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O senso comum é insuficiente.

Pode a pandemia nos curar dos


maus hábitos da mente?
Enquanto a pandemia de corona vírus se espalha pelo mundo, os estadunidenses estão
dando o melhor para “achatar a curva” pelas práticas de distanciamento social.
Esse é o conselho dos cientistas do mundo, que estão rastreando essa doença que tem
custado tantas vidas.
Mas no meio desse impulso coletivo para garantir a segurança com as medidas
necessárias, um certo número de pessoas ainda se recusa a levar essa ameaça a sério.
Nós sabemos agora, por exemplo, que o corona vírus pode se incubar no corpo por
vários dias sem apresentar sintomas, no entanto, ainda se pode ouvir de alguns que,
desde que ninguém se sinta doente, está tudo bem em fazer reuniões públicas.
Isso apenas acelera o contágio, pois as pessoas aparentemente saudáveis funcionam
inconscientemente como vetores de um vírus que provavelmente encontrará seu
caminho para alguém mais suscetível à doença.
Os lockdowns obrigatórios em todo o país em breve tornarão essas rebeliões menores
irrelevantes.
No entanto, vale a pena nos perguntarmos: por que tantas pessoas – tanto seculares
quanto religiosas, políticos eleitos e cidadãos comuns – falharam em atender às
advertências dos cientistas?
Há pelo menos quatro fontes dessa negligência: oportunismo político, aprisionamento
na política das “guerras culturais”, uma profunda ignorância de nossa
própria fragilidade e uma desconfiança geral da ciência.
Juntos, eles são exemplos excelentes do que o filósofo e teólogo jesuíta Bernard
Lonergan (1904-1984) chamou de preconceito humano.
Em Insight (1957), seu monumental estudo sobre o processo humano de
aprendizado, Lonergan discute as condições não somente para o conhecimento, mas
também para o desconhecimento – isso é, as formas que adquirimos conhecimento
errado.
O processo humano de descoberta, de insight, é sempre motivado pelo nosso inato
desejo de saber, essa orientação básica de admiração ao mundo descrita
por Platão e Aristóteles e descoberta por qualquer pessoa que já tenha enfrentado o
incessante questionamento de uma criança.
Somos, por nossa natureza dada por Deus, orientados para a verdade pelo impulso
inelutável dentro de nós para fazer perguntas e buscar a realidade através da
investigação.
Preconceito é algo que impede o dinamismo instintivo de nossa mente de ver
a experiência, buscando entender e fazer um julgamento desinteressado sobre as
evidências que a vida oferece.
[...]
FONTE: http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/597758-o-senso-comum-e-insuficiente-
pode-a-pandemia-nos-curar-dos-maus-habitos-da-mente

Tratamento contra Alzheimer: Agência americana altera


indicação; entenda o que muda
Após 18 anos sem avanços na área de tratamentos, a doença de Alzheimer finalmente
teve um novo remédio aprovado pelo Food and Drug Administration (FDA), a agência
regulatória dos Estados Unidos.
O aducanumabe, desenvolvido pelas farmacêuticas Biogen e Eisai, foi liberado em
terras americanas no início de junho de 2021, mas uma nova decisão divulgada na
quinta-feira (08/07) indica que o número de pessoas que poderá se beneficiar dessa
terapia será bastante reduzido.

Inicialmente, o FDA havia sinalizado que o medicamento poderia ser usado para
qualquer pessoa que tivesse o diagnóstico desse tipo de demência.
Mas uma mudança na bula feita em julho reduz significativamente o público-alvo dessa
nova opção terapêutica: a agência americana agora determina que o aducanumabe está
indicado apenas para os pacientes com os sintomas mais leves, que afetam a memória e
a capacidade de raciocínio.
Segundo um levantamento feito pelo The New York Times, em termos numéricos, o
público-alvo em potencial anteriormente era de 6 milhões de americanos. Agora, fica
em cerca de 2 milhões.
O FDA alega que, desde a aprovação em junho, seguradoras de saúde e os próprios
cidadãos tinham muitas dúvidas sobre quem deveria pagar pelo tratamento e quando ele
seria realmente válido. A alteração serviu justamente para esclarecer essas questões,
apontam os representantes.
O aducanumabe tem como alvo a beta-amiloide, uma proteína que forma aglomerados
anormais no cérebro de pessoas com Alzheimer. Essas formações podem danificar as
células e desencadear demência, incluindo problemas de memória e comunicação, além
de confusão mental.
FONTE: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-57772609
RELAÇÕES:
Em meu ver, o que posso relacionar das notícias com o texto lido é simples: Uma
comenta sobre o prejuízo que se manter no senso comum causa e o outro é um artigo
científico sobre um novo remédio contra Alzheimer.
O QUE APRENDI?
Não muito, tendo em mente que já sabia algo sobre essa questão do
achismo/racionalismo.
DANIEL D.F. LUFT

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