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Para manipulação dos microrganismos pertencentes a cada uma das quatro classes de risco
devem ser atendidos alguns requisitos de segurança, conforme o nível de contenção
necessário. Estes níveis de contenção são denominados de níveis de Biossegurança.
Os níveis são designados em ordem crescente, pelo grau de proteção proporcionado ao
pessoal do laboratório, meio ambiente e à comunidade. Existem quatro níveis de
biossegurança: NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4, crescentes no maior grau de contenção e
complexidade do nível de proteção, que consistem de combinações de práticas e técnicas de
laboratório e barreiras primárias e secundárias de um laboratório. O responsável técnico pelo
laboratório é o responsável pela avaliação dos riscos e pela aplicação adequada dos níveis de
biossegurança, em função dos tipos de agentes e das atividades a serem realizadas.
NB-1 : Nível de contenção laboratorial que se aplica aos laboratórios de ensino básico, onde
são manipulados os microrganismos pertencentes a classe de risco 1. Não é requerida
nenhuma característica de desenho, além de um bom planejamento espacial e funcional e a
adoção de boas práticas laboratoriais.
https://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/niveis_de_bioseguranca.html
Centers for Disease Control and Prevention - CDC. Biosafety in microbiological and
biomedical laboratories. 4a. ed. U.S. Department of Health and Human Services, Atlanta,
1999. 250p.
https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/modulo1/bios
seguranca.htm
O risco individual e para a comunidade é ausente ou muito baixo, ou seja, são agentes
biológicos que têm baixa probabilidade de provocar infecções no homem ou em animais.
Exemplos: Bacillus subtilis.
Classe de risco 2
O risco individual é moderado e para a comunidade é baixo. São agentes biológicos que
podem provocar infecções, porém, dispõe-se de medidas terapêuticas e profiláticas eficientes,
sendo o risco de propagação limitado. Exemplos: Vírus da Febre Amarela e Schistosoma
mansoni.
Classe de risco 3
O risco individual é alto e para a comunidade é limitado. O patógeno pode provocar infecções
no homem e nos animais graves, podendo se propagar de indivíduo para indivíduo, porém
existem medidas terapêuticas e de profilaxia. Exemplos: Vírus da Encefalite Equina
Venezuelana e Mycobacterium tuberculosis.
Classe de risco 4
O risco individual e para a comunidade é elevado. São agentes biológicos que representam
sério risco para o homem e para os animais, sendo altamente patogênicos, de fácil
propagação, não existindo medidas profiláticas ou terapêuticas. Exemplos: Vírus Marburg e
Vírus Ebola.
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/virtual%20tour/hipertextos/up1/classificacao-de-risc
o.htm
Origem do agente biológico potencialmente patogênico - Este dado está associado não só à
origem do hospedeiro do agente biológico (humano ou animal, infectado ou não) mas
também à localização geográfica (áreas endêmicas, etc.).
Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes - A avaliação de risco inclui a
disponibilidade de compostos imunoprofiláticos eficazes. Quando estão disponíveis, o risco é
drasticamente reduzido.
Dose infectante - A dose infectante do agente biológico é um fator que deve ser levado em
consideração, pois aponta o risco do agente patogênico a ser manipulado.
Tipo de ensaio - O tipo de ensaio pode potencializar o risco, como, por exemplo, a
amplificação, sonificação ou centrifugação. Além disso, devemos destacar os 12 ensaios que
envolvem inoculação experimental em animais, pois os riscos irão variar de acordo com as
espécies envolvidas e com a natureza da pesquisa desenvolvida. Os próprios animais podem
introduzir novos agentes biológicos. Podemos nos defrontar com infecções latentes que são
mais comuns em animais capturados no campo ou em animais provenientes de criações não
selecionadas. Por exemplo, o vírus B do macaco é um risco aos indivíduos que lidam com
símios. A informação em relação de qual(is) é(são) a(s) via(s) de eliminação do agente nos
animais também deve ser considerada na avaliação de risco. A eliminação em altos títulos por
excreções ou secreções de alguns agentes biológicos pelo animal e, em especial, os que são
transmitidos por via respiratória, podem exigir um nível de contingenciamento acima do
indicado na classificação do agente. As pessoas que lidam com animais experimentais
infectados com agentes biológicos patogênicos apresentam um risco muito maior de
exposição devido às mordidas, os arranhões e aos aerossóis provocados por eles.
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/classificacaoderiscodosagentesbiologicos.p
df
NB-3 : As roupas usadas no ambiente laboratorial também devem passar por desinfecção
antes de serem lavadas. Além disso, é necessário coletar e armazenar amostra sorológica de
cada colaborador exposto ao risco como referência.
NB-4 : Todos os procedimentos devem ser realizados dentro de Cabine classe III ou em
Cabines de classe I ou II, juntamente ao uso do macacão de pressão positiva com suprimento
de ar. As práticas de segurança também devem ser executadas criteriosamente e envolvem
mudança de roupa antes de entrar, banho ao sair e descontaminação de todo o material na
saída do laboratório.
https://www.unilab.com.br/gestao-laboratorial/https-www-unilab-com-br-materiais-edu
cativos-artigos-entenda-os-niveis-de-biosseguranca-para-laboratorios-2/