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Documentação da Qualidade

Protocolo - Sepse / choque séptico

Informações
Nesta versão o texto não sofreu modificações de conteúdo.

Propriedades
Código: PR-EPIDEM-0003
Versão: 11
Categoria: Protocolo - Epidemiologia
Revisor: Lediane Melo da Silva
Verificador: Juliana Torres
Aprovador: Juliana Torres
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Distribuidores: Administrador Documentos
Avaliador
Tina Urushima Higuchi
Adriana Ferreira Pires
Ana Carolina Coelho Duarte
Ivana Salles Cuba
Juliana Torres
Lediane Melo da Silva
Validade: 21/06/2022
Vigência: 21/06/2021
Estrutura: Apoio / Epidemiologia
Tipo: DOCX/PDF
Data Versão: 21/06/2021
Data Edição: 18/06/2021
Data Criação: 27/07/2011
Acessos: 4
Forma: REPOSITÓRIO
Status: Disponível
Anexos:

Publicação
Ação Responsável Data Limite Data Ação
Verificação Juliana Torres 18/06/2021 21/06/2021
Aprovação Juliana Torres 08/07/2021 21/06/2021

Histórico de Versões do Documento


Versão Data Justificativa da Revisão Usuário(a)
10 08/05/2020 n/d Juliana Gonçalves
Leandro
Código: PR-EPIDEM-0003
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
Versão: 11
Nome: Protocolo - Sepse / choque séptico
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

SUMÁRIO

1. SEPSE DEFINIÇÕES........................................................................................................................2

2. ALGORITMO DO PROTOCOLO DE SEPSE....................................................................................9

3. OTIMIZAÇÃO HEMODINÂMICA PRECOCE NA SEPSE/CHOQUE SÉPTICO ...............................11

4. SUPORTE HEMODINÂMICO NO CHOQUE SÉPTICO....................................................................13

5. ABORDAGEM À DISFUNÇÃO MIOCÁRDICA INDUZIDA PELA SEPSE.........................................15

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PROTOCOLO SEPSE – H9J...................................................21

7. FLUXO DE ATENDIMENTO DE SEPSE E CHOQUE SÉPTICO DO H9J........................................24


8. INDICADORES DE SEPSE...................................................................................................................35
9. ANEXOS............................................................................................................................................. 36

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Código: PR-EPIDEM-0003
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
Versão: 11
Nome: Protocolo - Sepse / choque séptico
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Sepse: definições

Conceitualmente, a sepse é definida pela presença de uma disfunção orgânica ameaçadora a


vida devido a uma resposta desregulada do organismo à infecção; é uma síndrome clínica que leva à
sérias anormalidades fisiopatológicas e bioquímicas decorrente de um processo infeccioso

Operacionalmente, a sepse é definida pela presença de uma infecção associada a uma disfunção
orgânica nova, que é determinada pelo aumento maior ou igual a 2 pontos do escore total do SOFA basal
do paciente (Sequential Organ Failure Assessment);

Para o diagnóstico de choque séptico, utiliza-se como critério a presença de hipotensão arterial
com necessidade de vasopressor para manter a pressão arterial média maior ou igual a 65 mmHg e
lactato sérico acima de 18 mg/dl, após ressuscitação volêmica adequada

É uma das principais preocupações de saúde pública nos Estados Unidos com um custo anual
acima de 20 bilhões de dólares no início desta década.

Hoje vemos que a incidência de sepse e os custos tendem a aumentar, principalmente pela
evolução científica e tecnológica, que levam, direta e indiretamente, ao envelhecimento populacional.
Além disso, sabe-se também que muitos pacientes que sobrevivem à sepse têm recuperação física,
psicológica e cognitivas a longo prazo, com significativas implicações à saúde pública, à saúde
suplementar e à sociedade, principalmente aqueles pacientes que sobrevivem ao choque séptico.

Em virtude da alta mortalidade desta síndrome, em 2001 com o apoio de importantes entidades
médicas e científicas foi criado um novo consenso, difundido mundialmente, com o intuito de facilitar o
reconhecimento e instituir metas terapêuticas para a sepse, visando reduzir sua morbimortalidade. Deste
encontro surgiu a conhecida, pelo menos para os intensivistas, Surviving Sepsis Campaign, que tinha
como meta salvar 5 milhões das vidas de pessoas vitimadas pela sepse. Apesar do objetivo não ter sido
alcançado em sua plenitude, os resultados foram animadores.

Deste consenso saiu a definição e classificação de sepse, utilizando, para isto, os critérios de
SIRS. De acordo com a gravidade a sepse foi classificada em sepse, sepse grave e choque séptico,
sequência progressiva de gravidade e, portanto, de morbimortalidade. Teve sua importância, melhorando
o atendimento à sepse, mas algumas mudanças eram necessárias.

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Código: PR-EPIDEM-0003
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
Versão: 11
Nome: Protocolo - Sepse / choque séptico
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Atualmente o algoritmo abaixo mostra os critérios de SIRS, que pode ter causa infecciosa e não
infecciosa (p.ex.: trauma múltiplo, grandes queimados), onde sepse é definida como suspeita ou
comprovação de infecção e presença de 2 ou mais critérios de SIRS, levando uma disfunção orgânica,
caracterizada por infecção + maior ou igual a 2 pontos do escore total do SOFA ou qSOFA.

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Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
Versão: 11
Nome: Protocolo - Sepse / choque séptico
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

As definições e a classificação de sepse foram revistas, a partir de 2014, e publicadas em 2016,


com a chancela de entidades importantes ligadas a área de terapia intensiva, como a Sociedade Europeia
de Terapia Intensiva (European Society of Intensiva Care Medicine - ESICM) e a Sociedade Americana
de Terapia Intensiva (Society of Critical Care Medicine – SCCM), por considerar que desde 2001
importantes avanços científicos foram feitos no conhecimento das funções orgânicas, na biologia celular,
na bioquímica, na imunologia, na circulação, no manejo e epidemiologia da sepse, vindo a atualizar alguns
pontos importantes.

Associado a estes fatos, alguns trabalhos científicos demonstraram que os critérios anteriores de
sepse (2001 - 2 ou mais sinais de SRIS associada à infecção) tinham uma sensibilidade inadequada para
detecção de sepse em alguns casos, como o publicado em um artigo científico neozelandês e australiano
que demonstrou que cerca de 15% dos pacientes com sepse, não atingiam pelo menos os 2 critérios de
SIRS. Ou, por outro lado, que muitos pacientes hospitalizados e sem infecção, apresentam dois ou mais
critérios de SRIS e recebiam, por exemplo, antibioticoterapia sem necessidade.

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Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
Versão: 11
Nome: Protocolo - Sepse / choque séptico
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Deste modo, reforçando, a sepse passou a ser definida como uma síndrome que leva à disfunção
orgânica, causada por uma desregulada, desproporcional resposta imunológica e não imunológica do
paciente frente à infecção, que caso não tratada precocemente, pode levar ao choque séptico, à disfunção
de múltiplos órgãos e sistemas e ao óbito do paciente.

Diante disto a disfunção orgânica na sepse passou a ser representada pelo aumento de 2 pontos
ou mais no escore de SOFA (Sequential Organ Failure Assessment) em relação ao valor basal ou anterior.
O choque séptico passa a ser definido como um quadro de sepse na qual há importantes alterações
circulatórias, celulares e metabólica. Estes pacientes podem ser identificados como sendo aqueles que
necessitam de vasopressor para manter pressão arterial média (PAM) maior ou igual a 65mmHg e nível
de lactato sérico maior ou igual a 2mmol/L ou 18mg/dl, na ausência de hipovolemia.
O escore SOFA é utilizado e avaliado diariamente dentro das unidades de terapia intensiva como
parâmetro para avaliar resposta ao tratamento instituído e detectar alterações que possam indicar
necessidade de investigar novo evento e/ou mudança de rumo no tratamento. Esta ferramenta não é
muito conhecida fora da área de terapia intensiva e cuja aplicação também não é de fácil execução, de
modo que se criou uma ferramenta de mais fácil aplicação, o quick SOFA (qSOFA), que pode ser aplicado
a beira leito e por qualquer especialista, principalmente os emergencistas, hospitalistas e anestesistas,
que são os outros profissionais que mais se deparam com pacientes em sepse. São 3 critérios, cada um
conta um ponto no escore, portanto corresponde 0 a 3 e tendo uma pontuação igual ou maior a 2, estes
pacientes com suspeita de infecção teriam uma evolução típica de sepse.

Vide abaixo os critérios que determinam o escore de SOFA e qSOFA, nas tabelas 1 e 2.

Tabela 1.Escore de SOFA (Sequential Organ Failure Assessment Sc ore).

SOFA: Tem pontuação de 0-24 e quanto maior a pontuação pior o grau de disfunção e pior o prognóstico.
De cada parâmetro avaliado a pontuação vai de 0-4

Na ausência de dados para a avaliação ou coleta-os no momento da avaliação ou considera-se o de


menor valor, ou seja, zero.

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PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
Versão: 11
Nome: Protocolo - Sepse / choque séptico
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Tabela 2. Escore qSOFA (quick Sequential Organ Failure Assessment Score).


Escore qSOFA Resposta Observada Escore
Estado Mental Estado Mental Alterado (Glasgow < ou = 1
14) Estado Mental Normal (Glasgow 15) 0
Frequência Respiratória (FR) FR > ou = 22 irp 1
FR < 22 irp 0
Pressão arterial sistólica PAS < ou = 100 mmHg 1
(PAS) PAS > 100 mmHg 0

Outra mudança ocorre na classificação da sepse, passando a não existir mais a entidade sepse
grave e passamos a ter apenas sepse e choque séptico.

Este novo consenso foi publicado em importante revista científica com o título de The Third
International Consensus Definitions for Sepsis e Septic Shock (Sepsis – 3), com o intuito de melhorar o
reconhecimento e otimizar o tratamento da sepse, visando reduzir morbimortalidade e os custos sociais e
para a saúde pública.

É do conhecimento de todos que quando mais precocemente se reconhece a existência da sepse


e quanto mais rápido se otimiza o tratamento, melhores são os resultados. Deste modo, além dos critérios
e definições acima definidos, que visam reconhecer a existência da sepse e do choque séptico, foi
elaborado pacotes de metas que devem ser atingidos com o objetivo de melhorar a abordagem e
tratamento ao paciente com sepse.

São estes os Pacotes:

- Pacote de 1 Hora: Para pacientes com infecção (ou suspeita de) clinicamente relevante que apresentem
escore qSOFA positivo (qSOFA > ou = 2).

Estas metas devem ser atingidas na primeira hora, a partir do início da suspeita da sepse:

• Coleta de pelo menos 1 par de hemocultura e de todos os outros sítios pertinentes,


preferencialmente antes de iniciar ou mudar a antibioticoterapia. A coleta das culturas não deve
atrasar, de maneira comprometedora, o início da antibioticoterapia.

• Coleta de lactato arterial. Nos pacientes sem indicação de coleta de gasometria arterial, coletar
lactato venoso

• Coleta dos outros exames que fazem parte do pacote de sepse: Hemograma completo, Uréia,
Creatinina, eletrólitos, glicemia, TP, TTPA, troponina, bilirrubina total e frações e PCR

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PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
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Nome: Protocolo - Sepse / choque séptico
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

• Administração de antibiótico(s) em até 1 hora a partir da suspeita da sepse. A escolha da


antibioticoterapia baseia-se no sítio da infecção, características clínicas do paciente, gravidade
do quadro, flora prevalente no local onde a infecção foi adquirida e se a infecção se caracteriza
como infecção comunitária ou hospitalar. O intuito é começar com o maior espectro possível para
a situação apresentada, sem cometer absurdos, e desescalonar, se possível, quando tiver em
mãos os resultados de culturas.

• Administrar pelo menos 1L de cristaloide (até 30 mL/kg) para hipotensão (PAS < 90mmHg ou
PAM < 65mmHg ou queda > 40mmHg na PAS) ou ≥ 4 mmol/L ou 36mg/dl de lactato (arterial?)

- Pacote de 6 Horas: Obrigatoriamente para pacientes com lactato sérico maior que 36 mg/dL ou
instabilidade hemodinâmica (PAM abaixo de 65 mmHg) após expansão volêmica inicial.

Estas metas devem ser atingidas em até 6 horas, a partir do início da suspeita da sepse:

• Reavaliar a volemia e a perfusão tecidual para definição da necessidade de nova expansão


volêmica de 500 – 1000ml de cristaloide (até 20ml/Kg):

- Utilizar parâmetros clínicos, como sinais vitais, tempo de enchimento capilar (> 3 segundos),
presença de livedo e temperatura de extremidades

- Pode-se também utilizar, alternativamente, parâmetros avançados de monitorização, como


ecocardiografia point-of-care e/ou métodos dinâmicos de avaliação de fluido-responsividade (leg
raising)

• Diurese > 0,5ml/Kg/h

• Uso de Noradrenalina (vasopressor preferencial) -> manter PAm > 65mmHg

• Medir novamente o lactato arterial, quando o lactato inicial estiver elevado. Em caso de não
houver indicação de coleta de gasometria arterial, coletar lactato venoso

O objetivo para a ressuscitação é redução em 50% ou a normalização do lactato arterial / venoso.

Se ainda assim não for atingindo estes objetivos, considerar transfusão de concentrado de
hemácias se Ht < 25% e/ou uso de Dobutamina (dose máxima de 20mcg/Kg/min.).

Este pacote de metas é conhecido internacionalmente como Early Goal-Directed Therapy e os


pacientes que atingem estas metas de 1 hora e de 6 horas, tem notadamente melhor evolução, conforme
mostra a tabela 3 abaixo. Apesar de ser publicado e utilizando critérios do consenso de 2001, estes dados
mostram que o alcance precoce de metas no tratamento da sepse, traz melhores resultados.

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PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
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Nome: Protocolo - Sepse / choque séptico
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
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Um marcador hoje muito utilizado pelos grandes centros para monitorar o tratamento da sepse,
ajudar a fechar o diagnóstico de sepse ou choque séptico e até definir a suspensão da antibioticoterapia
é a procalcitonina. A procalcitonina somente se eleva significativamente em infecções bacterianas
sistêmicas, portanto é também utilizada para diferenciar infecção bacteriana de infecção viral.

Valores de procalcitonina e como interpretá-los:

- Abaixo de 0,5: Torna muito pouco provável o diagnóstico de sepse.

- Valores de 0,5 – 2,0: São considerados valores bordeline e devem ser repetidos em 12 – 24h para definir
diagnóstico.

- Valores > ou = 2,5: alta probabilidade de sepse.

- Valores acima de 10 estão relacionados normalmente a pacientes com choque séptico.

Abaixo seguem algoritmos propostos para melhor manejo do paciente em sepse.

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PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
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Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
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Algoritmo do protocolo de sepse:


A intenção com isto é facilitar a compreensão e a adoção do manejo correto por todas as equipes
envolvidas: Emergencistas, anestesistas, hospitalistas e intensivistas.

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PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
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PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
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Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
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Otimização hemodinâmica precoce na Sepse / Choque Séptico

O controle inicial do paciente instável baseia-se em variáveis fisiológicas, tais como a pressão
arterial, frequência cardíaco, débito urinário e oxigenação tecidual, sendo que a primeira prioridade, nestes
pacientes, é a estabilização da via aérea e respiração, seguida da restauração da perfusão tecidual, pois
a demanda de oxigênio é aumentada nestes pacientes e alguns deles apresentam importante
desequilíbrio na oxigenação tecidual com estes parâmetros circulatórios ainda normais. A saturação
venosa mista de oxigênio cai quando a DO2 é comprometida, ou então a demanda excede a oferta de
oxigênio, servindo como marcador de aproveitamento tecidual de oxigênio. A implementação de uma
estratégia de reanimação, iniciada precocemente, durante as primeiras 6 horas de admissão baseada na
manipulação da pré-carga, pós-carga e contratilidade miocárdica, com o objetivo de reestabelecer uma
adequada perfusão tecidual, expressada principalmente pela diminuição ou normalização da lactatemia

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Código: PR-EPIDEM-0003
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
Versão: 11
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Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
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Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
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Suporte Hemodinâmico no Choque Séptico

O cateter de artéria pulmonar (CAP) ou de monitorização minimamente invasiva (Volume-View ou


PICCO) podem ser utilizados como guia terapêutico para a correção do desequilíbrio entre a oferta, o
consumo e a demanda de oxigênio, podendo contribuir para a otimização mais precoce da terapêutica,
principalmente neste pacientes onde a mortalidade é significativamente mais alta. Sem esquecer que
estes equipamentos são apenas instrumentos auxiliares e de vigilância, e que a interferência no curso da
evolução depende da interpretação adequada de todas as variáveis, principalmente clínicas, para que o
paciente grave possa ser mais bem conduzido.

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Código: PR-EPIDEM-0003
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
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PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
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Abordagem à Disfunção miocárdica induzida pela Sepse

Miocárdio depressão induzida pela sepse (MDIS) é uma disfunção cardiovascular que ocorre em
até 40% dos pacientes, podendo iniciar-se precocemente, mais evidente entre o 1º e 3º dia, com
recuperação nos sobreviventes entre o 7º e 10º dia, na maioria dos casos. O teste com dobutamina
identifica nos pacientes com resposta positiva um melhor prognóstico. Vem se estudando a injuria
miocárdica através de necropsias evidenciando miocardite intersticial; da dosagem de marcadores de
injuria miocárdica como a troponina I, e quando elevada correlaciona-se com maior necessidade de
drogas vasoativas e maior risco de óbito. O diagnóstico é realizado através do ecocardiograma, associado
à dosagem de enzimas cardíacas e monitoração hemodinâmica invasiva.

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Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
Versão: 11
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Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
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Um detalhe na abordagem ao paciente séptico visa à indicação e uso de corticoide, pois a


insuficiência adrenal, principalmente relativa, é algo comum nos pacientes em choque

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Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
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Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

séptico,notadamente naqueles em choque séptico refratário. Nestes casos recomenda-se o uso de


hidrocortisona na dose de 200 a 300mg/dia, com impacto positivo na redução do uso de vasopressores e
na mortalidade.
Outro fato importante refere-se ao controle glicêmico. A hiperglicemia é altamente deletéria e
comum nos pacientes de UTI, nos quais se encontrada nos pacientes com quadro de sepse.
A resposta ao stress, que pode levar à hiperglicemia, é consequência de uma complexa ação
combinada de hormônios contrarreguladores, citocinas e alterações na sensibilidade à insulina. Glucagon,
epinefrina, norepinefrina, cortisol, hormônio do crescimento e TNF aumentam a gliconeogênese e a
glicogenólise, aumentando a glicemia, A produção de insulina também é aumentada, mas em pacientes
graves há uma alteração na via de ação da insulina, com diminuição do transportador Glut-4, que media
a captação celular de glicose e também levando a resistência à insulina.
A hiperglicemia pode causar distúrbios eletrolíticos e afetar negativamente o balanço hídrico, por
aumento na osmolaridade plasmática e glicosúria, levando à desidratação, além de também causar
distúrbios inflamatórios e disfunção imunológicas, o que compromete o resultado terapêutico.
Estudos in vitro mostram que a hiperglicemia está associada com anormalidades na função dos
leucócitos, como afetar a adesão granulocítica, quimiotaxia, fagocitose, alteração mitocondrial com
formação de superóxidos, levando a dano celular. Pode também diminuir a atividade de complemento e
tem potencial para competir com os micro-organismos pela ligação com o complemento, inibindo a
opsonização.
O aumento na produção celular de espécies reativas de 02, criam uma cascata de efeitos
celulares, levando ao aumento no influxo de polióis, de produtos finais de glicação avançada, NFkB, e da
via da hexosamina, levando ao aumento da permeabilidade vascular, angiogênese, oclusão capilar,
diminuição do fluxo sanguíneo tecidual e ativação de genes pró-inflamatórios.
O aumento do catabolismo, lipotoxicidade e ativação simpática também contribuem para os
efeitos teciduais deletérios da hiperglicemia.
Através de um grande estudo publicado em 2009 NICE-SUGAR e com a chancela da ADA
(Associação Americana de Diabetes) e da Associação Americana de Endocrinologia, tem-se adotado
níveis glicêmicos entre 140-180mg/dl, como alvo a ser mantido para tratamento da hiperglicemia em
pacientes graves de terapia intensiva.
Há claras evidências que o controle adequado da glicemia, está relacionada com redução de
mortalidade, de tempo de internação em UTI e dos custos hospitalares.
Para que o controle glicêmico seja seguro, atingindo as metas glicêmicas desejadas e com baixa
variabilidade nos seus níveis, é importante que um protocolo, assim como na sepse, seja elaborado,
aplicado e gerenciado, com envolvimento de uma equipe multidisciplinar e que a instituição hospitalar
provenha recursos tecnológicos, de estrutura e capacitação para esta equipe.

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Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Apesar de toda campanha mundial acerca da sepse, a muito o que fazer, principalmente
nos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos, visto que a mortalidade ainda é muito
significativa. Hoje a mortalidade mundial na sepse está entre 10-15% e no choque séptico 40-
45%.

No Brasil a situação é pior. Dados divulgados pelo ILAS, mostram que em nosso país a
mortalidade é maior e, provavelmente, seria maior ainda, se as notificações ocorressem em todas
as regiões do Brasil.

Esses dados mostram que a mortalidade na sepse no Brasil está em torno de 30% e no
choque séptico em torno de 60%, visto que nos hospitais públicos a mortalidade chega a pouco
mais de 70%

A sepse é responsável por cerca de 30% das internações hospitalares de paciente


oncológicos e é a principal causa de internação e óbito destes pacientes em UTI. Neste grupo de
pacientes a mortalidade é maior que no restante da população, tendo em vista, a condição de
imunossupressão prévia, seja pela doença oncológica ou pelos efeitos da quimioterapia a que são
submetidos.

Houve avanços claros, com a redução da mortalidade nestes pacientes nos últimos 20 anos, mas
ela ainda é muito significativa, variando de 28 a 60%, com mortalidade maior no grupo com infecção
pulmonar (mortalidade 56 a 60%). Claramente a mortalidade diminuiu também por admissão precoce na
UTI e início rápido de antibioticoterapia.

Em pacientes com disfunção de múltiplos órgãos e sistemas (DMOS) por sepse a mortalidade no
grupo não oncológico está em torno de 50% e 75% no grupo de pacientes oncológicos, mostrando que a
aplicação adequada do protocolo de sepse, atingindo as metas do pacote de até 6h, tem uma importância,
relativa, até maior nos pacientes oncológicos.

Vale aqui uma menção especial aos pacientes oncológicos neutropênicos (< 500 PMN/ml): em
caso de febre, neutropenia febril, deve-se imediatamente colher hemocultura e cultura de sítios suspeitos
e iniciar antibioticoterapia de largo espectro.

Neste perfil de pacientes a bacteremia é identificada em apenas 15-25% dos pacientes e infecção
com sítio clinicamente documentado em 20-30% dos pacientes e hoje a prevalência é de germes gram
positivo, ao contrário de anos atrás, quando a prevalência era de germes gram negativo. Em pacientes
neutropênicos febris de alto risco, como os portadores de câncer hematológico e os transplantados de
medula óssea, o risco de infecção fúngica invasiva aumenta e dentre os exames solicitados para

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Data Última Revisão: 21/06/2021
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Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

diagnósticos inclui-se galactomana e tomografia computadorizada de tórax. Nestes pacientes com


infecção fúngica invasiva a mortalidade chega a ser acima de 80%

O protocolo de sepse é de responsabilidade de toda equipe assistencial, multiprofissional, e deve


ser monitorado para que correções sejam feitas e treinamentos elaborados, visando a melhoria no
atendimento e, consequentemente, reduzir morbi-mortalidade e custos.

Portanto, mãos a obra, porque precisamos melhorar e os esforços devem ser diários, de toda
equipe multiprofissional que está diretamente na assistência (equipes médica, de fisioterapia, de
enfermagem, da assistência farmacêutica, da psicologia, da fonoaudiologia e nutrição) ou não (equipe da
limpeza, do laboratório, do serviço de imagem, das diretorias clínica, técnica e administrativa) e inclusive
de familiares.

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Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
Versão: 11
Nome: Protocolo - Sepse / choque séptico
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Terminologia

BTF: Bilirrubinas Totais e Frações


CH: Concentrado de Hemáceas
Cr: Creatinina
GEDV: Volume Diastólico Final Global
HMC: Hemocultura
HMG: Hemograma Completo
IC: Índice Cardíaco
PAS: Pressão Arterial Sistólica
PAM: Pressão Arterial Média
PCR: Proteina C Reativa
PVC: Pressão Venosa Central
PAOP: Pressão Ocluida da Artéria Pulmonar
RL: Ringer Lactato
SCIH: Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
SIRS: Síndrome da Resposta Inflamatória Aguda
SOFA: Sequential Organ Failure Assessment
TEO2: Taxa de Extração de Oxigênio
TP: Tempo de Protrombina
TTPA: Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada
U: Uréia
VM: Ventilação Mecânica
VVS: Variação do Volume Sistólica

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Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
Versão: 11
Nome: Protocolo - Sepse / choque séptico
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

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PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
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Nome: Protocolo - Sepse / choque séptico
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
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PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
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Nome: Protocolo - Sepse / choque séptico
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

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Fluxo de atendimento de Sepse e Choque Séptico do H9J

Pronto Socorro

1) Entrada do paciente pelo Pronto Socorro

a) Entrada de emergência

• Segurança ou Porteiro: aciona a campainha de emergência ou do auxiliar de enfermagem do


transporte. Acionado a campainha de emergência, a equipe multiprofissional dirige-se à sala de
emergência e inicia o atendimento.
• Auxiliar de Enfermagem do Transporte: acionado a campainha do auxiliar de enfermagem do
transporte, este colaborador pergunta ao paciente o que ele está sentindo e, encaminha-o para

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Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
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um local próximo da triagem de enfermagem; informa ao enfermeiro os sinais e sintomas


relatados pelo paciente que, diante disso, terá seu atendimento priorizado. Dependendo da
intensidade do quadro clínico, o enfermeiro pode encaminhar o paciente para a Sala de
Observação Adulto.
• Recepcionista: abre a ficha de atendimento priorizada imediatamente com os familiares ou
acompanhantes.

b) Entrada pela porta principal

• Auxiliar de Enfermagem do Transporte: pergunta ao paciente o que ele está sentindo e,


encaminha-o para um local próximo da triagem de enfermagem; informa ao enfermeiro os sinais
e sintomas relatados pelo paciente que, diante disso, terá seu atendimento priorizado.
Dependendo da intensidade do quadro clínico, o enfermeiro pode encaminhar o paciente para
a Sala de Observação Adulto.

c) Triagem de Enfermagem

• Enfermeiro: identificado 2 pontos ou mais no score de qSOFA (Sequential Organ Failure


Assessmemt), com presença ou suspeita de uma infecção, ou ainda suspeita de sepse, prioriza
o paciente, em nível 2 (sala de observação) ou nível 3 (sala de observação ou sala de avaliação
primária).
• Recepcionista: abre a ficha de atendimento, de acordo com a prioridade de classificação
atribuída pelo enfermeiro na triagem, com os familiares ou acompanhantes.

2) Sala de Medicação e Sala de Avaliação Primária


• Equipe de enfermagem: segue a rotina instituída do Pronto Socorro quanto à coleta de exames
laboratoriais e administração do antibiótico, exceto se o médico solicitar urgência (prioridade).
Diagnosticado sepse, o enfermeiro deve transferir este paciente para a Sala de Observação
Adulto.
• Na aferição pontual de sinal vital (por exemplo: hipertermia, hipertensão, dextro, dor, etc) os
parâmetros de alteração do estado mental e frequência respiratória não serão quesitos
obrigatórios, ficando à critério do julgamento clínico do profissional que está atendendo o
paciente. Na rotina de verificação de sinais vitais de pacientes internados, ou sinais vitais de
pacientes aos quais, por algum motivo estão sendo checados todos os parâmetros ou ainda nas
intercorrências, a equipe procederá com a comunicação o mais breve possível ao médico
responsável pelo atendimento para conduta caso suspeite de sepse.

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Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

3) Sala de Observação

• Equipe de enfermagem: inicia o atendimento do paciente com monitorização se indicação


médica.
• Enfermeiro: Caso paciente esteja na sala de observação sendo atendido por qualquer
diagnostico e apresente dois ou mais pontos no qSOFA, avisar o médico.

a) Solicitado exames

• Enfermeiro: solicita ao auxiliar administrativo ligar no ramal 9733 e informar o nome e o local
que paciente se encontra e avisa que faz parte do Protocolo de Sepse; na impossibilidade de
falar com o técnico de laboratório, a equipe de enfermagem coleta as amostras clínicas e em
seguida o auxiliar administrativo liga no ramal 9282 e informa o nome e o local que paciente se
encontra e avisa que faz parte do Protocolo de Sepse; acompanha o intervalo de tempo entre a
coleta e a liberação dos resultados e, assim que disponíveis, comunica ao médico responsável
pela Sala de Observação Adulto. Quando solicitado RX Tórax, o auxiliar administrativo deve
ligar para o setor informando a urgência do pedido e a necessidade de realização do exame no
leito.
• Equipe de enfermagem: a equipe de enfermagem deve realizar a coleta dos exames
laboratoriais, caso o técnico de laboratório não consiga coletar em até 5 minutos. Solicita ao
técnico de laboratório identificar os tubos com adesivo amarelo. Atenção: coletar as culturas
antes da administração dos antibióticos.
• Técnico de laboratório: coleta a amostra de sangue do paciente, identifica os tubos com
adesivo amarelo, sendo que os resultados dos exames devem estar disponíveis dentro dos
prazos acordados em contrato. Atenção: as culturas precisam ser coletadas antes da
administração dos antibióticos.

b) Prescrição de antibiótico

• Médico: prescreve o antibiótico;


• Equipe de enfermagem: administra o antibiótico imediatamente, utilizando o estoque da
farmácia satélite.

c)Solicitada avaliação da fisioterapeuta

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Status: Disponível
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Nome: Protocolo - Sepse / choque séptico
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

• Enfermeiro: solicita ao auxiliar administrativo para entrar em contato com a fisioterapeuta e


solicitar avaliação urgente.
• Médico: Prescreve a avaliação no sistema.

a) Solicitado vaga na UTI

• Enfermeiro: entra em contato com o setor de Internação e, concedido o leito, preenche o


impresso de transferência interna, sendo que a administração da primeira dose do antibiótico e
os exames realizados, assim como as pendências, precisam ser informadas. O paciente, deve
ser transferido pelo enfermeiro, auxiliar de transporte e médico.

b) Caso não tenha vaga na UTI

• Equipe multiprofissional: continua a assistência do paciente, conforme protocolo no PS.

c) Solicitado avaliação de qualquer especialidade médica

• Auxiliar administrativo / Enfermeiro: liga para o médico da escala de retaguarda, seguindo a


sequência do dia e, caso não consiga contato, telefona para o chefe da equipe. Todas as
tentativas devem ser registradas no sistema, caso transferência para UTI, comunica ao
enfermeiro as tentativas sem sucesso.

Unidades de Internação (UI), Unidade de Cuidados Especiais (UCE) e Unidade de Cuidados


Especiais Onco-Hematológica

• Equipe multiprofissional: identificado 2 ou mais critérios de SIRS e presença ou suspeita de


um processo infeccioso, associado à disfunção orgânica (Sepse); ou identificado 2 ou mais
critérios de SIRS e presença ou suspeita de um processo infeccioso, associado à disfunção
orgânica, hipotensão refratária à volume (Choque Séptico) comunica o enfermeiro.
• Enfermeiro: avalia, imediatamente, as condições clínicas do paciente; oferece medidas de
suporte até a chegada do médico; realizada e registra no Prontuário Eletrônico do Paciente

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Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
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Nome: Protocolo - Sepse / choque séptico
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

(PEP) a Escala de Coma de Glasgow, afere e registra os sinais vitais, aciona o Time de
Resposta Rápida (TRR) sendo que:
• nas Unidades de Internação é o Grupo de Apoio ao Paciente Internado (GAPI);
▪ na Unidade de Cuidados Especiais do 6º andar C o intensivista da UTI 3º andar C é quem
faz o atendimento;
▪ nas Unidades de Cuidados Especiais Onco-Hematológicas do S2 e S4 é o intensivista da
UTI 3S quem faz o atendimento.
Após o acionamento, sinaliza no impresso TRR o ícone “Sinais de Sepse” e o resultado do
qSOFA, cola o adesivo circular vermelho na via amarela do TRR e na Prescrição Médica atual,
no canto superior direito, descrevendo o horário de início dos sinais / sintomas. Atenção: o
enfermeiro realiza a avaliação da Escala de Coma de Glasqow, no sistema Prontuário Eletrônico
do Paciente, ao realizar a SAE, na admissão de todos os pacientes (provenientes do PS, eletivo
e UTI).

a) Solicitado exames

• Enfermeiro: solicita ao auxiliar administrativo para que ligue no laboratório no ramal 9282,
informando leito e comunicando que faz parte do Protocolo de Sepse; equipe de enfermagem e
enfermeiro realiza a coleta dos exames laboratoriais solicitados utilizando Kit Sepse-exames
laboratoriais, solicitando após a retirada do material coletado com urgência; acompanha o
intervalo de tempo entre a coleta e a liberação dos resultados e, assim que disponíveis,
encaminha ao médico responsável pelo paciente. Na ausência do auxiliar administrativo, o
enfermeiro providencia o contato com o laboratório e solicita a retirada do material coletado com
urgência.
• Técnico do laboratório: retira a amostra coletada do paciente imediatamente, identifica os
tubos com adesivo amarelo, sendo que os resultados dos exames devem estar disponíveis
dentro dos prazos acordados em contrato; assim que oportuno repõe a caixa de Kit Sepse-
exames laboratoriais. Atenção: as culturas precisam ser coletadas antes da administração dos
antibióticos.

b) Prescrito antibiótico

• Médico: prescreve os exames laboratoriais (preferencialmente LAB EXAME SEPSE) e o


antibiótico e clica no ícone “urgente”.
• Enfermeiro: realiza o aprazamento e se necessário realiza a transcrição da prescrição médica;
utiliza o Kit Protocolos e retira o antibiótico prescrito.

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• Equipe de enfermagem: administra este antibiótico imediatamente.

c) Solicitado vaga na UTI

• Médico: solicita a vaga na UTI.


• Enfermeiro: entra em contato com o setor de Gerenciamento de Leitos e, concedido o leito,
passa o plantão para o enfermeiro da UTI, sendo que a administração da primeira dose do
antibiótico e os exames realizados, assim como as pendências, precisa ser informada.
Autorizada à transferência, esse paciente deve ser encaminhado.

d) Solicitado avaliação de qualquer especialidade médica

• Auxiliar Administrativo / Enfermeiro: liga para o médico da escala de retaguarda, seguindo a


sequência do dia e, caso não consiga contato, telefona para o chefe da equipe. Todas as
tentativas devem ser registradas no impresso de anotação de enfermagem com data e horário.

Unidade de Terapia Intensiva

a) Solicitado vaga na UTI

• Enfermeiro administrativo/supervisor: comunica o médico, enfermeiro assistencial, auxiliar


administrativo, auxiliar farmácia, técnico de enfermagem e fisioterapeuta; agiliza o processo
para que o leito esteja disponível o mais rápido possível; e libera a transferência.

b) Admitido o paciente

• Enfermeiro: verifica se a primeira dose do antibiótico foi administrada; providencia a


administração imediata, caso não recebimento; verifica se foram prescritos exames, coletados
e realizados; confere se o adesivo circular vermelho foi colocado (no canto superior direito) na
Prescrição Médica atual, contendo a descrição (ao lado deste adesivo) do horário de início dos
sinais/sintomas (para UI, UCE e CC), e horário do diagnóstico médico (para o PS) e, caso
contrário, cola o adesivo no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para Unidades
Críticas, conforme o protocolo anotando o horário de início dos sinais / sintomas.

c) Paciente internado na UTI

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Data Última Revisão: 21/06/2021
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• Equipe multiprofissional: identificando 2 ou mais critérios de SIRS e presença / suspeita de


um processo infeccioso, associado à disfunção orgânica representada pelo aumento de 2
pontos ou mais no escore de SOFA em relação ao valor basal ou anterior à Sepse ou identificado
2 ou mais critérios de SIRS e presença / suspeita de um processo infeccioso, associado à
disfunção orgânica, com hipotensão refratária à volume e necessitando de vasopressor para
manter PAM ≥ 65 mmHg (Choque Séptico) comunica o enfermeiro. Atenção: a realização do
escore de SOFA diário será um dado a mais para o acompanhamento do paciente diagnosticado
com Sepse. Este deverá ser executado diariamente pelas enfermeiras do Epimed e podem ser
consultados no PEP 2 – Perfil Enfermagem: Controles Enfermagem => Epimed e Perfil Médico:
Documentos UTI => Epimed. A alteração deste escore, é parâmetro para avaliar a resposta ao
tratamento instituído e detectar alterações que possam indicar necessidade de investigar novo
evento e/ou mudança de rumo no tratamento.

• Enfermeiro: avalia, imediatamente, as condições clínicas do paciente; comunica a equipe


médica; cola o adesivo circular vermelho no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para
Unidades Críticas e Prescrição Médica atual, no canto superior direito, descrevendo o horário
de início dos sinais/sintomas (fora do adesivo circular vermelho).

d) Solicitado exames laboratoriais

• Médico: realiza a prescrição médica de exames laboratoriais e solicitação de culturas no


sistema PEP como “agora” e completa o preenchimento da ficha de coleta – Indicadores de
Controle de Sepse.

• Enfermeiro: solicita ao auxiliar administrativo para entrar em contato com o laboratório:


• UTI D liga no ramal 9282, e solicita coleta urgente informando se tratar de Protocolo de
Sepse. Na impossibilidade de falar com o coletador, aciona o ramal 9059 com a mesma
informação; acompanha o intervalo de tempo entre a coleta e a liberação dos resultados
e, assim que disponíveis, encaminha ao médico responsável pelo paciente na UTI.
• UTI Emergência liga no ramal 9059, e solicita coleta urgente informando se tratar de
Protocolo de Sepse. Na impossibilidade de falar com o coletador, aciona através do BIP
197 ou 204 e escreve na mensagem: o local, leito, Protocolo de Sepse e coleta urgente;
acompanha o intervalo de tempo entre a coleta e a liberação dos resultados e, assim
que disponíveis, encaminha ao médico responsável pelo paciente na UTI.
• UTI 2ºC liga no ramal 9059, e solicita coleta urgente informando se tratar de Protocolo
de Sepse. Na impossibilidade de falar com o coletador, aciona através do BIP 197 ou

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204 e escreve na mensagem: o local, leito, Protocolo de Sepse e coleta urgente;


acompanha o intervalo de tempo entre a coleta e a liberação dos resultados e, assim
que disponíveis, encaminha ao médico responsável pelo paciente na UTI.
• UTI 3ºC liga no ramal 9059, e solicita coleta urgente informando se tratar de Protocolo
de sepse. Na impossibilidade de falar com o coletador, aciona através do BIP 197 ou
204 e escreve na mensagem: o local, leito, Protocolo de Sepse e coleta urgente;
acompanha o intervalo de tempo entre a coleta e a liberação dos resultados e, assim
que disponíveis, encaminha ao médico responsável pelo paciente na UTI.
• UTI 4ºD liga no ramal 9059, e solicita coleta urgente informando se tratar de Protocolo
de Sepse. Na impossibilidade de falar com o coletador, aciona através do BIP 197 ou
204 e escreve na mensagem: o local, leito, Protocolo de Sepse e coleta urgente;
acompanha o intervalo de tempo entre a coleta e a liberação dos resultados e, assim
que disponíveis, encaminha ao médico responsável pelo paciente na UTI.
• UTI 3ºS liga no ramal 9282, e solicita coleta urgente informando se tratar de Protocolo
de Sepse. Acompanha o intervalo de tempo entre a coleta e a liberação dos resultados
e, assim que disponíveis, encaminha ao médico responsável pelo paciente na UTI.

• Técnico do laboratório: coleta a amostra do paciente em veia periférica imediatamente,


acompanhado do enfermeiro ou técnico de enfermagem. Quando o paciente estiver com cateter
venoso central, a coleta será realizada exclusivamente pela equipe de enfermagem da UTI na
presença do técnico do laboratório; identifica os tubos com adesivo amarelo.

e) Prescrito Antibiótico

• Médico: prescreve o medicamento com a frequência a ser administrada e ajusta o horário a ser
administrado com a descrição “agora”.
• Enfermeiro: verifica os horários gerados pelo sistema e, se necessário, altera para
administração imediata.
• Equipe de enfermagem: solicita o antibiótico na farmácia satélite comunica que faz parte do
Protocolo de Sepse, administra o antibiótico imediatamente.

f) Solicitado avaliação de qualquer especialidade médica


• Auxiliar Administrativo / Enfermeiro: liga para o médico da escala de retaguarda, seguindo a
sequência do dia e, caso não consiga contato, telefona para o chefe da equipe. Todas as
tentativas devem ser registradas no impresso de anotação de enfermagem com data e horário.

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Código: PR-EPIDEM-0003
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
Versão: 11
Nome: Protocolo - Sepse / choque séptico
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Centro Cirúrgico

a) Admitido o paciente

• Enfermeiro: verifica se a primeira dose do antibiótico foi administrada; providencia a


administração imediata, caso não recebimento; verifica se foram prescritos exames e se foram
coletados e realizados; confere se o adesivo circular vermelho foi colocado (no canto superior
direito) na Prescrição Médica atual, contendo a descrição (ao lado deste adesivo) do horário de
início dos sinais/sintomas (para UI, UCE e UTI), e horário do diagnóstico médico (para o PS) e,
caso contrário, cola o adesivo, conforme o protocolo anotando o horário de início dos sinais /
sintomas.

b) Paciente na sala cirúrgica

• Paciente na Sala Cirúrgica: o médico anestesista identificando 2 ou mais critérios de SIRS e


presença / suspeita de um processo infeccioso, associado à disfunção orgânica (Sepse); ou
identificado 2 ou mais critérios de SIRS e presença / suspeita de um processo infeccioso,
associado à disfunção orgânica, hipotensão refratária à volume e necessitando de vasopressor
para manter a PAM ≥ 65 mmHg (Choque Séptico), comunica o enfermeiro e / ou técnico de
enfermagem (circulante de sala).

• Equipe de enfermagem: cola o adesivo circular vermelho na Ficha Anestésica, no canto


superior direito, descrevendo na lateral do adesivo o horário de início dos sinais / sintomas.

• Paciente na Recuperação Anestésica: equipe de enfermagem identificando 2 ou mais


critérios de SIRS e presença / suspeita de um processo infeccioso, associado à disfunção
orgânica (Sepse); ou identificado 2 ou mais critérios de SIRS e presença / suspeita de um
processo infeccioso, associado à disfunção orgânica, hipotensão refratária à volume e
necessitando de vasopressor para manter a PAM ≥ 65 mmHg (Choque Séptico) solicita /
comunica o médico anestesista responsável pelo paciente e o enfermeiro e cola adesivo circular
vermelho e sinaliza na Ficha de Recuperação Anestésica “Protocolo Sepse” e a Prescrição
Médica.

• Médico Anestesista: avalia e sinaliza se o paciente deve seguir o fluxo de Sepse na Ficha de
recuperação anestésica no ícone “Protocolo Sepse”.

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Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
Versão: 11
Nome: Protocolo - Sepse / choque séptico
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

c) Solicitado exames laboratoriais

• Paciente na Sala Cirúrgica: Médico realiza a prescrição médica de exames laboratoriais e


solicitação de culturas no sistema PEP ou manualmente no impresso de solicitação de exames
do laboratório e coleta as amostras clínicas do Kit Sepse.
• Técnico de enfermagem (circulante de sala): retira o Kit Sepse no posto de enfermagem,
entrega as amostras clínicas coletadas e identificadas com o adesivo amarelo para o técnico de
enfermagem do transporte encaminhar para o laboratório e comunica que faz parte do Protocolo
Sepse, avisa o enfermeiro responsável pela sala cirúrgica.
• Enfermeiro: acompanha o intervalo de tempo entre a coleta e a liberação dos resultados e,
assim que disponíveis, encaminha ao médico anestesista responsável pelo paciente.
• Técnico de enfermagem do transporte: encaminha as amostras clínicas para o Laboratório e
comunica que faz parte do Protocolo Sepse.
• Paciente na Recuperação Anestésica: Médico realiza a prescrição médica de exames
laboratoriais e solicitação de culturas no sistema PEP ou manualmente no impresso de
solicitação de exames do laboratório Sergio Franco.
• Técnico de enfermagem: retira o Kit Sepse no posto de enfermagem, solicita a coleta para o
enfermeiro e após a coleta, entrega as amostras clínicas coletadas e identificadas com o adesivo
amarelo para o técnico de enfermagem do transporte encaminhar para o laboratório e comunica
que faz parte do Protocolo Sepse.
• Enfermeiro: coleta as amostras clínicas e acompanha o intervalo de tempo entre a coleta e a
liberação dos resultados e, assim que disponíveis, encaminha ao médico anestesista
responsável pelo paciente.
• Técnico de enfermagem do transporte: encaminha as amostras clínicas para o laboratório e
comunica que faz parte do Protocolo Sepse.

d) Prescrito Antibiótico

• Paciente na Sala Cirúrgica: Médico solicita e posteriormente realiza a prescrição médica do


antibiótico e administra o antibiótico imediatamente.
• Técnico de enfermagem (circulante de sala): entrega o antibiótico disponível no carro
anestésico para o médico anestesista, ou caso o medicamento não faça parte do estoque, liga
na farmácia satélite no ramal 1ª opção 9675, 2ª opção 9685 e 3ª opção 9676, comunica que faz
parte do Protocolo de Sepse e solicita o antibiótico.

• Paciente na Recuperação Anestésica: Médico realiza a prescrição médica do antibiótico.

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Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
Versão: 11
Nome: Protocolo - Sepse / choque séptico
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

• Técnico de enfermagem: leva a prescrição médica e solicita o antibiótico na farmácia satélite


e administra o antibiótico imediatamente.

e) Solicitado vaga na UTI

• Enfermeiro: entra em contato com o setor de Gerenciamento de Leitos e, concedido o leito,


preenche o impresso de transferência interna, sendo que a administração da primeira dose do
antibiótico e os exames realizados, assim como as pendências, precisa ser informada.
Dependendo da gravidade do paciente, ele dever ser transferido pelo enfermeiro, auxiliar de
transporte e médico anestesista.

f) Caso não tenha vaga na UTI

• Equipe multiprofissional: continua a assistência do paciente, conforme protocolo na


Recuperação Anestésica.

• Seguido todas as etapas anteriores descritas quanto às condutas frente ao paciente com
Sepse e Choque Séptico.

Equipe multiprofissional: continua a assistência do paciente; monitora os sinais e sintomas que


indiquem agravamento do quadro clínico; e providencia os recursos necessários para o seguimento do
Protocolo Sepse.

Quanto aos critérios de Alta da RA, antes da Alta do paciente da recuperação Anestésica, os critérios
deverão ser validados pelo enfermeiro e médico anestesiologista:

• Índice de Aldrete e Kroulk ≥ 8


• Não apresentar pontuação Zero em um ou mais dos seguintes itens do Índice de Aldrete e
Kroulik (AK): atividade muscular, consciência, respiração e saturação e circulatório.

Caso os pacientes não apresentem os critérios acima, considerando permanência maior do que 2 horas
na sala de Recuperação Anestésica, deverão ser encaminhados para UTI.

Os pacientes que em até 2 horas apresentem os critérios abaixo, deverão ser reavaliados pelo
anestesiologista e liberada a permanência por mais 1 hora na sala de recuperação Anestésica. E, se
após a reavaliação e manejo dos sintomas ainda mantenham o quadro, deverão ser encaminhados a
UTI.

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Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
Versão: 11
Nome: Protocolo - Sepse / choque séptico
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

• Score < 8 no índice de AK, e pontuação Zero no ítem circulação, e ou;


• Presença de náuseas e vômitos, e/ou;
• Score de dor > 3.

Em sala cirúrgica ou recuperação anestésica, se a cirurgia for infectada ou contaminada e paciente fizer
instabilidade hemodinâmica iniciar protocolo de Sepse. Sempre que cirurgia infectada, independente da
pontuação se há alteração no ítem circulatório iniciar protocolo sepse e transferir para UTI.

Indicadores de Sepse

Indicador de qualidade do processo

Tempo diagnóstico de Sepse – Antibioticoterapia

• Meta até 1 hora

Indicador de qualidade assistencial

• Média de permanência
• Taxa de mortalidade

Revisores

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Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
Versão: 11
Nome: Protocolo - Sepse / choque séptico
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Diretriz Clínica: Carlos Eduardo Nassif Moreira

Fluxo Assistencial: Serviço de Epidemiologia, Bloco Operatório, Bloco Não Critico, Bloco Crítico, Bloco
Emergencial, Serviço de Apoio Diagnóstico Terapêutico e Centro de Distribuição.

Anexos

• Kit Sepse – exames laboratoriais

Para solicitar ativamente exames laboratoriais no sistema informatizado o médico pode utilizar o
descritivo: (PEP - pedido LAB EXAMES SEPSE)
Os exames laboratoriais amarrados à esta solicitação são:

Hemocultura Aeróbio
Hemocultura Anaeróbia
TTPA
TAP

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Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
Versão: 11
Nome: Protocolo - Sepse / choque séptico
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Bilirrubinas total e frações


Ureia
Creatinina
Hemograma completo
Gasometria arterial
Gasometria venosa
Ácido Latico arterial
Ácido Latico venoso

Nas Unidades de Internação há disponível um kit com os materiais necessários para coleta dos exames
acima descritos, para uso exclusivo do protocolo de Sepse:

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Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
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Nome: Protocolo - Sepse / choque séptico
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

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Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
Versão: 11
Nome: Protocolo - Sepse / choque séptico
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

• Kit Protocolos

Nas Unidades de Internação há disponível um kit com os medicamentos indicados para o tratamento da
Sepse. Este kit permanece lacrado, sendo o lacre conferido diariamente, a cada turno. Na Ala D o kit está
disponível no 3° Andar, nas demais Alas existe um Kit para cada unidade de Internação.

Composição do Kit:

Amicacina 500mg

Ceftriaxona IV 1g

Meropenem 1g

Polimixina B 500.000UI

Teicoplanina 400mg

Nomes comerciais na instituição respectivamente:

Amicacina 500mg

Rocefin IV 1g

Meronem IV 1g

Bedfordpoly B 500.000 UI

Targocid 400mg

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PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
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Nome: Protocolo - Sepse / choque séptico
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Proposta Protocolo Sepse Internados H9J

- Infecção de Corrente Sanguínea:


Teicoplanina 400mg 12/12h+
Meropenem 2g ataque e 1g 8/8h+
Polimixina 750000ui 12/12h se colonizado por KPC

- Infecção de Sítio Cirúrgico:


Meropenem 2g ataque e 1g 8/8h

- Pneumonia:
Meropenem 2g ataque e 1g 8/8h
Associar Teicoplanina (400mg 12/12h) se em ventilação mecânica
Caso paciente colonizado por Pseudomonas ou Klebsiella pneumoniae resistente a carbapenêmicos,
considerar associar Polimixina (750000ui 12/12h)

- ITU:
Meropenem 1g 8/8h
Ou
Amicacina 15mg/kg 1xd

- Infecção de pele e partes moles:


Teicoplanina 400mg 12/12h
Se paciente diabético ou pós-operatório da cirurgia vascular ou ortopédico, associar meropenem
1g 8/8h

A equipe médica titular deve sempre reavaliar evolução dos pacientes após 24-48h de ATB.
Caso paciente já esteja utilizando os ATB sugeridos quando se instala o quadro de sepse, sugerimos
entrar em contato com a equipe de infectologia para orientação de terapia de resgate.
Os antibióticos disponíveis na caixa são recomendações dos especialistas e consultores do protocolo de
sepse, que consideram estas como sendo as melhores opções iniciais de escolha em uma suspeita ou
confirmação de sepse, considerando o perfil bacteriológico da instituição. Ressaltamos que as
recomendações cabem à maioria da população assistida, podendo ocasionalmente ocorrer situações nas
quais as recomendações podem ser outras. Para discussão de casos específicos, entre em contato com
a equipe de infectologia.

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Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
Versão: 11
Nome: Protocolo - Sepse / choque séptico
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Onde não há o kit (Bloco Emergencial, Bloco Crítico, Bloco Operatório), os medicamentos encontram-se
disponíveis na farmácia satélite.

No pronto socorro o sistema informatizado trará de acordo com o foco infeccioso a sugestão de uma
prescrição de antibiótico:

Pneumonia:

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Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 27/07/2011
Data Última Revisão: 21/06/2021
Versão: 11
Nome: Protocolo - Sepse / choque séptico
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

1) ceftriaxona 2g EV agora e 1g EV 12/12h + Azitromicina 500mg EV 1x/dia (comunitária)


2) Teicoplanina 400mg EV 12/12h + Meropenem 2g EV agora e 1g EV 8/8h (internação hospitalar
recente)

ITU:
1) ceftriaxona 2g EV agora e 1g EV 12/12h (comunitária)
2) Meropenem 2g EV agora e 1g EV 8/8h (internação hospitalar recente)

Pele e partes moles:


1) Teicoplanina 400mg EV 12/12h + Tazobactan 4,5g EV 6/6h (internação hospitalar recente)
2) Cefuroxima 1,5g EV 8/8h (celulite comunitária)
3) ceftriaxona 2g EV agora e 1g EV 12/12h + Clindamicina 600mg EV 6/6h (comunitária em diabético)

Infecção intra-abdominal:
1) ceftriaxona 2g EV agora e 1g EV 12/12h + Metronidazol 500mg EV 8/8h (comunitária)
2) Teicoplanina 400mg EV 12/12h + Meropenem 2g EV agora e 1g EV 8/8h (internação hospitalar
recente)

Meningite:
1) ceftriaxona 2g EV agora e 2g EV 12/12h

Infecção de corrente sanguínea:


1) Teicoplanina 400mg EV 12/12h + Meropenem 2g EV agora e 1g EV 8/8h

Paciente colonizado por MDR:


1) Teicoplanina 400mg EV 12/12h + Meropenem 2g EV agora e 1g EV 8/8h + Polimixina 750.000UI EV
12/12h
2) Teicoplanina 400mg EV 12/12h + Meropenem 2g EV agora e 1g EV 8/8h + Amicacina 500mg EV
1x/dia

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