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Homeostasia e Feedback:
Para que as células do nosso organismo estejam sempre vivas, em funcionamento, é
necessário que o meio interno do corpo (meio extracelular) permaneça sempre constante, pois
é através do meio extracelular que as células retiram todos os nutrientes e outros constituintes
necessários para sua manutenção e elimina todos os produtos tóxicos do seu metabolismo. A
Constância ou equilíbrio do meio interno é chamada de homeostasia (pH, conteúdo de água,
osmoralidade, temperatura corporal, pressão arterial, etc). qualquer distúrbio no meio
extracelular leva à patologia.
Quando ocorre qualquer problema na homeostasia, os sistemas do nosso corpo irão
tentar corrigi-lo através de mecanismos de feedback, que são nossos primeiros socorros. Caso
não consigam corrigi-lo surge a patologia e talvez a morte.
A maioria dos sistemas de controle da homeostasia opera através de mecanismo de
feedback negativo (FB-), que consiste numa sequência de variações que fazem com que o
fator que aumentou ou diminuiu retorne ao seu valor normal (dentro dos níveis fisiológicos). Isto
é, quando existe um estímulo que causa um distúrbio da homeostasia (sinal de entrada),
haverá uma resposta a este estímulo (sinal de saída) no sentido de atenuar o problema,
corrigindo assim o distúrbio na homeostasia.
Existe também o feedback positivo (FB+), que ao contrário do FB-, a resposta ao estímulo
tende a aumentá-lo. Isto é, o sinal de saída tende a amplificar o sinal de entrada. A maioria dos
sistemas de FB+ são patológicos, com exceção do trabalho de parto, da lactação e da
coagulação sanguínea extra-vascular.
Para que haja o FB é necessário 3 unidades básicas: os sensores ou receptores que
detectam o distúrbio da homeostasia; o processador que interpreta o distúrbio e o efetor que
responde ao estímulo corrigindo o distúrbio.
Exemplos de FB-:
Difusão e transporte
A membrana celular atua como uma barreira de permeabilidade, permitindo à célula
manter sua composição interna (meio intracelular) muito diferente da composição do meio
extracelular. O colesterol promove o aspecto de fluidez da membrana.
As proteínas da membrana possuem as seguintes funções: formar os canais da
membrana, enzimática, sinalização, transportadora de certas substancias através da
membrana.
Os carboidratos presentes somente na face externa da membrana e estão ligados a
lipídios e proteínas formando o glicocálice que tem a função de unir as células, imunológica,
controlar a abertura de canais de sódio.
De acordo com a estrutura da membrana, podemos ver que existem as seguintes vias
para a passagem de substâncias pela membrana:
Despolarização:
É a primeira fase do potencial de ação. Durante esta fase ocorre um significativo aumento
na permeabilidade aos íons sódio na membrana celular.
Isso propicia um grande fluxo de íons sódio de fora para dentro da célula através de sua
membrana, por um processo de difusão simples.
Como resultado do fenômeno citado acima, o líquido intracelular se torna com grande
quantidade de íons de carga positiva (cátions) e a membrana celular passa a apresentar agora
um potencial inverso daquele encontrado nas condições de repouso da célula: Mais cargas
positivas no interior da célula e mais cargas negativas no seu exterior.
O potencial de membrana neste período passa a ser, portanto, positivo (algo em torno de
+45 mv).
Repolarização:
É a segunda fase do potencial de ação e ocorre logo em seguida à despolarização.
Durante este curtíssimo período, a permeabilidade na membrana celular aos íons sódio retorna
ao normal e, simultaneamente, ocorre agora um significativo aumento na permeabilidade aos
íons potássio. Isso provoca um grande fluxo de íons potássio de dentro para fora da célula
(devido ao excesso de cargas positivas encontradas neste período no interior da célula e à
maior concentração de potássio dentro do que fora da célula). Enquanto isso ocorre, os íons
sódio (cátions) que estavam em grande quantidade no interior da célula, vão sendo
transportados ativamente para o exterior da mesma, pela bomba de sódio-potássio.
Tudo isso faz com que o potencial na membrana celular volte a ser negativo (mais cargas
negativas no interior da célula e mais cargas positivas no exterior da mesma).
O potencial de membrana neste período passa a ser algo em torno de -95 mv. (ligeiramente
mais negativo do que o potencial membrana em estado de repouso da célula.
Repouso:
É a terceira e última fase: É o retorno às condições normais de repouso encontradas na
membrana celular antes da mesma ser excitada e despolarizada. Nesta fase a permeabilidade
aos íons potássio retorna ao normal e a célula rapidamente retorna às suas condições normais.
O potencial de membrana celular retorna ao seu valor de repouso (cerca de -90 mv.).
Todo o processo descrito acima dura, aproximadamente, 2 a 3 milésimos de segundo na
grande maioria das células excitáveis encontradas em nosso corpo. Mas algumas células
(excitáveis) apresentam um potencial bem mais longo do que o descrito acima: Células
musculares cardíacas, por exemplo, apresentam potenciais de ação que chegam a durar 0,15 a
0,3 segundos (e não alguns milésimos de segundo, como nas outras células). Tais potenciais,
mais longos, apresentam um período durante o qual a membrana celular permanece
despolarizada, bastante prolongado. Estes potenciais são denominados Potenciais em Platô.
Estruturas que facilitam a permeabilidade
Canais iônicos (poros)
O funcionamento desses canais é primordial para o funcionamento das células, e
consequentemente do corpo humano, já que o transporte de íons através destes canais não
serve apenas como fonte de nutrientes para a célula, mas também é um importante fator
gerador de energia, pois as diferenças elétricas geradas através dos diversos tipos de
transporte intermembranar é um fator importante no contexto da geração de energia pela célula
e na manutenção da homeostasia. Além disso, diversas patologias tem a sua origem no mau
funcionamento de alguns tipos de canais iônicos, como ocorre nas canalopatias epilépticas.
Diversos mecanismos fisiológicos dependem do bom funcionamento dos canais iônicos,
todos os potenciais de ação gerados pelas células excitáveis do nosso organismo (canais de
sódio, potássio e cálcio principalmente), os batimentos cardíacos, a manutenção da
constituição dos nossos líquidos intracorporais e muitos outros mecanismos homeostáticos.
Contudo, este artigo visa contribuir para entendimento básico e introdutório de curiosos e
estudantes que nunca tiveram contato com este tema, a eletrofisiologia é sempre um tema
complexo e muitas vezes distante das pessoas que não são da área de saúde e afins,
entretanto, se torna um assunto fascinante dentro da sua própria complexidade devido a sua
importância para o entendimento dos mecanismos fisiológicos dos organismos vivos.
Os canais iônicos são sempre proteínas e tem relação com moléculas inorgânicas, como
por exemplo, Ca++ (Cálcio), Na+ (Sódio), K+ (potássio) e Cl+ (cloro).
Existem três tipos de canais iônicos:
OBS: A molécula de glicose que tem carga negativa é atraída pela permeasse que
tem carga positiva em suas extremidades (atração). Quando a glicose entra no meio
intracelular, esta recebe uma molécula de fósforo do ATP que vira ADP, para que a
molécula de glicose torne-se positiva, para que não retorne para o meio extracelular.
Estre processo chama-se Fosforização.
Canal operado por voltagem
As proteínas que compõem o canal de sódio operado por voltagem são não somente
muito complexas em sua construção, mas são planejadas de forma intrincada para exercer seu
papel de forma surpreendente. A proteína forma um canal através da membrana exterior da
célula que contém um portão operado por voltagem e um guarda de fluxo reverso crítico.
Quando a despolarização do nervo é sentida pela proteína porina, o portão se abre e íons
sódio fluem para dentro da célula, propagando a mudança de potencial e provocando a mesma
resposta nos poros adjacentes. Quando a membrana fica completamente despolarizada, um
segmento bloqueador especial tampa o canal, evitando mais despolarização, até que o
potencial de membrana em repouso tenha sido restabelecido pela bomba de íons sódio.
Quando o impulso nervoso atinge a extremidade de um nervo, ele precisa passar o sinal
através de um espaço para a próxima célula nervosa.
Bomba de Na/K/ATPase
Acetilcolina
Acetilcolinease é uma proteína composta por 5 cadeias laterais ligadas de modo que cada
cadeia tem sua carga de elétrica (negativa) de forma que não ficam unidas e sim próximas
(repulsão).
Duas das 5 cadeias apresentam sítios específicos para a inserção da acetilcolina. Quando
a acetilcolina adere ao sítio específico, as cadeias vão se abrindo e assim ocorre a passagem
da molécula de Na para o meio intracelular.