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INTRODUÇÃO
A Síndrome de Down (SD) é uma condição genética cuja trissomia na banda
cromossômica 21 é a alteração mais freqüente, cerca de 95% dos casos. Os outros 5%
incluem translocação,mosaicismo ou duplicação gênica. A SD causa comprometimento
intelectual com graus variáveis de dificuldades físicas e cognitivas.
John Langdon Down, médico britânico, foi quem primeiro descreveu as
características da síndrome que leva seu nome. Ele apresentou minuciosa descrição
clínica da SD desde 1866, apesar de estabelecer erroneamente associações entre a
síndrome e indivíduos oriundos da Mongólia, utilizando-se do termo "mongolismo" para
descrevê-las.
Além do comprometimento intelectual, outros problemas de saúde podem
ocorrer no portador da SD: Cardiopatia Congênita (50%); Hipotonia (100%); Problemas de
Audição (50-70%); de visão(15-50%); Alterações na coluna cervical (1-10%); Distúrbios da
Tireóide (15%); Problemas Neurológicos (5-10%); Obesidade e envelhecimento precoce .
A possibilidade de nascer uma criança com Síndrome de Down aumenta
principalmente com o avanço da idade materna: em torno dos 20 anos é de 1:1500,
subindo para 1:380 aos 35 anos e para quase1:28 aos 45 anos.
Atualmente é verificada uma maior prevalência da SD causada pelo aumento
da sobrevida dos portadores da síndrome. Esse aumento é conseqüência, principalmente,
do desenvolvimento de técnicas cada vez melhores de diagnóstico laboratorial e de
estratégias de tratamentos e terapias mais efetivas. A estimulação precoce, com técnicas
pedagógicas, fisioterápicas e fonoterápicas,contribui muito para melhorar a qualidade de
vida dos portadores da SD e facilitar a realização de atividades de contexto social, afetivo
e laboral.
A notícia de que uma criança tem Síndrome de Down pode causar impacto na
família, mas a discriminação e o preconceito são os fatores que mais a prejudicam. É
imprescindível, então, um trabalho multidisciplinar com todos os envolvidos com a criança,
para a adequação às suas necessidades, uma vez que quanto mais cedo se oferecer um
ambiente que promova autonomia e diferentes possibilidades de descoberta de seu
potencial, melhor será seu desenvolvimento.
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SÍNDROME DE DOWN
A síndrome de Down (SD) tem registros antigos na história da humanidade,
sendo os primeiros trabalhos científicos datados no século XIX (PEREIRA-SILVA e
DESSEN, 2002).
Em Schwartzman (1999, p. 3) são citados exemplos de povos Olmecas, que
viveram de 1500 a.C. até aproximadamente 30 d.C. na região hoje conhecida como Golfo
do México, em cuja cultura podem ser encontradas referências claras (desenhos,
esculturas) a indivíduos com a Síndrome de Down (SD), os quais são representados com
características físicas bastante distintas das do povo Olmeca e muito semelhantes às dos
indivíduos com SD.
Dados históricos fazem crer que os Olmecas consideravam um portador da SD
um semi-deus, digno, portanto, de adoração, fruto do cruzamento entre mulheres mais
idosas e jaguar, objeto de culto (LINK, 2002, p.4).
Ainda de acordo com Schwartzman (1999, p. 4), “na cultura grega,
principalmente a espartana, os indivíduos com deficiência eram abandonados”. Esses
atos eram justificados pela crença de que eram criaturas não-humanas e, assim como
escravos e mulheres, eram chamados idiotas, termo que até hoje está associado a
indivíduos com problemas cognitivos. Nas sociedades europeias mais antigas, os
portadores de deficiência eram desprezados: “bebês que apresentassem quadro evidente
de deficiências, como a SD, estavam sujeitos a morrer por inanição ou devorados por
animais selvagens”. Na Idade Média, os portadores de deficiência eram considerados
fruto da união não abençoada por Deus, e por isso, mãe e filho eram queimados vivos em
praça pública.
Na Renascença, há muitas pinturas que retratam pessoas com características
da SD, como por exemplo a obra a Madona dos Humildes, pintada em 1437 pelo frade
carmelita Filippo Lippi (1406-1469). Outros artistas como os pintores Andrea Mantegna
(1431-1506) e Jacobs Jordaens (1539-1678) também retrataram crianças com SD em
seus quadros, em que anjos apresentam características muito semelhantes às de
crianças com SD. O pintor flamengo Jacob Jordaens (1593-1678) representou sua
esposa, portadora da síndrome, em vários de seus quadros, inclusive em sua famosa
obra Adoração dos Pastores, pintado em 1618. Esquirol citou-as em um dicionário médico
(PEREIRA-SILVA e DESSEN, 2002).
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ORIGEM GENÉTICA
CARACTERÍSTICAS E SINTOMAS
pés, tónus muscular reduzido, que é o tempo que um musculo leva para dar retorno a um
estímulo nervoso, então no caso das pessoas com síndrome como o tônus é diminuído,
esse tempo será maior e consequentemente elas terão problemas locomotores e
musculatura flácida. É também por causa de tônus muscular reduzido, que os portadores
da alteração genética terão grande flexibilidade. Além disso, outras características são o
Hipogonadismo (função reduzida das gônadas) cabelos finos e ralos e excesso de pele na
região do pescoço. Todas essas características estão representadas na imagem a seguir:
DIAGNÓSTICO
AOMPANHAMENTO E TRATAMENTO
É importante lembrar que o tratamento varia de acordo com cada pessoa, pois
cada portador possui necessidades diferentes. Mas no geral, todos eles precisam ser
estimulados desde o nascimento para vencer suas limitações. Por isso, é muito comum a
assistência multidisciplinar e cooperação dos pais no tratamento da Síndrome de Down.
CROMOSSOMO DO AMOR
Desde 2006, o dia 21 de março tornou-se marco de um importante tema: é o
Dia Internacional da síndrome de Down! E a data não foi escolhida por acaso. Tem
relação com a alteração genética no cromossomo 21, que normalmente é formado por um
par. Mas, no caso de pessoas com síndrome de Down,ele é composto por três
exemplares (ao que é dado o nome de trissomia). Daí, o dia 21/3!
Os portadores da síndrome de down são verdadeiros portadores do amor que
nos ensinam, a cada momento,superar qualquer obstáculo e a responder as
adversidades, com um belo sorriso seguido de uma gargalhada. E eles tem total razão,
com alegria os problemas ficam mais fáceis de ser resolvidos.
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CONCLUSÃO
Hoje em dia os portadores da Síndrome de Down têm uma qualidade de vida
melhor, e também um atendimento humanizado entre a equipe multidisciplinar. Ao
decorrer dos anos houve uma evolução no tratamento desta síndrome. Através do
atendimento humanizado que é realizado no portador desta síndrome desde o
nascimento, até o envelhecimento, a taxa de sobrevida aumentou significativamente. A
intervenção da equipe multidisciplinar à criança com a Síndrome de Down está fazendo
muita diferença na vida delas. Os acompanhamentos destes profissionais durante o
decorrer da vida destas crianças estão contribuindo para o desenvolvimento de cada
portador.
As abordagens terapêuticas fizeram a diferença no tratamento desta síndrome,
pois com a evolução terapêutica, os portadores estão crescendo com mais saúde.
Antigamente a sobrevida era pequena, chegando no máximo aos 20 anos de idade.
Atualmente aumentou consideravelmente a taxa de sobrevida, chegando aos 70 anos.
O acompanhamento periodicamente aos profissionais da saúde é essencial
para continuidade do tratamento. É necessário utilizar uma rotina para adulto com
Síndrome de Down, sempre terão que estar sendo acompanhados pela equipe
multidisciplinar, para obter uma melhor qualidade de vida.
A família também é um elo importante no tratamento, pois são eles que irão dar
continuidade ao tratamento em casa. Eles que vão continuar estimulando seu filho de
acordo com o tratamento utilizado pela equipe multidisciplinar. A família irá interagir junto
com os profissionais da saúde, para obter um melhor tratamento à criança com a
Síndrome de Down.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VARELLA, Dr. Dráuzio; Down Syndrome International. 21/3 – Dia Mundial e Dia Nacional
da Síndrome de Down: “O que significa inclusão? ” Biblioteca Virtual em Saúde
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/21-3-dia-mundial-
edia-nacional-da-sindrome-de-down-o-que-significa-inclusao/>. Acesso em 10 de Set.
2023.