Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
03
Avaliação
Cardiovascular
Perioperatória
Manejo da anticoagulação
no perioperatório
Jonathan Souza
1
WWW.CARDIOAULA.COM.BR
Grupo Preparatório Saúde EAD
www.cardioaula.com.br
AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR
PERIOPERATÓRIA . VOLUME 3
Esta obra é protegida pela lei número 9.610 Em vigor a lei número 10.693, de 1 de Julho
dos Direitos Autoriais de 19 de Fevereiro de de 2003, que altera os artigos 184 e 186 do
1998, sancionada e publicada no Diário Oficial Código Penal em acrescenta Parágrafos ao
da União em 20 de Fevereiro de 1998. artigo 525 do Código de Processo Penal.
2
WWW.CARDIOAULA.COM.BR
AUTOR
3
WWW.CARDIOAULA.COM.BR
ÍNDICE
2. Dabigatrana ............................................................................................15
3. Rivaroxabana ........................................................................................ 16
4. Apixabana ............................................................................................. 17
5. Edoxabana .............................................................................................19
4
WWW.CARDIOAULA.COM.BR
AVALIAÇÃO
CARDIOVASCULAR
PERIOPERATÓRIA
MANEJO DA ANTICOAGULAÇÃO NO
PERIOPERATÓRIO
5
WWW.CARDIOAULA.COM.BR
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO
PARA O TROMBOEMBOLISMO
Categoria Indicação para a terapia
de risco anticoagulante
Prótese mecânica Fibrilação
TEV
cardíaca atrial
Escore
Qualquer prótese TEV
CHADS2 de
mecânica mitral recente (< 3
5 ou 6 AVC ou
Alto* Próteses meses)
AIT recente
(> 10%) mecânicas aórticas Trombofilia
(< 3 meses)
antigas AVC ou AIT grave†
Doença valvar
recente (< 6 meses)
reumática
Próteses TEV há
mecânicas aórticas 3-12 meses
Moderado e pelo menos um Escore Trombofilia
(entre fator de risco: FA, CHADS2 de leve‡
5- 10%) AIT ou AVC prévio, 3 ou 4 Novo TEV
HAS, DM, ICC, Neoplasia
idade > 75 anos ativa
TEV > 12
Prótese mecânica Escore
meses sem
Baixo aórtica sem FA ou CHADS2 de 0 a
outros
(< 5 %) outros fatores de 2 (sem AVC ou
fatores de
risco para AVC AIT prévio)
risco
* Pacientes de alto risco também podem incluir aqueles com
AVC ou AIT > 3 meses antes da cirurgia planejada e escore
CHADS2 < 5, aqueles que cursaram com tromboembolismo
durante a interrupção temporária da anticoagulação, ou aqueles
submetidos a certos tipos de cirurgia associadas a um alto risco
de AVC ou outro tipo de tromboembolismo (cirurgia de troca de
valva cardíaca, endarterectomia de carótida e grandes cirurgias
vasculares).
6
WWW.CARDIOAULA.COM.BR
Escore CHADS2: ICC = 1 ponto; HAS = 1 ponto; idade > 75 anos
= 1 ponto; DM = 1 ponto; AVC/AIT = 2 pontos; †trombofilia
grave: deficiência de proteína C, S, antitrombina ou presença
de anticorpos antifosfolípide. ‡trombofilia leve: mutação
heterozigótica do fator V de Leiden ou do gene da protrombina.
TEV: tromboembolismo venoso; AVC: acidente vascular cerebral;
AIT: acidente isquêmico transitório; FA: fibrilação atrial; HAS:
hipertensão arterial sistêmica; DM: diabetes melito; ICC:
insuficiência cardíaca congestiva
Fonte: Adaptado de: Gualandro DM, Yu PC, Caramelli B, Marques AC, Calderaro D,
Luciana S. Fornari LS et al. 3ª Diretriz de Avaliação Cardiovascular Perioperatória
da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol 2017; 109(3Supl.1):1-104
7
WWW.CARDIOAULA.COM.BR
Alto risco (risco • Polipectomia, varizes de esôfago,
de sangramento esfinterectomia biliar, dilatação
maior em 2 dias pneumática
entre 2 e 4%) • Ressecção transuretral de próstata
• Hernioplastia abdominal
• Histerectomia abdominal
• Dissecção de nódulo axilar
• Broncoscopia com ou sem biópsia
• Cirurgia do túnel do carpo
• Cirurgia oftalmológica
• Remoção de cateter venoso central
Baixo risco • Colecistectomia
(risco de • Biópsias cutâneas, de bexiga, próstata,
sangramento mama, tireoide e de linfonodos
maior em 2 dias • Dilatação e curetagem
entre 0-2%) • Endoscopia gastrintestinal com ou sem
biópsia, enteroscopia, stent biliar ou
pancreático sem esfincterectomia
• Cirurgia de hemorroida
• Cirurgia de hidrocele
• Cirurgia de prótese de joelho ou quadril,
mão, ombro, pé, e artroscopia
• Angiografia não coronariana
• Extrações e outras cirurgias dentárias
Fonte: Adaptado de: Gualandro DM, Yu PC, Caramelli B, Marques AC, Calderaro D,
Luciana S. Fornari LS et al. 3ª Diretriz de Avaliação Cardiovascular Perioperatória
da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol 2017; 109(3Supl.1):1-104
PROCEDIMENTOS ODONTOLÓGICOS E
RISCO DE SANGRAMENTO
Procedimentos odontológicos de maior extensão, tais como
a extração de mais de três dentes, devem ter avaliação
individualizada, de acordo com o risco trombótico de cada
paciente, para tomada de decisão quanto suspensão ou não da
terapia antitrombótica e necessidade terapia de ponte.
8
WWW.CARDIOAULA.COM.BR
Lembrando que se considera um sangramento
maior aquele que leve à morte, tenha natureza intracraniana,
necessite de reoperação para ser estancado, leve à queda
na hemoglobina ≥ 2 g/dL, ou necessite de transfusão de ≥ 2
unidades de hemácias.
COMPONENTES DO ESCORE DE
SANGRAMENTO HAS-BLED
Letra Características clínicas Pontos
H Hipertensão (pressão arterial não controlada) 1
9
WWW.CARDIOAULA.COM.BR
B = tendência ou predisposição a sangramento é definida como
história de sangramento prévio ou predisposição a sangramento
(anemia ou diáteses hemorrágicas).
L = RNI lábil refere-se a RNI alta, instável ou pouco tempo dentro do
nível terapêutico (< 60% do tempo).
D = drogas/alcoolismo refere-se ao uso concomitante de
medicações como antiagregantes plaquetários e anti-inflamatórios
não hormonais.
Fonte: Adaptado de: Gualandro DM, Yu PC, Caramelli B, Marques AC, Calderaro D,
Luciana S. Fornari LS et al. 3ª Diretriz de Avaliação Cardiovascular Perioperatória
da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol 2017; 109(3Supl.1):1-104
1. VARFARINA
10
WWW.CARDIOAULA.COM.BR
PACIENTES COM ALTO RISCO DE TROMBOEMBOLISMO
11
WWW.CARDIOAULA.COM.BR
PACIENTES COM ALTO RISCO
PARA TROMBOEMBOLISMO
Grau de Nível de
Recomendação
recomendação evidência
Interromper a varfarina 5 dias
antes da cirurgia e aguardar
I C
Razão Normalizada Internacional
< 1,5.
Realizar terapia de ponte com
heparina não fracionada ou
de baixo peso molecular em IIa C
dose plena quando Razão
Normalizada Internacional < 2.
Suspender a heparina não fracio-
nada 4 a 6 horas antes do proce-
IIa C
dimento e a heparina de baixo
peso molecular 24 horas antes.
No pós-operatório, reiniciar
heparina não fracionada ou
de baixo peso molecular
em dose plena e a varfarina
pelo menos 24 horas após
IIa C
o procedimento cirúrgico, e
suspender a heparina somente
quando a Razão Normalizada
Internacional estiver dentro da
faixa terapêutica.
Em pacientes submetidos a
cirurgias com alto risco de
hemorragia, reiniciar a heparina IIa C
de baixo peso molecular 48 a 72
horas após a cirurgia.
Fonte: Adaptado de: Gualandro DM, Yu PC, Caramelli B, Marques AC, Calderaro D,
Luciana S. Fornari LS et al. 3ª Diretriz de Avaliação Cardiovascular Perioperatória
da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol 2017; 109(3Supl.1):1-104
12
WWW.CARDIOAULA.COM.BR
PACIENTES COM MODERADO RISCO DE
TROMBOEMBOLISMO
13
WWW.CARDIOAULA.COM.BR
PROCEDIMENTOS DE URGÊNCIA OU EMERGÊNCIA
14
WWW.CARDIOAULA.COM.BR
Independentemente do que for utilizado para repor
os fatores dependentes da vitamina K, é necessário o uso
associado da vitamina K1 (2,5-5,0 mg por via oral ou venosa
lenta), para a manutenção dos valores normais de protrombina
durante o período pré-operatório.
2. DABIGATRANA
15
WWW.CARDIOAULA.COM.BR
Nos casos de anestesia regional
com cateter epidural, esperar ao
menos 6 horas após a retirada I C
do cateter para iniciar a primeira
dose de dabigatrana.
3. RIVAROXABANA
16
WWW.CARDIOAULA.COM.BR
Nos casos de disfunção renal grave
(clearance de creatinina 15 a 30
mL/minuto), ou em cirurgias com
alto risco de sangramento como I C
neurocirurgias, a rivaroxabana deve
ser suspensa pelo menos 48 horas
antes da intervenção.
Nos casos de anestesia regional
com cateter epidural, aguardar pelo
menos 6 horas após a retirada do
cateter para a próxima dose de
rivaroxabana. Nos casos de cateter I C
epidural mantido no pós-operatório
para analgesia, a retirada deve
ocorrer após 18 horas da ultima
dose.
Reintroduzir a dose plena da
dabigatrana pelo menos 24
horas após o término da cirurgia, IIa C
desde que haja uma adequada
hemostasia.
Em pacientes com alto risco de
sangramento considerar reintro
IIa C
reintrodução da dabigatrana
após 48 a 72 horas.
Fonte: Adaptado de: Gualandro DM, Yu PC, Caramelli B, Marques AC, Calderaro D,
Luciana S. Fornari LS et al. 3ª Diretriz de Avaliação Cardiovascular Perioperatória
da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol 2017; 109(3Supl.1):1-104
4. APIXABANA
17
WWW.CARDIOAULA.COM.BR
Recomendações para Grau de Nível de
o manejo da apixabana recomendação evidência
Pacientes em uso crônico da
apixabana, com função renal
normal, podem ter a medicação I C
suspensa 24 horas antes da
cirurgia.
Nos casos de disfunção renal
moderada (clearance de creatinina
15 a 50 mL/minuto), ou cirurgias
com alto risco de sangramento, I C
como neurocirurgias, a apixabana
deve ser suspensa pelo menos 48
horas antes da intervenção.
Nos casos de anestesia regional
com cateter epidural, aguardar
pelo menos 6 horas após a retirada I C
do cateter para a próxima dose de
apixabana.
Reintroduzir a dose plena da
apixabana pelo menos 24 horas
após o término da cirurgia, IIa C
desde que haja uma adequada
hemostasia.
Em pacientes com alto risco
de sangramento, considerar IIa C
reintroduzir após 48 a 72 horas.
Fonte: Adaptado de: Gualandro DM, Yu PC, Caramelli B, Marques AC, Calderaro D,
Luciana S. Fornari LS et al. 3ª Diretriz de Avaliação Cardiovascular Perioperatória
da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol 2017; 109(3Supl.1):1-104
18
WWW.CARDIOAULA.COM.BR
5. EDOXABANA
19
WWW.CARDIOAULA.COM.BR
Sobre o Coordenador do Grupo:
www.cardioaula.com.br
20
WWW.CARDIOAULA.COM.BR