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Microbiologia Clínica

Práticas em
João Marcelo Oliveira
E-book
Licenciado para - Stephanie Anine dos Santos Oliveira - 10690487479 - Protegido por Eduzz.com
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conteúdo
Teorias em microbiologia

Técnicas laboratoriais para identificação de


algumas das principais Enterobactérias

Técnicas laboratoriais para identificação de


alguns dos principais não fermentadores

Técnicas laboratoriais para identificação


presuntiva de cocos Gram positivos

Procedimentos operacionais padronizados dos


principais exames de rotina em Microbiologia

Meios de cultura utilizados para cultura de


fungos e bactérias em laboratórios clínicos

Antibiograma e BrCAST 2023

Rotinas e procedimentos em Micologia

Técnicas de coleta em Micologia


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atenção
Oi, tudo bem?

Eu sou o João Marcelo, sou biomédico, microbiologista e


tenho algumas experiências para compartilhar com você por meio
desse e-book. Este material é oferecido dentro do meu curso de
Microbiologia Clínica ou separadamente. Neste livro digital, eu
quero compartilhar com você algumas práticas e rotinas de
microbiologia que eu vivo desde o dia que decidi atuar nesta área
incrível.
Você pode fazer parte do meu curso de Microbiologia
Clínica, aprendendo sobre o isolamento e identificação de bactérias
e fungos; ter acesso aos meus outros ebooks, PDFs de conteúdos e
protocolos práticos; acesso ao nosso conteúdo sobre
desenvolvimento pessoal e profissional; acesso ao nosso portal de
vagas e muito mais. Conheça o curso em nosso site:
microlabassessoria.com.br.
É importante você saber que este e-book pode ser atualizado
a qualquer momento, as atualizações ortográficas e de conteúdo são
feitas via Hotmart (plataforma da qual o ebook é vendido), dessa
forma, sempre que houver atualização, eu enviarei um email (para o
mesmo email que você usou para comprar o ebook), informando
para que você vá até a plataforma e faça um novo download.
De todas as formas, desejo sucesso, paz e desenvolvimento
para você. Que Deus te abençoe, sempre!

Esta é a primeira versão deste ebook.


Se você tiver alguma consideração importante ou dúvida, por favor,
nos escreva para biomedjmarcelo@gmail.com e
microlabassessoria@gmail.com

(p) 2023, versão 0001/23. Primeira edição.


Breves
teorias em
microbiologia
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Teorias em
microbiologia
A palavra Microbiologia deriva do grego: mikros
(“pequeno”), bios (“vida”), e logos(“ciência”). Esta Ciência estuda
os organismos microscópicos e suas atividades biológicas, isto é,
verificam as diversas formas, estruturas, reprodução, aspectos
bioquímico-fisiológicos, e seu relacionamento entre si e com o
hospedeiro, podendo ser benéficos e prejudiciais. A Microbiologia
trata os organismos microscópicos unicelulares, onde todos os
processos vitais são realizados numa única célula. A Célula é menor
unidade funcional de um organismo e independente da
complexidade que o mesmo apresente, é através das células que
todas as funções vitais são realizadas. Todas as células vivas são
basicamente estão compostas de: membrana plasmática, citoplasma
e núcleo, além de organelas que exercem diversas funções do
metabolismo celular. De forma geral, todos os sistemas biológicos
possuem as seguintes características comuns:

• Habilidade de reprodução.
• Capacidade de ingestão ou assimilação de substâncias
alimentares, visando a obtenção de energia e de crescimento.
• Cabilidade de excreção de produtos tóxicos.
• Capacidade de reagir ou se adaptar às alterações do meio
ambiente.
• Susceptibilidade a mutações.

De acordo com tais características supracitadas,


os micro-organismos podem ser classificados por diferença de
complexidade. Portanto, o estudo dos micro-organismos pode ser
dividido em Microbiologia e Parasitologia. A parasitologia é a
ciência que estuda os parasitos, ou seja, micro-organismos que
sempre atuam de forma parasitária ao hospedeiro. E é por esse
motivo, que compreender a relação que há entre o homem e os
microrganismos é tão importante, a relação parasita-hospedeiro. Já a
Microbiologia médica é dividida em 3 grandes grupos: Bactérias,
Vírus e Fungos (pode-se considerar as Algas em algumas
aplicabilidades médicas). Os vírus são acelulares, possuem apenas
um tipo de material genético DNA ou RNA, não possuem
metabolismo próprio, são incapazes de se reproduzir sozinhos e são
considerados parasitas intracelulares obrigatórios. Os Fungos são
eucariontes, unicelulares e pluricelulares, grandes agentes
decompositores (heterotróficos), são bastantes utilizados em
diversas atividades humanas como alimentos, medicamentos,
biocombustíveis e etc.
As Bactérias são micro-organismos procariontes
(não possuem carioteca), possuem o núcleo disperso no citoplasma,
o que contribui para alta mutagenicidade das mesmas. Podem viver
isoladamente ou em colônias. Algumas bactérias apresentam um
DNA extra, que é chamado de plasmídeo. Ele não é essencial à
vida, mas apresenta características vantajosas para o organismo,
como por exemplo a resistência bacteriana.
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Embora na maioria das vezes os Na época, era comum o interesse pelo


microrganismos são considerado nocivos para os mundo natural, mas Leuwenhoek tinha o cuidado de
hospedeiro, existem diversos microrganismos que descrever, detalhadamente, tudo o que fazia e o que
exercem funções produtivas ao hospedeiro. Portanto, os observava com suas lentes. Usando seu precário
micro-organismos podem ser classificados como microscópio, observava águas de rios, infusões de pimenta,
Comensais (não causam prejuízo ao hospedeiro) e saliva, fezes, etc.; até que verifi cou nesses materiais, a
Patogênicos (são capazes de causar doença). O grupo de presença de um grande número de pequeníssimos objetos
microrganismo comensais que são encontrados nos móveis e de formas diferentes, que não poderiam ser vistos
hospedeiros são denominados microbiota normal. sem a ajuda das lentes, e os chamou de “animáculos” por
Historicamente falando, convém dizer que desde a acreditar que seriam pequeninos animais vivos.
antiguidade havia a suspeita de que deveriam existir Leuwenhoek fez observações magnífi cas sobre a estrutura
organismos menores do que aqueles que se podia microscópica das sementes e embriões de vegetais, animais
observar. Alguns se aventuravam a dizer que nas costas invertebrados, espermatozoides, sangue, circulação
de um animal maior existia um menor, e neste menor sanguínea etc. Uma dimensão inteiramente nova
existia um ainda menor e assim sucessivamente. Havia enriqueceu a biologia (bio = vida, logia = estudo). Todos os
também a ideia de que as doenças se propagavam por tipos principais de microrganismos que hoje conhecemos –
sementes. Mas quem pela, primeira vez, convenceu o protozoários, algas, fungos e bactérias foram
mundo de que os microrganismos existiam foi Antony primeiramente descritos por Leuwenhoek.
Van Leeuvenhoek, considerado o pai da Microbiologia. Após Leeuvenhoek, um novo impulso só
A Microbiologia é uma ciência que foi impulsionada foi dado na microbiologia com o desenvolvimento da
com a descoberta do microscópio por Leuwenhoek indústria ótica na Alemanha com a produção de
(1632 – 1723). A partir da descoberta do microscópio e a microscópios compostos. O primeiro período áureo da
constatação da existência dos microrganismos, os microbiologia teve início no final do século XIX, com a
cientistas começaram a indagar sua origem, surgindo derrubada da teoria da abiogênese, o estabelecimento dos
então, as teorias da abiogênese ou geração espontânea e processos de fermentação como produto da atividade de
a biogênese. microrganismos, o estabelecimento da relação de
Leeuvenhoek era um holandês, microrganismos com as doenças e o desenvolvimento da
comerciante de tecidos. Para não ser enganado na microbiologia agrícola e ambiental.
compra, começou a utilizar lentes para verificar os A teoria da abiogênese teve origem junto
produtos que adquiria. Isto despertou o seu interesse na com a humanidade. Ela era, inclusive, defendida por
produção destes instrumentos. Ele passou a produzir grandes filósofos. Mas à medida que o conhecimento sobre
lentes com tal acuidade que permitiam aumentos de até biologia evoluía, ela ia paulatinamente sendo derrubada. O
400 vezes. Com estas lentes começou a investigar o ponto final foi dado por Redi, em 1668, quando
mundo que o cercava. Como não era um cientista, ele demonstrou que as larvas que surgiam na carne em
passou a comunicar suas descobertas através de cartas. putrefação eram um estágio da vida das moscas, e que as
Em 1674, escreveu para a Sociedade Real Inglesa que mesmas não surgiam na carne se a mesma estivesse
tinha ficado maravilhado ao descobrir em uma gotícula devidamente protegida. No entanto, com a descoberta dos
uma serie de “animálculos”. Ele descreveu com tal microrganismos, esta teoria ressurgiu, pois preparados
precisão o que tinha observado que hoje é possível aparentemente isentos de microrganismos, em pouco
identificar os microrganismos visualizados. No entanto, tempo, apresentavam abundância dos mesmos. Logo, duas
como não era da área da ciência, não deixou discípulos. correntes de pensamento foram estabelecidas: a da
Com a sua morte, a técnica de polimento das lentes foi biogênese e a da abiogênese, cada qual produzindo
perdida, e seu trabalho interrompido. Antony era um experimentos tentando provar sua teoria ou derrubar a
homem comum que possuía um armazém, era zelador da outra. Alguns cientistas acreditavam, inclusive
prefeitura e servia como provador ofi cial de vinhos para Leuwenhoek, que as “sementes” destas criaturas
a cidade de Delft na Holanda. Tinha como hobby polir microscópicas estão sempre presentes no ar, de onde
lentes de vidro, as montava entre fi nas placas de bronze ganham acesso aos materiais e ali crescem desde que as
ou prata para inspecionar fi bras e tecelagem de roupas, condições sejam adequadas ao seu desenvolvimento.
fl ores, folhas e pingos d’água.
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Teorias em
microbiologia
Outros cientistas acreditavam que os microrganismos se formavam
espontaneamente a partir da matéria orgânica em decomposição ou putrefação,
essa forma de multiplicação chamou-se abiogênese. A abiogênese também fi cou
conhecida como geração espontânea. A crença na geração espontânea de seres
vivos teve uma longa existência. A ideia da geração espontânea teve origem na
Grécia Antiga, que acreditava que rãs e minhocas surgiam, espontaneamente, de
um pequeno lago ou lama. Outros acreditavam que larvas de insetos e moscas
eram produzidas a partir de carne em decomposição. Pouco a pouco, essas ideias
foram perdendo força, por demonstrações científi cas como a do médico italiano
Francesco Redi (1626 – 1697), que demonstrou que as larvas encontradas na
carne em putrefação eram larvas de ovos de insetos e não um produto da geração
espontânea.
Convencer os que apoiavam a abiogênese de que um ser não poderia
surgir apenas da matéria orgânica, tornou-se bem mais difícil, principalmente, a
partir do experimento de Heedham em 1749, que demonstrou que, de muitos
tipos diferentes de infusões, invariavelmente, emergiam criaturas microscópicas
(microrganismos), independentemente do tratamento que receberam, protegidas
ou não, fervidas ou não. Hoje, sabe-se que os experimentos de Heedham foram
falhos, pois este não tomava precauções higiênicas para proteger seus
experimentos do ar circundante, permitindo dessa forma a contaminação de suas
infusões.
Os partidários da teoria da biogênese começaram com o conhecimento de
que o calor matava os microrganismos, assim, meios de cultura submetidos à
fervura por longos períodos, mostravam a ausência de microrganismos. Mas,
com o passar do tempo, os microrganismos surgiam. Logo, eles podiam estar
aparecendo de algum lugar e, o mais lógico, era do ar. Trataram então de aquecer
o material em recipientes fechados e assim o mantinham estéril. Os adeptos da
teoria da abiogênese contra atacaram, argumentando que em ambientes fechados
os microrganismos não teriam acesso ao oxigênio que era considerado, na época,
essencial a todo o tipo de vida. Foi quando entrou em cena Louis Pasteur. Ele
resolveu o problema utilizando um balão de vidro cujo pescoço fora esticado e
encurvado na forma de um pescoço de cisne.
O frasco, contendo no seu interior meio de cultura era, então, aquecido e
fervido. Com esse procedimento, o meio de cultura ficava isento de
microrganismos por longos períodos. Só surgiam microrganismos quando o
gargalo era quebrado ou quando se fazia o líquido vir até a borda do pescoço e
retornar para dentro do frasco. Na realidade, pode-se dizer que Pasteur teve
muita sorte, pois, outro pesquisador, Tyndall, também realizava experimentos
semelhantes, utilizando uma caixa selada. Quando ele passava através da caixa
um raio de luz e verificava que não havia partículas em suspensão no ar, o meio
de cultura permanecia estéril. Seu experimento foi repetido diversas vezes com
sucesso. De repente, o meio começou a apresentar crescimento. Ao investigar o
problema, ele descobriu que o que estava crescendo era um microrganismo que
produzia endósporos, capazes de resistir a alguns minutos de fervura. Outra
participação de Pasteur foi no estabelecimento dos processos de fermentação.
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Teorias em
microbiologia

Não é possível falar de microbiologia sem mencionar Louis Pasteur


(1822 – 1895). Era um químico francês bastante respeitado na época por seus
inúmeros trabalhos científi cos, dedicou seus consideráveis talentos ao estudo
dos microrganismos. Interessou-se pela indústria de vinhos franceses e pela
função dos microrganismos na produção de álcool. Este interesse incentivou-o a
continuar o debate sobre a origem dos microrganismos, uma vez que ainda
persistiam alguns defensores da geração espontânea ou abiogênese.
Na época de Pasteur, as fermentações eram consideradas reações
químicas. Ao estudar este processo Pasteur descobriu que em boas produções de
vinhos e cervejas, ocorria a presenças de microrganismos conhecidos, hoje, como
leveduras. Sugeriu então que estas leveduras deveriam ser inoculadas nos mostos
ou sucos de uva para a produção de um bom produto. Mas havia um problema:
esses materiais já apresentavam uma microbiota oriunda do campo, da própria
uva, dos processos de transporte e processamento. Como eliminar estes
organismos, para introduzir somente os microrganismos desejáveis? O
aquecimento eliminava os microrganismos, mas também alterava as
características do produto. Foi quando Pasteur desenvolveu um procedimento
conhecido por pasteurização. Pasteur deu um grande impulso na tecnologia de
alimentos.
O processo de preservação dos alimentos pela pasteurização foi criado
por esse ilustre cientista, e o nome do processo de pasteurização foi dado em sua
homenagem. Você terá a oportunidade de saber como funciona a pasteurização
na disciplina de Microbiologia dos alimentos. O procedimento de pasteurização é
utilizado até hoje na preservação de alimentos como sucos, cervejas, leites e
ovos. Outro pesquisador que teve participação destacada no desenvolvimento da
microbiologia, notadamente na área médica, foi Robert Koch. Ele era um médico
que vivia no interior da Alemanha e ganhou de presente de aniversário de sua
esposa um microscópio com o qual começou a pesquisar o mundo microbiano.
Ao investigar a morte de animais por uma doença conhecida por carbúnculo,
verificou que nas lâminas preparadas com esfregaço do sangue encontrava um
microrganismo em forma de bastão.
Assim, ele começou então a relacionar a presença deste microrganismo
ao desenvolvimento da doença. Como provar isso? Parecia ser fácil. Bastava
inocular este microrganismo em um animal sadio e ver se este desenvolvia a
doença. Mas, para isso, era necessário obter esse organismo em cultura, em uma
cultura contendo apenas esse microrganismo, ou seja, uma cultura pura. Foi
Adaptado de microbenotes.com
necessário, então, o desenvolvimento de metodologia de isolamento, de cultivo
de microrganismos e de identificação.
A partir daí, Koch elaborou quatro postulados, conhecidos como
Postulados de Koch, que são utilizados até hoje para relacionar doenças ao seu
agente, ou seja:

• O microrganismo deve estar presente em todos os casos da doença.


• O microrganismo deve ser isolado em uma cultura pura.
• Ao ser inoculado em um organismo sadio e suscetível, esse deve
desenvolver os sintomas da doença.
• O microrganismo deve ser obtido, novamente, em cultura pura.
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Com estes postulados, em questão de duas décadas (1880 a 1900),


muitas doenças importantes para a espécie humana, incluindo a de outros
animais e as de plantas, tiveram os seus agentes identificados. Isso abriu as
portas para o controle das infecções, possibilitando a prevenção, o tratamento e
a cura. Pasteur participou, ainda, do entendimento do processo de imunização e
desenvolvimento de vacinas. Certa vez, ao tentar demonstrar que havia
identificado o agente causador de uma doença de aves, verificou que bactérias,
quando submetidas ao cultivo continuado, podiam ficar atenuadas, ou seja,
perdiam a capacidade de produzir a doença, mas não perdiam a capacidade de
induzir a imunidade.
Na demonstração, Pasteur inoculou um lote de galinhas com a bactéria
isolada e outro lote permaneceu como testemunha. Para seu espanto, ambos os
lotes permaneceram vivas. Avaliando o que poderia ter ocorrido, descobriu que
a cultura utilizada no experimento era velha, ou seja, com vários dias de
incubação. Ele resolveu, então, repetir o experimento inoculando um novo lote
de galinhas e o lote que tinha sido inoculado anteriormente. Ao avaliar o
experimento, verificou-se que as galinhas inoculadas com a cultura jovem
haviam morrido.
As que receberam a cultura jovem, mas que anteriormente haviam sido
inoculadas com a cultura velha, e as que não foram inoculadas, continuaram
vivas. Desta forma, foi sugerido que a imunidade poderia ser obtida
inoculando-se microrganismos atenuados e deu-se o nome dessa técnica de
vacinação. O termo foi uma homenagem a Jenner, que teria utilizado material
de vacas com varíola para imunizar humanos.
Enquanto a maioria dos microbiologistas da época estava preocupada
com as questões de patogenicidade, em descobrir quem provoca o que, alguns
questionavam: se existem tantos microrganismos no ambiente, no solo, na
água, na superfície de plantas e animais, qual é o papel destes microrganismos,
o que eles fazem? Nessa indagação tiveram grande participação Winogradsky e
Beijerinck. Eles demonstraram a importância dos microrganismos na ciclagem
dos nutrientes e descobriram microrganismos quimiolitotróficos e fixadores de
nitrogênio. Nas décadas de 40 e 50, iniciou-se o segundo período áureo da
microbiologia. Os microrganismos são utilizados como modelos, como
ferramentas, na síntese de compostos orgânicos e no desenvolvimento da
genética e tecnologia de DNA recombinante. Esses conhecimentos vieram a
culminar com o desenvolvimento da biotecnologia, ou seja, com o uso de
organismos ou partes destes na obtenção de produtos e serviços.
Enterobactérias
Técnicas laboratoriais
para identificação de
algumas das principais
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Técnicas laboratoriais para


identificação de algumas
enterobactérias
Para introduzir este capítulo, vamos entender de forma breve e
ilustrativa como as infecções por bactéria da ordem das Enterobacterales
acontecem e quais são os principais métodos para identificá-las. Obviamente,
não é possível identificar ou ilustrar esquemas para identificação de todas elas,
para isso, sugerimos a leitura do livro Diagnóstico Microbiológico de
Koneman e colaboradores. Neste e-book trataremos de esquemas práticos,
imagens e ilustrações que facilitam a identificação das Enterobacterales mais
comumente encontradas na rotina da microbiologia clínica.
A princípio, precisamos compreender que o que chamávamos há alguns
anos de Enterobactérias, hoje é apenas uma família dentro da ordem das
Enterobacterales. Essa nova classificação foi reestruturada e proposta pelo
artigo
Atualmente os microbiologistas mais atentos e atualizados tratam nesse
assunto com cuidado e objetividade. Por muitos anos, utilizamos o termo
Enterobactérias (Enterobacteriaceae), pois, nos referíamos ao grande grupo
que incluía todos os 40 gêneros de microrganismos que faziam parte dessa
grande família.
Hoje, por meio de estudos genômicos, podemos “reorganizar” esse
grupo em uma única ordem. Falamos então ordem das Enterobacteriales, na
qual, pertencem 7 famílias com aproximadamente 40 gêneros e mais de 150
espécies. Essas famílias estão organizadas da seguinte forma.
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Técnicas laboratoriais para


identificação de algumas
enterobactérias
Considerando essa nova divisão, podemos organizá-las de forma prática, a fim de entender e de facilitar o
fluxo de trabalho no laboratório de microbiologia em tribos. Isso ocorre, porque podemos perceber atividades
metabólicas semelhantes dentro desses grupos. Para isso, organizamos algumas provas fundamentais para organizar
essas tribos:

Depois de organizá-las em tribos, podemos definir, por meio de algumas provas adicionais algumas espécies
importantes, como vemos:

Obs: a prova do triptofano é frequentemente


subs2tuída pela Fenilalanina nas ro2nas em
bacteriologia.
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Identificação de Enterobacterales

Apenas para iniciar nosso capítulo com o pé direito, é


importante lembrar que o Ágar Macconkey apresenta em sua
formulação, sais biliares, que inibe a grande maioria das
bactérias Gram positivas, a exceção de alguns Enterococcus.
Além disso, por conter lactose, nos ajuda a entender o
metabolismo microbianos daquelas bactérias que são
fermentadoras desse carboidrato. O que não significa dizer que
essa bactéria também é fermentadora de glicose, uma vez que
esse carboidrato, teoricamente “mais complexo”, pode exigir
um pouco mais do metabolismo microbiano. Esse processo leva
a mudança de pH do meio por meio da produção de diferentes
compostos ácidos. Esse processo se evidencia pela
caracterização das colônias, onde, colônias rosas, indicam
fermentação da lactose e colônias incolores a não fermentação.

Uma característica importante desse meio é que ele


foi formulado para o crescimento de enterobactérias,
portanto, são poucas as exceções, entre as bactérias Gram
negativas que não crescem nele. É importante mencionar
que leveduras também se desenvolvem neste meio e podem
apresentar características distintas de crescimento e cor de
colônia, na maioria das vezes, bem pequenas e rosadas,
conforme veremos mais adiante.

Outra informação muito relevante, antes de


começarmos a observar como os microrganismos se
desenvolvem nesse meio, é que cada microrganismo
apresenta uma particularidade em seu crescimento.
Hora, as colônias podem apresentar-se grandes,
pequenas, em diferentes tons de rosa e com bordas
de formas variadas. Por ser um meio claro, facilita a
visualização de muitos aspectos inerentes ao
crescimento microbiano. Por esse motivo é o mais
escolhido pelos microbiologistas para suas rotinas.
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Identificação de Enterobacterales
É muito frequente pensarmos em Enterobacterales e imaginar colônias rosadas em Ágar Macconkey.
A verdade é que tem bactérias desse grupo que não deixam o Macconkey (Mc) tão rosado e bonito como
conhecemos. Ou ainda aquelas que não deixam esse meio tão rosado assim. Isso tudo te diz a respeito do
metabolismo daquela bactéria. Bactérias que apresentam colônias rosas ou levemente avermelhadas em MC são
fermentadoras de lactose, um carboidrato bem mais complexo que a glicose. Quando definimos que uma
bactéria é fermentadora, é pela sua capacidade de fermentar glicose, um açúcar bem simples, “fácil de ser
consumido”. Quase que obviamente, quando uma bactéria fermenta a lactose em Mc, nós a colocamos no grupo
das Enterobacterales, afinal, o Mc foi feito para isso, não é mesmo? Mas, e quando uma bactéria não deixa o
meio rosa, o que pode significar?
Adicione ao seu conhecimento, que quando pensamos em Enterobacterales, estamos falando de
bacilos, Gram negativos, Oxidase negativa, onde suas colônias são características e é por meio dessa
caracterização que vamos trabalhar o nosso raciocínio. Logo, isso precisa ser subentendido a partir daqui, tudo
bem?

Colônias “pouco rosadas”, indicam que, apesar de ser


um fermentador, esse BGN produziu pouco
ácido(metabolismo, butileno-glicolítico).

Colônias “rosa intenso”, indicam que esse BGN


produziu muito ácido, resultado do seu metabolismo
realizado por várias vias, produzindo uma quantidade
maior de ácidos mistos.

Bactérias que apresentam colônias rosas ou levemente avermelhadas em MC são fermentadoras de


lactose, um carboidrato bem mais complexo que a glicose. Quando definimos que uma bactéria é fermentadora,
é pela sua capacidade de fermentar glicose, um açúcar bem simples, “fácil de ser consumido”. Quase que
obviamente, quando uma bactéria fermenta a lactose em Mc, nós a colocamos no grupo das Enterobacterales,
afinal, o Mc foi feito para isso, não é mesmo? Mas, e quando uma bactéria não deixa o meio rosa, o que pode
significar?
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Definindo e diferenciando o
metabolismo bacteriano
Nem toda bactéria que cresce em Mc vai fermentar a lactose. Nem muito menos deixar de ser
Enterobacterales por não ter fermentado esse carboidrato. Para definir se uma bactéria que cresceu em
Macconkey sem fermentar a lactose é verdadeiramente um fermentador, precisamos da prova que diferencia
classicamente os microrganismos de metabolismo fermentativo e oxidativo. A prova de Hugh Leifson,
conhecida como OFGlicose (Oxidativo-Fermentativo).

Esquema do livro Diagnóstico microbiológico | texto e atlas / Gary W. Procop ... [et al.] ; tradução Patricia Lydie Voeux. - 7. ed. - Rio de Janeiro : Guanabara
Koogan, 2018.
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Identificação de Enterobacterales

Baseado em todas as observações mencionadas anteriormente, vamos expor diferentes microrganismos,


com uma grande quantidade de formas de crescimento a partir de agora. O objetivo é te mostrar como você é
capaz de entender o crescimento microbiano, buscar em seus conhecimentos teóricos ou em nossos cursos.

Os fermentadores de lactose típicos,


como Escherichia, Klebsiella e
Enterobacter, formam colônias rosa que
podem estar acompanhadas de uma
zona também rosada ao fundo. Essa
zona é o que chamamos de precipitado
de sais de bile. Nos exemplos, vemos à
esquerda uma colônia típica de
Klebsiella e Escherichia coli, abaixo.
Observe, que além de ser menos
mucoide, a colônia de E. coli apresenta
uma tonalidade mais fechada e a zona
de bile ao fundo.

Os chamados fermentadores lentos,


como Citrobacter, Providencia,
Serratia e Hafnia formam colônias
ligeiramente incolores e após 24h pode
pigmentar e tornar-se rosada. Já
Proteus, Salmonella e outros não
fermentadores de lactose clássicos
apresentam colônias incolores.
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Identificação de Enterobacterales
Se organizássemos um raciocínio onde você olhasse essas duas placas e suspeitasse de Klebsiella e E. coli,
poderíamos pensar em provas rápidas que podem te ajudar a diferenciar esses dois patógenos. Afinal, elas
pertencem a um mesmo grupo ou tribo, a tribo Klebsielleae, na qual estão Klebsiella, Enterobacter, Hafnia e
Serraria. E se você é atento, deve saber que Enterobacter apresenta-se, macromorfologicamente muito parecido
com Klebsiella. Podendo ser confundida muitas vezes. Portanto, tendo em mente, que poderíamos ter: Klebsiella,
Enterobacter ou uma Escherichia: como você otimizaria a sua rotina para resolver esse problema?

Para facilitar seu raciocínio, você pode escolher dois


ou três meios de cultura que podem te ajudar nessa
tarefa. São eles: Citrato, TSI e SIM. Nesses meios
você tem ao total, 9 provas. Vamos resolver o caso?
Nós chegamos a esse pensamento, pois, tivemos
duas bactérias e analisamos suas características de
colônia (fermentadoras típicas/rápidas, bordas
regulares, produtoras de muco, zona de sais biliares
e outras. Com esse pensamento, às colocamos num
grupo e pensamos em algumas possibilidades.

Baseando-se em nossas suspeitas,


auxiliados pelos exames ao lado,
podemos concluir que estamos no
caminho certo. Afinal, temos uma
K. pneumoniae e uma E. Coli.

Problema resolvido.
Vamos avançar?
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Identificação de Enterobacterales
Nem sempre é possível isolar um microrganismo e recuperá-lo sem companhia. É frequente,
especialmente em secreção traqueal, escarro e tantos outros materiais, isolamento de múltiplos microrganismos.
Vamos a alguns exemplos… Observe o Macconkey a seguir. Analise-o num geral e depois observe cada colônia
fora do comum. Vamos para alguns exemplos:
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Identificação de Enterobacterales

Colônia seca (pouco rugosa) de borda “irregular”,


média e umbonada (protuberância no centro, umbigo
invertido). Observe o “halo” ao redor da colônia,
formado pela precipitação de sais de bili das colônias
próximas, mas, não da colônia em questão, ou seja, a
colônia descrita, não precipitou sais de bili, mesmo
produzindo ácidos mistos.

Colônia úmida, brilhosa, borda regular,


convexa (observe o brilho no dentro da
colônia), sem precipitação de sais de
bili.

Colônia seca de Colônias puntiformes


borda regular, centro (várias colônias
elevado, mas não pequenas), brilhosas
chegou a formar a com precipitado de sais
umbonação. de bili.
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Identificação de Enterobacterales

Colônia de um fermentador de lactose. Borda


regular, levemente elevada, umbonada
(centro elevado), “seca”.

Colônias pequenas, regulares de um


não fermentador.
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Identificação de Enterobacterales

Colônia grande de um não fermentador.


Grande, bordas regulares e convexa,
sugere contaminação.

Colônias pequenas, puntiformes, regulares e


fermentadoras de lactose com precipitado de
sais de bili, características de Escherichia coli.

Colônias médias, de borda (quase)


irregular com pigmentação no
centro da colônia, sugere colônias
de Citrobacter spp
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Identificação de Enterobacterales

Colônias grandes, convexas, mucoides, brilhosas,


bordas semirregulares e com produção de brilho
metálico (frequente em cepas NDM). Sugere
Klebsiella spp.

Colônias grandes, “espalhadas”, de bordas irregulares de


tonalidade acinzentada. Essa característica de
crescimento irregular, lembrando um “tapete” é
sugestivo de bactéria móvel. Considerando ser um não
fermentador, sugere Pseudomonas spp.
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Identificação de Enterobacterales

Colônia média, convexas, baixas, bordas regulares,


sugere Citrobacter spp.

Colônias grandes, convexas, altas, mucoides,


brilhosas, bordas semirregulares e com
produção de brilho metálico (frequente em
cepas NDM). Sugere Klebsiella spp.
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Identificação de Enterobacterales

Colônias grandes, “espalhadas”, de cor creme, de bordas


irregulares. Essa característica de crescimento irregular,
lembrando um “tapete” é sugestivo de bactéria móvel.
Considerando ser um não fermentador, sugere
Pseudomonas spp

Colônias grandes, convexas, altas, mucoides,


brilhosas, bordas semirregulares e com produção de
pigmento avermelhado, sugerem cepa mucoide de E.
coli.

Atenção: No caso dessa placa, realizada a partir de secreção traqueal, foi necessário reisolamento. O resultado pode
ser visto na próxima página.
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Identificação de Enterobacterales

Colônias indefinidas, quanto ao tamanho. A


tonalidade (quase rosa ou rosa fraco) sugere
“oxidação” da lactose, aponta para
Acinetobacter spp

Colônias indefinidas, super mucoides com Colônias pequenas de bordas


produção de brilho metálico. Sugerindo indefinidas, pouco mucoides e
Klebsiella spp avermelhada. Sugerindo E. coli.
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Identificação de Enterobacterales

Colônias “indefinidas”. Característica


mucoide, úmida e leitosa. Sugestiva de
Klebsiella spp.

Colônias “indefinidas”, brilhosa, pigmento


vermelho não difusível. Cepa hipermucoide de
Serratia marcencens

Colônias puntiformes, pequenas de bordas


regulares e pigmento vermelho não difusível.
Sugere Serratia marcencens
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Identificação de Enterobacterales

Colônia de borda
irregular,pigmento esverdeado,
colônia “baixa”, sugere
Pseudomonas spp

Colônia de borda regular,


convexa, não
fermentadora, brilhosa,
sugere Acinetobacter spp

Colônia de borda regular,


pigmentada, fermentadora,
colônia “baixa/achatada”.
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Identificação de Enterobacterales

Colônias de bordas regulares,


circulares, sem brilho excessivo,
fermentadora e não fermentadora,
convexas, sugestivo de E. coli e
Salmonella spp
fermentadores (Enterobacterales)
Identificação Bacilos gram negativos
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Utilize a tabela de reações bioquímicas a seguir


para a identificar as principais Enterobacterales
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Principais meios e reações bioquímicas utilizados


para a identificação de Enterobacterales

Ágar SIM (Sulfeto, Indol e Motilidade)

Indol - Indol +
Motilidade + Motilidade +
H2S - H2S -

Indol -
Motilidade - Indol +
H2S - Motilidade -
H2S -
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Principais meios e reações bioquímicas utilizados


para a identificação de Enterobacterales
Ágar TSI (Triple Sugar Iron)

Lac, Sac e Gli + Lac, Sac e Gli +


Gás + Gás +
H2S - H2S +

Lac, Sac e Gli + Lac, Sac e Gli +


Gás - Gás +
H2S - H2S -
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Principais meios e reações bioquímicas utilizados


para a identificação de Enterobacterales
Ágar Citrato de Simmons

Citrato + Citrato -

Houve crescimento
Houve crescimento microbiano, mas
microbiano e não houve
mudança de pH no alteração de pH. Sem crescimento
meio. microbiano e sem
alteração de pH.
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Principais meios e reações bioquímicas utilizados


para a identificação de Enterobacterales
Ágar Ureia de Christensen

Ureia negativa

Houve pouco crescimento


microbiano, metabolização da Houve pouco crescimento
ureia “parcial/fraca” e microbiano, metabolização
mudança de pH. da ureia e mudança de pH.
Ureia Positiva Ureia Positiva
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Série bioquímica resumida de uma Enterobacterales

Sabemos que uma “série bioquímica” sozinha não


tem sentido. Mas, considere o seguinte contexto: essa
série foi feita baseando-se no crescimento ao lado.
Revise a tabela de reações bioquímicas e identifique a
bactéria.

A ordem dos tubos são: Citrato, TSI, Ureia, SIM, Malonato e Lisina.
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Série bioquímica resumida de uma


Enterobacterales

Sabemos que uma “série bioquímica” sozinha não tem sentido. Mas, considere o seguinte contexto: essa série foi
feita baseando-se no crescimento a seguir (seta). Revise a tabela e identifique a bactéria.

Sabemos que uma “série bioquímica” sozinha não


tem sentido. Mas, considere o seguinte contexto: essa
série foi feita baseando-se no crescimento ao lado.
Revise a tabela de reações bioquímicas e identifique a
bactéria.

A ordem dos tubos são: Citrato, TSI, SIM, Ureia, Malonato e Lisina.
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Série bioquímica resumida de uma


Enterobacterales

Sabemos que uma “série bioquímica” sozinha não tem sentido. Mas, considere o seguinte contexto: essa série foi
feita baseando-se no crescimento a seguir (seta). Revise a tabela e identifique a bactéria.

Sabemos que uma “série bioquímica” sozinha não


tem sentido. Mas, considere o seguinte contexto: essa
série foi feita baseando-se no crescimento ao lado.
Revise a tabela de reações bioquímicas e identifique a
bactéria.

A ordem dos tubos são: Citrato, TSI, SIM, Ureia, Malonato e Lisina.
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Série bioquímica resumida de uma


Enterobacterales

Sabemos que uma “série bioquímica” sozinha não tem sentido. Mas, considere o seguinte contexto: essa série foi
feita baseando-se no crescimento a seguir (seta). Revise a tabela e identifique a bactéria.

A ordem dos tubos são: Citrato, TSISIM, Ureia, Malonato e Lisina.


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Série bioquímica resumida de uma


Enterobacterales

Sabemos que uma “série bioquímica” sozinha não tem sentido. Mas, considere o seguinte contexto: essa série foi
feita baseando-se no crescimento a seguir (seta). Revise a tabela e identifique a bactéria.

A ordem dos tubos são: Citrato, TSISIM, Ureia, Malonato e Lisina.


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Série bioquímica resumida de uma


Enterobacterales

Sabemos que uma “série bioquímica” sozinha não tem sentido. Mas, considere o seguinte contexto: essa série foi
feita baseando-se no crescimento em ágar XLD, para coprocultura. Revise a tabela e identifique a bactéria.

A ordem dos tubos são: Citrato, Ureia, SIM e TSI.


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Série bioquímica resumida de uma


Enterobacterales
Sabemos que uma “série bioquímica” sozinha não tem sentido. Mas, considere o seguinte contexto: essa série foi
feita baseando-se no crescimento em ágar macconkey de uma colônia pigmentada (Vermelho), mucoide e de
bordas irregulars. Baseando-se em seus conhecimentos, a tabela de série bioquímica e seus estudos com este e-
book, identifique a bactéria.

Atenção: esse líquido


Vermelho, não é o reativo
de covacs mostrando
positividade para indol,
mas, sim pigmento da
colônia que difundiu no
líquido. Esta bacteria é
indol negativa.

A ordem dos tubos são: Citrato, TSI, SIM, ureia, malonato e lisina.
não fermentadores
das Bacilos Gram Negativos
Identificação
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Bacilos Gram negativos não


fermentadores de interesse médico

Os bacilos gram negativos não fermentadores, são classicamente isolados em


ÁgarMacconkey e erroneamente confundidos com outras enterobactérias (bacilos
gram negativos fermentadores), porém, não fermentadores de lactose em Macconkey.
Para tornar esse processo o mais didático possível, vamos definer o que é e como
diferenciar os bacilos gram negativos fermentadores (BGN F) de não fermentadores
(BGN NF).
Quando nos referimos a capacidade fermentativa para distinguir esses dois
grupos de bactérias (BGN F dos BGN NF), precisamos compreender de que
carboidrato estamos falando. A princípio, quando falamos que um BGN é fermentador,
nos referimos a glicose. Portanto, todo bacilo gram negativo que consegue fermentar a
glicose é considerado um fermentador. Aqueles que não consegue realizer o processo
fermentativo é considerado não fermentador. Esse processo é estudado por meio do
meio OF-Glicose, como mostra a figutra abaixo.

É o teste de OF-glicose que define se o perfil da bactéria em


questão é fermentativo ou oxidativo. Em substituição, alguns
laboratórios usam o TSI como alternativa para estudar o perfil
fermentativo. Não sabemos até que ponto esse teste pode ser uma
alternativa segura, mas, em nossos testes foram satisfatórios e
conseguimos replica-lo com segurança. Na imagem ao lado, o TSI da
esqueda é típico de BGN-NF, como Pseudomonas, Acinetobacter,
Stenotrophomonas, Bordetella, Elizabethkingia, Sphingomonas,
Burkholderia e várias outras.

Esquema do livro Diagnóstico microbiológico | texto e atlas / Gary W. Procop ... [et al.] ; tradução Patricia Lydie Voeux. - 7. ed. - Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2018.
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Bacilos Gram negativos não


fermentadores de interesse médico

Tradicionalmente, os livros de microbiologia classificam os BGN-NF


desta forma: Os bacilos gram-negativos não fermentadores constituem um
grupo de bactérias aeróbias que não formam esporos, não utilizam açúcares
como fonte de energia e decompõem os carboidratos por outras vias
metabólicas diferentes da fermentação. Este aspecto entre o que é um
microrganismo “não fermentador” e as bactérias que, de outro modo, poderiam
ser designadas como bacilos gram-negativos não fermentadores de glicose
“exigentes”, incomuns” ou “variados” está baseada mais em convenção do que
em características genéticas ou fenotípicas bem definidas.
Logo, é necessário muitas outras provas e formas bioquímicas de se
entender o perfil metabólico desses microrganismos afim de compreender de
fato de que se trata de um BGN-NF e não uma membro da ordem das
Enterobacterales, por exemplo.
É possível, que você tenha ouvido falar que “se uma bactéria cresceu em
Macconkey, mas, não ficou rosa, significa que é um “não fermentador”, estou
certo? De todo modo, essa afirmação não está errada, porém, não é de glicose
que se fala aqui, mas, de lactose, pois, é este carboidrato que está presente no
Macconkey. Portanto, o Macconkey não pode ser usado para definir de fato se
é ou não um fermentador ou um não fermentador. A prova mais acertiva é o
OF-glicose, o ágar-ferro de Kligler (KIA) ou no ágar tríplice açúcar- ferro
(TSI). Somente o semeio nestes meios e análise do perfil poderá confirmar o
perfil metabólico clássico.

Nas próximas páginas vou disponibilizar algumas tabelas com testes que são realizados para
diferenciar alguns dos principais BGN-NF.

Pseudomonas é um bacilo Gram negativo


não fermentador de glicose e que aparece com
frequência na microbiologia médica, em especial no
âmbito das infecções hospitalares.
Esse bacilo apresenta colônias de diferentes
características. São frequentemente beta
hemolíticos (seta amarela), podem apresentar
colônias pequenas, médias ou grandes (setas
brancas). Algumas cepas podem apresentar um
brilho ou pigmentos metalizados (setas vermelhas).
Esses isolados são frequentemente muitiresistentes.
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Bacilos Gram negativos não


fermentadores de interesse médico

Não conseguem fermentar os


carboidratos disponíveis no TSI.
Podem produzir diferentes
pigmentos (que podem se difundir
pelo meio), como mostra a seta
branca. São móveis, observe o
agar SIM em mini placa (colônias
de bordas turvas, indicando
motilidade em meio semi-sólido)
setas laranjas.

Membros do gênero Moraxella, não metabolizam carboidratos, mas


obtêm sua energia da decomposição de outros compostos orgânicos,
inclusive aminoácidos, alcoóis e ácidos orgânicos.

Fluxograma simplificado para identificação de


gêneros de alguns BGN-NF

Oxidase
Negativa
Positiva Acinetobacter
Pseudomonas Burkholderiaceae
Burkholderiaceae Stenotrophomonas

Ambos são móveis


Motilidade/lisina
ONPG
Positiva Negativa
Positiva Negativa Burkholderiaceae Acinetobacter
Burkholderiaceae Pseudomonas Stenotrophomonas

Ureia

Positiva
Burkholderiaceae
Stenotrophomonas

ONPG

Positiva Negativa
Burkholderiaceae Stenotrophomonas
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interpretação rápida
Tabelas ilustradas para
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Fluxogramas rápidos e tabelas para


identificação presuntiva das principais
Enterobacterales
As enterobactérias crescem com muita facilidade em Agar Macconkey e um fato importante a se
considerar é que boa parte delas, além de fermentar a lactose, consegue prescipitar sais de bili em diferentes
meios contendo esses sais, incluindo Macconkey e EMB. Veja abaixo uma tabela para identificação rápida de
alguma das principais enterobacterales fermentadoras de lactose em macconkey e que conseguem prescipitar
sais de bili, observe as imagens.

Cepa de Klebsiella oxytoca sem Cepa de Klebsiella pneumoniae Cepa de E. coli prescipitando
prescipitação de sais biliares, sem prescipitação de sais sais biliares.
rodeada de colônias de E. coli que biliares.
prescipitaram sais de bili.

Cepa de E. coli prescipitando


sais biliares em Agar SS.

Cepa de E. coli prescipitando


sais biliares em Agar EMB.
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Fluxogramas rápidos e tabelas para


identificação presuntiva das principais
Enterobacterales

Nesta pequena tabela, demos atenção as Enterobactérias fenilalanina positivas, na qual é possível observar que
todas crescem bem em Macconkey, porém, não são capazes de fermentar a lactose.

Véu de Proteus mirabilis em ágar sangue.


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Principais características das colônias


de bactérias de interesse médico

Quanto ao tamanho
Pequena1, média2, grande3, gigante4

Quanto a forma
Puntiforme5, circular6, filamentosa, irregular7 ou rizoide

Elevação/espessura da colônia
Achatada8, elevada, convexa9, côncava, polvinada, umbonada10, umbilicada

Quanto a borda/extremidades
Inteira11, ondulada, lobada, irregular, filamentosa, curva

Características da superfície
Apresenta brilho?12, seca8 lisa, rugosa13, papilada?

Densidade
Opaca, translúcida ou transparente

Consistência
Butirácea, viscosa14, quebradiça ou membranosa

Coloração/pigmentação
Branca15, leitosa, esverdeada16, amarelada, vermelha17. Possui pigmento?18 Pigmento
difusível19 ou apenas na colônia20?

Perfil hemolítico
Alfa21, beta22 ou gama hemolítico23

Quanto ao odor
Pútrido, frutado, chulé, cheiro, mofo.
diferentes meios
microbiano em
Glossário de

crescimento

de cultura
placas do
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Ágar Cromogênico para identificação


de Candida spp

Ágar Cromogênico Candida é um


meio comercial, muito utilizado
para diferenciar as três principais
e mais frequentes espécies de
Candida encontradas em
diferentes materiais.

Candida krusei

Candida tropicalis

Candida albicans
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Observe o crescimento de uma colônia


beta hemolítica e nas suas proximidades
o crescimento de uma colônia bem
pequena. Isso acontece, muito
provavelmente, pois, a bacteria beta-
hemolítica produziu ou liberou nutrients,
favorecendo o crescimento da bacteria
menor.

Nesta placa, observa-se o crescimento de


multiplos microrganismos. Colônias
grandes heta hemolíticas e uma colônia
menor, de borda escura e mucoide,
sugestiva de Klebsiella (seta).
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Crescimento característico de Escherichia coli em ágar


Macconkey, evidenciando colônias secas, umbonadas (centro
protuberante), prescipitado de sais biliares, bordas irregulares.

Crescimento de um não fermentador de lactose em Macconkey,


colônia um pouco mucoide, bordas mal definidas.

Crescimento de um fermentador de lactose em Macconkey.


Observe tonalidade de rosa, mais forte do que o padrão visto em
E. coli, porém, também apresenta prescipitação de sais de bili,
com bordas irregulares, muito sugestivo de Citrobacter spp.

Observe a prescipitação de sais de bili, com bordas irregulares,


muito sugestivo de Citrobacter spp.
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Crescimento de um não fermentador em ágar Macconkey, bordas


firmes e lineares. Colônias desse tipo, não é fácil sugerir um
possível “suspeito”.

Crescimento em Macconkey de um não fermentador, produtor de


pigmento verde. Este pigmento é muito característicos de cepas de
Pseudomonas aeruginosa. Oberve também uma colônia um pouco
mucoide, de bordas irregulares (o que sugere motilidade).

Crescimento em Macconkey de um não fermentador, produtor de


pigmento esverdeado escuro. Este pigmento é muito característicos
de cepas de Pseudomonas aeruginosa. Além do pigmento escuro,
observe também “tons metalizados nas bordas das colônias. Esse
tipo de fenômeno é visto com frequência em cepas de
Pseudomonas de pacientes hospitalizados em uso de diferentes
antimicrobianos e corticoides. Oberve também uma colônia um
pouco mucoide, de boras irregulares.

Observe vários “tons diferentes” de Pseudomonas em Macconkey.


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Observe a cor verde escura do Mueller-Hinton, em um


antibiograma de Pseudomonas aeruginosa.

Observe as bordas irregulares, cor metalizada (lembra enfeites de


natal) de uma cepa de Pseudomonas aeruginosa proveniente de
uma amostra de secreção traqueal de paciente UTI, em uso de
antimicrobianos e corticoides.

Pseudomonas aeruginosa demostrando motilidade em ágar SIM


disposto em placa de Petri.

Pseudomonas aeruginosa em ágar sangue. Observe que o meio de


cultura ficou escuro por conta do pigmento produzido.
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Pseudomonas aeruginosa beta hemolítica.

Pseudomonas aeruginosa beta hemolítica.

Pseudomonas aeruginosa produzindo pigmento em ágar TSI.

Pseudomonas aeruginosa em ágar sangue.


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Escherichia coli em Macconkey, prescipitando sais de bili.


Observe o centro da colônia com um “afundamento ao centro”.

Escherichia coli em Ágar Sangue produzindo beta hemólise.

Enterobacter, cepa mucoide em ágar Macconkey.

Enterobacter, em ágar sangue.


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Acinetobacter balmanii em Macconkey.

Diferentes tons de bacilos fermentadores de lactose em ágar


Macconkey.

Diferentes tons de bacilos fermentadores de lactose em ágar


Macconkey (E. coli, na seta).

Crescimento de múltiplos microrganismos em ágar Macconkey (3


BGN diferentes).
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Crescimento de bacilo gram positivo em ágar chocolate.


Crescimento sugestivo de Bacillus cereus.

Staphylococcus aureus (amarelo) e Staphylococcus epidermidis


(rosa) em ágar manitol salgado.

Cepa hiper mucoide de Klebsiella pneumonia. Observe que não é


possível distinguir ou quantificar as colônias, apenas uma massa
de muco sobre a superfície do meio. Assim como as
Pseudomonas, cepas de Klebsiella também podem produzem esse
pigmento metalizado em culturas de pacientes em UTI,
especialmente aqueles em tratamento prolongado por
antimicrobianos e corticoides.

Crescimento de Streptococcus beta hemolítico em ágar sangue.


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Proteus em ágar CLED.

Staphylococcus aureus em ágar sangue.

Cepa mucoide de Acinetobacter balmanii em ágar Macconkey.

Cepa de Acinetobacter spp demonstrando imotilidade em ágar


SIM semi-sólido em placa pequena.
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Streptococcus pneumoniae em ágar chocolate.

Streptococcus agalactiae em ágar sangue.

Colônias de Salmonella spp (pretas) e de E. coli (branco-


amarelada) em ágar XLD.

Enterococcus spp em ágar sangue.


laboratoriais para
identificação
presuntiva de
cocos Gram
Técnicas

positivos
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Staphylococcus spp

Didaticamente falando, os Staphylococcus S. aureus e S. epidermidis produzem uma


são o grupo de bactérias Gram positivas mais cápsula polissacarídica que inibe a fagocitose. A
conhecidos e estudados. São cocos Gram positivos cápsula, que é produzida em várias quantidades por
que se organizam em grupos ou cachos, como os de isolados clínicos individuais, pode aparecer como
uva. São encontrados em diferentes locais e uma camada viscosa ou biofilme e permite que os
causando infecção. Os Staphylococcus associados a organismos adiram a superfícies inorgânicas e
infecções em humanos são colonizadores de várias prejudica ou inibe a penetração de antibióticos. A
superfícies da pele e mucosas. Existem três tipos de composição química da parede celular gram-positiva
estados de portadores nasais associados à também é importante na mediação da patogênese. A
colonização de S. aureus: portadores persistentes que ação e quantidade de peptideoglicanos assemelham-
abrigam uma única cepa por um longo período de se ao efeito da endotoxina dos gram negativos,
tempo, portadores intermitentes que abrigam ativando o complemento, a interleucina 1 e atuando
diferentes cepas ao longo do tempo e não portadores, como fator quimiotático para o recrutamento de
indivíduos que não abrigam quaisquer organismos. células polimorfonucleares. Essa cascata de eventos
A prevalência de portadores de S. aureus é causa inchaço e pode levar à exacerbação do dano
alta entre os profissionais de saúde, juntamente com tecidual.
indivíduos imunocomprometidos ou O S. aureus também produz doenças
imunossuprimidos. Os estafilococos podem ser mediadas por toxinas, como a síndrome da pele
transmitidos eficientemente de pessoa para pessoa. escaldada e a síndrome do choque tóxico. Nesses
Após a transmissão, os organismos podem se casos, os organismos podem permanecer
estabelecer como parte da microbiota normal do relativamente localizados, mas a produção de toxinas
receptor e posteriormente introduzidos em locais potentes causa efeitos sistêmicos ou generalizados.
estéreis por trauma ou procedimentos médicos Com a síndrome da pele escaldada, conhecida
invasivos, como cirurgia. A disseminação de também como doença de Ritter, que geralmente
estafilococos de pessoa para pessoa, particularmente aflige neonatos, a toxina esfoliativa é uma serina
incluindo cepas resistentes a antimicrobianos, ocorre protease que divide as pontes intercelulares da
em hospitais e apresenta uma preocupação epiderme, resultando em extensa descamação da
substancial no controle de infecções. Além disso, as epiderme para produzir um efeito semelhante a uma
infecções por S. aureus estão implicadas em queimadura no paciente.
ambientes adquiridos na comunidade, incluindo Sem sombra de dúvidas S. aureus é a espécie
surtos em prisões, dormitórios, ambientes esportivos mais frequente, porém, esse e-book não tem a
e ambientes educacionais. intenção de estudar e até mesmo de diferenciar todas
Sem dúvida, S. aureus é a espécie mais as espécies, uma vez que o contexto epidemiológico,
virulenta de estafilococos encontrada. Um amplo suspeita clínica e outros aspectos da história natural
espectro de fatores, nem todos completamente das doenças têm extrema importância no processo de
compreendidos, contribuem para a capacidade desse diagnóstico. É claro que traremos alguns dos
organismo de estabelecer infecções e causar diversas principais aspectos das colônias de diferentes cepas e
doenças. também algumas provas básicas e possíveis para sua
experiência ser completa, eficiente, mas, acima de
tudo, ser uma experiência real, ou seja, possível de
ser colocada em prática e ter função clínica.
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Streptococcus spp

Em resumo, os Streptococcus são cocos A capacidade desses microrganismos de


Gram positivos que se organizam em cadeia. Para produzir doenças e o espectro de infecções que
fins didáticos, todas as literaturas médicas de maior causam variam amplamente com os diferentes
relevância distribuem o estudo nesses gêneros e espécies.
microrganismos de acordo com algumas
características iniciais. Nas apostilas e conteúdos do Clinicamente, são classificados de acordo
nosso curso de Bacteriologia Clínica falávamos dos com os grupos de Lancefield, assim como descritos
Staphylococcus aprendemos que eles são cocos logo abaixo.
Gram positivos, mas, que tem catalase positiva.
Nessa apostila vamos falar dos cocos gram-positivos Grupo A (β hemolótico/alfa-hemolítico):
catalase negativos e que geralmente são menores que Streptococcus pyogenes.
os Staphylococcus, medindo de 0,5 a 1,2 μm de
diâmetro e dispostos em pares ou cadeias. Grupo B (β hemolótico/alfa-hemolítico)
A família dos Streptococcaceae consistem Streptococcus agalactiae.
em uma grande conjuntura de espécies de
importância médica, incluindo Streptococcus spp. e Grupo C e G (β hemolótico/alfa-hemolítico)
Enterococcus spp. São diferenciados com base na Streptococcus equi e Streptococcus canis.
estrutura da parede celular, padrões hemolíticos em
ágar sangue de carneiro, podendo produzir beta, alfa Grupo D (ⲁ /‫ ܓ‬hemolótico/alfa/fama-hemolítico)
ou gama, reação de anticorpos a antígenos Enterococcus faecalis, Enterococcus faecium, S.
bacterianos específicos, esquema de classificação de gallolyticus e S. equinus.
Lancefield e identificação bioquímica relacionada à
fisiologia. Porém, é importante mencionar que nosso Grupo Viridans (ⲁ /‫ ܓ‬hemolótico/alfa/fama-
curso tem o objetivo de tratar de espécimes mais hemolítico)
relevantes e com o uso de provas para identificação S. mutans, S. sanguis, S. salivaruium, S. mitior, S.
realmente práticas. anginosus, S. constellatus, S. intermedius, S. suis e S.
Os Streptococcus mais comumente iniae.
encontrados em infecções em humanos incluem S.
pyogenes, S. agalactiae, S. pneumoniae, E. faecalis,
E. faecium e o grupo de Streptococcus do grupo
viridans. Outras espécies podem ser encontradas,
mas raramente são responsáveis por infecções em
ambientes clinicamente relevantes ou são geralmente
consideradas contaminantes que podem ser
confundidos com Streptococcus
viridans ou Enterococcus.
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Enterococcus spp

Os Enterococcus são estudados juntos dos Os fatores de virulência associados a essas


Streptococcus pois, também compartilham bactérias continuam sendo um tópico de crescente
características semelhantes e pelo fato óbvio de interesse de pesquisa devido aos isolados que têm
pertencerem a mesma família. “Antigamente” eles causado infecções associadas aos cuidados de saúde,
eram classificados como estreptococos do grupo D especialmente E. faecium. Alguns dos fatores de
até 1984, comumente colonizam o trato virulência identificados em espécies de Enterococcus
gastrointestinal; entretanto, podem ser isolados da incluem, mas não estão limitados a: substância de
orofaringe, trato genital feminino e pele. Todo agregação, polissacarídeos capsulares, carboidratos
mundo tem Enterococcus em seu sistema digestivo, de superfície, capacidade de translocar através da
afinal, o nome “enterro” não é ao acaso. Apesar da mucosa intestinal intacta, hemolisina, ácido
sua presença no sistema digestivo, poucas pessoas lipoteicóico, gelatinase, produção de superóxido,
ficam doentes com as cepas endógenas. Tipicamente, inibidores de peptídeos e capacidade de aderir às
os isolados de Enterococcus não são tão virulentos proteínas da matriz extracelular.
quanto outros cocos gram-positivos, e Comparado com outros cocos gram-
frequentemente são vistos em infecções positivos clinicamente importantes, o Enterococcus,
polimicrobianas em hospedeiros imunossuprimidos. especialmente E. faecium e E. faecalis, são
As manifestações clínicas incluem intrinsecamente mais resistente aos agentes
infecções do trato urinário; bacteremia; endocardite; antimicrobianos comumente usados em ambientes de
e infecções intra-abdominais, pélvicas, de feridas e cuidados de saúde agudos e de longo prazo. Eles não
de tecidos moles. Apesar dos Enterococcus que são conhecidos por secretar toxinas; entretanto, a sua
residem em nosso intestino não serem um problema, resistência a múltiplos antibióticos permite que eles
os que podem ser adquiridos em ambientes sobrevivam e proliferem, principalmente em
hospitalares contam uma história diferente, pois, a pacientes que recebem múltiplos antimicrobianos,
crescente resistência aos antibióticos tem causado causando superinfecção.
um aumento nas infecções associadas aos cuidados Este gênero é o primeiro grupo clinicamente
de saúde. relevante de cocos gram- positivos a adquirir e
Existem mais de 35 espécies de disseminar resistência à vancomicina, daí o nome de
Enterococcus, incluindo comensais que não possuem Enterococcus resistente à vancomicina (VRE), que
toxinas potentes e outros fatores de virulência bem foi descoberto no final da década de 1980. Porém,
definidos. esse assunto é extremamente complexo. Sugiro que
veja em nosso curso de Bacteriologia Clínica na
Prática, materiais mais completos. Inclusive, aulas
práticas.
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Outras bactérias que são semelhantes aos cocos


Gram positivos: precisamos ficar atentos

Sabe-se que a esmagadora maioria dos cocos Estudos recentes usando hibridização reversa
Gram positivos de interesse médico têm em tabuleiro de xadrez com sequência de genes
características morfológicas e metabólicas acompanhantes de 60 foram bem sucedido na
semelhantes. Esse fato torna difícil a identificação identificação desses organismos Outros semelhantes
e/ou a diferenciação entre alguns grupos. Por são as espécies de Pediococcus que são cocos gram-
exemplo, Staphylococcus e Micrococcus apresentam positivos que produzem ácido láctico como único
características bem próximas a ponto de serem produto da fermentação da glicose. Esses
confundidos frequentemente. Streptococcus e microrganismos são encontrados naturalmente em
Enterococcus seguem o mesmo padrão, e por isso vegetais e possuem importância nas indústrias de
são agrupados. cerveja e alimentos. Os Pediococcus foram isolados
Este “capítulo” do nosso e-book tem a função de vários tipos de amostras clínicas humanas,
de trazer alguns dos cocos Gram positivos incluindo fezes, urina, feridas, abscessos e
semelhantes, aos Staphylococcus, Streptococcus e hemoculturas. Os pacientes infectados por esses
Enterococcus e descrever algumas das suas microrganismos apresentam afecções em paralelo,
características. incluindo neoplasias hematológicas malignas,
É importante observar que em Microbiologia doença cardiovascular, doença pulmonar crônica,
Clínica Médica, trabalhamos com patógenos mais gastrosquise, pancreatite e diabetes melito. Houve
comuns, dada a sua complexidade e relevância crescimento de P. pentosaceus em hemoculturas e
epidemiológica. Porém é necessário compreender amostras de celulite necrosante que acabou sendo
que essas bactérias relacionadas ou semelhantes, fatal, após ruptura de tumor retroperitoneal. À
guardam informações fenotípicas semelhantes e que semelhança das espécies de Leuconostoc, os
podem passar despercebidas pela maioria dos Pediococcus são intrinsecamente resistentes à
microbiologistas iniciantes. As Micrococcaceae e vancomicina, e muitos pacientes apresentam pela
Dermacoccaceae são geralmente microbiotas. primeira vez sintomas de infecção enquanto estão
Micrococcus, Kocuria e Kytococcus spp. têm sido sendo tratados com esse fármaco. Isolados de
associados a infecções como endocardite, Pediococcus de amostras clínicas foram
pneumonia, sepse e infecções de pele em pacientes identificados como P. acidilactici ou P. pentosaceus.
imunocomprometidos. Em geral, os Pediococcus são sensíveis à
O que, se houver, fatores de virulência são penicilina G, à eritromicina, à clindamicina, à
produzidos pelos demais gêneros dentro deste grupo gentamicina e ao imipeném. O gênero Gemella
não é conhecido. Como esses organismos raramente também faz parte dos semelhantes. O crescimento
estão associados a infecções em indivíduos desse microrganismo é precário em condições
saudáveis, provavelmente são de baixa virulência. anaeróbias. As espécies de Gemella são isoladas com
No grupo dos Streptococcus/Enterococcus, temos pouca frequência de amostras clínicas. A semelhança
alguns exemplos de semelhantes. Vagococcus com estreptococos viridans em culturas
fluvialis, Lactococcus garvieae e Lactococcus lactis provavelmente resultou em identificações incorretas.
às vezes são erroneamente identificados como
Enterococcus spp. Existem algumas características
que podem os diferenciar, por exemplo: Vagococcus
spp são móveis, diferenciando-os dos Lactococcus.
Tanto os Lactococcus quanto os Vagococcus são
suscetíveis à vancomicina e não formam gás no
caldo Mann, Rogosa e Sharpe (MRS); são positivos
para pirrolidonil arilamidase (PYR) e leucina
aminopeptidase (LAP); e crescer em caldo de NaCl a
6,5%.
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Outras bactérias que são semelhantes aos cocos


Gram positivos: precisamos ficar atentos

Algumas espécies desse gênero podem acontecer Assim como os gêneros mencionados
na veterinária – Gemella palaticanis e Gemella cuniculi. anteriormente outros poderiam ser listados a partir desse
G. palaticanis foi isolada de uma vesícula da cavidade oral novo parágrafo, como: Facklamia, Dolosigranulum,
de um Labrador Retriever, enquanto G. cuniculi foi Ignavigranum, Dolosicoccus e Eremococcus, porém, a
isolada de um abscesso submandibular de um coelho de semelhança fenotípica entre esses microrganismos e os
estimação de orelhas pendentes. O microbioma normal de clinicamente relevantes nos impede de encher nosso
G. bergeriae e G. sanguinis nos seres humanos não é pequeno “HD” cerebral com tanta informação. Embora
conhecido, e, além de seu isolamento de hemoculturas, seja importante reconhecer que quando estamos distantes
nenhuma infecção específica foi associada a essas duas das características das espécies de Streptococcus ou outros
espécies. O membro mais recente, G. asaccharolytica, foi “mais famosos”, precisamos ficar atentos e nos questionar.
isolado de uma ferida no braço de um usuário de drogas, Além disso, essa atenção redobrada nos fará
de uma ferida em um dedo e de abscesso labial de questionar resultados da automação com maior segurança.
paciente com neoplasia maligna. Afinal, é preferível que nós microbiologistas ofereçamos
Diferentemente de outras espécies de Gemella, G. informações úteis à automação para que ela não te dê uma
asaccharolytica não fermenta nenhum carboidrato. G. rasteira no futuro. Atente-se às características dessas
haemolysans constitui parte da microbiota das vias bactérias diante da coloração de gram pois, os
respiratórias superiores, enquanto G. morbillorum é estafilococos aparecem obviamente como já falamos
encontrada nos tratos respiratório e gastrintestinal. como cocos gram-positivos, geralmente em aglomerados.
O gênero Vagococcus foi proposto em 1989 para Já os micrococos geralmente aparecem como cocos gram
acomodar cocos gram positivos móveis e catalase- positivos em tétrades, em vez de grandes aglomerados. As
negativos, isolados de fezes de galináceo e água de rio. bactérias dos gêneros relacionados como Kytococcus,
Fenotípicamente, esses microrganismos assemelhavam-se Nesterenkonia, Dermacoccus, Arthrobacter e Kocuria têm
a lactococcus; porém, estudos demonstraram que essas suas células organizadas na coloração de Gram
bactérias eram distintas dos estreptococos, Enterococcus e semelhante aos Staphylococcus.
das espécies de Lactococcus. Cepas de V. fluvialis foram Em 1992, Collins e colaboradores descreveram
isoladas de lesões cutâneas e de tonsilas de suínos, nove isolados clínicos humanos singulares (cinco de
bovinos, equinos e gatos domésticos. hemoculturas, três de culturas de urina e um de amostra de
Os CDC relataram o recebimento de duas cepas de LCR) de Globicatella. As características fenotípicas
V. fluvialis, uma obtida de hemocultura e a outra do excluíram essas cepas como membros dos grupos
líquido peritoneal de um paciente submetido a diálise Streptococcus, Lactococcus, Enterococcus ou Aerococcus,
renal. Outros isolados de V. fluvialis foram obtidos de e as pesquisas genéticas demonstraram uma linha distinta
fontes clínicas humanas, hemoculturas, líquido peritoneal, de descendência desses isolados dentro das bactérias de
feridas, lesões de canal infectado de dente, de animais e “ácido láctico”. Essas cepas foram classificadas no novo
do meio ambiente. Durante um estudo genético de gênero Globicatella.
lactobacilos atípicos isolados de vários produtos à base de .
carne (membros do gênero Carnobacterium), foram
descritos dois isolados da truta-arco-íris adulta, que foram
distintos dos isolados de aves domésticas; Essas duas
cepas demonstraram o maior grau de homologia de
sequência do rRNA 16S com cepas de V. fluvialis,
formando um grupo genético próximo das carnobactérias,
dos estreptococos, dos lactobacilos e dos enterococos.
Esses isolados de salmonídeos foram incluídos no gênero
Vagococcus, com a denominação de Vagococcus
salmoninarum.
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Como podemos classificar funcionalmente,


baseando-se no Gram e colônia alguns dos
principais cocos Gram positivos?

Cocos gram positivos crescidos em ágar sangue,


beta hemolíticos

Cocos gram positivos Cocos gram positivos


catalase positiva catalase negativa

Staphylococcus, colônias puntiformes


colônias pequenas
Micrococcus, Macrococcus,
Kocuria, Nesterenkonia,
Kytococcus, Dermacoccus Streptococcus S. anginosus
pyogenes, S.
agalactiae, S grupos
C, F e G Enterococcus

Cocos gram positivos crescidos em ágar sangue,


alfa hemolíticos

Cocos gram positivos Cocos gram positivos


catalase negativa, catalase negativa,
agrupados ou tétrades agrupados em cadeia
Streptococcus pneumoniae, S.
Pediococcus, Aerococcus, grupo viridans, Leuconostoc,
Tetragenococcus, Facklamia,
Vagococcus, Lactobacillus,
Ignavigranum ou Gemella
Lactococcus, Dolosicoccus,
Paucivoruns, Globicatella, Gemella,
Facklamia, Gemella e
Enterococcus

Cocos gram positivos crescidos em ágar sangue,


gama hemolíticos

Cocos gram positivos Cocos gram positivos


catalase negativa, catalase negativa,
agrupados ou tétrades agrupados em cadeia

Pediococcus, Enterococcus, S. do grupo


Dolosigranulum, viridans, Leuconostoc,
Alloiococcus, Facklamia, Abiotrophia, Vagococcus,
Gemella Lactobacillus, Helcococcus,
Globicatella sanguins.
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Como os resultados podem ser reportados e de que


forma podemos auxiliar num bom prognóstico?

Essa é uma pergunta muito boa. Poderia ser Vamos dar um exemplo:
respondida de várias formas, mas, considerando a
realidade brasileira onde a maioria dos laboratórios Você tem em suas mãos um líquido
que se dedicam aos exames microbiológicos cefalorraquidiano. Na microscopia pela coloração de
apresentam condições particulares para a execução Gram você observa cocos Gram positivos em
dos exames, podemos organizar o raciocínio de cadeias curtas. Fazendo parecer fácil, para tornar o
várias formas. Em especial, vamos dar foco na nosso caminho o mais racional possível,
possibilidade de identificar o microrganismo de provavelmente você já suspeita de Streptococcus.
forma segura e liberar um exame sem margens para Certo? Claro. Eu disse que são em cadeira. Não tem
o erro ou com a menor margem possível. como ser outra coisa.
Nosso objetivo, enquanto profissional Agora, o que eu não te disse é que você, com
microbiologista, é sempre identificar o uma única prova, no máximo duas, consegue
microrganismo a nível de espécie. Mas, sabemos que identificar esse Streptococcus spp. Mas, se você
muitas vezes, o gênero basta. Isso porque o médico, quiser liberar apenas Streptococcus spp já é algo
com a suspeita clínica e todas as informações da significativo, especialmente porque com a prova da
anamnese do paciente, consegue sugerir o agente catalase você confirma que é um Streptococcus e
mais comum. Uma determinada amostra, com a observação do crescimento em Ágar sangue e
característica clínica e certos achados laboratoriais, ao se deparar com uma colônia mediana, mucóide,
diz muito mais do que a identificação errada. alfa-hemolítica, você provavelmente teria mais
coragem para sugerir uma infecção por
Streptococcus pneumoniae, não é mesmo? Sim, é!
Baseando-se no que você observou, na sua
experiência e na epidemiologia, você praticamente
fechou o diagnóstico. O médico, seguramente,
trataria como S. pneumoniae e ficaria feliz com isso.
Sua experiência observacional está de parabéns caro
microbiologista.

.
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Características gerais das colônias de


Staphylococcus spp

Observe as colônias de S. aureus em ágar


sangue. São colônias médias, de
característica lisa, inteira, são elevadas,
algumas baixas e convexas e de aspecto
opaco. Neste caso, não apresentam
pigmentação amarela, mas, um branco
semelhante à porcelana. Observe a
presença de hemólise “leve”.

Em ágar sangue, S. epidermidis tem características semelhantes.


Nós observamos em nossa rotina que colônias de S. epidermidis
apresentam-se mais frequentemente com pigmentos amarelados.
S. epidermidis não produz hemólise.

As mesmas características podem ser observadas


no ágar chocolate. É importante observar, que
mesmo estando em ágar chocolate, um meio
nutritivo, algumas colônias cresceram com
dificuldades, apresentando-se bem pequenas.
Isso se deve pela pequena quantidade de
nutrientes no local, pressão seletiva e até mesmo
competição nutricional por outras cepas
próximas. Os subcultivos produzem colônias
menores.

Se você tem o costume de fazer coloração de


Gram direto das colônias, procure usar sempre
culturas jovens, porque células muito velhas
podem perder sua capacidade de reter o cristal
violeta e podem parecer Gram variáveis ou
Gram-negativas.
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Características gerais das colônias de


Staphylococcus spp

Muitos laboratórios usam a prova da coagulase como única forma de caracterizar S. aureus, e isso é útil e
convencionalmente aceito, especialmente aliando-se às características epidemiológicas, porém, deixo aqui um
lembrete de que S. intermedius, S. hyicus, S. schleiferi subsp. coagulans também são Produtores de enzimas
coagulase.

É muito comum alguns laboratórios usarem o ágar manitol salgado “para diferenciar” S. aureus de S.
epidermidis, pois, S. aureus fermenta o manitol, porém, outras espécies de Staphylococcus também tem essa
capacidade, como: S. delphini. S. saprophyticus, S. haemolyticus, e S. wanei podem também ser
fermentadores do mannitol.

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Características gerais das colônias de


Streptococcus spp

Os Streptococcus beta-hemolíticos do grupo B,


apresentam colônias maiores do que as do grupo
B. Geralmente são translúcidas a opaca.
Apresentam-se plana e com beta hemólise.
Algumas podem não produzir hemolisinas.

Os Streptococcus beta-hemolíticos do grupo A,


apresentam colônias de tonalidade branco
acinzentada, podem ser transparentes e
translúcidas. Apresentam-se com frequência
foscas ou brilhantes. Apresentam zona ampla de
b-hemólise. Ao lado, são colônias de
Streptococcus pyogenes. Observe a presença de
contaminantes (colônias grandes, branco
porcelana).

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Características gerais das colônias de


Streptococcus spp

Os Streptococcus pneumoniae, apresentam


colônias pequenas, opacas, brilhantes às vezes e
podem ter tonalidade acinzentada. Geralmente,
com mais de 24h de cultura, as colônias tendem a
se tornar umbilicadas, ou seja, acontece uma
depressão no dentro da colônia. Isso acontece por
conta da morte das células naquela região.
Eventualmente podem ser mucoides e α-
hemolíticas.

Existem algumas características importantes a respeito do crescimento dos Streptococcus e de outros


microrganismos semelhantes que precisa ser frequentemente discutido ou relembrado, especialmente para
aqueles que não tem em sua rotina esse tipo de isolamento. Por exemplo, é importante saber que Abiotrophia
e Granulicatella não crescem em ágar sangue ou chocolate, para isso é necessário adicionar vitamina B6
(piridoxal) ao meio. Existem várias formas de adicionar, seja por formulação do meio, por estrias cruzadas de
Staphylococcus em meio suplementado e outros.
Os Streptococcus crescem em ágar sangue, chocolate, bem como em meios líquidos como caldo BHI.
Existem alguns meios seletivos ou técnicas específicas que podem ser usados para isolamento de
Streptococcus, especialmente em casos de amostras com microbiota farta. Por exemplo, para isolar
Streptococcus do grupo A de esfregaços de garganta, o meio mais comum é ágar sangue de carneiro a 5%
suplementado com sulfametoxazol-trimetoprim (SXT), para suprimir o crescimento da microbiota normal.
Um disco de bacitracina pode ser colocado na linha inicial do inóculo para auxiliar na identificação.
Atenção, pois, este meio também inibe o crescimento de Streptococcus beta-hemolíticos dos grupos C, F e G.
As colônias desses Streptococcus são de cor malva.

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Características gerais das


colônias cocos gram positivos

Observe o crescimento de dois tipos diferentes de cocos gram positivos. Essa placa foi incubada em
37ºC em aerobioses. Uma colônia acinzentada, maior, brilhosa e beta hemolítica (1). Nas proximidades
dessa colônia outras muito pequenas, chamamos esse tipo de crescimento de puntiforme (2). Essas colônias
são pequenas e beta hemolíticas.

1 2

Nós sabemos que os Streptococcus conseguem crescer na presença de oxigênio, mas, em ambiente
com pouco oxigênio eles costumam se desenvolver melhor. Isso acontece, pois o crescimento de
Staphylococcus (colônias maiores e beta hemolíticas), produz ou libera nutrientes importantes para o
desenvolvimento dos Streptococcus e por isso eles cresceram melhor nas proximidades das colônias de
Staphylococcus.
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Características gerais das colônias de


Enterococcus spp

Os Streptococcus beta-hemolíticos, os
Streptococcus do grupo D e os Enterococcus são
identificados definitivamente por meio de técnicas
sorológicos, que detectam os antígenos dos
grupos de Lancefield (grupos A, B, C, D, F e G)
ou os antígenos polissacarídeos capsulares, no
caso de S. pneumoniae. A identificação dos
Streptococcus do grupo D até o nível de espécie,
de Enterococcus e dos Streptococcus viridans é
feita por testes bioquímicos, fisiológicos e
enzimáticos. Alguns testes estão descritos nas
tabelas disponíveis neste e-book.

As colônias de Enterococcus são pequenas, de cor


creme ou branco, geralmente lisas, de bordas
regulares; Podem apresentar os três tipos de
hemólise em ágar sangue.

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Características gerais das colônias de


Enterococcus spp

Observe as colônias sugestivas de Enterococcus


spp. São bem pequenos, podem ter diferentes
padrões hemolíticos. Logo abaixo, um pequeno
grupo de provas que podem confirmar o isolado
para Enterococcus spp.

Provas bioquímicas compatíveis com


Enterococcus spp: Bili esculina positivo,
crescimento positivo em BHI com 6% de NaCl,
motilidade positiva em ágar SIM (Sulfeto-Indol-
Motilidade).

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Fluxo simplificado para a identificação de grupos de


Enterococcus spp
Características gerais:
Colônias: muito pequenas, b, a ou y hemolítica.
Col. De Gram: Gram positivos, pequenos, em cadeia ou aos pares.
Bioquímica: bili-esculina +; NaCl a 6,5% +, PYR +.

Enterococcus

manitol -
grupo III
+
sacarose/rafinose
arginina,
di-hidrolase/sorbose +/+ -/-
crescimento crescimento
em piruvato em piruvato
grupo I
grupo II + - + -
arabinose/rafinose E. dispar E. hirae E. faecalis E. durans
+/+ = E. raffinosus motilidade
+/- = E. avium (H2S +).
-/+ = E. malodorutatus (H2s+)
-/- = E. pseudoavium
pigmento arabinose
amarelo

+ -
E. casseliflavus E. galinarum +
E. mundtii
pigmento
lactose - amarelo
-
+ - E. faecium
E. faecalis Sacarose/ +
melezitose E. solitarius

-
E. seriolicida

Para realizar alguns dos testes mencionados acima, é necessário as seguintes orientações:

1. Os testes de fermentação de carboidratos e a utilização de piruvato são efetuados em meios à base de caldo de infusão de
coração contendo azul de bromocresol e 1% de carboidratos esterilizados por filtração ou 1% de piruvato.
2. A desaminação da arginina é determinada em caldo de descarboxilase de Moeller.
3. A motilidade é verificada em meio semissólido como ágar SIM.
4. A detecção do pigmento amarelo produzido por E. casseliflavus, E. gallinarum e E. mundtii é obtida pela coleta de parte
do crescimento em swab à procura de cor amarela ou amarelo-alaranjada.
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Características iniciais usadas para ”separar” Staphylococcus,


Streptococcus, Enterococcus e de outros relacionados

Caracterização inicial e diferencial dos principais cocos


gram positivos de interesse médico

Gênero/espécie Catalase Aerotolerância FUR/POL BAC

aeróbico
Staphylococcus + s r
facultativo

Micrococcus + aeróbico r s

90% são
Macrococcus + s > 90% S
aerotolerantes
aeróbico
Streptococcus - > 90% S > 90% R
facultativo
aeróbico
Enterococcus - r r
facultativo
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES DA TABELA:

1. A maioria dos Staphylococcus são sensíveis também a polimixina, por esse motivo, Podemos substituir o disco de furazolidona por
polimixina. A Sensibilidade a bacitracina para Staphylococcus ≥ 10mm, para furazolidone ≥ 15mm.
2. Não é possível encontrar na literatura consenso entre os valores para se considerar sensibilidade ou resistência alguns testes de
identificação que utilizam antibióticos. Assim, como nem todas as literaturas são claras sobre as medidas dos discos. Este e-book é
atualizado constantemente, sempre que houver atualização, você receberá um e-mail (no e-mail usado para a compra) solicitando que faça
novo download do mesmo.
3. POL = Polimixina, FUR = Furazolidona (disco de 100 μg), BAC = Bacitracina (disco Taxo A de 0,04 unidade).

Existem várias provas que podem auxiliar o microbiologista a diferenciar esses grupos de
microrganismos, por exemplo a diferenciação de Enterococcus, estreptococos do grupo D e Lactococcus é
tradicionalmente baseada na capacidade dos organismos de hidrolisar esculina na presença de 40% de bile;
outros estreptococos não.
O nosso objetivo com esse e-book é facilitar a vida de quem está aprendendo ou de quem encontra
alguns desafios na rotina. Frequentemente pensamos em Staphylococcus, quando nos deparamos com a prova
da catalase positiva, especialmente quando temos colônias características de Staphylococcus, porém, é
importante ficar atento a outras características também, uma vez que outros grupos podem ser catalase
positiva, como: Micrococcus, Macrococcus, Alloiococcus. A que características você poderia se apegar, por
exemplo: S. aureus é catalase positiva, mas, Alloiococcus também é. E agora? Calma, S. aureus é b-
hemolítico e Alloiococcus é a-hemolítico.
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Principais características das colônias de Staphylococcus

Caracterização inicial e diferencial dos principais cocos


gram positivos de interesse médico

Gênero/espécie Características das colônias em ágar sangue

Colônias médias a grande, medindo entre 0,5 e 1,5mm. São lisas, inteiras,
ligeiramente elevadas, baixas, convexas e opacas. Apresentam cor que pode
Staphylococcus aureus
variar de branco porcelana a levemente amareladas. A maioria das cepas é
beta-hemolíticas.
Colônias pequenas a médias de cor branco-acinzentadas. A maioria não
S. epidermidis produz padrão hemolítico. Algumas cepas podem aderir fortemente ao
meio.
Colônias medianas, lisas, butiráceas e opacas. São heta-hemolíticos, como
S. haemolyticus
sugere o nome do microrganismo.
Colônias médias a grandes. Possuem bordas inteiras e lisas. São brilhantes,
S. lugdunensis inteira e possuem centro elevado. Não são pigmentadas. Podem apresentar
cor creme ou amarelada. Podem ser beta-hemolíticas.
S. saprophyticus Colônias grandes, muito brilhantes, lisa, opaca, butirácea, convexa,
geralmente brancas, mas, podem variar de tons amarelos a laranja.
Colônias pequenas a médias, medindo entre 1 e 2mm. Apresentam-se
Micrococcus e semelhantes opacas, convexas, não hemolíticas. Possuem enorme variedade de pigmento
que vão de um branco, castanho, amarelo, laranja a rosado.
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Testes diferenciais para algumas espécies de Staphylococcus

Caracterízação geral inicial de Staphylococcus

Gênero/espécie Coagulase Ornitina PYR NOV POL

S. aureus + - - s r

S. epidermidis - alguns - s r

S. haemolyticus - - + s s

S. lugdunensis - + + s s ou r

S. saprophyticus - - - r s

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES DA TABELA:

1. Sobre os teste de identificação usando Novobiocina para Staphylococcus: Resultados ≤ 16mm, considera-se Staphylococcus
saprophyticus. As cepas resistentes à novobiocina irão apresentar zonas de 6 mm (ausência de zona) até 12 mm; enquanto as cepas
sensíveis apresentam zonas de 16 a 27 mm. Sensível = aparecimento de qualquer halo. Resistência = crescimento até o disco é
considerado resistante nesses casos.
2. Não é possível encontrar na literatura consenso entre os valores para se considerar sensibilidade ou resistência alguns testes de
identificação que utilizam antibióticos. Assim, como nem todas as literaturas são claras sobre as medidas dos discos. Este e-book é
atualizado constantemente, sempre que houver atualização, você receberá um e-mail (no e-mail usado para a compra) solicitando que faça
novo download do mesmo.
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Principais características das colônias de Streptococcus,


Enterococcus e semelhantes

Caracterização inicial e diferencial de alguns Streptococcus e semelhantes

Gênero/espécie Características das colônias em ágar sangue

Streptococcus do grupo A, Colônias de cor branca e levemente acinzentada, transparentes a


beta-hemolíticos translúcidas, podem apresentar-se foscas ou brilhantes.
Colônias bem maiores que as do grupo A, translúcidas a opacas, possuem
Streptococcus do grupo B,
supercífie plana, brilhante, zona pequena e treina de hemólise. Algumas
beta-hemolíticos
cepas podem não produzir hemólise.
Streptococcus do grupo C, Colônias de cor branca e levemente acinzentadas. Brilhantes e demonstram
beta-hemolíticos grande zona de hemólise.
Streptococcus do grupo F,
Colônias branca, acinzentadas, pequenas e foscas.
beta-hemolíticos
Streptococcus do grupo G,
Colônias branca, acinzentadas e foscas.
beta-hemolíticos

Col6onias pequenas ou médias, acinzentadas, brilhantes, umbilicadas,


Streptococcus pneumoniae
podem ser mucoides. São alfa-hemolíticas.
Colônias pequenas (como poeira sobre o meio), de cor creme ou
Enterococcus spp
esbranquiçada. Podem apresentar diferentes padrões hemolíticos.
Leuconostoc, Aerococcus, São pouco frequentes e observações de colônia não são precisas, mas,
Pediococcus, Gemella e geralmente possuem colônias pequenas, creme ou esbranquiçada. Podem
relacionados apresentar diferentes padrões hemolíticos.
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Principais características das colônias de Streptococcus,


Enterococcus e semelhantes

Caracterização inicial e diferencial de Streptococcus e semelhantes

Gênero/espécie Características gerais

São cocos que se organizam em tétrades ou grupos. Em cultura apresentam-


Aerococcus
se como alfa-hemolíticos.

Abiotrofia

Granulicatella São pouco frequentes, portanto, suas características não são tão bem
definidas. Geralmente, são cocos que se organizam em cadeia. Em cultura
leuconostoc (ágar sangue) apresentam-se como alfa-hemolíticos ou gama-hemolíticos.

Weissella

São cocos que se organizam em tétrades, grupos ou cadeias. Em cultura são


Pediococcus
alfa-hemolíticos.
São cocos que se organizam em cadeia, grupos ou cadeias. Em cultura são
Globicatella
alfa-hemolíticos.
São cocos que se organizam em cadeia ou grupos. Em cultura são alfa ou
Lactococcus
beta-hemolíticos.
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Testes diferenciais para algumas espécies de Streptococcus,


Enterococcus e semelhantes

Caracterização geral de Streptococcus, Enterococcus e cocos relacionados


NaCl
Gênero/espécie Hemólise PYR BAC SXT OPT Camp
6,5%

S. pyogenes beta + - s r r -

beta ou
S. agapactiae + - s r r +
gama
S. Dos grupos c, F e beta ou
- - v s r -
G gama
s
S. pneumoniae alfa - - v s -
(≥ a 14)
beta ou
S. do grupo viridans - - v s r -
gama
Enterococcus beta, alfa
+ + Ambas são tipicamente sensíveis a
faecium ou gama
vancomicina. Para diferenciá-los é necessário
beta, alfa provas adicionais.
E. faecalis + +
ou gama

Aerococcus alfa v +
Esses testes não se aplica, usa-se vancomicina
alfa ou para identificar, nesse caso Aerococcus,
Abiotrofia + -
gama Abiotrofia e Granulicatella são sensíveis a
alfa ou vancomicina.
Granulicatella + -
gama
alfa ou
Leuconostoc - v Leuconostoc é resistente a vancomicina
gama
alfa ou
Wissella - + Weissella e Pediococcus são resistentes a
gama
vancomicina.
Pediococcus alfa - v

Globicatella alfa + + Globicatella e Lactococcus são resistentes a


alfa ou vancomicina.
Lactococcus + v
gama

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES DA TABELA:

1. Sobre os testes usados para Streptococcus pneumonia com Opitoquina: Optoquina ≥ a 14 é sensível. Opitoquina 8 a 13mm é resistente.
2. Sobre os testes usados para Streptococcus pyogenes: qualquer halo é considerado sensível para testes com bacitracina.
3. Não é possível encontrar na literatura consenso entre os valores para se considerar sensibilidade ou resistência alguns testes de identificação
que utilizam antibióticos. Assim, como nem todas as literaturas são claras sobre as medidas dos discos. Este e-book é atualizado
constantemente, sempre que houver atualização, você receberá um e-mail (no e-mail usado para a compra) solicitando que faça novo
download do mesmo.
SXT = sulfametoxazol-trimetoprima.
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Alguns testes utilizados para diferenciação dos Streptococcus,


Staphylococcus e Enterococcus mencionados nesse e-book

Frequentemente precisamos realizar testes Fermentação do Manitol


para confirmar uma cultura em que suspeitamos ser
uma determinada bactéria que conhecemos, ou não. É comum ver na rotina da microbiologia
Existem inúmeras provas que podem ajudar a muitos microbiologistas usarem o manitol como forma
classificar esses microrganismos de forma funcional. de caracterização presuntiva ou inicial, para cepas de
Desde testes de fermentação, testes enzimáticos, S. aureus. Especialmente, em materiais como solo,
resistência e outros podem ser uma ótima ferramenta fezes e outros, incluindo material humano. Embora
para identificação de cocos gram positivos. Logo isso seja indicado por várias literaturas, é importante
mais, descreveremos alguns deles, especialmente os observar, como descrito em algumas das tabelas deste
citados neste e-book. Os mesmos serão listados de livro que outras cepas, inclusive de outros gêneros
modo geral, sem necessariamente estarem ligados a também podem fermentá-lo.
identificação de um gênero ou outro. Alguns testes
podem ser usados para diferentes gêneros, inclusive.

Teste da coagulase em lâmina

As cepas de S. aureus possuem, em sua


maioria, uma coagulase ligada ou “fator de
agregação” na superfície da parede celular. Esse fator
reage diretamente com o fibrinogênio no plasma,
provocando rápida aglutinação das células.
O teste pode ser efetuado com
microrganismos crescidos em ágar sangue ou outro
meio nutritivo não seletivo, porém não deve ser
realizado a partir de meios com alto conteúdo de sal.
As cepas que são negativas no teste da coagulase em
lâmina devem ser confirmadas com um teste de
coagulase em tubo. S. aureus
S. epidermidis

Presença da enzima catalase Descarboxilação da ornitina

A presença da catalase permite separar os Assim como é usado para identificação de


estreptococos catalase negativa de outros cocos Enterobactérias, o caldo ornitina pode ser usado para
Gram-positivos produtores de catalase, por esse grupo também. Esse teste é usado
exemplo, estafilococos. A enzima catalase especialmente para S. lugdunensis, uma vez que esse
converte o peróxido de hidrogênio em oxigênio e é o único positivo, descrito até o momento.
água. A liberação do oxigênio se observa pela
formação de bolhas.
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Alguns testes utilizados para diferenciação dos Streptococcus,


Staphylococcus e Enterococcus mencionados neste e-book

Presença de Pirrolidonil arilamidase Detecção da enzima urease

O teste da PYR também mostra-se útil Essa enzima encontra-se também entre os gram
como teste fenotípico para a identificação de positivos e o teste é exatamente o mesmo usado para
estafilococos coagulase negativos. À semelhança enterobactérias. Alguns estafilococos são urease-
dos enterococos, a L-pirrolidonil β-naftilamida é positivos, incluindo S. epidermidis, S. intermedius e a
clivada pela arilamidase a L-pirrolidona e β- maioria dos isolados de S. saprophyticus.
naftilamida livre, que se combina com o reagente
PYR (p-dimetilamino-cinomaldeído [PACA]),
produzindo uma cor vermelha. O teste é efetuado
com caldo PYR semeado até um padrão de Teste de VP
turvação de McFarland aproximado de no 2.
Depois de 2 horas de incubação a 35°C, adiciona- A produção de acetoína (teste de Voges-
se o reagente PYR. O aparecimento de uma cor Proskauer) mostra-se útil para diferenciar S. aureus, que
vermelha dentro de 2 minutos representa um teste é acetoína-positivo, de outras espécies coagulase-
positivo, enquanto uma cor amarela, laranja ou positivas (S. intermedius e S. hyicus) que são acetoína
rosa indica um resultado negativo. negativas. O teste convencional de produção de
acetoína entérica (caldo MR-VP) ou o método rápido
Sensibilidade a polimixina B com disco podem ser usados com resultados
comparáveis.
Muitos iniciantes confundem os testes de
identificação usando discos de antibióticos com o
teste de sensibilidade aos antimicrobianos, o
antibiograma. Esse teste pode ser feito Sensibilidade a novobiocina
separadamente ou até mesmo junto do próprio
antibiograma, porém, lembre-se de não liberar Muitos iniciantes confundem os testes de
como se fosse parte do mesmo. Use o dado de identificação usando discos de antibióticos com o teste
resistência ou não à polimixina para identificação. de sensibilidade aos antimicrobianos, o antibiograma.
A resistência do microrganismo é indicada pela Esse teste pode ser feito separadamente ou até mesmo
presença de uma zona com menos de 10 mm. As junto do próprio antibiograma, porém, lembre-se de não
cepas sensíveis exibem zonas que são iguais ou liberar como se fosse parte do mesmo. Use o dado de
superiores a 10 mm. S. aureus, S. epidermidis, S. resistência ou não à polimixina para identificação.
hyicus e algumas cepas de S. lugdunensis são A resistência do microrganismo é indicada
resistentes à polimixina. pela presença de uma zona com menos de 10 mm. As
cepas sensíveis exibem zonas que são iguais ou
superiores a 10 mm. S. aureus, S. epidermidis, S. hyicus
e algumas cepas de S. lugdunensis são resistentes à
polimixina.

Teste da Novobiocina
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Principais características das colônias de


bactérias de interesse médico
Quanto ao tamanho
Pequena1, média2, grande3, gigante4

Quanto a forma
Puntiforme5, circular6, filamentosa, irregular7 ou rizoide

Elevação/espessura da colônia
Achatada8, elevada, convexa9, côncava, polvinada, umbonada10, umbilicada

Quanto a borda/extremidades
Inteira11, ondulada, lobada, irregular, filamentosa, curva

Características da superfície
Apresenta brilho?12, seca8 lisa, rugosa13, papilada?

Densidade
Opaca, translúcida ou transparente

Consistência
Butirácea, viscosa14, quebradiça ou membranosa

Coloração/pigmentação
Branca15, leitosa, esverdeada16, amarelada, vermelha17. Possui pigmento?18 Pigmento difusível19 ou apenas
na colônia20?

Perfil hemolítico
Alfa21, beta22 ou gama hemolítico23

Quanto ao odor
Pútrido, frutado, chulé, cheiro, mofo.

17 e 18
11
13

9
1 2 3 4 5e6 7

8 10 14 15 16

19

20 21 22 23
exames de
rotina em
Microbiologia
operacionais
padronizados
dos principais
Procedimentos
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Acesso exclusive e secreto


Você está prestes a entrar na minha pasta mais secreta...

Eu tenho uma pasta no Google drive, onde


armazeno os meus Procedimentos Operacionais
Padronizados, os famosos POP’s. Estes protocolos foram
desenvolvidos para laboratórios parceiros.
Como você sabe, eu sou assessor científico,
frequentemente a Microlab é contratada para implantar ou
ajudar na gestão de qualidade dos setores de Microbiologia
de laboratórios. Com essa experiência, nós temos e já
elaboramos dezenas de POP’s.
Esta pasta contém modelos, exemplos e vários
POP’s prontos que eu elaborei ou ajustei para diferentes
laboratórios no Brasil. São dezenas de roteiros de como
realizar hemoculturas, urocultura, cultura de líquidos
diversos, coprocultura, biossegurança e muitos outros
procedimentos em Microbiologia.
Nesta pasta, eu condensei os melhores e os mais
preciosos POPs. E sabe o que é melhor? Ela é atualizada
constantemente. Basta você escanear com a câmera do seu
celular o Qr-code e pronto, você terá acesso a minha pasta
de Procedimentos operacionais padronizados!

Aponte a câmera do seu celular e abra a


pasta escaneando o Qr-code da imagem

Se você não estiver conseguindo escanear o Qr-code, acesse o link:


https://drive.google.com/drive/folders/1QG1KK--
qfpl5LjPrtdSqc6SCK9jEXVFe?usp=sharing
utilizados para cultura de
fungos e bactérias em
Meios de cultura

laboratórios clínicos
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Ágar Sangue e
Chocolate
O Ágar Sangue (AS) é um meio de cultura
muito nutritivo, não seletivo para cultivo dos
principais microrganismos como: Gram positivos,
Gram negativos, leveduras e fungos filamentosos, a
partir de diversos tipos diferentes de materiais
clínicos.
O ágar Chocolate (AC) consiste em um meio
enriquecido com suplementos altamente nutritivos
que favorece o crescimento de diversos patógenos
fastidiosos como Haemophilus spp. e Neisseria spp.
isolados de materiais clínicos nobres como: LCR,
aspirados diversos e diferentes líquidos cavitários. É
possível adicionar bacitracina no meio, de modo a
facilitar o desenvolvimento de espécies como
Haemophilus spp., promovendo leve inibição a
alguns microrganismos da microbiota.

Formulação básica:
A formulação tanto do AS quanto AC é
composta basicamente por extrato de levedura que
fornece nitrogênio, carbono, aminoácidos e vitaminas.

Como o meio é preparado?


• Após esterilização, o meio base preparado para dar
origem ao AS necessita resfriar a pelo menos 60°C,
assim, ao adicionar o sangue (carneiro, coelho ou
cavalo desfibrinado) não acontecerá hemólise dos
eritrócitos.
• No caso do AC, após a esterilização o meio é
resfriado naturalmente a 90-70°C. Em seguida,
adicionamos o sangue. A cor do meio se torna
marrom, indicando a lise dos eritrócitos.
• AC preparado com sangue não desfibrinado
apresentam riscos e vestígios de hemólise e outros
inesperados.
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Ágar Mueller-Hinton
O Ágar Mueller-Hinton é um dos meios mais Formulação básica
utilizados para os ensaios de susceptibilidade aos
Sua formulação clássica é composta de
antimicrobianos, especialmente na rotina da
hidrolisados de caseínas e extrato de carne, que por
bacteriologia. Falamos em rotina da bacteriologia, mas,
sua vez são fontes de aminoácidos, nitrogênio,
eventualmente ele é utilizado também para ensaios a
minerais, vitaminas, carbono e outros fatores que
sensibilidade a antifúngicos, apesar da primeira escolha
potencializam o crescimento de microrganismos. O
para esse fim, ser o MOPS-RPMI 1640 com glicose
amido atua como uma substância protetora contra
(2%). Para a rotina da bacteriologia ele é amplamente
moléculas tóxicas que podem estar presentes no meio.
utilizado para os testes por meio da técnica de Kirby-
A hidrólise de amido durante a esterilização fornece
Baue, disco difusão em placa. Na micologia, apesar de
uma pequena quantidade de glicose.
ser o mesmo princípio, utiliza-se além da técnica de
semeadura justaposta em pelo menos cinco direções
diferentes, a técnica de semeadura com a alça de Características e comentários gerais
Drigalski, em nosso curso mostramos como essa técnica
funciona e como é útil para essa finalidade. • No momento do preparo, esse meio de cultura pode
ser esterilizado em autoclave sem prejuízos a sua
composição.
• Considerar uma quantidade mínima do meio em
placa, de pelo menos 4mm de espessura.
• Deve ser preservado em geladeira, para evitar
ressecamento.
• O tipo de estriamento feito é específico para os testes
de sensibilidade, para bactérias, fazer estriamento
justaposto em pelo menos cinco direções diferentes.
• Para fungos filamentosos ou leveduras, pode-se
utilizar além da técnica descrita acima, a técnica de
semeadura pela alça de Drigalski.
• O MOPS-RPMI 1640 é um dos meios utilizados para
ensaios de susceptibilidade aos antifúngicos. Nele é
possível usar disco ou fita tipo E-test.
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Ágar CLED
Apesar de estar cada vez menos sendo usado Formulação básica
nas rotinas em bacteriologia, visto que hoje o mercado
oferece um número significativo de meios que Os nutrientes são fornecidos pelas peptonas de
favorecem a agilidade da rotina na urocultura, o CLED é caseínas e gelatina e extrato de carne de vaca. A lactose
um meio de cultura que ajuda a presumir alguns isolados fornece uma fonte de energia para os organismos com
fermentadores ou não. Este meio suporta o crescimento capacidade para utilizá-la através de um mecanismo
de agentes patogênicos e contaminantes urinários, mas fermentativo. O indicador de pH nesse meio de cultura é o
evita a proliferação indevida do véu das espécies de azul de bromotimol. A cistina permite o crescimento de
Proteus spp devido a sua deficiência ou até mesmo bactérias coliformes, sendo geralmente de crescimento
ausência de eletrólitos. pobre, evidenciado por colônias pequenas. As fontes de
eletrólitos são reduzidas ou podem estar ausentes para
minimizar a proliferação de espécies de Proteus e seu véu,
que por vez prejudica a identificação de outras bactérias. O
véu de Proteus, atrapalha no reisolamento também, pois, o
seu movimento ocorre para outras regiões do meio, inclusive
sobre outras colônias ou até mesmo suprimindo o seu
crescimento. Deste modo, o meio permite a determinação
quantitativa de agentes patogénicos urinários incluindo o
Proteus.

Preparo, caracterização dos isolados e estudos


preliminares
• No momento do preparo, esse meio de cultura pode ser
esterilizado em autoclave sem prejuízos a sua função.
• O semeio feito no CLED é específico para quantificação,
sendo necessário fazer um risco no centro da placa e em
Ágar CLED, estriamento para
seguida estriamento sobreposto ao risco central (imagem 1).
quantificação, indicando fermentação
• Fermentadores da lactose, crescem com colônias
negativa para lactose.
amareladas, tornando o meio também amarelo ou
transparente ao redor da colônia (imagem 2).
• Não fermentadores da lactose, crescem com colônias
translúcidas, não alterando a cor do meio, permanecendo
esverdeado.

Ágar CLED, estriamento para


quantificação, indicando fermentação
positiva para lactose.
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Ágar MacConkey
O ágar de Macconkey é um meio
diferencial ligeiramente seletivo, utilizado para o
isolamento e diferenciação de Enterobacterales e
uma variedade de outros bastonetes Gram negativos
provenientes de amostras clínicas. Fala-se de um
meio ligeiramente seletivo pois a concentração de
sais biliares, que inibe os microrganismos Gram-
positivos, é reduzida quando comparados a outros
meios de cultura, como é o caso do ágar SS.

Formulação básica

Sua formulação clássica traz como


principais nutrientes, que podem variar entre os
fabricantes, as peptonas fornecem os nutrientes. O
cristal violeta inibe as bactérias Gram positivas,
especialmente Enterococcus e os Staphylococcus. A
Características e comentários gerais
diferenciação de microrganismos entéricos faz-se
através da combinação de lactose e do indicador de • No momento do preparo, esse meio de cultura pode
pH vermelho neutro. Produzem-se colónias ser esterilizado em autoclave sem prejuízos a sua
incolores ou de cor rosa a vermelho consoante a função. É importante sempre atentar-se para as
capacidade do isolado para fermentar o hidrato de orientações do fabricante.
carbono.
• Crescimento de microrganismos fermentadores de
lactose apresenta colônias de coloração rosa, com ou
sem zona de precipitado de sais biliares (imagem 1,
seta branca).
• Não fermentadores de lactose apresentam colônias
sem coloração (imagem 2, seta preta).
• Klebsiella spp cresce em abundância, apresentando
sua característica espessa, cremosa e mucoide
(imagem 3).
• Proteus ssp pode reduzir o meio alterando a
coloração de vermelho para amarelo.
• Serratia spp, crescem com colônias de cor vermelho
intenso, podendo demorar mais que 24 horas para
apresentar essa característica (imagem 4).
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Ágar e Caldo BHI


O meio de cultura a base de infusão de
coração e cérebro, mais conhecido como BHI (do
inglês Brain Heart Infusion) é um meio de cultura
não seletivo e não diferencial para microrganismos
exigentes. Apresenta-se em forma de caldo (caldo
BHI) e sólido (ágar BHI). É usado frequentemente
na rotina da bacteriologia ou micologia para o
cultivo de organismos fastidiosos e amostras
aparentemente pobres em microrganismos. É
utilizado para manutenção de cepas em geladeira
e/ou freezer -80°C, adicionando-se glicerol.

Formulação
Esse meio é rico em nutrientes como peptonas
para o fornecimento de nitrogênio, vitaminas, enxofre
e carbono para esse tipo de cultura. Apresenta também
glicose como fonte de carbono para o processo de Ágar BHI com semeadura simples. S. aureus.
produção de energia.
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Ágar
Salmonella-Shigella (SS)
Esse meio de cultura é considerado
diferencial e seletivo, frequentemente utilizado no Formulação básica
isolamento de bacilos entéricos patogênicos, Sua formulação clássica contém extratos de
especialmente os que pertencem ao gênero carne bovina, hidrolisados péptico de tecido animal,
Salmonella, provenientes de amostras clínicas. Sua pancreático de caseína, sais biliares, verde brilhante,
seletividade, considerada moderada, está baseada no lactose e outros que fornecem diferentes fontes de
grau de inibição dos microrganismos Gram-positivos nutrientes.
e outras Enterobacterales que não a Salmonella e a
Shigella. Neste meio há um teor considerado de sais Características e comentários gerais
biliares, verde brilhante e citratos. A diferenciação
• No momento do preparo, esse meio de cultura não
presuntiva de organismos entéricos é feita por meio
pode ser esterilizado em autoclave. É importante
da fermentação da lactose. Os organismos que
sempre atentar-se para as orientações do fabricante.
fermentam a lactose acidificam o meio, tornando
essas colônias de cor rosa a tons avermelhados. Os • Os organismos que fermentam a lactose produzem
não fermentadores da lactose produzem compostos ácido que, na presença do indicador vermelho neutro,
tóxicos, como o Sulfeto de Hidrogênio, evidenciado resulta na formação de colônias rosas ou vermelhas
pela presença do tiossulfato de sódio e citrato férrico. (imagem, seta branca e amarela, respectivamente).
• Os organismos não fermentadores da lactose
eventualmente formam colônias de centro preto,
indicando a produção de H2S (imagem, seta azul).

Ágar SS, estriamento simples localizado, indicando


fermentação positiva para lactose, rosa, (seta
branca), sugerindo Salmonella spp, considerando a
característica mucoide da colônia. Na seta amarela,
sugere colônias de E. coli, de cor mais forte,
aproximando-se ao vermelho. As colônias pretas
sugerem Proteus spp (seta azul).
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Ágar Eosina Azul de


Metileno (EMB)
O ágar EMB é um meio de cultura Formulação básica
ligeiramente seletivo, para isolamento e
diferenciação de bacilos entéricos Gram negativos Sua formulação clássica contém corantes de
provenientes de amostras clínicas. Apesar de ser eosina Y e azul de metileno que inibe as bactérias
utilizado para isolamento e identificação presuntiva Gram-positivas na maioria das vezes. Os corantes
de organismos de interesse clínico, os coliformes funcionam também como indicadores de
podem crescer produzindo colônias pretas-azuladas. diferenciação em resposta à fermentação da lactose
Esse meio de cultura é incluído no conjunto de e/ou sacarose por microrganismos. Falamos em um
meios de isolamento de seletividade reduzida para a e/ou outro carboidrato pois a primeira formulação
Salmonella de amostras fecais e de outros tipos. (Holt-Harris e Teague 1916) tinha como fonte de
Isolados de Salmonella e Shigella apresentam energia a glicose. A sacarose é inserida (Levine) pois
colônias incolores ou ligeiramente âmbar sua fermentação é rápida. Mais rápida do que a
transparente. Escherichia coli poderão apresentar lactose, como proposto na formulação original de
um reflexo verde metalizado característico, isso se Holt-Harris e Teague.
deve à rápida fermentação da lactose.

Características e comentários gerais


• No momento do preparo, esse meio de cultura
pode ser esterilizado em autoclave sem prejuízos a
sua função.
• Colônias de E. coli têm crescimento bom a
excelente; apresentam-se em cor preta azulada com
reflexo verde metalizado (imagem 1).
• Gram positivos, leveduras e outro tem seu
crescimento inibido ou parcialmente inibido.
• Isolados de Salmonella e Shigella apresentam
crescimento que pode variar de razoável, bom a
excelente. Suas colônias são acinzentadas ou âmbar,
eventualmente incolores, respectivamente.

Ágar EMB, estriamento por esgotamento, indicando


fermentação positiva para sacarose, por meio das
colônias de rastro metalizado, E. coli (seta).
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Ágar Manitol Salgado


O Ágar Sal Manitol é um meio seletivo Caracterização dos isolados e estudos preliminares
para isolamento de Staphylococcus patogênicos a
partir de amostras clínicas. A concentração de 7,5%
de cloreto de sódio determina uma completa • A fermentação com manitol, conforme indicada por
inibição da maioria das bactérias, exceto uma alteração no indicador vermelho de fenol, ajuda
Staphylococcus. A fermentação do manitol é na diferenciação das espécies de Staphylococcus.
indicada pela tonificação do vermelho de fenol e • Os Staphylococcus com resultados positivos para a
permite a diferenciação de cepas desse grupo de coagulase produzem colônias amarelas amarelando
microrganismos. também o meio, indicando a fermentação do manitol,
como é o caso do Staphylococcus aureus (seta preta).
Formulação • Quando na presença de um Staphylococcus coagulase
negativa, a cor da colônia pode variar.
Sua formulação tradicional apresenta • Staphylococcus epidermidis geralmente formam
extrato de carne e a peptona especial, esses colônias rosadas ou vermelhas (seta branca).
consistem em fontes de nitrogênio, carbono,
enxofre e outros fatores necessários para o
crescimento.

Ágar Manitol com estriamentos simples localizados.


Sugerindo S. aureus (colônias amarelas, seta preta) e
S. epidermidis (colônias rosas, seta branca).
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Meios para Série


Bioquímica
Ágar TSI
O Ágar Tríplice Açúcar Ferro (TSI) é um Características e Comentários Gerais
meio utilizado para diferenciação de enterobactérias
de acordo com: fermentação de lactose, glicose e
sacarose e produção de sulfeto (H2S) de hidrogênio • Este meio possui indicador de pH vermelho de fenol
e dióxido de carbono (CO2) que em meio ácido muda sua coloração de vermelho
para amarelo, ou seja, se bactéria fermentar algum dos
açúcares o meio tem sua coloração alterada.
Formulação

Sua formulação clássica traz peptona,


lactose, sacarose, glicose, cloreto de sódio, extrato
de bife e levedura, sulfato férrico, tiossulfato de
sódio e vermelho de fenol
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Ágar Citrato Caldo Malonato


Algumas bactérias utilizam o citrato como Determina a habilidade do microrganismo de
única fonte de carbono. O Citrato de Simmons Ágar utilizar malonato de sódio como fonte de carbono, e o
permite avaliar a utilização do citrato pela bactéria sulfato de amônio como única fonte de nitrogênio,
em análise através de seu crescimento ou através da produzindo hidróxido de sódio, o qual alcaliniza o
alcalinização do meio (mudança da coloração meio e o mesmo torna-se azul.
esverdeada original para azulada). A mudança de cor verde para azul é propiciada
pela redução do pH visualizada através da viragem do
indicador Azul de Bromotimol.
Ágar SIM
Ágar Indol Sulfeto Motilidade (SIM) é um
Caldo Lisina
meio semi sólido usado para diferenciar bacilos
entéricos com base na produção de sulfeto de
Descarboxilase
hidrogênio, formação de indol e motilidade.
As descarboxilases são um grupo de enzimas,
capazes de reagir com o grupo carboxila dos
Ágar Ureia aminoácidos para formarem aminas alcalinas.
O Caldo Lisina Descarboxilase possui peptonas
e extrato de leveduras que favorecem o crescimento
Meio de cultura é utilizado principalmente bacteriano. A fermentação de glicose abaixa o pH e
na diferenciação de microrganismos, especialmente este fica amarelo. Se ocorrer atividade da enzima lisina
da família Enterobacteriaceae, com base na descarboxilase o pH aumentará, devido a
produção da enzima urease. transformação da lisina em uma amina primária: a
Os microrganismos que possuem atividade cadaverina , e o meio voltará a apresentar uma
urease hidrolisam a uréia. A alteração da cor do coloração roxa.
indicador para rosa (pH alcalino) é devido a
produção de íons de amônia.

Ágar Fenilalanina
É um meio que verifica a capacidade da
bactéria de produzir ácido fenilpirúvico a partir da
fenilalanina por ação da enzima fenilalanina
desaminase.
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Ágar Sabouraud

O Ágar Sabouraud dextrose é um meio de


cultura para cultivo de fungos filamentosos e
leveduriformes de amostras diversas. Atualmente
sua composição apresenta componentes que
favorecem o crescimento de diferentes grupos de
fungos. As peptonas existentes no meio de cultura
são fontes de compostos nitrogenados, excelentes
para o desenvolvimento de fungos. A dextrose em
grandes quantidades, proporcionam uma fonte de
energia para o desenvolvimento de microrganismos,
ao mesmo passo que auxilia na diminuição de
contaminantes bacterianos, uma vez que as
bactérias não toleram altas concentrações desse
carboidrato. Associada a presença de grandes
quantidades de dextrose, o baixo nível de pH que
naturalmente é ideal para os fungos, torna o meio
inapropriado para o desenvolvimento de bactérias.
O cloranfenicol é um antibiótico de largo espectro Ágar Sabouraud com semeio por pique central.
que inibe uma grande variedade de bactérias Gram Cultura de Aspergillus niger.
negativas e Gram positivas e pode ser adicionado,
na nossa aula de preparo dos meios de cultura
mostramos como e quando fazer a adição.

Formulação básica
Sua formulação clássica apresenta diferentes
fontes nutricionais para os fungos como: peptonas,
glicose, digestão enzimática de caseína, de tecidos
animais e ágar como componente solidificador.

Caracterização dos isolados e estudos preliminares


• No momento do preparo, esse meio de cultura pode
ser esterilizado em autoclave sem prejuízos a sua
função. É importante sempre atentar-se para as
orientações do fabricante. Esse meio é altamente
higroscópico.
• Fungos filamentosos e leveduras crescem
abundantemente nesse meio.

Ágar Sabouraud com semeio por pique central.


Cultura de Aspergillus spp.
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Ágar Mycosel
O Ágar Mycosel é um meio de cultura altamente seletivos usados no isolamento de fungos
patogênicos provenientes de materiais que possuem uma microbiota contaminante como alguns fungos ou
bactérias. É especialmente útil no isolamento de dermatófitos. Eventualmente é utilizado para auxiliar no
diagnóstico da Criptococose, tendo em vista que as espécies complexas de Cryptococcus neoformans e
Cryptococcus gattii são sensíveis a cicloheximida.

Formulação básica
Sua formulação clássica contém nutrientes fornecidos pelas peptonas. A dextrose é a principal fonte de
energia. A Cicloheximida é usada numa variedade de meios para o isolamento de fungos patogênicos, para
inibir fungos não patogênicos, como os bolores e leveduras saprófitas. O Cloranfenicol é um antibiótico de
largo espectro, que possui uma ação inibidora para uma grande variedade de bactérias Gram-negativas e Gram-
positivas, mas que poderá ter um efeito inibidor sobre vários fungos, portanto é importante saber a finalidade e
como o meio será usado para fazer tais suplementações.

Caracterização dos isolados e estudos preliminares


• No momento do preparo, esse meio de cultura pode ser esterilizado em autoclave sem prejuízos a sua função.
É importante sempre atentar-se para as orientações do fabricante. Esse meio é altamente higroscópico.
• Fungos filamentosos e leveduras crescem abundantemente nesse meio.
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Ágar Semente de Niger


ou de Girassol
O Ágar Semente de Niger (ASN ou NSA)
é frequentemente utilizado para diferenciar Preparo do meio propriamente dito
culturas sugestivas de Cryptococcus de outras
leveduras que não Cryptococcus, quando a amostra • Preparar o extrato de semente (niger ou girassol), se
foi confirmada por Gram ou Nanquim com possível quebradas em liquidificador, utilizando 100g
sugestão para levedura capsulada. Dentre as de semente.
leveduras do gênero Cryptococcus, apenas C. • Aquecer em panela de pressão por aproximadamente
neoformans e C. gattii são capazes de produzir 10 min.
melanina. Na ausência da semente de niger, é
possível substituir por semente de girassol, uma vez • Utilizar essa infusão após filtração e adicionar água
que ambas as sementes apresentam compostos orto até completar 1000ml.
e para-difenólicos para produção de melanina por • Em seguida adicionar os demais componentes:
essas leveduras. • 2g de glicose.
• 0,2g de creatinina.
Formulação
• 20g de ágar tipo 1.
Sua formulação clássica é muito simples, apresenta
infusão das sementes de niger ou girassol, peptona, • 2g de peptona.
glicose, eventualmente ureia e ágar como
componente solidificador. • Misturar e aquecer até ferver.
• Esterilizar em autoclave.
Forma de preparo • Após resfriamento (60C aprox.) adicionar 10mg
• Para o preparo desse meio de cultura se faz cloranfenicol.
necessário ambiente estéril, assim como todos os
• Verter em placas ou tubos (sugiro tubo)
equipamentos envolvidos no processo.
• Equipamentos de proteção individual também
estéril como luvas e jaleco.

Ágar Semente de Girassol, semeio


por estriamento simples em placa
tripartida, evidenciando colônias
de cor marrom, sugerindo
Ágar Niger, semeio por estriamento
simples localizado para controle de Cryptococcus spp (seta branca).
qualidade com cepa de Candida Contaminante filamentoso (seta
preta).
albicans (seta preta) e Cryptococcus
neofornans (seta branca).
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Ágar Canavanina-Glicina-
Azul de Bromotimol

O ágar Canavanina-Glicina-Azul de Bromotimol (CGB) é o meio de cultura utilizado quando o


objetivo é diferenciar fenotípicamente os dois complexos de espécies Cryptococcus neoformans de
Cryptococcus gattii. A L-Canavanina, um análogo de arginina, é um inibidor natural de Cryptococcus
neoformans. Cryptococcus gattii cresce normalmente, mesmo na presença desse aminoácido, considerando-se
resistente a sua presença.

Formulação
Sua formulação clássica traz diferentes fontes nutricionais. Apresenta glicina, sendo essa a sua única fonte de
carbono e nitrogênio, sulfato de magnésio e fosfato de potássio, cloridrato de tiamina, L-canavanina, ágar como
componente solidificador e outros.

Forma de preparo
• Para o preparo desse meio de cultura se faz necessário ambiente estéril, assim como todos os equipamentos
envolvidos no processo.
• Equipamentos de proteção individual também estéril como luvas e jaleco.

Preparo da solução A
10g de glicina.
1g de fosfato de potássio. • Todos os componentes devem ser
adicionados em 100ml de água destilada
1g de sulfato de magnésio. estéril.
30mg de sulfato de L-canavanina. • O pH deve ser ajustado para 5,6.
• A solução A deve ser filtrada em filtro tipo
1mg de Cloridrato de tiamina. Milipore 0,45.

Preparo da solução B
• 0,4g de azul de bromotimol.
• Dissolver em 100ml de água destilada estéril.
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Preparo do meio de cultura propriamente dito Atenção


• 20ml de solução B. • Em nossa experiência, para fins de testes apenas,
usamos meios de até 1 ano mantidos em geladeira sem
• 20g de ágar base tipo 1. congelamentos e/ou descongelamentos. Atenção para
• Adicionar em 880ml de água destilada, agitar e usar apenas meios não ressecados.
homogeneizar por aquecimento e esterilizar em • A solução A, pode ser mantida em congelador. Em
autoclave por 15min a 121C. nossa experiência, temos solução que foi congelada
• Após esterilizar, enquanto ainda quente, adicionar por um ano e 9 meses e ainda mostrou viabilidade.
100ml da solução A. • Para o meio que sobrou, pode armazenar na
• Homogeneizar muito bem. geladeira, mas não pode autoclavar novamente. Em
• Dispensar em placas/tubos. nossa experiência, descongelamos em micro-ondas.
• Em nossa rotina, “autoclavamos” por 10 min a 110°C
• Guardar em geladeira, passando fita tipo parafilm. e mesmo assim mostrou viabilidade.
• A validade pode variar de 4 a 6 meses. • Para padronizar o processo de re-autoclavar o meio
remanescente, testamos com as cepas padrão WM:
148 (VNI), 626 (VNII), 628 (VNIII) e 629 (VNIV)
para Cryptococcus neoformans; e 179 (VGI), 178
VGII, 161 VGIII e 779 VGIV, para Cryptococcus
gattii.

Placas amarelas, não apresentam crescimento ou alteração


na cor do meio quando semeia-se C. neoformans. Placa
com semeio em azul cobalto, indica crescimento de C.
gattii.
e BrCAST
Antibiograma

2023
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Antibiograma e Orientações
do BrCast 2023

Antibiograma
Introdução Sobre o material clínico
O antibiograma é um dos exames laboratoriais Para realizar o antibiograma é necessário ter uma cepa,
mais solicitados na rotina da microbiologia. É um recém identificada e com idade máxima de 24 horas.
exame de sucede ao de identificação de um
determinado microrganismo de uma amostra clínica. Sobre o controle de qualidade
Esse exame foi elaborado com o objetivo de Descrever, justificando, tamanho 10, não itálico (exceto
identificar o perfil ou o Teste de Susceptibilidade aos nome de microrganismos) e não negrito.
Antimicrobianos (TSA) de uma bactéria. Pode ser
realizado de várias formas, porém a mais comum e Procedimentos para realização do exame
difundida pelos laboratórios de microbiologia do
mundo, por se tratar de um ensaio relativamente Primeiro passo - separe todo o material que deve ser usado
barato é a técnica descrita por Kirby-Bauer, por meio para realizar o TSA, isso inclui: ágar mueller-hinton, swab
da disco-difusão (DD). É importante mencionar, que estétil, alça bacteriológica, pinça, suspensão de soro
apesar de ser a técnica mais comum e conhecida, não fisiológico (0,85% NaCl), cultura de 24h a ser testada,
é a mais eficiente e “completa”, isso por que, não é capela ou bancada extremamente limpa com bico de
possível testar todos os antibióticos disponíveis no Bunsen, discos de antibióticos de acordo com o isolado
mercado pela disco-difusão, sendo em alguns casos, identificado.
necessário fazer testes por micro-diluição em caldo. Segundo passo – preparo da suspensão: com a alça, araste
Porém, essa técnica não será descrita deste e-book, (sem trazer junto fragmentos do meio de cultura) uma
pelo menos, não nesta primeira versão. massa de cultura equivalente a 1 ou 2 colônias. Suspenda
Vamos continuar, pensando em como e por que essas colônias em soro fisiológico e equipare ao padrão 0,5
esse exame deve ser realizado. Para que o TSA seja de McFarland. O grau de turbidez da sua suspensão tem
realizado é necessário ter chegado na identificação da que ser o mesmo da escala 0,5.
bactéria, ou pelo menos no grupo bacteriano. Por Terceiro passo – Após adquirir temperatura ambiente
exemplo, você pode não saber que aquela bactéria vamos usar o ágar Mueller-Hinton. Para isso, embebede o
isolada é uma Klebsiella pneuminia, mas, você vê swab com a suspensão, evitando excessos e faça estrias
pelo crescimento em Maccbonkey que é uma bactéria justapostas de 3 a 5 direções sobre a superfície do meio de
fermentadora de lactose. Logo, presumimos ser uma cultura.
Enterobacterales, ordem da qual pertence a Klebsiella Quarto passo – Após 15 minutos, aplique os discos
e tantas outras bactérias comuns, portanto, você fará o utiliazando a pinça estéril de antibióticos sobre a superfície
TSA escolhendo os antibióticos baseados na tabela do do meio, deixando um espaço médio equivalente a 30mm
BrCAST para Enterobacterales. entre os discos. Em seguida, a placa vai para a estufa por 18
Quanto ao uso e escolha dos antibióticos, o a 24 horas. Apenas depois de 18 horas, o ideal é que seja 24
Brasil hoje utiliza o BrCAST como guia padrão para horas, que o antibiograma pode ser lido.
determinação do perfil de sensibilidade aos
antimicrobianos. Neste e-book, fizemos alguns Procedimentos para leitura do exame
ajustes para fins de simplificação da tabela já que o
uso é destinado apenas a técnica de DD. Ainda sobre Essa é a parte mais crítica. Precisamos ler o
a tabela, não a veja como confusa, mas, como antibiograma com muita calma e em condições específicas,
complexa. É um documento que ser a pequenos, preste atenção.
médios e grandes laboratórios. Vamos ajuda-lo, ao
máximo.
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Antibiograma e Orientações
do BrCast 2023

Antibiograma
Para a leitura do antibiograma é necessário ter
algumas condições ideais como: luz, um paquímetro
ou régua calibrada, uma placa de fundo preto para ver
com cuidado as definições de bordas dos halos.
Abaixo, seguem alguns exames importantes de como
o antibiograma é feito e lido. Se você é aluno do
nosso curso de Microbiologia Clínica, veja a aula
sobre o Antibiograma, terá ainda mais vivência
prática de como o exame é feito. 3

Alguns passos importantes na hora de fazer o


antibiograma

Atenção ao madrão de turvação, observe a


imagem, o padrão de turvação tubo testado (1) tem
que ser a mesma do tubo padrão da escala de
McFarland (2).
4 5

4 5

Observe a forma correta de fixar o disco de antibiótico


sobre a superfície do meio (3). Em 4, vemos uma forma
errônia de estriamento. Os mesmos foram feitos muito
2 distantes uns dos outros, formando lacunas e dificultando a
1 leitura correta da formação do halo, bem como a
distribuição uniforme do microrganismo sobre a superfície
do meio. Em 5, percebe-se a distribuição adequada. Os itens
4 e 5, mostram a forma como o halo deve ser lido. Em 5, o
fundo da placa é claro, dificultando a leitura. Em 5, o fundo
é escuro, auxiliando na observação das bordas dos halos.
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Antibiograma e Orientações
do BrCast 2023

Conheça as tabelas do BrCAST


As tabelas do BrCAST são as ferramentas oficiais de análise do perfil de sensibilidade aos
antimicrobianos usados como padrão no Brasil. Atualmente, usamos para definir o perfil de sensibilidade
de isolados clínicos humanos de diferentes materiais e condições clínicas. Muitos estudantes e
profissionais veem dificuldade em entender ou interpretar as tabelas do BrCAST para usar em suas
rotinas. Para isso, preparamos um vídeo explicando como você pode padronizar ou otimizar suas tabelas
do BrCAST. Este vídeo pode ser encontrado em nossos cursos, mas, uma curta versão desse conteúdo
podem ser vistos nestes links: https://youtu.be/nuBFbJcanWs e https://youtu.be/RLEafR39ud4. Neste
capítulo, temos alguns exemplos de tabelas otimizadas do BrCAST.
É importante você saber que as versões atualizadas dessas tabelas poderão ser encontradas nesta
pasta do Google Drive (https://drive.google.com/drive/folders/1t8Hd8AS2DvzeRBy570MpmWXTY-
iicjNv?usp=sharing), use a vontade. Na próxima página, mostro um exemplo de tabela otimizada para
antibiograma para amostras de urina, nos padrões do BrCAST 2023.

Aponte a câmera do seu celular e abra a pasta escaneando o


Qr-code da imagem para ter acesso ao meu arquivo com as
tabelas SEMPRE atualizadas
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Rotinas e

de cultura em
Micologia
procedimentos
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Introdução à
Micologia Médica

Introdução
As culturas dos fungos são massas de filamentos -
Fungos são seres aclorofilados, sem
hifas entrelaçadas no caso dos bolores - e aglomerados de
capacidade de produzir energia ou material plástico
formas unicelulares no caso das leveduras. Duas partes
por meio da energia da luz e do gás carbônico (C02),
funcionais compõem as culturas de fungos filamentosos e
isto é, são desprovidos da capacidade da fotossíntese,
leveduras: sistema vegetativo e sistema reprodutivo. O
pois não possuem cloroplasto. São seres
primeiro tem por finalidade absorver e metabolizar os
heterotróficos quimiotróficos, dependendo de
alimentos, construindo e organizando as estruturas
substâncias orgânicas previamente formadas. São
plásticas e energéticas; o segundo serve para multiplicar,
eucariotos, podendo ser haplóides, diplóides e
produzir novos seres, transmitir os caracteres genéticos e
poliplóides; têm parede rígida quitinosa constituída de
perpetuar a espécie.
polímeros de amino-açúcares, sem reservas de amido
Quando o fungo cresce no meio de cultura,
e, em alguns casos, com presença de glicogênio.
observa-se o micélio aéreo e o micélio vegetativo, que
Alimentam-se por absorção, pois não são capazes de
penetra no meio para captar nutrientes. Por sua morfologia,
ingerir ou fagocitar alimentos. Os fungos
topografia, coloração, textura etc. os dois lados da cultura
reproduzem-se de forma vegetativa, sexual, assexual
são importantes para o estudo: o anverso ou face e o
e parassexual. Na identificação dos fungos
reverso ou costa (fig. 1).
patogênicos para o homem e os animais, é importante
a reprodução assexual e, raramente, a sexual.
A dispersão é feita por meio de esporos e formas
vegetativas. O reino Fungi compreende seres FIGURA 1
unicelulares ou filamentosos, que se alimentam por
absorção em mecanismo heterotrófico, sem
capacidade de fotossíntese, têm parede celular rígida
quitinosa, são eucariotos, isto é, têm núcleo
verdadeiro, possuem estrutura nuclear haplóide,
Anverso
diplóide ou poliploide.
A vida de bolores (fungos filamentosos) e
leveduras pode ser saprobiótica, comensal ou parasita.
Artificialmente, crescem sobre meios de cultivo
preparados em laboratório, constituindo colônias ou
culturas. Como comensais, vivem em materiais
orgânicos em hospedeiros animais ou vegetais. Como
parasitas, vivem na dependência de animais e
vegetais, frequentemente causando doenças, com
lesões leves ou graves e até fatais. Como sapróbios,
vivem de materiais em decomposição, formando
colônias. O hábitat, portanto, é constituído por
animais, vegetais e solos.
Reverso
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Os fungos filamentosos se compõem A divisão entre fungos filamentosos e leveduras


principalmente de filamentos ou hifas, que em conjunto não é rígida, pois muitos fungos são dimórficos, isto é,
denominam-se micélio. As hifas podem ser septadas ou podem apresentar formas filamentosas ou em levedura,
cenocíticas; são ramificadas, longas e tubulares. As conforme o meio usado e as condições de incubação,
leveduras são, basicamente, estruturas unicelulares, como umidade, temperatura etc.
formando colônias cremosas e moles (fig. 2). Entre os fungos filamentosos de interesse às
análises clínicas, dois tipos principais de órgãos de
reprodução são importantes: o conidióforo e o
FIGURA 2 esporangióforo. O conidióforo caracteriza-se por
produzir esporos externos, denominados conídios; o
esporangióforo produz esporos internos, os
esporangiósporos (Esquema 1).

Conídios

Fiálide

Vesícula

Fungo Filamentoso

Conidióforo

Fungo Leveduriforme
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A forma dos esporos varia conforme gênero


ou espécie, apresentando, ou não, septos longitudinais
ou transversais, que podem ser hialinos ou coloridos
com tamanho variável.
No caso do Rhizopus os esporangióforos
compõe-se de uma haste que sai de uma hifa
aceptada, com um alargamento na extremidade, a
columela, e uma membrana formando uma esfera, o
esporângio, dentro do qual se encontram os
esporangiósporos. Com o rompimento do esporângio,
os esporangiósporos são liberados no ambiente (Fig.
3).

Rhizopus sp
FIGURA 3

Microcultivo de Rhizopus sp

Formações unicelulares são encontradas nos grupos


típicos de leveduras, enquanto em outros grupos observam-se
também as hifas. Algumas espécies possuem formações
filamentosas artrosporadas que se fragmentam com
facilidade.
O processo de reprodução assexual mais importante
é por gemulação, isto é, com formação de brotos. A
artrosporação é um processo de reprodução por
segmentação. A Candida albicans (Fig. 4) em condições
especiais, forma esporos arredondados, os clamidósporos. A
reprodução sexual é insignificante na identificação das
leveduras patogênicas. Algumas espécies de leveduras
podem formar cápsulas ao redor das células, como é o caso
do Cryptococcus neoformans (Fig. 5).
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FIGURA 4 FIGURA 5

Candida vista em urina, Cápsula de Cryptococcus neoformans


mostrando pseudohifas (seta) visualizada com tinta nanquim.

Os fungos filamentosos septados podem ser hialinos ou demáceos. Veja a diferença macroscópica
entre eles no esquema abaixo (Esquema 2).

Colônia de fungo filamentoso


hialino

Colônia de fungo filamentoso


demáceo

A identificação dos bolores é feita pelos As leveduras exigem provas bioquímicas para
caracteres morfológicos, especialmente no caso dos sua identificação, como as provas de fermentação
agentes patogênicos. O exame microscópico das (zimograma), de assimilação de fontes de carbono, de
culturas é realizado usando-se fragmentos destas, nitrogênio etc.
clareados com lactofenol azul-algodão. Para estudos
mais acurados utiliza-se o cultivo sobre lâminas.
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Metodologia de estudo dos fungos:


métodos diretos e indiretos de diagnóstico,
importância e parâmetros
Cultivo sob lâmina e lamínula: microcultivo:
Exame direto da colônia ou de escamas com auxílio O microcultivo é um dos principais exames
de fita adesiva: utilizados para o estudo detalhado das estruturas
Este exame é um dos mais simples e baratos fúngicas. Determinadas micoses requerem este exame
realizados na rotina da micologia. É um exame útil, para a identificação precisa e diferenciação de algumas
pois, permite o estudo das estruturas fúngicas ao espécies de fungos. No caso da cromoblastomicose, só
microscópio, em alguns casos (os que não necessitam é possível diferenciar as espécies de Fonsecaea pelo
de microcultivo), podem-se diferenciar algumas microcultivo, além, dos demais gêneros, a
espécies de fungos filamentosos. Lembrando que este diferenciação de espécies do gênero Cladosporium é
exame é utilizado apenas para fungos filamentosos, as indispensável para o diagnóstico preciso da
leveduras são coradas pelo Gram. Nesta técnica nós cromoblastomicose, dentre os demais agentes da
utilizamos o corante azul de lactofenol (azul de doença.
algodão).
Este teste consiste que com uma fita adesiva
grudada do lado colante para fora nos dedos polegar e Material utilizado (Fig. 6):
médio. Com o dedo indicador deve-se aproximar a fita ● Uma placa de Petri;
com o lado colante à colônia do isolado e pressionar ● Um papel filtro (5);
levemente sob ela e em seguida dispor sob uma lâmina ● Um tubo em “U” ou lâmina (para usar como
com azul de lactofenol e observar ao microscópio. suporte) (2);
Quando não se tem a fita, pode-se usar fragmento da ● Uma lâmina e uma lamínula (1 e 3);
colônia retirado com pinça ou alça bacteriológica. ● Água destilada estéril;
Esta técnica também é utilizada para a pesquisa ● Bloco de ágar Sabouraud ou batata (ou outro,
de Malassezia (agente etiológico da Pitiríase depende do isolado específico) (4).
versicolor) em escamas de pele. Neste caso utiliza-se a
técnica aproximando a parte colante da fita na pele e
dispondo em uma lâmina limpa e visualizá-la. Neste
momento, quando positivo, é possível visualizar
aglomerados de esporos em forma de cachos de uva,
podendo aparecer junto com filamentos grossos.
FIGURA 6
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Uma observação importante é que para a


Cultivo sob lâmina e lamínula: microcultivo: visualização do microrganismo ao microscópico, deve-
A técnica consiste em: Montar o kit com o papel se evitar ao máximo contaminações pelos profissionais
filtro ao fungo da placa e sob ele dispor o tubo em “U” ou a manipuladores, por tanto, deve-se colocar 1 ou 2 ml de
lâmina de suporte. Sobre o tubo colocar outra lâmina e nela formol em algodão esparramado na placa e vedando-a
dispor de um bloco de aproximadamente 10x10mm de ágar com fita adesiva ou insulfim, assim, o formol inativa o
Sabouraud ou outro. Neste momento o semeio deve ser feito fungo através da inativação da esporulação e ajuda a
neste bloco de ágar, pode ser feito um pique central, ou nas fixar o material na lamínula.
pontas laterais do bloco. Em seguida deve-se colocar a O tempo de crescimento dos fungos varia de
lamínula sob o bloco de ágar e fechar a placa. Deve-se gênero e espécies de diferentes fungos, principalmente
umedecer com 1 a 4mL de água destilada estéril, sempre que nos fungos leveduriformes e dimórfico em geral, cabe
necessário o papel filtro para que o sistema permaneça úmido ao responsável visualizar o crescimento e avaliar se o
e contenha as condições mínimas de sobrevivência do fungo mesmo contém condições mínimas de
(Fig. 7). desenvolvimento para estudo ao microscópio,
geralmente isso ocorre em torno de 7 a 10 dias.
Com o auxílio de uma pipeta estéril dispor de
FIGURA 7 algumas gotas de água sob o papel filtro para
umedecer (Fig. 8). Depois de finalizado o
procedimento, fechar a placa e guardar para que o
fungo possa crescer (Fig. 9).

FIGURA 8

Para a visualização do microcultivo, deve-se com


muito cuidado retirar a lamínula de cima do bloco de ágar
com uma pinça estéril, colocar em uma lâmina limpa que
tenha uma gota do corante azul de lactofenol (azul de
algodão) e visualizar com os procedimentos padrões.

FIGURA 9
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FIGURA 10

Técnica da Tinta da China (Tinta Nanquim):


Este exame é utilizado para visualização de leveduras
capsuladas como as do gênero Cryptococcus em diversos tipos
de material clínico. O princípio desde exame não é corar as
leveduras, pois, a tinta nanquim não é capaz de penetrar a
cápsula polissacarídica, mas sim, todo o material ao redor dela,
enegrecendo todo o material e evidenciando através da luz
microscópica a cápsula leveduriforme e os possíveis
brotamentos em andamento, além, de evidenciar também,
futuros rompimentos das cápsulas, quando o objetivo do
exame é verificar a atuação de antifúngicos, no entanto, esse
exame não é exato quanto a esse fim.
Este exame não permite verificar a viabilidade das
leveduras, seu objetivo principal é apenas evidenciar as
cápsulas presentes no material clínico, pois, mesmo que
inviáveis, por conta da administração de antifúngicos, as
leveduras podem estar presentes no exame por um bom tempo.
Este fato, pode não representar um bom parâmetro para o
controle da doença. Para confirmar a viabilidade do material
clínico, deve-se realizar a cultura do material.
A técnica consiste em dispor uma gota de
aproximadamente 50 a 100μl numa lâmina limpa e estéril do
líquor (Fig. 10). Depois com cuidado dispor de uma ou duas
gotas da tinta no canto da lâmina e com uma ponta de pipeta
misturar aos poucos com o líquor, deve-se deixar uma
quantidade grande de tinta para que melhore na hora da
visualização (Fig. 11).

FIGURA 11
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Técnicas de semeio em Micologia FIGURA 13

Existem várias técnicas de semeio para fungos;


essas técnicas auxiliam na obtenção de culturas puras.
Algumas técnicas são mais eficientes quando há uma
quantidade mínima de material.

Semeio por estria e esgotamento:


Essa técnica tem o objetivo de obter uma grande
quantidade de microrganismos numa placa ou tubo, é
utilizada para a semeadura de leveduras para fins de
diagnóstico em micologia. Neste caso estria-se o material
em uma placa com a alça bacteriológica transversalmente
na placa ou em locais diferentes; se possível passar a alça
sob os semeios recém-realizado e realizar um novo semeio
a fim de carregar mais microorganismos para uma
superfície maior para obter colônias puras do
microorganismo.

FIGURA 14
Semeio por pique central:
Essa técnica é utilizada para organizar o
crescimento de um determinado fungo em uma placa; é
utilizada com maior frequência para fungos filamentosos a
fim de que ele cresça do centro para as bordas da placa.
Assim, essa técnica auxilia no momento da realização de
exames como o da fita adesiva. Consiste em um pique
central em uma placa de Petri ou em um tubo, assim,
através do crescimento centrífugo o fungo irá se
desenvolver normalmente.
Este tipo de semeio é comum quando o objetivo é de
se obter uma cultura pura de fungo filamentoso. Se pega
uma alça bacteriológica, abre-se o seu halo a fim de que
fique como uma agulha. Pica-se na amostra e em seguida
no centro da placa nova. Dessa forma, através do
crescimento centrífugo o fungo se desenvolve como no da
foto (Fig. 14).
Técnicas de
coleta em
Micologia
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Técnicas de coleta em Micologia

Introdução Processamento da amostra:


Na rotina do laboratório de micologia são Os materiais líquidos são examinados
usados os mais diversos tipos de material biológico. Os inicialmente a fresco (pus, líquor, escarro, etc.). Muitas
mais comuns são raspados de pele, pelo, cabelo, unha vezes esses materiais necessitam passar por um
e couro cabeludo. Porém, há exames mais específicos processo de enriquecimento ou digestão, como os
e microorganismos mais “ousados” que são casos do líquor ou do escarro, respectivamente.
pesquisados em líquor, escarro sangue e outros Os materiais sólidos, como os pelos, as escamas
líquidos corpóreos; além de biópsias de fragmentos de de pele ou de unha, são submetidos a um processo de
tecidos de modo geral. clareamento com hidróxido de potássio e leve
O diagnóstico das micoses é realizado pela aquecimento. A fervura deve ser evitada, pois
demonstração da presença do fungo causador da cristaliza e precipita as substâncias digeridas,
doença por meio do exame micológico. Antes de se dificultando a microscopia, além de fragmentar
coletar o material é muito importante que o paciente excessivamente as escamas, impossibilitando a
não esteja utilizando medicamentos antimicóticos. pesquisa do agente.
Caso esteja, eles devem ser suspensos, pois interferem O isolamento de fungos é feito especialmente no
na microscopia e no isolamento. Essa deve ser uma meio de ágar Sabouraud em tubos ou placas. Devido
ação feita pelo médico, que deve entender que o uso ao pH ácido (cerca de 5,0 a 5,5) desse meio muitas
pode trazer resultados falso-negativos. bactérias são inibidas. O meio é relativamente simples,
A coleta do material é uma etapa fundamental não havendo dificuldades para o seu preparo. Os meios
no exame micológico, devendo ser feita no local industrializados podem, com pouca frequência, gerar
adequado, com o material correto, no momento problemas no crescimento dos fungos, além de
indicado e na quantidade certa. Nas lesões provocar alterações no aspecto e na esporulação da
descamativas de pele ou de unha raspa-se o local com cultura.
lâmina. Existindo micose em áreas cobertas com pelos Ao meio de cultura acrescentam-se antibióticos,
esses devem ser arrancados. Em caso de micoses como cloranfenicol, gentamicina, penicilina,
pulmonares é coletado o escarro. A punção é utilizada estreptomicina etc. Para os dermatófitos usa-se a
na coleta do líquor, ou de pus nos gânglios linfáticos cicloheximida que inibe os bolores contaminantes. O
enfartados. uso desses antibióticos não pode ser indiscriminado,
pois há inibição de algumas culturas, como acontece
com a o C. neoformans com a cicloheximida.
A identificação dos bolores é feita pelos
caracteres morfológicos, especialmente no caso dos
agentes patogênicos. O exame microscópico das
culturas é realizado usando-se fragmentos destas,
clareados com lactofenol azul-algodão. Para estudos
mais acurados utiliza-se o cultivo sobre lâminas. As
leveduras exigem provas bioquímicas para sua
identificação, como as provas de fermentação
(zimograma), de assimilação de fontes de carbono, de
nitrogênio etc.
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Coleta do Material em Micologia

Material necessário: Coleta de raspados de unha:


• Bisturi pequeno ou lâmina de bisturi; ● Os fragmentos de unhas alteradas podem ser
• Pinça de depilação; colhidos, raspando-os com o bisturi ou com o
• Estiletes; auxílio de uma tesoura limpa;
• Tesouras; ● Material que se deposita embaixo da unha pode ser
• Lâminas de microscopia; retirado cuidadosamente com o bisturi, com um
• Placas de Petri; palito (tipo de manicure), previamente
• Frascos; esterilizado, ou outro objeto pontiagudo estéril;
• Tubos de ensaio com salina esterilizada; ● Em casos de paroníquia (lesões na região da
• Swabs; cutícula), colhem-se as escamas e, se possível, o
• Fita adesiva – Scotch 3M. pus, com um swab;
● Se a lesão é uma mancha esbranquiçada embaixo
1) Coleta para micoses superficiais: da unha, raspar por cima da unha com o bisturi até
chegar na parte com a lesão; desprezar este
Amostras de pele: material e raspar todo o conteúdo da mancha.

● As amostras de lesões de pele como escamas,


crostas, ou cascas, devem ser colhidas
preferencialmente com uma lâmina de bisturi
descartável ou com a borda da lâmina de
vidro de microscopia, muito limpa;
● Deve-se colher, raspando em vários pontos da
lesão, procurando as bordas das lesões mais
recentes;
● Nos casos em que não há escamas aparentes,
procura-se raspar bem o local e retirar o
material que for possível.

Amostras de Couro Cabeludo:


● As amostras de lesões no couro cabeludo
devem ser obtidas através da raspagem do
local;
● A amostra deve conter tocos de cabelo, o
conteúdo dos folículos tapados e as escamas
Coleta de raspado de unha
de pele;
● Os cabelos da área também podem ser
puxados com pinça (os cabelos infectados são
facilmente removíveis).
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Membranas mucosas:
2) Coleta com suspeita de micoses Subcutâneas:
● Para as infecções de boca ou vagina, o raspado
● Podem ser raspadas as escamas ou crostas da
com lâmina de bisturi ou espátula, nas partes
parte superficial da lesão;
afetadas (áreas com eritema e/ou placas brancas),
● Aspirado do pus e/ou biópsia, são mais
é melhor do que o swab, se o material for
apropriados para o exame;
processado imediatamente;
● O pus é coletado assepticamente de abscessos
● No caso de coleta vulvar/vaginal, o swab (sempre
não drenados com uma agulha estéril em
embebido em salina ou água estéril) é o mais
seringa. Após a coleta, retirar a agulha com uma
adequado. Não esquecer que o swab tem que ser
pinça e passar o material para um frasco estéril;
mantido úmido até ser processado o exame.
● Nas lesões ulceradas, caso o material tenha que
ser colhido com swab (o que não é
Coleta no ouvido:
recomendado), deve ser retirado da parte mais
● As infecções fúngicas de ouvido são geralmente
profunda da lesão, evitando encostar na
secas, exceto quanto associadas a infecções
periferia e na pele adjacente;
bacterianas;
● Se algum grão for visível no pus, este deve ser
● A raspagem do material é sempre melhor para o
incluído na amostra.
diagnóstico laboratorial, embora o swab também
possa ser usado.

Coleta na mucosa ocular:


● Deve ser solicitado meio de cultura ao laboratório Observações:
e o material retirado das áreas de ulcerações e a. Para todas as coletas descritas acima, colher todo o
supurações pelo oftalmologista deve ser inoculado material disponível na lesão. Quanto mais material
imediatamente no meio; mais viabilidade na visualização e no crescimento em
● Lágrima e fluídos podem ser coletados com pipeta cultura.
plástica estéril chamada de pipeta Pasteur b. Todas as vezes que a coleta for com swab, este deve
descartável ou pipeta de transferência. O swab ser umedecido em salina ou água estéril antes da
não é adequado para este tipo de material. coleta. Após a coleta, deve permanecer em um frasco
estéril com salina suficiente para mantê-lo úmido até o
procedimento do exame.
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Sangue (Coleta, processamento e transporte):

Técnica de Coleta (procedimento):


3) Coleta com suspeita de micoses sistêmicas ou
● Realizar assepsia do sitio escolhido para
profundas:
puncionar com álcool 70 % esperar 5
segundos e aplicar solução de Iodo-povidine a
10%, coletar de 8 a 10 ml de sangue venoso
Escarro:
(adultos) e de 1 a 3 ml (crianças), para cada
● Preferencialmente deve ser colhido por
frasco coletado.
broncoscopia: lavado ou aspirado brônquico;
● Terminada a punção retirar a agulha
● Quando não for possível, o escarro deve ser
trocando-a por uma nova, inocular o sangue
colhido da mesma maneira como é colhido
no frasco enviando de imediato ao
para o exame de tuberculose, não esquecendo
laboratório.
da higiene da boca antes da coleta, para
diminuir a contaminação pelos saprófitas da
Quanto ao volume da amostra é recomendado
cavidade bucal e da faringe;
de duas a três amostras de cada paciente, com
● O exame de escarro, tanto o direto como a
intervalos de 30 minutos. Deve ser respeitada a
cultura, na maioria das vezes não são
quantidade de sangue de 1:10 em relação ao meio de
satisfatórios, porque não é confiável, já que é
cultura, isto é: 5ml de sangue para 45mL de meio de
uma amostra muito contaminada. Portanto,
TSB -Trypticase Soy Broth - (hemocultura adulto) e
quando houver a possibilidade do exame
1mL de sangue para 9mL de TSB (hemocultura
sorológico, deve-se optar pelo último.
pediátrico).
Líquor (Líquido Cefalorraquídeo):
Inoculação e Incubação do material:
● É colhido pelo médico. Não é recomendável
● Romper o lacre central dos frascos e fazer
que a mesma amostra seja utilizada para os
assepsia na tampa de borracha dos frascos de
exames bacteriológicos, micológicos ou de
meio com TSB (frasco de hemocultura) com
tuberculose, porque pode haver
álcool 70%;
contaminação;
● Inocular 5mL de sangue direto da seringa de
● O ideal é uma alíquota da amostra para cada
coleta no frasco de hemocultura adulto
setor;
(45mL) ou 1mL de sangue em frasco de
● Para um bom exame direto com cultura e
hemocultura pediátrico (9mL). Misturar bem
Prova do Látex, é necessário 2 a 3ml de
(sem agitar) para evitar coagulação;
líquor.
encaminhar imediatamente em temperatura
ambiente;

Para distâncias maiores, proceder como o descrito


abaixo:
● Em caso de mais de um frasco, em um deles
deverá ser introduzido na tampa de borracha
uma agulha estéril com uma pequena porção
de algodão na parte posterior, para aeração;
● Incubar a 35ºC por 24 horas antes de enviar
para o laboratório onde será feita a pesquisa.

Quanto ao transporte, depois de decorrido o


tempo de incubação de 24 horas, o TSB deverá ser
encaminhado ao laboratório em temperatura ambiente,
juntamente com os dados do paciente, ficha e demais
dados informativos.
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3) Coleta com suspeita de micoses sistêmicas ou Processamento e coleta de urina para cultura:
profundas: ● A assepsia com água e sabão da região genital
deve ser rigorosa, podendo após lavar com
povidine, enxaguar com água estéril e secar
Processamento de Sangue para cultura de medula com gaze estéril. (sexo masculino retrair o
óssea: prepúcio e lavar a zona da glande e meato
Coletar de 3 a 5 ml de sangue e colocar em um frasco urinário).
estéril contendo 0,5 ml de heparina diluída 1:1000. ● Coletar 10 ml de urina do segundo jato
urinário (sexo feminino afastando os grandes
lábios) em frasco esterilizado.
Fluidos em geral (Pleural, Sinovial e Peritoneal):
● Aspirados ou drenados, são coletados ● Crianças: Fazer assepsia rigorosa dos genitais
assepticamente em frasco estéril contendo e região perianal com água e sabão, colocar o
heparina estéril 1:1000.; coletor urinário adequado segundo sexo, uma
● A quantidade de heparina usada varia de vez obtida a amostra mandar o coletor
acordo com o volume da amostra fechado ao laboratório. (o coletor deverá ser
(aproximadamente 1 ml por 10 ml de fluído); trocado a cada 30-40 minutos caso a criança
● Em casos de fluído abdominal de pacientes de não tenha urinado).
diálise peritoneal, colher sem heparina ou em ● Paciente com sonda vesical de permanência:
frasco de hemocultura. Desprezar a urina remanescente na sonda
vesical permitindo a descida desta para a
bolsa coletora, pinçar a sonda vesical 20 cm
de distal a proximal logo que a urina fresca se
acumule. Prévia assepsia com álcool 70 %,
coletar 10 ml da amostra puncionando no
lugar do dispositivo para coleta de urina, e
depositar em tubo esterilizado adequadamente
fechado e transportar ao laboratório.
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OBSERVAÇÕES GERAIS: Referências bibliográficas

● Em casos de biópsias, as amostras devem ser ● Micologia: métodos laboratoriais de


enviadas ao laboratório em salina estéril e não diagnóstico das micoses. Paulo S. Minami.
em formalina. Barueri, SP: Manole, 2003.
● Para todos os exames, é necessário constar na ● Micologia Médica à luz de autores
requisição a suspeita clínica para que o contemporâneos. José Júlio Costa Sidrim.
laboratório possa fazer uso dos meios e Editora: Guanabara, 2004.
condições de cultivo mais adequados. ● Compêndio de micologia médica / Clarisse
● Para os líquidos assépticos recomenda-se que Zaitz ... [et al.]. - 2. ed. - Rio de Janeiro:
o material seja enviado imediatamente ao Guanabara Koogan, 2010.
laboratório para que a semeadura seja feita o ● Lacaz C.S., Porto, E., Martins, J.E.C., Heins-
mais rápido possível, para maiores chances de Vaccari, E.M. and Melo, N.T. Tratado de
viabilidade do crescimento do microrganismo. Micologia Médica, 9a ed., Sarvier, São Paulo,
Ressalvando as emergências, é necessário 2002.
observar o horário da coleta para que chegue ● Sidrim, J.J.C. and Moreira, J.L.B.
no laboratório em horário conveniente para Fundamentos clínicos e laboratoriais da
semeadura imediata (preferencialmente pela micologia médica. Guanabara-Koogan, Rio
manhã). de Janeiro, 1999.
● No transporte das amostras devem-se
considerar três condições importantes: manter
sob-refrigeração, proteger da luz solar e
acondicionar de forma adequada para que não
haja risco de derramamento.
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PROCEDIMENTOS
LABORATORIAIS EM
MICROBIOLOGIA CLÍNICA
João Marcelo Oliveira

Primeira edição independente

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