Aluna: Flávia Alessandra Leite Dias Estudo dirigido – Potenciais de membrana e potenciais de ação 1) (V) (V) (V) (F) (V) 2) Potencial de Nernst é o valor do potencial de difusão, em toda a membrana, que se opõe exatamente ao da difusão efetiva de um íon em particular através da membrana. A grandeza do potencial de Nernst é determinada pela proporção entre as concentrações desse íon específico nos dois lados da membrana. Quanto maior essa proporção, maior será a tendência para que o íon se difunda em uma direção, e, por conseguinte, maior o potencial de Nernst necessário para evitar difusão efetiva adicional. 3) (V) (F) (V) (F) (V) 4) - Contribuição do potencial de difusão do potássio: como o potássio é encontrado em maiores quantidade internamente na membrana, sua proporção dentro e fora é muito grande fazendo com que o potencial de Nernst seja muito baixo (-94 milivolts). - Contribuição da difusão do sódio pela membrana: como a permeabilidade da fibra nervosa para o potássio é muito maior, há pequeno vazamento de sódio e, portanto, sua contribuição para o potencial de repouso é menor. - Contribuição da bomba de sódio/potássio: como mais íons sódio são bombardeados para fora do que íons potássio para dentro há uma perda contínua de cargas positivas, ajudando na eletronegatividade interna da membrana. 5) Potenciais de ação são rápidas alterações do potencial de membrana que se propagam com grande velocidade por toda a membrana da fibra nervosa. Estágio de repouso é o potencial de repouso da membrana, antes do início do potencial de ação. Diz- se que a membrana está "polarizada" durante esse estágio, em razão do potencial de membrana de -90 milivolts negativo existente. Estágio de despolarização: O estágio normal de "polarização" de -90 milivolts é, de imediato, neutralizado pelo influxo dos íons sódio com carga positiva, com o potencial aumentado rapidamente para valor positivo, um processo chamado despolarização. Estágio de repolarização: Em alguns décimos de milésimos de segundo após a membrana ter ficado muito permeável aos íons sódio, os canais de sódio começam a se fechar, e os canais de potássio se abrem mais que o normal. Então, a rápida difusão dos íons de potássio para o exterior restabelece o potencial de repouso negativo da membrana que é referido como repolarização da membrana. 6) (V) (V) (F) 7) O canal de sódio regulado pela voltagem é o agente necessário para provocar a depolarização e a repolarização da membrana nervosa durante o potencial de ação. A ativação do canal de sódio ocorre quando o potencial de membrana se torna menos negativo que durante o estado de repouso, o que provoca alteração conformacional abrupta da comporta de ativação, fazendo com que o canal fique totalmente aberto. A desativação acontece quando a comporta é desativada em poucos décimos de milésimos de segundo após ter sido ativada. Assim, após o canal de sódio ter permanecido aberto por alguns décimos de milésimos de segundo, o canal é inativado e se fecha, e os íons sódio não podem atravessar a membrana. 8) O canal de potássio regulado pela voltagem é responsável por aumentar a rapidez da repolarização da membrana. Ao longo do estado de repouso, a comporta do canal de potássio está fechada, e os íons potássio são impedidos de passar por esse canal para o exterior. Quando o potencial de membrana aumenta de −90 milivolts para zero essa variação da voltagem provoca a abertura conformacional da comporta, permitindo aumento da difusão de potássio para fora, por meio desses canais. 9) (V) (V) (V) (V)
Estudo dirigido – Contração do Músculo Esquelético
1) O sarcolema é a membrana celular da fibra muscular. Ele consiste em verdadeira membrana celular, chamada membrana plasmática, e com revestimento de fina camada de material polissacarídeo contendo muitas fibrilas colágenas delgadas 2) As miofibrilas são subunidades das diversas fibras compostas no músculo esquelético e são formadas por filamentos de actina e miosina, que são longas moléculas de proteínas polimerizadas responsáveis pela contração muscular. A miofibrila alterna faixas escuras e claras pois os filamentos estão parcialmente interdigitados. As faixas claras só contêm filamentos de actina, sendo conhecidas como faixas I, por serem isotrópicas à luz polarizada. As faixas escuras contêm filamentos de miosina, assim como as extremidades dos filamentos de actina, onde se superpõem aos de miosina, sendo chamadas faixas A, por serem anisotrópicas à luz polarizada. As pontes cruzadas são pequenas projeções laterais dos filamentos de miosina. E são as interações entre os filamentos de actina e as pontes cruzadas que causam as contrações. As extremidades do filamento de actina ligam-se ao chamado disco Z. A partir deste disco os filamentos se estendem em ambas direções para se interligarem com a miosina. O disco Z composto de proteínas filamentosas diferentes da miosina e actina cruza toda a miofibrila de forma transversa, conectando uma miofibrila à outra. 3) O sarcômero é o segmento da miofibrila (ou de toda a fibra muscular) situado entre dois discos Z sucessivos. 4) Os músculos esqueléticos contêm vários envoltórios de tecido fibroso, essas estruturas macroscópicas e suas milhares de células cilíndricas são denominadas fibras. Essas fibras longas e finas são multinucleadas e ficam paralelas umas as outras. 5) O posicionamento lado a lado dos filamentos de miosina e actina é mantido por meio de um grande número de moléculas filamentares da proteína chamada titina. Esta exerce importante papel em manter as miofibrila em seus lugares para que o maquinário contrátil funcione. Uma extremidade da molécula se fixa ao disco Z, e a outra ao filamento de miosina. 6) O sarcoplasma é o liquido intracelular que preenche os espaços deixados pelas miofibrilas. Este é composto principalmente por potássio, magnésio e fosforo, além de milhões de mitocôndrias. O Retículo Sarcoplasmático é o Retículo Endoplasmático Especializado do Músculo Esquelético. Esse retículo tem organização especial que é extremamente importante para regular o armazenamento, a liberação e a recaptação de cálcio e, portanto, a contração muscular. 7) Mecanismo geral da contração muscular: 1. Potenciais de ação cursam pelo nervo motor até suas terminações nas fibras musculares. 2. Em cada terminação o nervo secreta ACETILCOLINA, substancia neurotransmissora. 3. Acetilcolina abre na membrana múltiplos canais de cátion 4. Essa abertura permite que íons sódio entrem na membrana, aumentando seu potencial de ação e por sua vez abrindo os canais de sódio, desencadeando o potencial de ação propriamente dito. 5. Esse potencial se propaga por toda a fibra muscular. 6. A eletricidade do potencial de ação flui pela fibra muscular fazendo com que o retículo sarcoplasmático libere íons cálcio 7. O cálcio ativa a força atrativa entre os filamentos de miosina e actina fazendo com que deslizem lado a lado e se contraiam. 8. Após milésimos de segundos esses íons são bombeados de volta para o retículo sarcoplasmático, fazendo com que a contração muscular cesse. 8) A contração muscular se dá a partir de um mecanismo de deslizamento dos filamentos. A força gerada pela interação das pontes cruzadas dos dois filamentos propicia esse deslizamento. Os íons cálcio ativam as forças entre os filamentos de miosina e de actina e a contração se inicia. A energia necessária para este mecanismo é proveniente da quebra da molécula de ATP, que é degradada à ADP. O filamento de miosina é formado por várias moléculas individuais de miosina. Cada molécula é composta por seis cadeias polipeptídicas, sendo duas cadeias pesadas que se espiralam uma com a outra formando uma dupla hélice, e quatro cadeias leves que entram na composição da cabeça da miosina (funciona como ATPase, cliva o ATP e utiliza sua energia). Actina é formada de um filamento duplo e de duas moléculas de proteína F actina. Esses filamentos formam uma hélice e cada hélice é constituída por moléculas de proteína actina G polimerizada. Em cada uma dessas moléculas existem moléculas de ADP. Estes são locais ativos que interagem com as pontes cruzadas de miosinas para produzir a contração. Na actina encontram-se outras duas proteínas, a tropomisina, que se encontra espiralada nos sulcos da dupla hélice e a troponina que é formada por três subunidades frouxamente ligadas e se encontram ligadas às tropomiosinas. 9) (V) (V) (V) (V) (F) (V)