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Material Teórico
Biossegurança II
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Revisão Técnica:
Prof.ª Esp. Fernanda Teixeira Borges
Biossegurança II
• Introdução;
• Bioética;
• Processo de Descontaminação em Saúde.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Identificar e utilizar a Legislação de Segurança do Trabalho.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Biossegurança II
Introdução
Foi em 1994 que uma equipe formada pela EMBRAPA, a Fundação Osvaldo
Cruz (Fiocruz) e a Associação Brasileira de Empresas de Biotecnologia (ABRABI) e
algumas de empresas privadas terminou um estudo que cominou na Lei de Biosse-
gurança que regula todos os aspectos da manipulação e uso de Organismos Geneti-
camente Modificados (OGM) no Brasil.
A maioria das doenças desse ramo da Saúde, que ocorre na pele e unhas, ad-
vém de problemas causados por ineficácia de esterilização de instrumentos, falta de
higiene, falta de informação sobre segurança pelo profissional e uso incorreto de
substâncias químicas.
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1. Contaminantes físicos: vidros, metais, madeira ou qualquer tipo de mate-
rial palpável ou objeto que possa causar dano ao consumidor;
2. Contaminantes químicos: são as toxinas naturais, vegetais ou animais,
(toxinas paralisantes, neurotóxicas, amnésicas e diarreicas, ciguatoxinas),
toxinas microbianas (toxinas e micotoxinas), metabólitos tóxicos de origem
microbiana (histaminas e tetrodotoxinas), contaminantes inorgânicos tóxi-
cos, anabolizantes, antibióticos, herbicidas, pesticidas, aditivos e coadju-
vantes alimentares tóxicos, tintas, lubrificantes, desinfetantes e produtos
químicos de limpeza, desinfetantes etc.;
3. Contaminantes biológicos: bactérias, vírus, parasitos patogênicos e
protozoários.
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UNIDADE Biossegurança II
Algumas técnicas podem ser maléficas à saúde e podem causar vários problemas
graves. A Vigilância Sanitária Municipal é o órgão que realiza a regulamentação e a
fiscalização dos estabelecimentos de beleza, como Salões e Clínicas Estéticas.
Essas esterilizações devem ser executadas por autoclaves, que são muito mais
eficientes, pois utilizam vapor sob pressão e dessa forma, conseguem eliminar
até vírus.
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a) Devem conter rótulo com nome do produto, marca, nº de lote, prazo
de validade, conteúdo, país de origem, fabricante/importador; compo-
sição, finalidade de uso e nº de registro no órgão competente do Minis-
tério da Saúde;
b) Se forem manipulados em Farmácias, só podem ser utilizados quando
devidamente prescritos por médico;
3. Manter o Manual de Instrução dos aparelhos, notificação de isenção de regis-
tro no órgão competente do Ministério da Saúde e registro de Manutenção
preventiva e corretiva do aparelho, conforme orientação do fabricante.
Figura 1
Fonte: iStock/Getty Images
Drenagem linfática - -
Figura 2
Fonte: iStock/Getty Images
Estimulação russa - -
Figura 3
Fonte: iStock/Getty Images
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UNIDADE Biossegurança II
Figura 4
Fonte: iStock/Getty Images
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• É proibido pipetar com a boca ou levar qualquer objeto à boca no laboratório,
a pipetagem deve ser realizada com dispositivo apropriado, nunca com a boca.
• Os materiais perfurocortantes devem ser manuseados com cuidado e a ban-
cada deve ser descontaminada ao final do trabalho ou sempre que ocorrer
derramamento de material biológico.
• A limpeza e a organização do laboratório devem ser mantidas.
• É proibido alimentar-se ou manter plantas que não sejam objetos de estudo
no laboratório.
• Materiais e reagentes devem ser estocados em instalações apropriadas no
laboratório.
• O laboratório deve ter, sempre em local disponível, um kit de primeiros socorros.
• Todos os resíduos devem ser descartados de acordo com o Plano de Gerencia-
mento de Resíduos da instituição.
• Agulhas usadas não devem ser dobradas, quebradas, reutilizadas, recapeadas,
removidas das seringas ou manipuladas antes de serem desprezadas. Todo
material perfurocortante deve ser descartado em recipiente de paredes rígidas,
resistente à punctura, ruptura e vazamento, com tampa, do tipo Descarpack,
devidamente identificado. Ele deve estar localizado próximo à área de trabalho.
• É proibido o esvaziamento desses recipientes e seu reaproveitamento.
• Vidrarias quebradas não devem ser manipuladas diretamente com a mão, devem
ser removidas com uma vassoura e uma pá de lixo ou com pinças e descartadas
em recipientes para descarte de perfurocortantes ou outro recipiente adequado.
• Deve ser organizado um plano de contingência e emergência, além de um
programa de vigilância em saúde (epidemiológica, sanitária, ambiental e saúde
do trabalhador).
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alta temperatura.
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O laboratório NB-4 deve ser uma edificação construída separadamente ou estar
localizado em uma zona completamente isolada. Deve possuir características espe-
cíficas quanto ao projeto para prevenção da disseminação de microorganismos no
meio ambiente. São laboratórios de contenção máxima e só devem funcionar com
autorização das autoridades sanitárias.
Cabine de segurança biológica (CSB): equipamento de contenção física para agentes in-
Explor
Ministério da Saúde - Diretrizes Gerais para o Trabalho em Contenção com Material Biológico.
Explor
Bioética
A Bioética surgiu na década de 1970, quando um pesquisador americano, pre-
ocupado com o rumo dos avanços científicos, como a Biotecnologia, propôs um
novo ramo dentro da Ciência, a Bioética, que significa a Ética da vida.
A Bioética deve ter como princípio que ninguém é detentor de todos os saberes.
Um ser humano pode ser capaz de tomar decisões que podem por em risco sua
vida. Um médico, que tem a função de salvar pessoas, também pode cometer erros
e causar males irreversíveis à pacientes, ou até causar a morte!
Dessa forma, deve haver limites para as ações humanas, independente de seu
conhecimento técnico e científico.
Um paciente com uma doença grave terminal tem o direito de se recusar, por
exemplo, a fazer uma cirurgia. O médico deve ouvi-lo e também à família para au-
xiliar na decisão, no entanto, não pode operá-lo sem o consentimento do paciente
e ou dos responsáveis.
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Com isso, é preciso ter como regra principal o cuidado com os ambientes conta-
minados. Em Clínicas Estéticas pode ocorrer transmissão de infecções por práticas
sem os devidos cuidados com a higiene de mãos e desinfecção do ambiente e de
materiais utilizados nos procedimentos estéticos.
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Regras de Segurança Pessoal
Quadro 2
Parte do corpo Procedimentos Indicação Como
Técnica de lavagem das mãos:
1. Retirar anéis, pulseiras
e relógio;
2. Abrir a torneira e molhar as mãos
sem encostar-se à pia;
3. Colocar nas mãos aproximadamente
· Ao iniciar o turno de trabalho;
3 a 5 ml de sabão. O sabão deve ser,
· Após ir ao banheiro;
de preferência, líquido
· Antes e depois das refeições;
Com água e sabão e hipoalergênico;
· Antes do preparo de alimentos;
4. Ensaboar as mãos, friccionando-as
· Antes do preparo e da
por aproximadamente 15 segundos.
manipulação de medicamentos.
5. Friccionar a palma, o dorso das
mãos com movimentos circulares,
Higienização espaços interdigitais, articulações,
das Mãos polegar e extremidades dos dedos
(o uso de escovas deverá ser feito
com atenção).
Após ter lavado com água e sabão e
não ter nenhuma sujidade visível a
olho nu:
· Entrar em contato com paciente;
· Após contato com o paciente; Veja o vídeo explicativo sobre lavagem
Solução alcoolica · Antes de realizar e manipular de mãos. Acesse em:
dispositivos invasivos; https://youtu.be/cTVF21ZSEGg.
· Antes de vestir luvas;
· Ao mudar de ambiente;
· Após contato com materiais de
uso profissional.
Assessórios (anéis,
brincos, colares, Não é indicado - -
pulseiras)
Nunca sair vestido com
Avental avental fora do ambiente - -
de trabalho.
Cosméticos Não é indicado - -
Os mesmos procedimentos para a
Antebraços - - lavagem de mãos. Disponível em:
https://goo.gl/ZqPYNx.
Não é indicada a utilização
Lente de contato - -
em laboratórios
Unhas Sempre curtas e limpas - -
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Após essa fase, leva os instrumentos à estufa com temperatura entre 100 e
120ºC e armazena em embalagem estéril.
Desinfecção
É um processo que pode ser físico ou químico de destruição de microrganis-
mos, exceto os esporulados. O processo físico é feito utilizando água à tempera-
tura não inferior à 60ºC. Coloca-se o material a ser desinfetado na água quente,
durante pelo menos 2 minutos.
Esterilização
É o processo de destruição de todos os microrganismos, inclusive os esporos. Pode
ser feita com altas temperatura (altoclave), germicidas químicos, óxido de etileno, radia-
ção e outros.
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Por isso, trataremos aqui somente do gerenciamento de resíduos até a porta
do Estabelecimento, deixando ao encargo das Políticas Públicas o gerenciamento
a partir da coleta por Empresas especializadas.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Higienização das Mãos em Serviços de Saúde
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Higienização das Mãos em
Serviços de Saúde. Brasília, 2000.
Limpeza, desinfecção de artigos e áreas hospitalares e antissepsia
Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar. Limpeza, desinfecção
de artigos e áreas hospitalares e antissepsia. São Paulo: APEHIC, 1999.
Biossegurança e Saúde Pública
Biossegurança e Saúde Pública, São Paulo, v. 39, n. 6, dez /2005.
Resolução nº 5 de 5/8/1993
CONSELHO Nacional do Meio Ambiente – CONAMA. Resolução nº 5 de 5/8/1993.
Dispõe sobre o plano de gerenciamento, tratamento e destinação final de resíduos
sólidos de serviços de saúde, portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários.
Recomendações práticas em processos de esterilização em estabelecimentos de saúde. Parte I: Esterilização
a calor
MINISTÉRIO da Saúde. Recomendações práticas em processos de esterilização em
estabelecimentos de saúde. Parte I: Esterilização a calor. Campinas: Komedi, 2000.
Biossegurança na estética: Equipamentos de Proteção Individual – E. P. I.
SCHMIDLIM, K. C. S. Biossegurança na estética: Equipamentos de Proteção Individual
– E. P. I. São Paulo: Personalité, 2011.
REVISTA Personalité
REVISTA Personalité, São Paulo, ano VIII, n. 44, 2006.
Segurança e Medicina do Trabalho – Normas Regulamentadoras
Segurança e Medicina do Trabalho – Normas Regulamentadoras. 18.ed. São Paulo
Saraiva, 2016.
Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com material biológico
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.
Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com material biológico / Ministério da
Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos – Brasília: Ministério
da Saúde, 2004. 60 p.: il. Série A. Normas e Manuais Técnicos.
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Referências
BRASIL. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO (MET). Equipamentos de
proteção individual (EPI). Norma regulamentadora 6 – NR 6. São Paulo.
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