Em 1954 o primeiro transplante de um órgão vivo foi realizado com sucesso,
garantindo ao médico Edward Murray o prêmio Nobel de medicina.Assim, desde
então as pesquisas sobre o transplante de órgãos evoluíram rapidamente e ajudaram a salvar inúmeras vidas. Entretanto, no Brasil as estatísticas referentes a doação de órgãos ainda são muito baixas, isso ocorre dentre outras razões pela desinformação em relação ao processo de doação, bem como pela disseminação de mitos envolvendo a problemática. Dessa forma, é válido ressaltar que no Brasil, grande parte da população desconhece o processo de doação de órgãos. Assim, segundo a teoria dos ídolos, formulada por Francis Bacon, o bom senso está distribuído de forma igualitária entre todos os seres, mas o erro provém do mal uso da razão. Porém, ao analisar a problemática percebe-se que o momento de luto inibe o uso da razão, de forma que as famílias tomadas pela dor da perda não estimulam a doação dos órgãos em funcionamento. Sendo assim, é nítido que após a morte encefálica, o incentivo e as informações a respeito da doação de órgãos devem partir dos médicos e hospitais. Em segundo plano, é necessário analisar o que diz respeito à disseminação de mitos envolvendo a doação de órgãos. Segundo o jornal o globo, mais de 50% das famílias não permitem o uso dos órgãos dos entes para transplante após a morte cerebral.Sendo assim, isso ocorre em grande parte dos casos quando a família acredita em informações falsas e sem comprovação, como de que os aparelhos serão desligados antecipadamente ou que a morte será induzida pelos médicos com interesse na doação. Portanto, com base no que foi apresentado, a problemática urge por uma intervenção. Dessa maneira, cabe ao Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, promover campanhas publicitárias nas plataformas midiáticas, bem como disponibilizar panfletos informativos nos hospitais esclarecendo o funcionamento do processo e a importância da doação de órgãos afim de através da conscientização alavancar as estatísticas envolvendo a autorização da família para a retirada dos órgãos para a doação com a finalidade de salvar cada vez mais vidas.