dissolução de coágulos pequenos e inapropriados ou logo que o vaso tenha sido reparado
Formação do coágulo ➔ incorporação de plasminogénio no coágulo ➔ ativação do
plasminogénio em plasmina (fibrinolisina) pela trombina e ativador tecidular do plasminogénio
➔ dissolução do coágulo
EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE
Rins: -excretam H+
-reabsorvem HCO3
EQUAÇÃO DE HENDERSON-HASSELBALCH:
pH = 6,1 + log ([HCO3 - ] / PaCO2*0,03)
ACIDOSE / ALCALOSE
Grupos sanguíneos
Existem dois tipos de aglutinogênio, A e B, e dois tipos de aglutinina, anti-A e anti-B. Pessoas
do grupo A possuem aglutinogênio A, nas hemácias e aglutinina anti-B no plasma; as do grupo
B têm aglutinogênio B nas hemácias e aglutinina anti-A no plasma; pessoas do grupo AB têm
aglutinogênios A e B nas hemácias e nenhuma aglutinina no plasma; e pessoas do gripo O não
tem aglutinogênios na hemácias, mas possuem as duas aglutininas, anti-A e anti-B, no plasma.
SISTEMA Rh
• Aglutinogénio originalmente descoberto no macaco Rhesus
• Indivíduos com pelo menos 1 dos alelos dos 3 genes responsáveis pela síntese de antigénios
Rh são Rh+
• Normalmente, o plasma não possui anticorpos para o aglutinogénio Rh, mas pode ocorrer
imunização
ERITROBLASTOSE FETAL
• Mãe (Rh-) imunizada por troca de sangue com um feto (Rh+) durante o parto ➩ numa
gravidez seguinte, se o feto for Rh+, os anticorpos anti-Rh maternos provocam hemólise dos
eritrócitos do feto
TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS
• Tipo AB (“recetores universais”): porque o seu sangue não possui anticorpos anti-A ou anti-B
Estrutura
Funções:
-Trocas gasosas
-Regulação do pH: pH = 6,1 + log ([HCO3 - ] / PaCO2*0,03)
-Recetores olfativos
-Filtração e aquecimento do ar inspirado
-Produção de sons (ex: fala)
-Libertação de H2O + calor
-Respiração
4. Regulação da respiração
Ventilação pulmonar: processo pelo qual se efetua troca de ar entre a atmosfera e os alvéolos
LEI DE BOYLE
F = (Patm – Palv) / R
Pressão alveolar é a pressão do ar dentro dos alvéolos pulmonares. Quando a glote está aberta
e não há fluxo de ar para dentro ou para fora dos pulmões, as pressões em todas as partes da
árvore respiratória, até os alvéolos, são iguais à pressão atmosférica, que é considerada a
pressão de referência 0 nas vias aéreas – isto é, 0 cm de pressão de água. Para causar influxo
de ar para os alvéolos durante a inspiração, a pressão nos alvéolos deve cair para um valor
abaixo da Patm (abaixo de 0). Durante a inspiração normal, a pressão alveolar diminui para
cerca de -1 cm de água. Essa pressão ligeiramente negativa é suficiente para puxar 0,5L de ar
para o interior dos pulmões nos 2 segundos necessários para uma inspiração normal e
tranquila.
Durante a expiração, a pressão contrária ocorre: a pressão alveolar sobe para cerca de +1 cm
de água e força aquele 0,5L de ar inspirado para fora dos pulmões durante os 2 a 3 segundos
de expiração.
-Compliance pulmonar (CP) - capacidade de expansão dos pulmões por variação da pressão
Transpulmonar
A complacência total de ambos os pulmões num adulto normal é, em media, de 200 mililitros
de ar por cm de pressão de água Transpulmonar. Isto é, sempre que a pressão transpulmonar
aumentar 1cm de água, o volume pulmonar, apos 10 a 20 seg expandirá 200 mililitros.
Resistência ao fluxo de ar
OUTROS FATORES
Ativação simpática ➩ suprarrenais ➩ noradrenalina / adrenalina (b2) ➩ ➘ R
Ativação parassimpática (fumo, pó, frio) ➩ acetilcolina (M2/3) ➩ ➚ R
Inflamação / Hipersensibilidade imediata ➩ leucotrienos ➩ ➚ R
① Volume corrente (Vt): volume de ar inspirado ou expirado em cada respiração normal (500
mL no homem adulto)
② Volume de reserva inspiratória (VRI): volume extra de ar que pode ser inspirado para além
do Volume corrente normal quando uma pessoa inspira com força total (3100 mL)
③ Volume de reserva expiratória (VRE): volume máximo de ar que pode ser expirado numa
expiração forçada para além do Vt (1200 mL)
④ Volume residual (VR): volume de ar que permanece nas vias aéreas e pulmões após
expiração forçada (1200 mL)
❶ Capacidade inspiratória
Vt + VRI ≃ 3600 mL
❷ Capacidade residual funcional (CRF)
VRE + VR ≃ 2400 mL
❸ Capacidade vital (CV)
VRI + Vt + VRE ≃ ≃ 4800 mL; VEF1 ≥ 80% CVF
❹ Capacidade pulmonar total
VRI + Vt + VRE + VR ≃ 6000 mL
DOENÇAS RESTRITIVAS / OBSTRUTIVAS
Doenças obstrutivas: fluxo de ar dificultado [resistência ao fluxo aumentada; VEF1 < 80% CVF]
[Ex: Asma → broncoconstrição; Enfisema → ➘ elasticidade (retração elástica)]
ESPAÇO MORTO ANATÓMICO (VD) - porção condutora do sistema respiratório = 30% Vt = 150
mL (em repouso)
(cavi//s. nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos terminais)
Ventilação Alveolar Minuto (VA) volume de ar “fresco” que chega aos sacos alveolares e
outras porções respiratórias, por minuto
Espaço morto anatómico vs fisiológico: espaço morto anatómico são todos os espaços,
excetuando-se os alvéolos e outras áreas de trocas gasosas; espaço morto fisiológico são
aqueles alvéolos não-funcionantes que são portanto considerados como espaços mortos e
estão incluídos na medida total do espaço morto.
-Quociente respiratório (R) = VCO2/VO2 = 200 mL/min / 250 mL/min = 0,8 [1 HCO; 0,7 FFA; 0,8
AA]
Lei de dalton: numa mistura, cada gás exerce a sua pressão (parcial) independentemente dos
restantes
HIPERVENTILAÇÃO: ➘ VCO2 / VA
HIPOVENTILAÇÃO: ➚ VCO2 / VA
EFEITOS DO EXERCÍCIO:
-Suave - melhora V/Q
-Intenso - agrava V/Q
Transporte de CO2:
- Dissolvido no plasma - 7%
- Carbamino-hemoglobina (Hb.CO2) - 23%
- Sob a forma de bicarbonato (HCO3 - ) - 70%
Transporte de O2:
- Dissolvido no plasma - 1,5%
- Oxi-hemoglobina (HbO2) - 98,5%
Transporte de oxigénio
Hb + O2 HbO2
➚ DPG ➪ ➚ Hb + O2 (dissociação)
- DPG resulta do metabolismo anaeróbio de glucose nos eritrócitos
- T4, A/NA, GH, T, altitude, anemia ➪ ➚ secreção de DPG
◆Hemoglobina / mioglobina
- Mb liberta O2 apenas qdo a PO2 é mto baixa
- Mb funciona como reservatório de O2 com especial importância no miocárdio durante a
sístole, qdo as coronárias são constringidas
EQUAÇÃO DE HENDERSON-HASSELBACH:
REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO
Centro respiratório:
1) Centro bolbar rítmico: Núcleos dorsal e ventral + Complexo pré-Bötzinger
2) Centro apnêustico
3) Centro pneumotáxico
◆Centro pneumotáxico
Inibe centro apnêustico + núcleo inspiratório ➪ limita a inspiração
Quimiorrecetores centrais:
- bolbo raquidiano
- ➚ PaCO2 ➪ ➚ [H+ ] no LCR
Quimiorrecetores periféricos:
- corpos aórticos e carotídeos
- ➘ PaO2 + ➚ [H+ ] + ➚ PaCO2
☛ Hipercapnia (PaCO2 > 40 mmHg) ➭ ➚ [H+ ] LCR ➪ resposta vigorosa dos quimiorrecetores
centrais
② Sistema límbico
Antecipação de atividade ou ansiedade ➪ ➚ frequência e profundidade da ventilação
③ Temperatura
➚ temperatura ➪ ➚ frequência da ventilação (e vice-versa)
Choque frio ➪ apneia (suspensão momentânea da ventilação)
④ Dor
Dor aguda e profunda ➪ apneia
Dor somática prolongada ➪ ➚ frequência da ventilação
Dor visceral ➪ ➘ frequência da ventilação