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funcionamento orgânico, seja para contribuir nas decisões pelas melhores estratégias de
Vale destacar que, quando um psicanalista é convocado para tal tarefa, ele
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No me fict ício.
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Psicanalista. Doutora em Psicologia/ Estudos Psicanalíticos/UFM G. Psicóloga do Hospital das
Clín icas/UFM G/ EBSERH.
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Psicanalista. Psicó loga. Doutora em Psicologia Clín ica.Professora do Departamento de Psicologia da
FAFICH/ UFM G.Bolsista Pr/ CNPq.Membro do Centro de Pesquisas Outrarte/IEL-Unicamp.
introduzirá a escuta do impasse que, em vez de ser ouvido, quer ser eliminado pelas
suas portas à psicanálise, por outro lado, alguns serviços de medicina de ponta a estão
abrindo. Talvez não só pela insistência do sintoma do paciente, mas pela insistência
Uma surpresa envolveu a equipe ao lidar com uma paciente de 38 anos, que após o
passeava pelo Parque. Tal encontro com o que pareceu ser um real insuportável para
essa paciente se dá após ela ter saído da consulta, sabendo de mais uma perda no seu
demanda de ter filhos que pode implicar em uma urgência subjetiva. Constata-se que o
anseio muito enérgico de ter um filho, que compele uma mulher a se submeter a uma
porém, “ouvir para além do que o corpo revela” (ANSERMET, 2003, p.14). A clínica
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Este texto: “Da psicanálise aplicada às biotecnologias e retorno” apareceu sob o título “Le principe de
l'incertitude”, no volume preparatório da Jornada das Seções Clín icas: Presença da Instituição na clínica,
publicado pelo Institut du Champ freudien, Encontro Pipol, 14 -15 de junho/2003.
psicanalítica em andamento nesse serviço tem sinalizado e nos levado a interrogar quais
diagnóstico de “perda de repetição” possui causas diversas e é feito após a terceira perda
engravidar, não sustentam uma gestação até o fim. Uma parcela dessas mulheres é
ESCA).
uma paciente aqui chamada Vera, encaminhada para o atendimento psicológico após a
terceira perda. Os médicos afirmam que não há explicação após vários exames,
ansiosa e desconfiada. Afirma que ninguém descobre por que não consegue tornar-se
mãe. Logo ela, filha de uma mãe tão fértil, que teve sete filhas!. Vera se ressente
angustiada a cada sobrinho que nasce, visto que suas irmãs, uma a uma, vão
aumentando sua família. Vera é convidada a falar mais sobre a gravidez não das outras,
mas da sua experiência. Desde a primeira vez, Vera localiza um mal-estar que se
instaura tão logo a gestação é confirmada. Algo se agita dentro dela, fica de olho no
olhar das outras pessoas sobre si. Especialmente “o olhar das outras mulheres”, sejam
elas mães ou não. Confessa que não havia percebido elementos em comum nos três
períodos em que foi uma gestante. Mas, um quadro de desconfiança “fecha o coração”,
diz Vera. “Fico logo pensando que as outras querem tirar o meu bebê de mim, que estão
com inveja, do mesmo jeito em que eu reconheço que fico quando encontro com uma
grávida na rua ou nos encontros da família”. A agitação e angústia vão aumentando,
relata Vera, e quando o aborto enfim ocorre, “ele já era esperado!”. Alívio e culpa
consultas e exames, na busca por nova gravidez. Mesmo que também anseie por um
trabalho, por estudos e por uma carreira, a busca pela gravidez “que não será perdida”
planos de como gastaria o dinheiro que iria ganhar com o seu trabalho, melhorar sua
simples casa, ajudar a família. Mas, diz ela, “se quero ser mãe não posso desejar outras
coisas. Minha mãe não tinha tempo nem de ver a paisagem do campo, com as sete
profissional. Vera apazigua-se e chega a se decidir por procurar um trabalho, fazer o que
sente vontade. Seu marido apoia a decisão: “não adianta você grávida e infeliz.”
Entretanto, Vera, aparece grávida pela quarta vez. Embora se observe menos
angustiada, certa euforia mascara a agitação e o desamparo dos quais havia falado. E
antes de completar oito semanas da concepção, ela se vê abortar novamente. Desta vez a
decisão por estudar e trabalhar ganha força. Vera e o esposo decidem “dar um tempo”
ambulatório. Após quase um ano do último encontro, Vera aparece no hospital para dar
notícias. Estava grávida de quase sete meses, chamando o filho pelo nome enquanto
tocava a barriga. Refere que nessa gravidez tudo estava diferente por que ela estava
reprodução, pois ela e o esposo sentiram que já sabiam o que fazer. Mas, estava ali para
Referências