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7- CONCLUSAO
O tema em questao e controverso, por ser uma fatalidade que traz a tona questoesmorais, religiosas, eticas,
alem do proprio aspecto juridico. Como ja se disse, e importante, aoanalisar os fatores concretos, afastar-se os
preconceitos e os dogmas. O que deve interessar aooperador do direito e a busca da Justica.
Sem duvida, o desencontro das decisoes judiciais nao ajuda em nada ao apaziguamento necessario aos que
sofrem. Por outro lado, a falta de garantia de ver prestada a tutela jurisdicional nao melhora a imagem do
Poder Judiciario junto a sociedade.
Se, por um lado, o problema poderia ser resolvido de forma simples pelo legislador contemporaneo, que
conhece o avanco medico e a possibilidade do diagnostico de anencefalia, por outro, nao se pode ficar a
merce da mora legislativa, tao comum em nosso pais Entao, o Poder Judiciario nao pode eximir-se de sua
responsabilidade.
Atualmente, tramita no Supremo Tribunal Federal uma Arguicao de Descumprimento de Preceito
Fundamental, ADPF-54, que versa precisamente sobre o tema abordado. Nao pode a Suprema Corte perder a
oportunidade de resolver a questao definitivamente. A citada acao busca que haja a interpretacao conforme a
Constituicao dos artigos referentes ao aborto do Codigo Penal.
Ressalte-se que se faz necessaria a participacao da sociedade na discussao sobre o tema, pois nao se pode
esperar que a Justica seja obra de poucos, mas sim, obra de todos.
Embora, felizmente, a anencefalia tenha uma incidencia baixa, nao distingue credo, raca, cor ou classe social;
ninguem pode ter certeza que nao enfrentara futuramente o problema. Alem disso, e principalmente, ao se
fazer a Justica para um, em realidade, esta se fazendo Justica para todos.
BIBLIOGRAFIA
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