O QUE ESTUDAR:

Morfologia do neurônio

Potencial de repouso

Potencial de ação

Sinapse excitatória e inibitória

Sinapse neuro-muscular

Condução continua e saltatória

Neuróglia

Neurotransmissores

Sistema nervoso autônomo

Mecanismo de luta ou fuga

Resumo – Fisiologia:

Homeostase: equilíbrio interno. Estabilidade que o organismo necessita para realizar

suas funções adequadamente.

Exemplo: 1 - controle da glicemia (se a glicemia esta ALTA, entra em ação a INSULINA,
se a glicemia esta BAIXA, entra o GLUCAGON).

2 – temperatura do corpo

3 – ph do sangue (deve-se manter um ph no intervalo de 7,35 – 7,45, a mudança de ph

pode se dar através de ingestão de alimentos ácidos ou básicos. Regidos pela reação
CO2 + H2O = H2CO3 = HCO3- H+, se há aumento de OH- (base) no sangue, o pulmão
retêm o gás carbônico e quanto mais CO2 no corpo, que reage com a água,
transformando-se em ácido carbônico (H+) estabilizando o ph no seu padrão levemente
alcalino) o responsável por essa estabilidade é o sistema tampão, que são substâncias
que impedem o ph a sair da sua estabilidade levemente alcalina.

Composição dos Líquidos Corporais: componente químico mais abundante no corpo

é a água, de 65 a 75%.

LIC = líquido intracelular. Cerca de 2/3 do 75% da água esta no LIC.

LEC = líquido extracelular. Cerca de 1/3 do 75% da água esta no LEC.

O LEC é dividido em dois:

Plasma sanguíneo: líquido/água que esta dentro dos vasos sanguíneos. 20% da água
do LEC fica no plasma.

Meio Intersticial (IT): (entre uma célula e outra) 80% da água do LEC fica no IT.

Concentração de íons:

Na+ = MAIS sódio FORA da célula, MENOS sódio DENTRO da célula. (10 vezes mais
concentrado fora do que dentro).

K+ = MAIS potássio DENTRO da célula, MENOS potássio FORA da célula. (quase 10

vezes mais concentrado dentro do eu fora).

Ca+ = MAIS cálcio FORA da célula, MENOS cálcio DENTRO da célula. (1000 vezes
mais concentrado fora do que dentro).

Cl- = MAIS cloro FORA da célula, MENOS cloro DENTRO da célula. (3 vezes mais
concentrado fora do que dentro).
Ânion: íon de carga negativa.

Cátion: íon de carga positiva.

Princípio da Eletroneutralidade: a concentração total de cargas aniônicas deve ser

igual às catiônicas; isso ocorre para evitar a osmose, a água busca o meio mais
hipertônico, ou seja, fora da célula, o que ocasionaria a desidratação da célula, pois a
água seguiria para o meio mais concentrado. A quebra desse princípio seria quando a
pessoa esta com pressão baixa e colocamos sódio debaixo da língua, para aumentar a
concentração de Na+ no sangue, retirando água do meio intracelular, pois o meio extra
se tornou mais hipertônico, assim, fazendo com que a água saia da célula, elevando o
peso do sangue, e consequentemente, a pressão.

Transporte através da membrana:

A membrana plasmática é constituída de uma dupla camada de fosfolipídios, possui

uma semipermeabilidade (moléculas pequenas) e permeabilidade seletiva (moléculas
grandes).

Transporte passivo: sem gasto de energia metabólica pela célula; ‘’sem forçar’’,
ocorre naturalmente.

Difusão simples: transporte de pequenas moléculas de soluto. PASSA DO MEIO

HIPERTÔNICO PARA O HIPOTÔNICO. + para o -. (O2 e CO2)

Difusão facilitada: transporte de grandes moléculas de soluto com a ajuda de enzimas

(carreadoras ou permeases) que existem ao redor da membrana. PASSA DO MEIO
HIPERTÔNICO PARA O HIPOTÔNICO. + para o -.
Osmose: passagem de água (solvente) pela membrana. PASSA DO MEIO
HIPOTÔNICO PARA O HIPERTÔNICO. – para o +.

Transporte ativo: com gasto de energia metabólica pela célula; ‘’forçado’’.

Bomba de sódio e potássio: PASSA DO MEIO HIPOTÔNICO PARA O

HIPERTÔNICO. – para o +. A tendência natural do sódio é ir do meio – para o +, ou
seja, entrar na célula, o potássio tem a tendência de ir do meio – para o + também, ou
seja, sair da célula. A bomba joga 2 potássios para dentro da célula e 3 sódios para
fora, ao mesmo tempo, mantendo a diferença de concentração, mas, difusão facilitada
também ocorre ao mesmo tempo que a bomba, ou seja, toda vez que a bomba tira
sódio de dentro da célula, a difusão facilitada trás sódio de volta para dentro, para que
não fique sem sódio dentro da célula, o mesmo ocorre com o potássio. Também
existem bombas de cálcio e de cloro.

Os potenciais de repouso e ação ocorrem em células excitáveis, células nervosas e

células musculares.

Potencial de Repouso: esse potencial é de -70mV. O neurônio possui carga negativa

fora da célula e carga positiva dentro é uma variação quantitativa de cargas elétricas.
No meio intra há potássio e outros ânions (Na+, Ca e Cl- em baixa concentração), no
meio extra há sódio, cálcio e cloro (K em baixa concentração). Existe a diferença de
potencial por causa da estequiometria da bomba de sódio e potássio que ocorrem por
canais abertos na membrana, que joga 3 sódios para fora e 2 potássios para dentro, e
o potencial de equilíbrio do potássio (quando há mais canais de potássio abertos do
que de sódio, não acaba o K dentro da célula por causa da difusão facilitada).
Potencial de ação: esse potencial é de +45mV. Ocorre a inversão dos sinais, os
canais de sódio vão se abrir devido a alteração de voltagem do potencial de repouso
para o de ação e deixar o íon passar, assim, aumenta as cargas positivas dentro da
célula, e fora da célula aumenta as cargas negativas, esse fato se chama de
despolarização, essa situação ocorre progressivamente até o final do axônio. Depois,
com o fechamento dos canais de sódio, abrem-se os canais de potássio, onde o K
passa para o meio extra em excesso gerando um hiperpolarização, assim, a bomba
deve voltar a trabalhar para jogar o potássio de volta para dentro da célula, esse fato se
chama repolarização, pois o meio intra volta a ser negativo e meio extra volta a ser
positivo. A célula fica variando entre potencial de repouso e de ação, mas ou menos a
cada 2,5 milisegundos. Para que a célula volte para o potencial de repouso há a
realização do trabalho da bomba de Na+ e K, retirando íons de sódio do meio intra ao
passo que introduzem íons de potássio de volta ao meio intra.

Sinapses são regiões por meio das quais os impulsos nervosos são conduzidos de um
neurônio a outro ou de um neurônio a uma célula.

Sinapse excitatória: Os neurotransmissores facilitadores ao chegarem ao receptor,

iniciam uma despolarização ( meio intra ganha mais cargas positivas com a entrada do
Na+, e o meio extra ganha mais cargas negativas) da membrana pós-sináptica, se
esta despolarização tiver voltagem suficiente irá se difundir pela membrana celular
próxima, causando uma despolarização por toda a célula, com consequente difusão do
potencial de ação. São considerados facilitadores: a acetilcolina, a glutamina, a
noraepinefrina e a serotonina.

Sinapse inibitória: Os neurotransmissores inibidores ao chegarem ao receptor

determinam uma hiperpolarização (excesso de K no meio extracelular), isto é,
dificultam a troca de íons entre a membrana. São considerados inibidores: a dopamina
e o ácido gama-amino-butírico.
Sinapse neuro-muscular: Existem sinapses entre neurônios e as fibras musculares.
Essas junções são chamadas de sinapses neuromusculares e tem a finalidade de
transmitir impulsos nervosos ao músculo. A função da sinapse neuromuscular é
transmitir uma mensagem de potencial de ação de forma unidirecional (neurônio –
músculo) a uma célula muscular esquelética com frequência e duração estabelecidas
pelo SNC. A porção pré-sináptica é formada pela porção terminal do neurônio motor
cujo axônio vai do SNC até a célula muscular. Nesta porção terminal do neurônio,
encontramos inúmeras vesículas que contém uma substância química
(neurotransmissor) que no caso do sistema muscular é a acetilcolina. É na fenda
sináptica que são liberados os neurotransmissores que vão ligar-se a receptores para
acetilcolina no terminal pós-sináptico.

PROCESSO ACETILCOLINA

A chegada de um potencial de ação do axônio em uma fenda sináptica neuromuscular

faz com que as vesículas sinápticas fundam-se com a membrana, se abram e liberem
acetilcolina. Este neurotransmissor liga-se a receptores na membrana pós-sináptica,
promovendo a abertura de canais de sódio. A entrada de sódio desencadeia o
potencial de ação. A acetilcolina liberada, rapidamente é destruída por uma enzima
chamada acetilcolinesterase.

Diferencie condução contínua de condução saltatória do impulso nervoso:

Neurônios mielinizados são neurônios que possuem uma capa de mielina em volta do
axônio. Essa capa é composta por lipídios e, por isso, tem a função de proteger e isolar
eletricamente o axônio. Isso é extremamente funcional para o neurônio pois faz com
que o impulso passe mais rápido por ele. No caso do neurônio não mielinizado, que
não possui bainha de mielina em volta de seu prolongamento, o impulso será
conduzido por ele em uma velocidade menor se comparado com o neurônio
mielinizado.

SISTEMA NERVOSO

Divisão anatômica:

· SNC (encéfalo e medula)

· SNP (gânglios e nervos/terminações nervosas)

Morfologia do Neurônio

Corpo celular: núcleo da célula, material genético e citoesqueleto.

Dendritos: terminais axonais

Axônio: prolongação nervosa

Bainha de Mielina: feita de gordura, isolante elétrico (protege os impulsos nervosos) e

aumentam a velocidade de ação.

Nervos: estrutura que contêm milhares de axônios em seu interior e fazem parte do Sistema
nervoso periférico. Ex: contração muscular.

Tipos de neurônios

Número de neuritos:

1. Unipolar:

2. Bipolar:

3. Multipolar:

Conexão e Função:

Neurônios receptores ou sensitivos (aferentes): são os que recebem estímulos sensoriais e

conduzem o impulso nervoso ao sistema nervoso central.
Neurônios motores ou efetuadores (eferentes): transmitem os impulsos motores (respostas
ao estímulo).

Neurônios associativos ou interneurônios: estabelecem ligações entre os neurônios

receptores e os neurônios motores.

Sinapse: comunicação de dois ou mais neurônios através de um neurotransmissor.

Potencial de ação e repouso ou impulso nervoso

Quando uma célula nervosa está em repouso o seu interior é carregado negativamente em
relação ao meio externo da célula.

Nódulo de Ranvier: onde não tem mielina

Entra sódio, sai potássio, ambos carregado positivamente. Isso quando está em repouso.
Voltagem linear, membrana permeável.

Despolarização: meio interno mais positivo que o externo, concentrado de potássio.

Repolarização: sai mais potássio que o que quando entrou

Hiperpolarização: reestabelecer o potencial.

- Isso é a impulso nervoso, vai alternando.

Proteína: Bomba sódio-potássio, transporte ativo, existe gasto de energia do ATP.

2 SÓDIO – 3 POTÁSSIO

Externo – Positivo - Sódio

Interno --- Negativo – Potássio

Sinapse

Terminal Sináptico: substância química (neurotransmissor) que conecta os neurônios.

Dendritos se ligam com outro neurônio. Neurônios motores.

Sinapse química: unidirecionais, ocorre com neurotransmissores, quando o potencial de ação

chega no terminal sináptico, vesículas que armazenam neurotransmissores são deslocadas até
a membrana pré-sináptica, se fundem com essa membrana e liberam os neurotransmissores
que se ligam a proteínas receptoras específicas no neurônio pós-sináptico.
Excitatórios: Estimulam um potencial de ação no neurônio pós-sináptico.

Inibitórios: hiperpolarizam o neurônio pós-sináptico, inibindo sua ação.

Sinapse elétrica: junções comunicantes que permitem a passagem de íons diretamente de um

neurônio para outro, transmissão bidirecional.

NEURÓGLIA

• Astrócito : sobrevivência do neurônio, regulam as substâncias que são absorvidas nos

neurotransmissores e íons. Secreta substâncias nutritivas para os neurônios. Ficam perto
dos vasos sanguíneos.

• Micróglia: análoga ao macrófago, defesa do corpo celular.

• Ependinária: reveste os ventrículos do encéfalo e canal central da medula, responsável

pela produção de líquor.

• Células de Schwann: produzem bainha de mielina, em torno dos axônios do SNP,

participam da regeneração, isolamento elétrico dos nervos.

• Células satélite: sustentação dos neurônios.

Sistema Nervoso Autônomo

Ação involuntária, contração dos músculos lisos e cardíacos.

Simpático: SNAS, de modo geral, estimula ações que mobilizam energia, permitindo ao
organismo responder a situações de estresse.

Parassimpático: SNAP estimula principalmente atividades relaxantes, como as reduções do

ritmo cardíaco e da PA, entre outras.

MECANISMO DE LUTA OU FUGA - RESPOSTA FISIOLÓGICA

● aumento da secreção de adrenalina pela medula das glândulas adrenais;

● aumento da atividade cerebral e do metabolismo basal;

● aumento da concentração de glicose no sangue, aumentando assim a energia

disponível para todas as células do corpo;

● aumento da atividade do músculo miocárdio (atividade cardíaca), vasodilatação das

coronárias e vasoconstrição dos vasos sanguíneos periféricos, aumentando dessa

forma a circulação e a pressão sanguínea, reduzindo em contrapartida as chances de

hemorragias nas regiões mais periféricas, que podem ser afetadas pelo estímulo

ameaçador;

● aumento do aporte de energia para os músculos esqueléticos, necessários para

correr ou enfrentar o perigo;

● aumento da atividade das glândulas sudoríparas, causando maior transpiração,

necessária uma vez que o suor deixa o corpo mais escorregadio, dificultando que ele

seja agarrado por uma presa, por exemplo;

● redução da atividade peristáltica no intestino grosso, aumentando dessa forma a

captação de nutrientes que antes seriam excretados e que agora serão essenciais

para o fornecimento de energia;

● dilatação dos brônquios, aumentando a captação de oxigênio e melhorando a

capacidade respiratória, essencial para a situação de luta e fuga;

● dilatação da pupila, aumentando a captação de luz, para que o organismo possa

enxergar melhor;

● inibição dos músculos da bexiga urinária e excitação do esfíncter urinário, evitando

assim a necessidade de micção. Da mesma forma, há diminuição da formação de

urina pelos rins.