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Citologia Fúngica
Dentre as principais características celulares dos fungos, temos as seguintes:
São organismos eucariontes;
Unicelulares ou pluricelulares;
São imóveis com parede celular rígida;
Não necessitam de grandes exigências nutricionais;
Não apresentam: plastos, celulose, clorofila, e não armazenam amido.
Parede celular constituído por quitina, manana e alfa glucano - pode ser composta de
múltiplas camadas em alguns casos;
Podem ser uninucleados ou multinucleados;
Membrana celular rica em ergosterol.
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Crescimento Microbiano
Diferente das bactérias, os fungos apresentam um crescimento lento. Crescem em
ambientes ricos em glicose, peptona, e outros tipos de carboidratos. Alguns crescem em
ambientes halofílicos, ou seja, com concentração de 0,9% de NaCl.
Quanto a temperatura de crescimento temos:
•Psicrófilo - vivem em temperaturas abaixo de 4ºC;
•Mesófilos - vivem em temperaturas de 20 a 37ºC;
•Termófilos - vivem em temperaturas acima de 50ºC.
As leveduras são fungos unicelulares, não filamentosos, geralmente esféricos ou ovais. São
amplamente distribuídas na natureza: com frequência, são encontradas na forma de um pó
branco cobrindo frutas e folhas. No brotamento, a célula parental forma uma protuberância
(broto) em sua superfície externa. À medida que o broto se alonga, o núcleo da célula parental
divide-se, e um dos núcleos migra para o broto. O material da parede celular é, então,
sintetizado entre o broto e a célula parental e, por fim, o broto acaba se separando.
Uma célula de levedura pode produzir mais de 24 células-filhas por brotamento
(imagem microscópica). Algumas leveduras produzem brotos que não se separam uns dos
outros; esses brotos formam uma pequena cadeia de células, denominada pseudo-hifa.
Candida albicans adere-se às células epiteliais humanas na forma de levedura, mas requer
pseudo-hifas para invadir os tecidos profundos.
Em culturas (imagem da placa de ágar sangue), as colônias de leveduriformes se
assemelham às bacterianas, apresentam uma característica mucoide, brilhante ou opaca, de
textura cremosa. Essas características podem variar de acordo com ou gênero ou espécie
isolada.
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Em algumas poucas classes de fungos, as hifas não contêm septos e apresentam como
células longas e contínuas com muitos núcleos e são denominadas hifas cenocíticas.
Mesmo nos fungos com hifas septadas, geralmente existem aberturas nos septos que
tornam contínuo o citoplasma das “células” adjacentes; esses fungos também são, na
verdade, organismos cenocíticos. As hifas crescem por alongamento das extremidades.
Cada parte de uma hifa é capaz de crescer e, quando um fragmento é quebrado, ele pode
alongar-se para formar uma nova. Em laboratório, os fungos geralmente crescem a partir
de fragmentos obtidos de um talo do fungo. Quando as condições ambientais, se tornam
favoráveis, as hifas crescem e formam uma massa filamentosa, chamada de micélio,
visível a olho nu. Outra classificação de acordo com as hifas é relacionada a sua
coloração natural, podendo ser hifas demáceas (escuras) ou hifas hialinas (claras). Os
fungos filamentosos também possuem características importantes de acordo com o
crescimento no meio de cultura, observando o tipo de formação do micélio.
Micélio Vegetativo - Porção responsável pela sustentação e absorção nutricional, se
localiza dentro ou sobre o substrato/meio de cultura;
Micélio Aéreo (reprodutivo) - Responsável pela reprodução e disseminação fúngica,
onde contempla as estruturas de propagação (esporos).
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A divisão entre fungos filamentosos e leveduras não é rígida, pois muitos fungos são
dimórficos, isto é, podem apresentar formas filamentosas ou em levedura, conforme o meio
usado e as condições de incubação, como umidade, temperatura etc.
•Fase micelial/micelar - Crescimento em temperatura entre 22 e 28ºC - Fase Infectante;
•Fase leveduriforme - Crescimento em temperatura entre 35 e 37ºC - Fase Parasitária;
Também estão em risco indivíduos que viajam para ou vivem em regiões do mundo nas
quais as infecções fúngicas são reconhecidamente endêmicas. Os participantes de
atividades ou ocupações que os colocam em contato direto com animais ou seres
humanos infectados e/ou materiais contaminados estão sujeitos a adquirir infecções
fúngicas.
Os fungos podem infectar o organismo de diversas formas, podendo causar infecções
rápidas, brandas ou até mesmo fatais.
Classificação Clínica das Micoses
As micoses são classificadas de acordo com a localização da infecção (sítio anatômico),
gênero dos fungos envolvidos (agente etiológico), estado imunológico do hospedeiro,
grau de invasão no hospedeiro, entre outras. Elas são geralmente crônicas e
relacionadas ao homem e animais.
•Micoses Superficiais - Se caracterizam por serem causadas por fungos que invadem
as camadas mais superficiais da camada córnea da pele ou a haste livre dos pelos. As
lesões se manifestam como manchas hiper ou hipopigmentadas na pele, com baixo ou
nenhum processo inflamatório.
•Micoses Cutâneas - Se caracterizam por serem causadas por fungos que invadem
toda a camada córnea da pele ou a parte queratinizada intra-folicular dos pêlos ou
lâmina ungueal.
•Micoses Subcutâneas - Ocorre por inoculação do fungo patógeno ou oportunista ao
tecido subcutâneo, sendo comumente por um traumatismo. Pode se manifestar como
placas verrucosas, como tumefação ou lesão supurada da pele ou do tecido
subcutâneo, podendo ocorrer a disseminação do fungo por vias linfáticas, porém
limitada aos linfonodos.
•Micose Sistêmica/Profunda - Caracteriza-se por serem adquiridas por inalação de
propágulos fúngicos, sendo, consequentemente a lesão primária pulmonar, com
tendência à regressão espontânea. O fungo pode se disseminar, originando lesões
extrapulmonares, afetando vários órgãos.
Micose Oportunista - Causadas por fungos termotolerantes (que crescem a uma
temperatura de 37°C), de baixa virulência e que determinam doenças em hospedeiros
com algum imunocomprometimento. Pode-se localizar se apresentar de forma cutânea,
subcutânea e sistêmica.
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Micélio aéreo
Micélio vegetativo
(1) (2)
hifas
O micélio vegetativo é formado de hifas. Estas, por sua vez podem ser consideradas
septadas (2) ou cenocíticas (1), ou seja, com ou sem parece separando uma hifa da outra.
As hifas podem-se dividir em compartimentos celulares, através de septos, os quais são
parciais, completos ou, então, perfurados. Os septos parciais (pseudo-septos) resultam de
um espessamento da parede celular das hifas. Os septos perfurados são uni ou
multiperfurados. Os poros, estando presentes, os núcleos movem-se livremente de uma
célula para outra.
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A hifa pode ser simples ou ramificado, septado ou não, constitui, em seu conjunto, o
micélio dos fungos. O crescimento da hifa resulta do alongamento linear no seu ápice. As
paredes celulares são paralelas, não apresentado constrições na região dos septos. Esta
é uma das principais diferenças entre pseudo-hifa (a) e hifas verdadeiras (b). As pseudo-
hifas produzem filamento entre os encontros de uma hifa e outra. Os septos são retos e a
célula terminal da hifa é geralmente cilíndrica.
métula
vesícula
conidióforo
fiálides
Verso Anverso
1
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Verso Anverso
Material utilizado:
Uma placa de Petri;
Um papel filtro (5);
Um tubo em “U” ou lamina (para usar como suporte)
(2);
Uma lâmina e uma lamínula (1 e 3);
Água destilada estéril;
Bloco de ágar Sabouraud ou batata (ou outro,
depende do isolado específico) (4).
A técnica consiste em:
O semeio deve ser feito, de modo que depois de finalizar uma estria, seja feita
outra estria com fragmentos da estria anterior. Dessa forma, quando crescer, a
possibilidade de se obter colônias puras é maior.
Este tipo de semeio é comum quando o objetivo é de se obter uma cultura pura
de fungo filamentoso. Se pega uma alça bacteriológica, abre-se o seu alo a fim de que
fique como uma agulha. Pica-se na amostra e em seguida no centro da placa nova.
Dessa forma, através do crescimento centrífugo o fungo de se desenvolve como no da
foto acima.
Observações:
Para todas as coletas descritas acima, colher todo o material disponível na lesão. Quanto
mais material mais viabilidade na visualização e no crescimento em cultura.
Todas as vezes que a coleta for com swab, este deve ser umedecido em salina ou água
estéril antes da coleta. Após a coleta, deve permanecer em um frasco estéril com salina
suficiente para mantê-lo úmido até o procedimento do exame.
Escarro
• Preferencialmente deve ser colhido por broncoscopia: lavado ou aspirado brônquico;
• Quando não for possível, o escarro deve ser colhido da mesma maneira como é
colhido para o exame de tuberculose, não esquecendo da higiene da boca antes da
coleta, para diminuir a contaminação pelos saprófitas da cavidade bucal e da faringe;
• O exame de escarro, tanto o direto como a cultura, na maioria das vezes não são
satisfatórios, porque não é confiável, já que é uma amostra muito contaminada.
Portanto, quando houver a possibilidade do exame sorológico, deve-se optar pelo
último.
Processamento da amostra
Os materiais líquidos são examinados inicialmente a fresco (pus, líquor, escarro, etc.).
Muitas vezes esses materiais necessitam passar por um processo de enriquecimento ou
digestão, como os casos do líquor ou do escarro, respectivamente.
Os materiais sólidos, como os pelos, as escamas de pele ou de unha, são submetidos a
um processo de clareamento com hidróxido de potássio e leve aquecimento. A fervura
deve ser evitada, pois cristaliza e precipita as substâncias digeridas, dificultando a
microscopia, além de fragmentar excessivamente as escamas, impossibilitando a
pesquisa do agente.
O isolamento de fungos é feito especialmente no meio de ágar Sabouraud em tubos ou
placas. Devido ao pH ácido (cerca de 5,0 a 5,5) desse meio muitas bactérias são inibidas.
O meio é relativamente simples, não havendo dificuldades para o seu preparo. Os meios
industrializados podem, com pouca frequência, gerar problemas no crescimento dos
fungos, além de provocar alterações no aspecto e na esporulação da cultura.
Ao meio de cultura acrescentam-se antibióticos, como cloranfenicol, gentamicina,
penicilina, estreptomicina etc. Para os dermatófitos usa-se a cicloheximida que inibe os
bolores contaminantes. O uso desses antibióticos não pode ser indiscriminado, pois há
inibição de algumas culturas, como acontece com a o C. neoformans com a
cicloheximida.
A identificação dos bolores é feita pelos caracteres morfológicos, especialmente no caso
dos agentes patogênicos. O exame microscópico das culturas é realizado usando-se
fragmentos destas, clareados com lactofenol azul-algodão. Para estudos mais acurados
utiliza-se o cultivo sobre lâminas. As leveduras exigem provas bioquímicas para sua
identificação, como as provas de fermentação (zimograma), de assimilação de fontes de
carbono, de nitrogênio etc.
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Referências
LACAZ, Carlos da Silva et al. Guia para identificação: fungos, actinomicetos, algas de
interesse médico. . São Paulo: SARVIER. . Acesso em: 08 set. 2023. , 1998
Compêndio de micologia médica / Clarisse Zaitz ... [et al.]. - 2. ed. - Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2010.
Lacaz C.S., Porto, E., Martins, J.E.C., Heins-Vaccari, E.M. and Melo, N.T. Tratado de
Micologia Médica, 9a ed., Sarvier, São Paulo, 2002.
MARTINKO, J. M.; MADIGAN, M. T. et al. Microbiologia de Brock. 14ª ed. Porto Alegre:
Artmed, 2016.
Micologia Médica a luz de autores contemporâneos. José Júlio Costa Sidrim. Editora:
Guanabara, 2004.
TORTORA, Gerard J.; FUNKE, Berdell R; CASE, Christine L. Microbiologia. 12ª ed. Porto
Alegre: Artmed, 2017
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citadas e reestruturado com algumas imagens de Microlab Assessoria e Treinamentos Online
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