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Bomba de Na+ e K+
Canais de Na+ e K+
Os canais de potássio são os canais mais comumente abertos na membrana plasmática de neurônios em
+
repouso (não estimulados). Como consequência, os neurônios em repouso são mais permeáveis ao K do
que a qualquer outro íon. Assim, a abertura de canais de potássio é a grande responsável pelo potencial
+
de membrana. Por que os canais de potássio tornam a membrana permeável ao K , e por que a bomba
de sódio-potássio mantém a concentração de potássio dentro da célula muito maior que a concentração
+
de K fora da célula, o potássio tende a se difundir, de acordo com seu gradiente eletroquímico, para fora
+
da célula, através de canais. Como os íons K positivamente carregados difundem-se para fora da célula,
+ +
Mudanças súbitas nos canais de Na e K geram os potenciais de ação
Os potenciais de ação são grandes, súbitas e transientes mudanças no potencial de membrana que ao
longo de axônios não-mielinizados conduzem-se a velocidades de até 2 metros por segundo, enquanto
em axônios mielinizados a velocidade de condução pode ser 100 metros por segundo. Pense em correr
em uma pista de 100 metros em 1 segundo - o recorde mundial é aproximadamente 10 segundos.
Se colocarmos as pontas de um par de eletrodos em ambos os lados da membrana plasmática em um
axônio em repouso e medirmos a diferença de voltagem, a leitura será em torno de -60 mV. Se esses
eletrodos estão colocados quando um potencial de ação viaja para ao longo do axônio, eles registram
uma rápida mudança no potencial de membrana, de -60 mV para cerca de +50 mV. O potencial de
membrana rapidamente retorna para o seu nível de repouso de -60 mV quando o potencial de ação
passa.
+ +
Os canais voltagem-dependentes de Na e K da membrana plasmática do axônio são os responsáveis
pelo potencial de ação. No potencial de repouso da membrana, a maioria destes canais encontra-se
fechada. A despolarização da membrana causa sua abertura. Por exemplo, se o estimulo sináptico de um
neurônio for suficientemente forte para a membrana plasmática do seu corpo celular despolarizar, essa
despolarização pode se propagar por fluxo local de corrente até o cone de implantação na base do
+
axônio, onde os canais voltagem-dependentes de Na estão concentrados. Quando a membrana
plasmática nessa área apresenta-se despolarizada, alguns destes canais voltagem-dependentes se
+
abrem brevemente - por menos de um milissegundo. A concentração de Na é muito maior do lado de
fora do axônio do que do lado de dentro, e o lado de dentro é negativamente carregado. Deste modo,
+ +
quando os canais se abrem, o Na entra no axônio. A entrada de Na despolariza ainda mais a
+
membrana, causando a abertura de mais canais de Na , um efeito de retroalimentação positiva. Quando a
membrana despolariza-se em torno de 5 a 10 mV além do potencial de repouso, um limiar é atingido no
+ +
qual o influxo despolarizante de Na não pode ser neutralizado pelo efluxo de K . Neste ponto, um grande
número de canais de sódio está aberto, e o potencial de membrana se torna positivo - um potencial de
ação. A fase crescente de um potencial de ação termina abruptamente em um ou dois milissegundos, e o
potencial de membrana rapidamente se torna negativo novamente.
Por que um axônio retorna ao potencial de repouso? Existem dois fatores que contribuem: os canais
+ +
voltagem-dependentes de Na fecham e os canais voltagem-dependentes de K se abrem. Os canais
+ +
voltagem-dependentes de K se abrem mais lentamente que os de Na e permanecem abertos por mais
+
tempo, permitindo ao K levar o excesso de cargas positivas para fora do axônio. Como resultado, o
potencial de membrana retorna a um valor negativo, e usualmente se torna mais negativo que o potencial
+
de repouso até que os canais de K se fechem. Outra característica dos canais de sódio voltagem-
dependentes consiste em que uma vez que abriram e fecharam eles passam por um período refratário de
um a dois milissegundos no qual não podem abrir novamente. Essa propriedade pode ser explicada
porque eles possuem dois portões: um portão de ativação e um portão de inativação. Sob condições de
repouso, o portão de ativação está fechado e o portão de inativação aberto. Com a despolarização da
membrana além do limiar, ambos os canais mudam o seu estado, mas o portão de ativação responde
+
mais rapidamente. Como resultado, o canal abre-se para a passagem de íon Na por um breve momento
entre a abertura do portão de ativação e o fechamento do portão de inativação. O portão de inativação
permanece fechado por um a dois milissegundos, antes de abrir novamente de maneira espontânea; isso
explica por que a membrana tem um período refratário antes de poder disparar outro potencial de ação.
Quando o portão de inativação finalmente se abre, o portão de ativação fecha-se, e a membrana está
pronta para responder novamente ao estímulo despolarizante e desencadear outro potencial de ação.
Outro fator que contribui para o período refratário é a duração da abertura dos canais voltagem-
+
dependentes de K , conforme falado anteriormente. A queda no potencial de membrana após um
+
potencial de ação chama-se pós-hiperpolarização. A diferença da concentração de Na através da
membrana plasmática dos neurônios e o potencial de repouso negativo constituem a "bateria" que
impulsiona o potencial de ação. Com que rapidez a bateria descarrega? Pode parecer que um número
substancial de íons tenha cruzado a membrana para que o potencial de membrana mude de -60 mV para
+
+50 mV e volte para -60mV novamente. De fato, apenas uma pequena porcentagem do Na concentrado
fora da membrana plasmática se move através dos canais durante a passagem de um potencial de ação.
+ +
Assim, o efeito de um simples potencial de ação nas concentrações de Na ou K é muito pequeno. É
possível, na maioria dos casos, para a bomba de sódio-potássio manter a "bateria" carregada, mesmo
quando o neurônio gera muitos potenciais de ação a cada segundo.
Você já tocou em algo muito quente e sentiu a dor antes de sentir o calor?
Os potenciais de ação não viajam ao longo de todos os axônios com a mesma velocidade, eles viajam
mais rapidamente em axônios mielinizados do que em axônios não-mielinizados e viajam mais
rapidamente em axônios com diâmetro grande do que em axônios com diâmetro pequeno. Invertebrados
não tem mielina e, portanto, a velocidade de condução dos seus axônios depende principalmente do
diâmetro axonal. Os axônios de invertebrados que transmitem mensagens envolvidas nos
comportamentos de fuga são muito grandes, como, por exemplo, o axônio gigante de lula.
Potenciais de ação podem saltar ao longo dos axônios
No sistema nervoso de vertebrados, o aumento da velocidade do potencial de ação pelo aumento do
diâmetro dos axônios não é praticável, devido ao enorme número de axônios que se necessitam. Por
exemplo, cada um de nossos olhos tem cerca de um milhão de axônios que os conectam ao encéfalo.
Esses axônios conduzem potenciais de ação com aproximadamente a mesma velocidade do axônio
gigante de lula - cerca de 20 metros por segundo - ainda que o diâmetro de cada um desses axônios seja
cerca de 200 vezes menor que o diâmetro do axônio de lula. Imagine seus nervos ópticos sendo 200
vezes maiores que eles são. Cada um teria mais de meio metro de diâmetro! Os vertebrados encontraram
um modo diferente de aumentar a velocidade de condução dos axônios, e essa adaptação é a
mielinização.
Quando as células gliais se enrolam ao redor de axônios, cobrindo-os com camadas concêntricas de
mielina, elas deixam porções descobertas espaçadas regularmente, chamadas nodos de Ranvier. A
passagem deíons através das regiões envoltas por mielina reduz-se. Logo, a corrente elétrica pode se
propagar ao longo de maiores distâncias no axônio mielinizado do que ao longo do axônio não-
mielinizado. Além disso, os canais voltagem dependentes concentram-se nos nodos de Ranvier. Deste
modo um axônio pode disparar potenciais de ação apenas nos nodos e estes potenciais de ação não
podem ser propagados às porções de membrana cobertas pela bainha de mielina. As cargas positivas
que fluem para dentro do axônio nos nodos, contudo, fluem internamente na forma de corrente elétrica.
Quando a corrente atinge o próximo nodo, a membrana plasmá- tica do nodo despolariza-se até o limiar e
dispara outro potencial de ação. Portanto, os potenciais de ação parecem pular de nodo a nodo ao longo
do axônio. A velocidade de condução aumenta nesses axônios cobertos por mielina porque a corrente
elétrica flui muito mais rápido através do citoplasma do que com a abertura e fechamento de canais
iônicos. Essa forma de propagação rápida do impulso denomina- se condução saltatória.
Cobrindo o axônio
As células de Schwann produzem camadas de mielina, um tipo de membrana plasmática que permite o isolamento
elétrico do axônio. Nos intervalos entre as células de Schwann — os nodos de Ranvier — o axônio é exposto.
Abaixo, um axônio mielinizado, visto em uma secção transversal com microscopia eletrônica de transmissão.
Você já tocou em algo muito quente e sentiu a dor antes de sentir o calor?
Os neurônios que levam as sensações de dor aguda são mielinizados e transmitem os potenciais
de ação cerca de 10 vezes mais rapidamente que os neurônios não-mielinizados, que transmitem
as sensações de frio e de calor.
Saltadores campeões
Relativamente ao seu tamanho, muitos animais
apresentam habilidade para saltar mais impressionante do
que os humanos. Esta rã do Pacífico (Pseudacris gegilla)
pode saltar distâncias até 20 vezes o comprimento de seu
corpo.
energia e eletrólitos.
Em 1775, um médico inglês soube que uma cigana estava tendo sucesso
ao tratar pessoas com problemas cardíacos usando ervas medicinais. Ele
descobriu que o remédio possuía um extrato da planta dedaleira, Digitalis
purpurea. Essa droga, chamada de digitaleína e ainda utilizada nos dias de
hoje, aumenta as concentrações de Ca2+ nas células musculares cardíacas,
aumentando a intensidade e duração da sístole. O médico enriqueceu, a
cigana não.
O heme consiste em uma complexa estrutura orgânica em anel, protoporfirina, à qual se liga um único
2+
átomo de ferro no estado ferroso (Fe ). Esse átomo de ferro tem seis ligações de coordenação, quatro
delas com os átomos de nitrogênio que fazem parte do sistema plano do anel de porfirina e duas
perpendiculares à porfirina. Os átomos de nitrogênio coordenados (que têm caráter de doador de
3+ 2+
elétrons) ajudam a prevenir a conversão do ferro do heme para o estado férrico (Fe ). No estado Fe , o
3+
ferro liga oxigênio de forma reversível; no estado Fe , ele não liga oxigênio.
Quando o oxigênio se liga, as propriedades eletrônicas do ferro são alteradas; isso leva à mudança de cor
do sangue venoso pobre em oxigênio, roxo-escuro, para o vermelho-brilhante do sangue arterial rico em
oxigênio. Algumas moléculas pequenas, como o monóxido de carbono (CO) e o óxido nítrico (NO),
coordenam com o ferro do heme com maior afinidade do que o O 2. Quando uma molécula de CO está
ligada ao heme, o O2 é excluído; por isso o CO é altamente tóxico para os organismos aeróbios. Pelo fato
de envolverem e sequestrarem o heme, as proteínas de ligação ao oxigênio regulam o acesso do CO e
de outras moléculas pequenas ao ferro do heme.
Todas as células devem obter o ferro para a atividade das muitas proteínas que o requerem como cofator.
Em humanos, a deficiência grave de ferro resulta em anemia, em suprimento insuficiente de eritrócitos e
em uma redução da capacidade transportadora de oxigênio que podem ser fatais. O excesso de ferro
também é prejudicial: ele se deposita e danifica o fígado na hemocromatose e em outras doenças. O ferro
ingerido na dieta é transportado na corrente sanguínea pela proteína transferrina e entra nas células por
meio da endocitose mediada pelo receptor de transferrina. Uma vez dentro da célula, o ferro é utilizado na
síntese de grupos heme, citocromos, proteínas Fe-S (ferro-enxofre) e outras proteínas dependentes de
Coagulação sanguínea
Esquema simplificado.
As células que compõem os organismos multicelulares, a depender do tecido que formam, encontram-se
imersas em uma solução denominada líquido extracelular, cuja concentração de sais pode desencadear
importantes respostas fisiológicas e alterações no líquido intracelular.
Diferentes eletrólitos participam da composição de solutos importantes na osmolaridade, sendo o sódio
(Na+), o mais comum.
Nos seres humanos, por exemplo, a osmolaridade interfere diretamente na pressão arterial, cuja
regulação envolve a participação de íons sódio, água e proteínas como por exemplo, a albumina sérica.
Um mecanismo comum relacionado à regulação da pressão arterial, trata-se do SRAA – Sistema da
Renina-Angiotensina-Aldosterona.
Sistema da Renina-Angiotensina-Aldosterona
1. A diminuição da pressão arterial ocasiona a queda da perfusão renal, ou seja, da quantidade de
sangue que chega aos rins.
2. A queda da perfusão renal leva os rins a produzirem renina.
3. A renina converte o angiotensinogênio produzido no fígado, em angiontensina I.
4. A ECA (Enzima Conversora de Angiotensina), produzida nos rins e pulmões, convertem a angiotensina
I em angiotensina II.
4a. A angiotensina II estimula atividade no sistema nervoso simpático.
+ - +
4b. A angiotensina II estimula a retenção de água, reabsorção de Na e Cl e excreção de K nos túbulos
renais.
4c. A angiotensina II estimula a atividade do córtex das glândulas adrenais, favorecendo a secreção do
hormônio mineralocorticoide aldosterona.
4d. A angiotensina II (angio = vaso, tensina = promotor de tensão), promove vasoconstrição de arteríolas,
o que provoca o aumento da pressão sanguínea.
4e. A angiotensina II estimula a neurohipófise ou hipófise posterior a liberar o ADH (Hormônio
Antidiurético).
A obtenção de energia perpassa pelos tipos de nutrientes assimilados pelos seres vivos e, em se tratanto
de animais, dos tipos de alimentos mais atrativos para a composição de sua dieta, o que encontra-se
relacionado à percepção dos sabores de tais alimentos. Alguns sistemas sensoriais possuem um único
tipo de receptor celular que utiliza um mecanismo de transdução, como o sistema auditivo, por exemplo.
Entretanto, a transdução gustativa envolve muitos processos e cada sabor básico pode usar um ou mais
desses mecanismos. Estímulos gustativos podem (1) passar diretamente através de canais iônicos
(estímulos salgado e azedo), (2) ligar e bloquear canais iônicos (estímulos azedo ou amargo), (3) ligar e
abrir canais iônicos (alguns aminoácidos), ou (4) ligar-se a receptores de membranas que ativam sistemas
de segundos mensageiros que, por sua vez, abrem ou fecham canais iônicos (estímulos doce, amargo e
umami). Estes são processos familiares, peças funcionais básicas da sinalização em todos os neurônios e
sinapses.
Mecanismos de transdução para o sabor Mecanismos de transdução para estímulos amargos. Estímulos amargos tanto podem
umami do glutamato. bloquear um canal de potássio (substância amarga 1) ou podem ligar-se diretamente a
Alguns aminoácidos ligam-se a canais um receptor acoplado a proteínas G (substância amarga 2) que desencadeie a síntese
permeáveis a cátions, levando a uma de IP3 e a liberação de Ca2+ de estoques intracelulares. PIP2 é o fosfolipídio de
mudança nas correntes e no potencial de membrana fosfatidil-inositol-4,5-bisfosfato.
membrana e, portanto, na entrada de
Ca2+.
Recentemente, a nossa compreensão
sobre o termo percepção aumentou
substancialmente, graças a cientistas
com uma apreciação por alimentos
picantes. As pimentas Jalapeno e Caiena,
que descrevemos como ―quentes‖,
contêm uma substância chamada
capsaicina.
Aplicar capsaicina a um neurônio
sensorial ocasiona um influxo de íons cálcio. Quando os cientistas identificaram a proteína do receptor em
neurônios que se liga à capsaicina, eles fizeram uma descoberta
fascinante: o receptor abre um canal de cálcio em resposta não À esquerda, pimenta jalapeño, à
somente à capsaicina, mas também a temperaturas elevadas (42°C direita, pimenta caiena e abaixo,
ou superiores). Em essência, condimentos apresentam gosto estrutura da molécula de
picantes ―quentes‖ porque ativam os mesmos receptores de calor capsaicina.
que a sopa e o café.
Os mamíferos têm uma variedade de termorreceptores,
cada qual específico para uma faixa de temperaturas
Endoesqueletos
Animais como as esponjas até os mamíferos têm um esqueleto
interno endurecido, ou endosqueleto, inserido dentro de seus tecidos
moles. Nas esponjas, o endoesqueleto é composto por estruturas em
forma de rígida agulha de material inorgânico ou fibras produzidas
por proteínas.
Os corpos dos equinodermos são reforçados por ossículos, placas
duras compostas de cristais de carbonato de magnésio e carbonato
de cálcio. Enquanto os ossículos de ouriços- do-mar estão
fortemente unidos, nos ossículos de estrelas-do-mar essa união é
mais fraca, permitindo que uma estrela-do-mar modifique a forma de
seus braços.
Os cordados têm um endosqueleto constituído de cartilagem, osso
ou a combinação desses materiais. O esqueleto de mamíferos
contém mais de 200 ossos, alguns fundidos e outros ligados às
articulações pelos ligamentos, permitindo a liberdade de movimento.
CO2 atmosférico a
partir de atividades
humanas
e seu destino no
oceano.
OS ELETRÓLITOS E O METABOLISMO
Os eletrólitos e a fotossíntese
Quando a luz encontra a matéria, ela pode ser
refletida, transmitida ou absorvida. Substâncias
que absorvem a luz visível são conhecidas como
pigmentos. Diferentes pigmentos absorvem
diferentes comprimentos de onda da luz, e os
comprimentos de onda absorvidos desapa
recem. Se o pigmento é iluminado com luz
branca, a cor visível é mais refletida ou
transmitida pelo pigmento. (Se um pigmento
absorve todos os comprimentos de onda, ele
aparenta ter a cor preta.) Enxergamos o verde
quando olhamos para a folha porque a clorofila
absorve a luz azul-violeta e a vermelha enquanto
reflete e transmite a luz verde. Muitos pigmentos
fotossintetizantes são estruturas orgânicas que
contém átomos metálicos como é o caso das
clorofilas – pigmentos que apresentam um anel
porfirínico em sua estrutura química. No caso das
clorofilas, o átomo metálico que se encontra
ligado ao anel, não é o ferro, mas sim, o
magnésio.
Eletrólitos e estômatos
+
O transporte de K
(simbolizado pelos pontos)
através da membrana
plasmática e da membrana
vacuolar causa mudanças
de turgor das células-
guarda.
A absorção de ânions,
como malato e íons cloreto
(não mostrados), também
contribuem para a expansão das células-guarda.
O papel da auxina no alongamento celular Uma das principais funções da auxina é estimular o
alongamento de células em partes aéreas jovens em desenvolvimento. Com o movimento descendente
da auxina do ápice da parte aérea para a região de alongamento celular, o hormônio estimula o
crescimento celular, provavelmente pela ligação a um receptor na membrana plasmática. A auxina
-8 -4
estimula o crescimento apenas em uma faixa de concentrações, em torno de 10 a 10 M. Em
concentrações mais altas, a auxina pode inibir o alongamento celular, pela indução da produção de
etileno, hormônio que geralmente retarda o crescimento. Retornaremos a essa interação hormonal
quando discutirmos o etileno.
De acordo com o modelo denominado hipótese do crescimento ácido, as bombas de prótons exercem um
papel importante na resposta de crescimento das células à auxina.
+
Na região de alongamento da parte aérea, a auxina estimula as bombas de prótons (H ) da membrana
+
plasmática. Esse bombeamento de H aumenta a voltagem na membrana plasmática (potencial de
membrana) e diminui o pH na parede celular em poucos minutos. A acidificação da parede ativa proteínas
denominadas expansinas, que rompem as ligações cruzadas (ligações de hidrogênio) entre as
microfibrilas de celulose e outros constituintes da parede celular, afrouxando a sua estrutura. O aumento
do potencial de membrana intensifica a absorção de íons pela célula, causando a absorção osmótica de
água e o aumento do turgor. O aumento do turgor e da plasticidade da parede celular permite o
alongamento celular.
Eletrólitos e a regulação do pH
Muitas reações do metabolismo celular ocorrem em faixas adequadas de pH, o qual pode ser regulado
por compostos formados pelo íon fosfato.
- + 2-
H2PO4 ↔ H + HPO4
+
O dihidrogênio-fosfato é um composto capaz de se ionizar liberando íons H e monohidrogênio-
fosfato diminuindo o pH e aumentando a acidez do meio. Este último tem a capacidade de
+
sequestrar íons H favorecendo o aumento do pH e a diminuição da acidez do meio.
A glândula tireóide envolve a porção frontal da traquéia e expande-se em dois lobos para cada lado. Dois
tipos celulares na glândula tireóide produzem os hormônios tiroxina e calcitonina. A tiroxina é produzida,
estocada e liberada emvários conjuntos de estruturas arredondadas conhecidos como folículos. Células
nos espaços entre os folículos produzem calcitonina.
A tiroxina, que começa como uma tireoglobilina no lúmen folicular, é composta por duas moléculas de
tirosina ligadas a quatro átomos de iodo.
O folículo também produz e libera triiodotirosina, uma versão da tiroxina que tem somente três átomos de
iodo e denomina-seT3.
QUESTÃO 10 QUESTÃO 12
Observe o fragmento de texto a seguir: Para o desempenho das práticas desportivas, o
Pesquisa investiga possíveis problemas equilíbrio é fundamental. Os órgãos de equilíbrio
neurológicos causados por zika em adultos detectam a posição do corpo e permitem
Pesquisadores acreditam que zika causa outros perceber se estamos de cabeça para cima ou
problemas neurológicos além de Guillan-Barré para baixo e a velocidade em que estamos nos
Um grupo de pesquisadores da Universidade deslocando. A orelha humana é o órgão
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto responsável pela audição e pelo equilíbrio e
D'or de Pesquisa e Ensino (Idor, ligado à rede uma de suas regiões, a orelha interna, é um
D'or de hospitais) começou a estudar, nesta complexo labirinto membranoso conhecido
segunda-feira, se adultos infectados pelo zika como aparelho vestibular.
CURSO DE BIOLOGIA PROF. RENATO MARTINS| SAIS E ELETRÓLITOS 32
Qual das estruturas citadas a seguir é um dos equipamento e focadas em um espectrômetro
componentes do aparelho vestibular possibilita identificar os elementos químicos que
responsável pelo equilíbrio? compõem o material.
Cóclea Pesquisa Fapesp, janeiro de 2014. Adaptado.
Membrana timpânica Incidindo-se o laser pulsado em amostras de
Canais semicirculares. folhas, certamente será identificado, por meio do
Bigorna. espectrômetro, o elemento químico fósforo, que
Órgão de Corti. compõe as moléculas de
lipídios proteínas
QUESTÃO 13 aminoácidos glicídios
nucleotídeos
A espectroscopia de emissão com plasma
induzido por laser (Libs, na sigla em inglês) é a
tecnologia usada pelo robô Curiosity, da Nasa, QUESTÃO 14
em Marte, para verificação de elementos como O macronutriente essencial ao desenvolvimento
ferro, carbono e alumínio nas rochas marcianas. das plantas por fazer parte da molécula de
Um equipamento semelhante foi desenvolvido clorofila é o
na Embrapa Instrumentação, localizada em São
ferro cobre
Carlos, no interior paulista. No robô, um laser
zinco magnésio
pulsado incide em amostras de folhas ou do
manganês
solo e um conjunto de lentes instaladas no
QUESTÃO 15
QUESTÃO 24
(ENEM) Parte do gás carbônico da atmosfera é absorvida pela água do mar. O esquema representa
reações que ocorrem naturalmente, em equilíbrio, no sistema ambiental marinho. O excesso de dióxido
de carbono na atmosfera pode afetar os recifes de corais.
QUESTÃO 25
A anemia é uma doença que atinge inúmeras pessoas em todo o mundo, mesmo em países
desenvolvidos, trazendo fadigas e diminuição do desempenho físico e cognitivo. O esquema a seguir
destaca alguns fatores envolvidos direta ou indiretamente na eritropoiese.
QUESTÃO 29
(ENEM) Durante a aula, um professor
apresentou uma pesquisa nacional que
mostrava que o consumo de sódio pelos
adolescentes brasileiros é superior ao
determinado pela Organização Mundial da
Saúde. O professor, então, destacou que esse
hábito deve ser evitado.
A doença associada a esse hábito é a
Assinale a alternativa que indica corretamente o obesidade.
tipo de fenômeno esquematizado e os nomes osteoporose.
das substâncias I e II diabetes tipo II.
hipertensão arterial.
coagulação; I - trombina e II - fibrina
hipercolesterolemia.
transporte de O2; I - trombina e II - fibrina
defesa; I - fibrina e II - trombina
QUESTÃO 30
Em mamíferos, o controle osmorregulatório envolve diversos mecanismos neurais e endócrinos. Quando
ocorre diminuição da ingestão de sódio, há redução do volume sanguíneo, com consequente redução da
pressão arterial. A redução da pressão arterial leva a um aumento da produção de angiotensina II, que,
por sua vez, atuará em diversos órgãos, conforme quadro abaixo:
Com base no exposto, assinale a alternativa que apresenta o efeito da angiotensina II nas adrenais, na
hipófise e nas arteríolas.
Secreção de
Secreção de
vasopressina
aldosterona pelas Diâmetro das arteríolas
adrenais (ADH) pela hipófise
QUESTÃO 31
O fluxograma ilustra a participação de alguns órgãos e substâncias (angiotensinogênio, angiotensina,
renina e aldosterona) no controle da pressão arterial humana.
QUESTÃO 32 Pâncreas.
Estômago.
Louco por um saleiro, sal foi uma das primeiras
Vesícula biliar.
palavras que o garoto aprendeu a falar, antes de
Intestino delgado.
completar 1 ano de idade. Quando conseguiu
caminhar com as próprias pernas, passou a
revirar os armários da cozinha em busca de QUESTÃO 34
tudo que fosse salgado e, sempre que podia, Sobre a fibrose cística, é CORRETO afirmar
atacava o saleiro. Aos 3 anos e meio, por causa que:
da suspeita de puberdade precoce, o menino foi é uma doença caracterizada por abundante
internado num hospital. secreção de muco na pele.
(Fonte: Christante, L. Sede de sal. Revista Unesp
é uma doença relacionada com a ausência
Ciência, n.17, 2011.)
de uma proteína normal nas membranas
O apetite por sal da criança, cujo relato tornou-
celulares responsável pelo transporte de íon
se clássico na história da Medicina, era causado
sódio.
por um desequilíbrio endócrino. Após a sua
caracteriza-se como doença genética,
morte, descobriu-se que a criança apresentava
relacionada com a ausência de uma proteína
uma deficiência na produção de:
normal nas membranas celulares responsável
aldosterona pelas glândulas adrenais.
pelo transporte do íon cloro.
insulina pelo pâncreas.
no combate à fibrose cística, o organismo
tiroxina pela tireoide.
envia, inicialmente, os eosinófilos e, em
vasopressina pelo hipotálamo.
seguida, os macrófagos.
somatotrofina pela hipófise.
é caracterizada por intensa hemorragia nos
pulmões.
QUESTÃO 33 QUESTÃO 35
Uma enzima foi retirada de um dos órgãos do
(ENEM) No século XVII, um cientista alemão
sistema digestório de um cachorro e, após ser
chamado Jan Baptista van Helmont fez a
purificada, foi diluída em solução fisiológica e
seguinte experiência para tentar entender como
distribuída em três tubos de ensaio com os
as plantas se nutriam: plantou uma muda de
seguintes conteúdos:
salgueiro que pesava em um vaso contendo
- Tubo 1: carne
- Tubo 2: macarrão 2,5 kg, de terra seca. Tampou o vaso com uma
- Tubo 3: banha placa de ferro perfurada para deixar passar
Em todos os tubos foi adicionado ácido água. Molhou diariamente a planta com água da
clorídrico HCl e o pH da solução baixou para um chuva. Após 5 anos, pesou novamente a terra
valor próximo a 2. Além disso, os tubos foram seca e encontrou os mesmos 100 kg, enquanto
mantidos por duas horas a uma temperatura de
37ºC. A digestão do alimento ocorreu somente que a planta de salgueiro pesava 80 kg.
no tubo 1. BAKER, J. J. W.; ALEEN, G. E. Estudo da biologia.
De qual órgão do cachorro a enzima foi São Paulo: Edgar Blücher, 1975 (adaptado).
retirada? Os resultados desse experimento permitem
Fígado. confrontar a interpretação equivocada do senso
CURSO DE BIOLOGIA PROF. RENATO MARTINS| SAIS E ELETRÓLITOS 39
comum de que as plantas absorvem matéria orgânica do solo.
absorvem gás carbônico do ar. usam a água para constituir seu corpo.
usam a luz como fonte de energia. produzem oxigênio na presença de luz.
QUESTÃO 36
O mapa mundi a seguir mostra o itinerário da mais importante viagem que modificou os rumos do
pensamento biológico, realizada entre 1831 a 1836. Acompanhe o percurso dessa viagem.
Essa viagem foi comandada pelo jovem capitão FitzRoy que tinha na tripulação do navio H. M. S. Beagle
outro jovem, o naturalista Charles Darwin. No dia 27 de dezembro de 1831, o Beagle partiu de Devonport,
na Inglaterra, rumo à América do Sul com o objetivo de realizar levantamento hidrográfico e mensuração
cronométrica.
Durante cinco anos, o Beagle navegou pelas águas dos continentes e, nesta viagem, Darwin observou,
analisou e obteve diversas informações da natureza por onde passou, o que culminou em várias
publicações, sendo a Origem das Espécies uma das mais divulgadas mundialmente.
Contudo, o legado de Darwin é imensurável, pois modificou paradigmas e introduziu uma nova forma de
pensar sobre a vida na Terra.
Em 2006, completou-se 170 anos do término desta viagem.
Em 13 de abril, durante a sua visita à Fazenda Sossego, Darwin descreve em seu diário de bordo:
A mandioca também é cultivada em larga escala. Todas as partes dessa planta são úteis: os cavalos
comem as folhas e talos, e as raízes são moídas em polpa que, quando prensada, seca e assada, dá
origem à farinha, o principal componente da dieta alimentar no Brasil. É curioso, embora muito conhecido,
o fato de que o suco extraído dessa planta altamente nutritivo é muito venenoso. Há alguns anos, uma
vaca morreu nesta fazenda, depois de ter bebido um pouco desse suco.
A planta descrita por Darwin possui glicosídeos cianogênicos que, ao serem hidrolisados, liberam ácido
cianídrico (HCN). O HCN possui alta afinidade por íons envolvidos no transporte de elétrons, como ferro e
cobre. Assim, a morte do animal citada no texto foi decorrente do bloqueio, pelo HCN,
do ciclo de Calvin.
do ciclo de Krebs.
da cadeia respiratória.
da glicólise.
da fotofosforilação.
QUESTÃO 37
Analise as imagens de uma mesma planta sob
as mesmas condições de luminosidade e sob
condições hídricas distintas.
QUESTÃO 41
(ENEM) Os distúrbios por deficiência de iodo
(DDI) são fenômenos naturais e permanentes
amplamente distribuídos em várias regiões do
mundo. Populações que vivem em áreas
deficientes em iodo têm o risco de apresentar os
distúrbios causados por essa deficiência, cujos
impactos sobre os níveis de desenvolvimento
humano, social e econômico são muito graves.
No Brasil, vigora uma lei que obriga os
produtores de sal de cozinha a incluírem em seu
produto certa quantidade de iodeto de potássio.
Essa inclusão visa prevenir problemas em qual
glândula humana?