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Síndrome de down
Historicamente falando não se sabe com exatidão quando houve o primeiro caso da
Síndrome de Down, porém é certo que ao longo da história a humanidade
apresentou tal mutação cromossômica.
O indício mais antigo, que podemos ter dessa síndrome são os restos de um
esqueleto feminino na ilha de Santa Rosa, na Califórnia, que data 5200a.C, porém
com o falecimento do Dr. Walker, o qual descobrira em equipe o esqueleto, impediu
publicações mais detalhadas sobre o caso, mesmo assim as evidências apontam
um esqueleto com características semelhantes às da síndrome de down,
apresentando metopismo, distâncias interorbital muito largas, uma abertura nasal
baixa e larga, altura reduzida, uma base craniana plana, dentes pequenos e um
terceiro molar dismórfico em forma de pino.Contudo, dada a falta de uma coleção
esquelética representativa de indivíduos com Síndrome de Down, este diagnóstico
não foi conclusivo, porém caso o diagnóstico seja confirmado, será o relato mais
antigo da síndrome.
Além disso, análises de esculturas e pictografias também formam um aparato de
evidências sobre a síndrome ao longo dos séculos.
Datando de 1500 a.C e 300 d.C, esculturas dos povos Olmecas, localizados onde
hoje conhecemos por região do Golfo do México, retratam pessoas com fenótipo
muito semelhante a pessoas portadoras da síndrome de Down. Dados históricos
nos levam a acreditar que esse povo considerava os portadores da síndrome um
semi-deus, digno, portanto, de adoração, fruto do cruzamento entre mulheres mais
idosas e jaguar, objeto de culto (LINK, 2002, p.4).
Ademais, no período renascentista, o pintor Andrea Mantegna (1431- 1506), retratou
em algumas de suas pinturas, Cristo como uma criança com síndrome de Down.
Sua pintura “ Madona e Criança”, a cerca de 1460, representava Nossa Senhora
com o menino Jesus em seu colo, demonstrando traços com olhos puxados, nariz
pequeno e boca entreaberta. O Dr. Brian Stratford, especialista em deficiência de
desenvolvimento na Universidade de Nottingham, infere que Mantegna queria
destacar seu apreço por crianças com a síndrome de Down à humanidade.
Importante destacar ainda que, em uma gravidez tardia, por volta dos 30 anos, tem
1 em 1.000 chance de ter um bebê Down. Aos 35 anos, as chances são de 1 em
400, aos 40, 1 em 100, e aos 45 as chances são de 1 em 30. Isso acontece pois os
folículos que darão origem aos óvulos da mulher já nascem com elas, e células mais
velhas têm maiores chances de terem erros durante seu processo de divisão, o que
pode causar a presença de um cromossomo a mais nos óvulos.
Além disso, 20% dos casos de trissomia 21 derivam da falta de segregação ocorrida
na gametogênese paterna. Ou seja, o aumento da idade paterna também acarreta
aumento na ocorrência da síndrome, porém esse efeito só é constatado claramente
em pais com idade superior a 55 anos.
Referências
MILTON, G; GONZALO, R. Jaguar cult- - Down 's Syndrome- - were- jaguar, 1974.
Disponível em: <
https://www.penn.museum/documents/publications/expedition/PDFs/16-4/Gonzalo.p
df >. Acesso em: 31 de agosto de 2021.