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CENTRO DE TECNOLOGIA
Teresina, PI
2024
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SUMÁRIO
SUMÁRIO--------------------------------------------------------------------------------------------------2
LISTA DE FIGURAS------------------------------------------------------------------------------------- 4
LISTA DE TABELAS------------------------------------------------------------------------------------ 5
1. RESUMO------------------------------------------------------------------------------------------------ 7
2. INTRODUÇÃO-----------------------------------------------------------------------------------------8
3. OBJETIVO---------------------------------------------------------------------------------------------10
4. METODOLOGIA------------------------------------------------------------------------------------- 11
4.1. INVERSOR PONTE COMPLETA SEM TEMPO MORTO----------------------------- 11
4.1.1. SEMICICLO POSITIVO---------------------------------------------------------- 11
4.1.2. SEMICICLO NEGATIVO--------------------------------------------------------- 13
4.2. INVERSOR PONTE COMPLETA COM TEMPO MORTO---------------------------- 15
4.2.1. SEMICICLO POSITIVO---------------------------------------------------------- 15
4.2.2. SEMICICLO NEGATIVO--------------------------------------------------------- 18
4.3. MODULAÇÃO SPWM----------------------------------------------------------------------- 21
4.3.1. CHAVEAMENTO UNIPOLAR-------------------------------------------------- 25
4.3.2. DEFINIÇÕES DE PWM-----------------------------------------------------------27
4.3.3. HARMÔNICAS PARA O CHAVEAMENTO UNIPOLAR------------------ 28
4.3.4. ANÁLISE DO CIRCUITO INVERSOR PONTE COMPLETA COM SÉRIE
DE FOURIER------------------------------------------------------------------------------- 30
4.3.5. EXEMPLO NUMÉRICO---------------------------------------------------------- 31
5. SIMULAÇÕES---------------------------------------------------------------------------------------- 35
5.1. SIMULAÇÕES SEM TEMPO MORTO---------------------------------------------------- 35
5.1.1. CARGA RL SEM TEMPO MORTO---------------------------------------------36
5.1.2. CARGA RLC SEM TEMPO MORTO-------------------------------------------38
5.1.3. CARGA R SEM TEMPO MORTO---------------------------------------------- 40
5.2. SIMULAÇÕES COM TEMPO MORTO--------------------------------------------------- 42
5.2.1. CARGA RL COM TEMPO MORTO-------------------------------------------- 43
5.2.2. CARGA RLC COM TEMPO MORTO------------------------------------------ 44
5.2.3. CARGA R COM TEMPO MORTO---------------------------------------------- 46
6. CONCLUSÃO-----------------------------------------------------------------------------------------48
7. REFERÊNCIAS--------------------------------------------------------------------------------------- 49
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Conversor CC-CA ponte completa............................................................................ 7
Figura 2 - Primeira etapa de operação sem tempo morto (semiciclo positivo)...........................9
Figura 3 - Segunda etapa de operação sem tempo morto (semiciclo positivo).........................10
Figura 4 - Terceira etapa de operação sem tempo morto (semiciclo positivo)......................... 10
Figura 5 - Quarta etapa de operação sem tempo morto (semiciclo positivo)...........................11
Figura 6 - Primeira etapa de operação sem tempo morto (semiciclo negativo)........................11
Figura 7 - Segunda etapa de operação sem tempo morto (semiciclo negativo)........................12
Figura 8 - Terceira etapa de operação sem tempo morto (semiciclo negativo)........................ 12
Figura 9 - Quarta etapa de operação sem tempo morto (semiciclo negativo)...........................13
Figura 10 - Primeira etapa de operação com tempo morto (semiciclo positivo)...................... 14
Figura 11 - Segunda etapa de operação com tempo morto (semiciclo positivo)...................... 14
Figura 12 - Terceira etapa de operação com tempo morto (semiciclo positivo).......................15
Figura 13 - Sexta etapa de operação com tempo morto (semiciclo positivo)........................... 16
Figura 14 - Sexta etapa de operação com tempo morto (semiciclo positivo)........................... 16
Figura 15 - Primeira etapa de operação com tempo morto (semiciclo negativo).................... 17
Figura 16 - Segunda etapa de operação com tempo morto (semiciclo negativo)..................... 17
Figura 17 - Terceira etapa de operação com tempo morto (semiciclo negativo)...................... 18
Figura 18 - Sexta etapa de operação com tempo morto (semiciclo negativo).......................... 19
Figura 19 - Sexta etapa de operação com tempo morto (semiciclo negativo).......................... 19
Figura 20 - Sinal de entrada e sinal de saída do modulador SPWM.........................................20
Figura 21 - Circuito modulador unipolar, sem tempo morto.................................................... 21
Figura 22 - Circuito modulador unipolar, com tempo morto....................................................22
Figura 23 - Formas de onda de acionamento de S1 e S2, sem tempo morto............................ 22
Figura 24 - Pico de corrente da fonte de entrada, sem tempo morto........................................ 22
Figura 25 - Formas de onda de acionamento de S1 e S2, com tempo morto............................23
Figura 26 - Pico de corrente da fonte de entrada, com tempo morto........................................ 23
Figura 27 - PWM com modulação unipolar..............................................................................24
Figura 28 - Controle de voltagem variando ma........................................................................ 26
Figura 29 - Espectro de frequência para um PWM unipolar com ma = 1................................ 29
Figura 30 - Tensão vAB sobre as cargas................................................................................... 33
Figura 31 - Espectro de frequência de vAB.............................................................................. 33
Figura 32 - Circuito de ponte completa com carga RL.............................................................34
Figura 33 - Formas de onda para carga RL...............................................................................34
Figura 34 - Espectro de frequência de io para carga RL...........................................................36
Figura 35 - Circuito de ponte completa com carga RLC.......................................................... 36
Figura 36 - Formas de onda para carga RLC............................................................................ 37
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Harmônicas Generalizadas para um valor grande de mf...........................................28
Tabela 2: Valores das séries de Fourier para carga RL............................................................. 31
Tabela 3: Valores das séries de Fourier para carga RLC...........................................................32
Tabela 4: valores das séries de Fourier para carga R................................................................ 32
Tabela 5: Valores das séries de Fourier para carga RL simulados............................................ 37
Tabela 6: Valores das séries de Fourier para carga RLC simulados..........................................39
Tabela 7: Valores das séries de Fourier para carga R simulados...............................................41
Tabela 8: Valores das séries de Fourier para carga RL simulados com tempo morto...............43
Tabela 9: Valores das séries de Fourier para carga RLC simulados com tempo morto............ 45
Tabela 10: Valores das séries de Fourier para carga R simulados com tempo morto............... 46
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1. RESUMO
O presente trabalho apresenta o estudo, os métodos aplicados e a implementação do
projeto de um conversor CC-CA (inversor) ponte completa de modulação SPWM unipolar
(três níveis), no qual é analisado separadamente com e sem tempo morto e, junto a isso, são
mostradas suas vantagens e desvantagens nos circuitos em questão. Para o estudo sobre o
respectivo inversor, são realizadas algumas fundamentações teóricas de forma separada,
abordando cada semiciclo (positivo e negativo) com e sem a presença do tempo morto para
um melhor entendimento de suas funcionalidades e alterações no circuito. Além disso,
baseando-se no estudo da teoria, são feitas algumas demonstrações tanto por meio de imagens
ilustrativas dos circuitos, como também através de simulações feitas a partir de softwares
como o Psim e LTspice, no qual podemos fazer as comparações necessárias entre os
resultados obtidos pelos gráficos de sinais gerados e a teoria abordada no decorrer do
trabalho. E para o entendimento da modulação por largura de pulso com onda senoidal
(SPWM) ainda foi abordado sobre as harmônicas e a série de Fourier, pois desempenham
papéis cruciais no entendimento dessa técnica, tendo que o controle e minimização dessas
harmônicas são essenciais para garantir um sinal de saída de qualidade e eficiência no
inversor. E não menos importante, a série de Fourier foi aplicada para analisar a forma de
onda resultante da modulação.
7
2. INTRODUÇÃO
Os circuitos de Eletrônica de Potência desempenham a função de transformar a
energia elétrica de uma forma para outra mediante o uso de dispositivos eletrônicos. Esses
circuitos operam por meio de dispositivos semicondutores, agindo como interruptores que
controlam ou modificam, assim, os valores de tensão ou corrente em um determinado
circuito. As aplicações dos circuitos eletrônicos de potência abrangem uma variedade de
contextos, desde equipamentos de conversão de alta potência, como linhas de transmissão de
potência CC, até situações do dia a dia, como ferramentas elétricas portáteis, fontes de
alimentação para computadores, carregadores de bateria de celulares e sistemas de bateria
para veículos automotivos híbridos (Hart, 2012).
Inversores são dispositivos eletrônicos que convertem corrente contínua (CC) em
corrente alternada (CA). Eles desempenham um papel fundamental em sistemas de energia
elétrica, permitindo a utilização de dispositivos que operam com corrente alternada, mesmo
quando a fonte primária de energia é corrente contínua, como em sistemas de energia solar ou
baterias. O funcionamento básico de um inversor envolve a transformação da corrente
contínua em uma forma de onda alternada, geralmente senoidal, para que os dispositivos
alimentados pelo inversor possam operar normalmente. Existem diferentes tipos de
inversores, cada um com características específicas, e desta forma, é possível classificá-los
por vários fatores, como por exemplo, pelo número de fases; frequência de comutação das
chaves; número de níveis; modulação empregada; tensão ou corrente, e outras inúmeras
formas de classificação (Mohan, Undeland, Robbins, 1989).
Para os inversores de fonte de corrente, mantêm uma corrente de entrada proveniente
de uma fonte alternada com valores constantes durante todo o período, mesmo quando a
tensão de entrada sofre variações. Para garantir essa constância em aplicações específicas, um
indutor com grande reatância é utilizado em série com a fonte de tensão contínua (CC). Esse
indutor tem a responsabilidade de evitar flutuações na corrente, assegurando uma operação
estável e eficiente na malha de alimentação do sistema. Por outro lado, o inversor de fonte de
tensão, que é o mais prevalente, mantém a tensão proveniente da fonte de entrada de corrente
contínua (DC) praticamente constante e independente da corrente exigida pela carga. Essa
fonte de entrada DC pode ser proveniente de uma fonte independente, como uma bateria, ou
ser resultante da saída de um retificador controlado (Ahmed, 2011).
No que diz respeito à classificação por fontes de tensão, existem inversores
monofásicos, bifásicos e trifásicos. Inversores com apenas uma fonte de tensão são nomeados
de monofásicos, os quais são comumente utilizados em aplicações residenciais e comerciais
de menor porte. Inversores com duas fontes de tensão são chamados de inversores bifásicos, e
embora sejam menos comuns, podem ser encontrados em aplicações específicas que exigem
um maior controle de potência. E por fim, inversores com três fontes de tensão são nomeados
de inversores trifásicos, e são amplamente utilizados em sistemas industriais e comerciais de
médio e grande porte devido à sua capacidade de fornecer uma potência mais equilibrada e
eficiente (Rashid, 2017).
Dentre os diversos tipos de inversores, merecem destaque os inversores de tensão
configurados em ponte completa. Esses inversores requerem apenas uma fonte de tensão na
entrada, o que representa uma vantagem em comparação com os conversores em
8
configuração de meia ponte. Outra vantagem dos inversores ponte completa em relação aos
de meia ponte é que toda a tensão da fonte fica sobre a carga e também não é preciso o uso de
um barramento com dois capacitores ou duas fontes iguais para formar uma fonte simétrica, o
que os tornam preferíveis na escolha do tipo de inversor. A topologia ilustrada na Figura 1
corresponde a um conversor de ponte completa, que possui dois braços, cada um equipado
com 4 interruptores bidirecionais em corrente e unidirecionais em tensão (S1/D1, S2/D2,
S3/D3 e S4/D4). Esses conversores também são conhecidos como ponte H (Petry, 2020).
3. OBJETIVO
O trabalho tem como objetivo principal de analisar, compreender e explicar o
funcionamento de um conversor CC-CA (inversor) ponte completa de modulação unipolar
(com três níveis), tendo como base algumas fundamentações teóricas, partindo para a parte de
dimensionamento e, por fim, comparando as propostas teóricas apresentadas com os gráficos
obtidos por meio de softwares de simulação. Além disso, apresentar as diferenças entre o
inversor ponte completa de três níveis com e sem tempo morto.
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4. METODOLOGIA
● PRIMEIRA ETAPA
Nesta etapa de operação, as chaves S1/D1 e S4/D4 estão habilitadas, como é
observado na Figura 2, enquanto S2/D2 e S3/D3 estão desabilitadas. Desse modo, a carga e o
filtro LC são conectados diretamente à fonte de alimentação, resultando na tensão de saída
igual a tensão de entrada (Vi), pois a corrente de barramento CC é positiva. O término da
etapa ocorre quando o interruptor S4 é desligado.
● SEGUNDA ETAPA
Nesta etapa de operação, a chave S4/D4 é bloqueada e a S3/D3 é a responsável por
conduzir, como é observado na Figura 3. S1/D1 permanece conduzindo e a corrente que
circula pelo indutor mantém a sua direção, o que resulta na polarização do diodo em
antiparalelo do interruptor. Dando início à segunda etapa de operação. O interruptor S3/D3
não consegue conduzir, devido ao sentido da corrente na carga, apesar de ser comandado em t
= t2. A corrente no indutor diminui, uma vez que a energia armazenada nele é liberada para a
fonte e a carga. A tensão de saída V é zero nesta fase. Isso faz com que a S4/D4 seja
conduzida de novo, finalizando esta etapa.
11
● TERCEIRA ETAPA
Nesta etapa de operação, a chave S2/S2 é bloqueada e a S4/D4 retorna a conduzir,
como é observado na Figura 4, conectando a carga e o filtro LC à fonte de tensão. Na segunda
etapa, a corrente no indutor aumenta e a tensão de saída V volta a ser o valor do barramento
CC. A etapa é finalizada quando a chave S1/D1 é aberta
.
● QUARTA ETAPA
Esta é a última etapa para o semiciclo positivo. A chave S1/D1 é bloqueada e a
corrente no indutor não muda de direção imediatamente, passando a circular no diodo em
antiparalelo da chave S2/D2, como é observado na Figura 5. A corrente diminui, uma vez que
a energia armazenada no indutor é liberada para a carga. Apesar de ser operada em t=t6, a
chave S2/D2 não chega a conduzir devido ao sentido da corrente.
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● PRIMEIRA ETAPA
Nesta etapa, estão habilitadas as chaves S2/D2 e S3/D3, à medida que S1/D1 e S4/D4
encontram-se desabilitadas. Desse modo, a carga é conectada à fonte de alimentação,
resultando em uma tensão de saída no valor da fonte, porém negativa (-Vi). Esta etapa será
finalizada quando ocorre o desligamento da chave S3/D3. O circuito nesta etapa é observado
na Figura 6.
● SEGUNDA ETAPA
13
Esta etapa é iniciada quando a chave S3/D3 desliga e a chave S4/D4 é habilitada para
conduzir juntamente com a S2/D2 que continua ligada. Logo, a chave S2/D2 irá conduzir
juntamente com a chave S4/D4. A condução entre as chaves e diodos diferentes S2/D2 e
S4/D4 será dada de acordo com o sentido da corrente no indutor, conforme mostram as
imagens abaixo. Com a fonte de alimentação desconectada da saída, ocasionará a
desmagnetização do indutor L e resultará em uma tensão de saída igual a zero. Desse modo,
esta etapa será finalizada quando a chave S3/D3 for ligada novamente. O circuito desta etapa
é observado na Figura 7.
● TERCEIRA ETAPA
Esta etapa é iniciada quando a chave S3/D3 é habilitada novamente, voltando a
conduzir como na primeira etapa, juntamente com a chave S2/D2, onde as chaves S1/D1 e
S4/D4 permanecem desabilitadas. Desse modo, com a fonte ligada ao circuito gerado, o
indutor L volta a ser magnetizado e o circuito terá uma tensão de saída no valor da fonte de
alimentação novamente, porém negativa (-Vi). Esta etapa será finalizada quando a chave
S2/D2 for desabilitada. O circuito nesta etapa é observado na Figura 8.
● QUARTA ETAPA
A última etapa é iniciada quando a chave S2/D2 é desabilitada, e simultaneamente a
chave S1/D1 é habilitada e começa a conduzir junto com a chave S3/D3 que permanece
habilitada da etapa anterior. A condução entre as diferentes chaves e diodos S1/D1 e S3/D3 é
dada de acordo com o sentido da corrente no indutor L, conforme mostram as imagens
abaixo. Com a fonte de alimentação desconectada da saída, ocasionará a desmagnetização do
indutor L e resultará em uma tensão de saída igual a zero. Lembrando que ao finalizar essa
quarta etapa, todo o ciclo volta a se repetir, iniciando novamente da primeira etapa. O circuito
desta etapa é observado na Figura 9.
● PRIMEIRA ETAPA
Nesta etapa, os transistores das chaves S1/D1 e S4/D4 serão acionados enquanto os
transistores das chaves S2/D2 e S3/D3 permanecem desativados. Com isso, é observado a
conexão da fonte com a carga, logo a tensão sobre a carga será igual a tensão da fonte de
entrada +Vi. Essa circulação de corrente proporciona também a magnetização do indutor L. O
circuito nesta etapa é observado na Figura 10.
● SEGUNDA ETAPA
Nesta etapa, o transistor da chave S1/D1 permanece acionado enquanto o transistor da
chave S4/D4 é desativado juntamente com os transistores da chave S2/D2 e S3/D3,
caracterizando uma etapa de tempo morto. Com apenas um único transistor acionado e o
sentido da corrente permanecendo o mesmo (com relação ao semiciclo positivo), é observado
uma circulação de corrente, devido ao diodo da chave S3/D3. Não há tensão sobre a carga
devido a desconexão com a fonte de entrada Vi e há a desmagnetização do indutor L. O
circuito nesta etapa é observado na Figura 11.
● TERCEIRA ETAPA
Nesta etapa, há o acionamento do transistor da chave S3/D3, ou seja, os transistores
das chaves S1/D1 e S3/D3 permanecem acionados enquanto os transistores das chaves S2/D2
e S4/D4 permanecem desativados. Com isso, a fonte de tensão Vi permanece desconectada,
mesmo se houver a inversão do sentido da corrente, logo, a tensão sobre a carga é 0. Portanto,
o indutor L continua desmagnetizando. O circuito nesta etapa é observado na Figura 12.
● QUARTA ETAPA
Esta etapa é idêntica à segunda etapa, pois há o desligamento do transistor da chave
S3/D3, permanecendo apenas o transistor da chave S1/D1 acionado. O circuito nesta etapa é
observado na Figura 11.
● QUINTA ETAPA
Esta etapa é idêntica à primeira etapa, pois há o acionamento do transistor da chave
S4/D4 novamente, juntamente com o transistor da chave S1/D1. O circuito nesta etapa é
observado na Figura 10.
● SEXTA ETAPA
Nesta etapa, o transistor da chave S4/D4 permanece acionado enquanto o transistor da
chave S1/D1 é desativado juntamente com os transistores das chaves S2/D2 e S3/D3,
caracterizando uma etapa de tempo morto. Com apenas um único transistor acionado e o
sentido da corrente permanecendo o mesmo (com relação ao semiciclo positivo), é observado
uma circulação de corrente, devido ao diodo da chave S2/D2. Não há tensão sobre a carga
devido a desconexão com a fonte de entrada Vi e há a desmagnetização do indutor L. O
circuito nesta etapa é observado na Figura 13.
17
● SÉTIMA ETAPA
Nesta etapa, há o acionamento do transistor da chave S2/D2, ou seja, os transistores
das chaves S2/D2 e S4/D4 permanecem acionados enquanto os transistores das chaves S1/D1
e S3/D3 permanecem desativados. Com isso, a fonte de tensão Vi permanece desconectada,
mesmo se houver a inversão do sentido da corrente, logo, a tensão sobre a carga é 0. Portanto,
o indutor L continua desmagnetizando. O circuito nesta etapa é observado na Figura 14.
● OITAVA ETAPA
Esta etapa é idêntica à sexta etapa, pois há o desligamento do transistor da chave
S2/D2, permanecendo apenas o transistor da chave S4/D4 acionado. O circuito nesta etapa é
observado na Figura 13.
operação, sendo duas delas etapas de tempo morto com apenas a chave S2/D2 está acionada e
duas etapas de tempo morto com apenas a chave S3/D3 acionada.
Etapas essas que são dadas por:
● PRIMEIRA ETAPA
Nesta etapa, as chaves S2 e S3 serão acionadas enquanto S1 e S4 permanecem
desativados. Com isso é observado a conexão da fonte com a carga, logo a tensão sobre a
carga será igual a tensão da fonte de entrada invertida -Vi. Essa circulação de corrente
proporciona também a magnetização do indutor L. O circuito nesta etapa é observado na
Figura 15.
● SEGUNDA ETAPA
Nesta etapa, a chave S2/D2 permanece acionada enquanto a chave S3/D3 é desativada
juntamente com S1/D3 e S4/D4, caracterizando uma etapa de tempo morto. Com apenas uma
única chave acionada e o sentido da corrente permanecendo o mesmo (com relação ao
semiciclo negativo), é observado uma circulação de corrente, devido ao diodo da chave
S4/D4. Não há tensão sobre a carga devido a desconexão com a fonte de entrada Vi e há a
desmagnetização do indutor L. O circuito nesta etapa é observado na Figura 16.
● TERCEIRA ETAPA
Nesta etapa, há o acionamento da chave S4/D4, ou seja, as chaves S2/D2 e S4/D4
permanecem acionadas enquanto S1/D1 e S3/D3 permanecem desativadas. Com isso, a fonte
de tensão Vi permanece desconectada, mesmo se houver a inversão do sentido da corrente,
logo, a tensão sobre a carga é 0. Portanto, o indutor L continua desmagnetizando. O circuito
nesta etapa é observado na Figura 17.
● QUARTA ETAPA
Esta etapa é idêntica à segunda etapa, pois há o desligamento da chave S4/D4,
permanecendo apenas a S2/D2 acionada. O circuito nesta etapa é observado na Figura 16.
● QUINTA ETAPA
Esta etapa é idêntica à primeira etapa, pois há o acionamento da chave S3/D3
novamente, juntamente com o S2/D2. O circuito nesta etapa é observado na Figura 15.
● SEXTA ETAPA
Nesta etapa, a chave S3/D3 permanece acionada enquanto o S2/D2 é desativada
juntamente com S1/D1 e S4/D4, caracterizando uma etapa de tempo morto. Com apenas uma
única chave acionada e o sentido da corrente permanecendo o mesmo (com relação ao
semiciclo negativo), é observado uma circulação de corrente, devido ao diodo D1. Não há
tensão sobre a carga devido a desconexão com a fonte de entrada Vi e há a desmagnetização
do indutor L. O circuito nesta etapa é observado na Figura 18.
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● SÉTIMA ETAPA
Nesta etapa, há o acionamento da chave S1/D1, ou seja, as chaves S1/D1 e S3/D3
permanecem acionadas enquanto S2/D2 e S4/D4 permanecem desativadas. Com isso, a fonte
de tensão Vi permanece desconectada, mesmo se houver a inversão do sentido da corrente,
logo, a tensão sobre a carga é 0. Portanto, o indutor L continua desmagnetizando. O circuito
nesta etapa é observado na Figura 19.
● OITAVA ETAPA
Esta etapa é idêntica à sexta etapa, pois há o desligamento da chave S1/D1,
permanecendo apenas a S3/D3 acionada. O circuito nesta etapa é observado na Figura 18.
modulação adotado foi o SPWM, devido a sua simplicidade em comparação com outros
métodos de modulação. Esse método consiste na comparação de uma onda senoidal, como
sinal de referência, com uma onda triangular, como sinal portador, através de um comparador,
como demonstrado na Figura 20 (SANTOS, 2017).
maior número de pulsos dentro de um semiciclo. Essa lógica de modulação juntamente com
um filtro capacitivo e indutivo será capaz produzir uma onda senoidal com apenas algumas
distorções causadas por harmônicos de baixa frequência, que são capazes de passar pelos
filtros. A Figura 21 apresenta a imagem do circuito de modulação SPWM unipolar.
Para o controle do braço B − 𝑣𝑠𝑖𝑛 é comparado com forma de onda triangular, seu
funcionamento segue:
25
Por causa dos diodos em antiparalelo com as chaves a tensão descrita pelas equações
(1) e (2) são independentes do sentido da corrente na carga.
As formas de onda na Figura 27 (𝑣𝑟𝑒𝑓1 e 𝑣𝑟𝑒𝑓2 são respectivamente 𝑣𝑠𝑖𝑛 e − 𝑣𝑠𝑖𝑛)
resultam de quatro combinações das chaves em estado ativo e seus correspondentes níveis de
voltagem:
Percebemos que quando as chaves de cima estão ativas, a tensão de saída é zero. A
corrente circula em loop por S1 e D3 ou S3 e D1 dependendo do sentido da corrente na carga.
O comportamento das chaves de baixo é semelhante.
Neste tipo de PWM, quando ocorre o chaveamento, a tensão de saída pode alternar
entre + 𝑉𝑖 e zero ou entre − 𝑉𝑖 e zero. Por essa razão esse tipo de PWM é chamado de
PWM com modulação unipolar, em oposição com o PWM com modulação bipolar (em que
𝑣𝑜 pode variar entre + 𝑉𝑖 e − 𝑉𝑖 ).
Com a modulação PWM podemos realizar a redução dos requisitos de filtro para
redução de harmônicos e controle da amplitude da tensão de saída. Como desvantagem os
circuitos de controle são mais complexos e existem mais perdas devido aos chaveamentos
mais frequentes.
(a)
26
(b)
(c)
(d)
Fonte: Autor, 2024.
● Taxa de modulação de frequência 𝑚𝑓: de acordo com Hart (2012), as séries de Fourier
para a saída de tensão do PWM (𝑣𝐴𝐵) possuem uma frequência fundamental que é a
mesma do sinal senoidal. Algumas dessas harmônicas são maiores que a da
fundamental. Entretanto, essas harmônicas estão localizadas em altas frequências, um
filtro passa baixas simples pode ser eficiente para sua remoção. A Taxa de modulação
de frequência é definida como:
𝑓𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟𝑎
𝑚𝑓 = 𝑓𝑠𝑒𝑛𝑜𝑖𝑑𝑎𝑙
(4)
27
● Taxa de modulação de amplitude 𝑚𝑎: ainda segundo Hart (2012), a taxa de modulação
de amplitude é definida como a razão entre as amplitudes do sinal senoidal e do sinal
da portadora:
𝑉𝑚,𝑠𝑒𝑛𝑜𝑖𝑑𝑎𝑙
𝑚𝑎 = 𝑉𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟𝑎
(5)
𝑉1 = 𝑚𝑎𝑉𝑖 (6)
Caso 𝑚𝑎 > 1, 𝑉1 continua aumentando, mas não mais linearmente, veja a Figura
28. Esse conhecimento será importante para o controle da amplitude de tensão em
uma carga com filtro passa baixa e para projeto de inversores de ponte completa.
assim por diante (para 𝑚𝑓 ≤ 9 a amplitude das harmônicas são quase independentes de 𝑚𝑓).
Teoricamente as frequências em que as harmônicas ocorrem (𝑓ℎ) podem ser calculadas por:
ℎ = 𝑛 𝑚𝑓 ± 𝑘 (8)
ℎ = 𝑛2𝑚𝑓 ± 𝑘 (9)
29
O desenvolvimento feito para a modulação SPWM unipolar feito até agora será útil
para encontrarmos algumas grandezas importantes em circuitos inversores de ponte completa.
As séries de Fourier são úteis quando a tensão sobre a carga é periódica e não senoidal, pois
com elas podemos encontrar as componentes harmônicas que estão sobre a carga e para cada
uma definir as correntes e potências usando análise fasorial. Após isso usamos superposição
para encontrar um valor aproximado das grandezas de circuito, já que usamos séries truncadas
para os cálculos.
A corrente em cada harmônica é determinada por:
𝑉ℎ 𝑉ℎ
𝐼ℎ = 𝑍ℎ
= (10)
2 2
𝑅 +𝑋 ℎ
em que 𝐼ℎ,𝑟𝑚𝑠 é a corrente rms em cada frequência. A potência total absorvida é a soma das
potências absorvidas pelas harmônicas:
𝑃 = ∑ 𝑃ℎ (12)
𝐼ℎ 2
2
𝐼𝑟𝑚𝑠 = ∑ (𝐼ℎ,𝑟𝑚𝑠) = ∑ ( ) (13)
2
2 2
𝑉𝑟𝑚𝑠 −𝑉
𝐷𝐻𝑇 = 𝑉1, 𝑟𝑚𝑠
1,𝑟𝑚𝑠
(14)
a) Cara RL com R = 10 Ω e L = 20 mH
b) Carga RLC com R = 10 Ω e L = 20 mH e C = 50 nF
c) Carga R com R = 10 Ω
Solução:
As componentes harmônicas de ordem h são dadas pela equação por (9) e a tensão
rms na entrada da ponte é 212.13 V, as voltagens rms para seguem:
Para a fundamenta ou 60 Hz: 𝑉1, 𝑟𝑚𝑠 = (0. 8)(212, 130) = 169, 7𝑉
31
a) A Tabela 2 mostra os valores das séries de Fourier calculados por meio das séries das
equações da seção anterior e análise fasorial
𝑃 ≃ 𝑃1 = 1836
𝐼𝑟𝑚𝑠 ≃ 𝐼1,𝑟𝑚𝑠 = 13, 55
𝐷𝐻𝑇 ≃ 0
𝐼𝑅,𝑟𝑚𝑠 = 14, 85 𝐴
𝑃 ≃ 𝑃1 = 2205 𝑊
𝐷𝐻𝑇 ≃ 0
Para o caso da de um circuito com carga R observamos que a impedância para todas
as harmônicas da tensão 𝑣𝑎𝑏 é a mesma, dessa forma não existe um efeito de filtragem ou
amortecimento das harmônicas para a corrente. Como resultado disso não podemos aproximar
33
as grandezas do nosso circuito como nas letras (a) e (b) pela fundamental.
𝐼𝑅,𝑟𝑚𝑠 = 19, 15 𝐴
A distorção harmônica:
𝐷𝐻𝑇 = 52, 3%
5. SIMULAÇÕES
(a)
36
(b)
(c)
(d)
(e)
Fonte: Autor, 2024.
(a)
(b)
(c)
(d)
Fonte: Autor, 2024.
39
(a)
(b)
Fonte: Autor, 2024.
simulador encontramos 𝐼𝑜, 𝑟𝑚𝑠 = 21, 47 o que corrobora com a ideia de que é preciso mais
harmônicas para caracterizar bem a carga R.
𝑡
𝑅𝐶 = 0,636
(15)
𝑡
𝐶 = 0,636*𝑅
1µ
𝐶 = 0,636*1𝑘
1µ
𝐶 = 0,636*1𝑘
𝐶 ≃ 1. 6𝑛𝐹
Para a validação desta equação, foi observado o período tempo morto imposto entre os
sinal de acionamento das chaves S1 e S2, que pode ser observado na figura 25. Nela é
observado que o tempo morto foi condizente com o valor desejado.
(a)
(b)
43
(c)
(d)
Fonte: Autor, 2024.
Tabela 8: Valores das séries de Fourier para carga RL simulados com tempo morto
ℎ 𝑓ℎ, 𝐻𝑧 𝑉ℎ(𝑉) 𝐼ℎ(𝐴) 𝐼ℎ, 𝑟𝑚𝑠(𝐴) 𝑃ℎ(𝑊)
(a)
(b)
(c)
(d)
Fonte: Autor, 2024.
45
Tabela 9: Valores das séries de Fourier para carga RLC simulados com tempo morto
(a)
(b)
Fonte: Autor, 2024.
46
Tabela 10: Valores das séries de Fourier para carga R simulados com tempo morto
ℎ 𝑓ℎ, 𝐻𝑧 𝑉ℎ(𝑉) 𝐼ℎ(𝐴) 𝐼ℎ, 𝑟𝑚𝑠(𝐴) 𝑃ℎ(𝑊)
6. CONCLUSÃO
7. REFERÊNCIAS
[1] HART, Daniel W.. Eletrônica de Potência: análise e projeto de circuitos. Porto Alegre:
Bookman, 2012.
[2] MOHAN, Ned; UNDELAND, Tore M.; ROBBINS, William P.. Power Electronics:
converters, applications, and desing. 2. ed. Nova Jersey: John Wiley & Sons, 1989.
[3] MAHESHRI, Sachin; KHAMPARIYA, Prabodh. Simulation of single phase SPWM
(Unipolar) inverter. International Journal Of Innovative Research In Advanced
Engineering: IJIRAE, Hosur, v. 1, n. 9, p. 12-18, out. 1014.
[4] FERRONI, Felipe Martins. Inversor de Tensão Senoidal Microcontrolado por
Arduino. 2018. 75 f. Monografia (Especialização) - Curso de Engenharia Elétrica,
Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2018.
[5] SANTOS, Wesley Baldin dos. Estudo, Reprodução e Análise de um Inversor de
Tensão em Ponte Completa Chaveado em Alta Frequência com Saída Senoidal Pura.
2017. 65 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Eletrônica, Universidade Tecnológica
Federal do Paraná, Campo Mourão, 2017.
[6] COSTA, Augusto Mendes da. Projeto e Análise de Desempenho de um Inversor Full -
Bridge Empregado em um Sistema UPS On-Line com Elevado Fator de Potência. 2019.
111 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Elétrica, Universidade Federal de
Uberlândia, Uberlândia, 2019.
[7] PETRY, Clovis Antonio. Curso básico de eletrônica de potência. [S. l.: s. n.]. E-book.
Disponível em:
https://www.professorpetry.com.br/Ensino/Eletronica_Potencia/Capitulo_22.pdf
[8] RASHID, Muhammad H. (ed.). Power Electronics Handbook. Flórida: Academic Press,
2017. 1522 p.
[9] POMILIO, José Antenor. Eletrônica De Potência - Introdução Ao Curso. Campinas, 1998.
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