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FACULDADE DE FARMÁCIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
CIÊNCIAS APLICADAS A PRODUTOS PARA SAÚDE
NITERÓI
2012
SIMONE GOMES PONTES
Niterói
2012
Niterói
2012
Aos meus pais, Abelolides e Espedito
e ao Lucas.
AGRADECIMENTOS
Às minhas orientadoras, Profa. Dra. Estela Maris Freitas Muri e Profa. Drª. Sorele
Batista Fiaux, pela paciência, atenção constante, pelo exemplo de amor à docência e
apoio para a realização deste trabalho.
Aos meus pais e minha irmã, por terem sido meus primeiros mestres, base de todos os
meus valores. Agradeço pela compreensão da minha ausência em muitos momentos,
pelo apoio e amor inquestionáveis.
À Profa. Dra. Kátia Gomes de Lima Araújo por gentilmente aceitar o convite para ser
revisora deste trabalho.
À amiga Simone Oliveira, pela amizade, apoio emocional, pelos tantos cafés ao longo
desses dois anos.
Aos meus amigos, Bruno, Desí, Ellen, Fefa, Gisele, Gláu, Jajá, Michela, Michele,
Suellen e Wellington, entre tantos outros, por compartilharem a dádiva da amizade
comigo. “A amizade... nem mesmo a força do tempo irá destruir. Somos verdade!”. Às
minhas amigas de república, minha segunda família há sete anos, Kallyne e Carina.
Simone de Beauvoir
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS x
LISTA DE TABELAS xii
LISTA DE ABREVIATURAS xiii
RESUMO xiv
ABSTRACT xv
1. INTRODUÇÃO 1
2. OBJETIVOS 3
2.1 Objetivo geral 3
2.2 Objetivos específicos 3
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4
3.1 Dihidroxiacetona 4
3.2 Gluconobacteroxydans 7
3.3 Glicerol desidrogenase 11
3.4 Produção de DHA por Gluconobacteroxydans a partir de glicerol 13
3.5 Biotransformação 17
3.6 Glicerol 20
4. METODOLOGIA 16
4.1 Microrganismos 18
4.2 Produção de dihidroxiacetona (DHA) por células em crescimento
(fermentação) 23
4.2.1 Preparo do inóculo 23
4.2.2 Condições de cultivo 24
4.3 Produção de DHA por biotransformação utilizando células secas de
Gluconobacteroxydans
24
4.3.1 Obtenção de biomassa 24
4.3.2 Determinação das melhores condições de secagem 24
4.3.3 Secagem das células na presença de íons cálcio e magnésio 25
4.3.4 Acompanhamento da viabilidade celular através de plaqueamento 26
4.4 Produção de DHA por biotransformação utilizando células crescidas de
Gluconobacteroxydans 26
4.4.1 Obtenção de biomassa 26
4.4.2 Determinação das melhores condições de pH e temperatura 26
4.4.3 Produção de DHA por células crescidas 27
4.4 Influência do tempo de estocagem na atividade celular 27
4.5 Métodos Analíticos 28
4.5.1 Determinação da concentração celular 28
4.5.1 Concentração de dihidroxiacetona (DHA) 28
4.5.2 Atividade enzimática celular 28
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 29
5.1 Construção das curvas-padrão 29
5.2 Produção de DHA por células em crescimento (fermentação) 30
5.2.1 Cinética do crescimento microbiano 30
5.2.2 Cinética da produção de DHA 32
5.2.3 Medida do pH 33
5.2.4 Análise da atividade enzimática 35
5.3 Secagem das células em acetona 38
5.4 Produção de DHA com células crescidas 43
6 CONCLUSÕES 56
7 PERPECTIVAS 59
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 60
LISTA DE FIGURAS
. The best pH and temperature for the reaction were selected from a central
composite design as being 34o C and pH 4.5 for G. oxydans CCT 0552 and 26o C and
pH 4.5 for G. oxydans CCT 0174. The strain G. oxydans CCT 0552 was more suitable
for the oxidation of glycerol to DHA, with increased accumulation of DHA in the
reaction media (2,1 g/g biomass) and constant productivity (0,45 g/g biomass). Loss of
activity was observed in cells stored by freezing, which leads to the need to select a best
method of preserving cells for the production.
Definir estratégias para o uso de células secas com acetona e avaliar sua atividade na
biotrasnformação de oxidação de glicerol a DHA;
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 DIHIDROXIACETONA
DHA O2
MEIO H2O
Glicerol
Quinona
Glicerol
3-fosfato
desidrogenase
Glicerol DHA-
3-fosfato fosfato
Glicerol
CITOPLASMA
MEMBRANA CITOPLASMÁTICA
Estudos com G. oxydans ATCC 621 realizados por Deckwer e col. (1999)
avaliaram a influência de vitaminas e aminoácidos na composição do meio de conversão
de glicerol em dihidroxiacetona. Foi verificado que, meios contendo as vitaminas B5
(ácido pantotênico), ácido para-amino benzoico (PABA, vitamina do complexo B) e
vitamina B3 (ácido nicotínico), bem como os aminoácidos serina e glutamina
permitiram uma diminuição de aproximadamente 5-10% das concentrações de extrato
de levedura antes utilizadas. Quando comparadas com os meios complexos
normalmente utilizados nesse tipo de bioconversão, o rendimento foi mais baixo (0,02g
de biomassa por g de glicerol), a taxa específica de crescimento permaneceu a mesma
(0,24 a 0,38h-1), porém conferiu alta produtividade (10,3g de DHA/g.h). Nesse mesmo
estudo, verificou-se que a adição de CaCl2 contribuiu positivamente para o crescimento
celular, uma vez que o cálcio está presente na configuração ativa da enzima, a
holoenzima.
3.5 BIOTRANSFORMAÇÃO
3.6 GLICEROL
O glicerol é tradicionalmente produzido por processos fermentativos ou a partir de
derivados do petróleo por via química e mais recentemente, também passou a ser obtido
como subproduto da produção de biodiesel (da Silva e col., 2009). O termo glicerol
aplica-se somente ao componente químico puro 1,2,3-propanotriol, já o termo glicerina
aplica-se normalmente a produtos contendo pelo menos 95% de glicerol.
O manejo desse glicerol para sua utilização como fonte de carbono em processos
fermentativos ou como substrato em processos de biocatálise para obtenção de
compostos e moléculas com elevado interesse econômico é uma das aplicações mais
estudadas. Por ser uma molécula altamente funcionalizada, o glicerol torna-se
extremamente versátil em condições catalíticas adequadas podendo originar diversos
produtos (Mishra e col, 2008). Além de ser uma matéria-prima abundante e de baixo
custo, o glicerol é mais facilmente convertido a alguns produtos do que os açúcares,
como por exemplo na produção de succinato, etanol, xilitol, hidrogênio, propionato
entre outros (da Silva e col., 2009).
4.1 MICRORGANISMOS
Variável Código -1 0 +1
Conc. Acetona(%) X3 0 40 80
A DHA foi medida pelo método da difenilamina (Tkác e col, 2001). O reagente
difenilamina foi preparado com 0,6 g de difenilamina (LCG Biotecnologia), 6 mL de
ácido sulfúrico 98% (Vetec) e 54 mL de ácido acético 99% (Vetec). Para a análise,
foram adicionados 4,5 mL do reagente de difenilamina e 0,5 mL da amostra. Tubos
fechados contendo reagente e amostra foram incubados em água em ebulição por 20
minutos. Após arrefecimento, a absorbância da solução foi lida em 615 nm. A curva
padrão obtida foi linear entre 0,06 e 0,3 g/L de DHA.
0,7
Densidade Òtica (Absorvância)
0,6
0,5
y = 1,9476x + 0,0402
0,4
R² = 0,9942
0,3
0,2
0,1
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35
Concentração (g/L)
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2
Peso Seco (g/L)
1,2
0,8
Peso Seco (g/L)
0,6
0,4
0,2
0
-20 0 20 40 60 80
-0,2
Tempo (h)
Embora a concentração máxima obtida tenha sido diferente em cada uma das
linhagens, o perfil de ambas foi concordante. Wethmar e Deckwer (1999) utilizando G.
oxydans CCT 0552 obtiveram concentração celular de 0,8 g/L em 24 horas de cultivo,
compatível com a observada no presente trabalho. Em comparação, Wei e col (2007)
utilizando outra linhagem, G. oxydans DSM 2003, obtiveram 4 g/L de células ao final
das mesmas 24 horas de cultivo.
30
25
20
DHA (g/L)
15
10
0
-10 0 10 20 30 40 50 60 70 80
Tempo (h)
5.2.3 Medida do pH
pH 4
0
0 20 40 60 80
Tempo (h)
(a)
4
pH
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Tempo (h)
(b)
0,6 1
0,5
0,8
Biomassa (g/L)
0,4
DHA (g/L)
0,6
0,3
0,4
0,2
0,2
0,1
0 0
0 20 40 60 80
-0,1 -0,2
Idade das Células/tempo (h)
(a)
0,80 0,8000
0,70 0,7000
0,60 0,6000
0,50 0,5000
DHA (g/L)
Biomassa
(g/L)
0,40 0,4000
0,30 0,3000
0,20 0,2000
0,10 0,1000
0,00 0,0000
0 20 40 60 80
Idade das Células/tempo (h)
(b)
2,5
g DHA/ g Célula
1,5
0,5
0
0 8 24 32 49 56 72
Idade das células (h)
(a)
3,0000
2,5000
2,0000
g DHA/ g Célula
1,5000
1,0000
0,5000
0,0000
0 8 24 32 49 56 72
Idade das células (h)
(b)
A produção de DHA pelas células secas de G. oxydans CCT 0174 foi baixa se
comparada à obtida na fermentação (Tabela 4 e Figura 6). Na tentativa de melhorar os
resultados, nova consulta à literatura foi realizada. Foi verificado que a coenzima
pirroloquinolinaquinona (PQQ), grupo prostético da glicerol desidrogenase, pode ser
desligada da enzima por lavagem com metanol a 90% (Ameyama e col, 1985). Sendo a
acetona um solvente como o metanol a baixa atividade do preparado poderia estar
ligada à remoção do grupo prostético, durante a lavagem das células com acetona.
Ainda na pesquisa bibliográfica, foi verificado que o grupo prostético volta a se ligar à
enzima em presença de íons cálcio e magnésio (Adachi e col, 2003). O cálcio é
necessário para a ligação do grupo prostético com a enzima. Aparentemente o magnésio
auxilia nessa ligação, além de estabilizar a enzima. Esses íons divalentes tem a
capacidade de manter a enzima em sua configuração ativa, ou seja, uma holoenzima
(Adachi e col., 2003).
à acetona
(horas)
Como pode ser visto na tabela 6, para ambas as linhagens os melhores resultados
foram obtidos onde o pH foi mínimo. É nítido o efeito negativo do aumento pH sobre a
produção de DHA, quando se compara os ensaios realizados na mesma temperatura (1 e
2, 3 e 4, 5 e 6).
Para a análise estatística dos dados foi utilizado o programa Statistica 5.5
(Statsoft Inc, Tulsa, OK, USA) considerando a produção de DHA por grama célula
como resposta das variáveis em estudo. Foram considerados significativos os
parâmetros com p-valores menores que 5% (p < 0,05).
Total 1,545 10
R² = 79,63%
onde T é a temperatura.
(b)
A análise estatística dos dados gerados para a linhagem G. oxydans CCT 0174
está retratada na Figura 12, que mostra a significância estatística de cada efeito no
diagrama de Pareto. De acordo com o diagrama, apenas o efeito à direita da linha que
corresponde a um valor de p igual a 0,05, ou seja, a variável pH linear, foi significativo
Figura 12 - Diagrama de Pareto para a variável resposta (g DHA / g células secas).
Linhagem: G. oxydans CCT 0174. Legenda: Temp: temperatura; L: linear; Q:
quadrática.
Total 3,689 10
R² = 78,18%
T é a temperatura.
(b)
2,500
2,000
DHA (g/g biomassa)
1,500
1,000
0,500
0,000
0 1 2 3 4 5 6
Tempo de reação (h)
0,500
DHA (g/g biomassa/h)
0,400
0,300
0,200
0,100
0,000
0 1 2 3 4 5 6
Tempo de reação (h)
1,500
1,000
0,500
0,000
0 1 2 3 4 5 6
Tempo de reação (h)
0,600
DHA (g/ g biomassa/h)
0,500
0,400
0,300
0,200
0,100
0,000
0 1 2 3 4 5 6
Tempo de reação (h)
7 dias 0,65 32
60 dias 0,32 67
ESTOCAGEM (%)
(G DHA/ G BIOMASSA)
7 dias 0,64 52
60 dias 0,44 70
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