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UNIVERSIDADE ESTADUAL
DE CAMPINAS
DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA
DISCIPLINA:
HIDROTÉCNICA II – ST403
FEVREIRO/2007
II
ÍNDICE
CAPITULO 1 - P E R D A S D E C A R G A D I S T R I B U Í D A
1.1-DEFINIÇÕES......................................................................................................................01
1.1.1-Raio Hidráulico.......................................................................................................01
1.1.2- Diâmetro Hidráulico..............................................................................................01
1.2-PERDA CARGA..................................................................................................................02
1.2.1- Perdas de Carga Distribuídas...............................................................................02
1.2.2-Perdas de Carga Localizadas ou Singulares........................................................02
1.3-EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE...................................................................................02
1.4-EQUAÇÃO DE BERNOULLI...........................................................................................02
1.5-COTA PIEZOMÉTRICA, LINHA DE ENERGIA E LINHA
PIEZOMÉTRICA............................................................................................................03
1.5.1-Cota Piezométrica...................................................................................................03
1.5.2-Linha de Energia.....................................................................................................03
1.5.3-Linha Piezométrica.................................................................................................03
1.6-ESCOAMENTO LAMINAR E TURBULENTO............................................................04
1.6.1-Experiência de Reynolds........................................................................................04
1.7-EQUAÇÃO DE BERNOULLI EM PRESENÇA DE UMA MAQUINA......................06
1.8-PERDA DE CARGA NO REGIME LAMINAR - EQUAÇÃO DE
HAGEN-POISEUILLE................................................................................................06
1.9-FORMULA UNIVERSAL DE PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA –
EQUAÇÃO DE DARCY-WEISBACH...........................................................................07
1.10-NOVA FORMULAÇÃO EXPLÍCITA PARA O CÁLCULO DO
FATOR DE ATRITO (f) DE ESCOAMENTO FORÇADO...................................08
COEFICIENTES Ks....................................................................................................16
Tabela 3.2- Valores aproximados de Ks......................................................................17
5.1-CAVITAÇÃO...............................................................................................................29
5.1.1-NPSHrequerido...................................................................................................29
5.1.2-NPSHdisponível..................................................................................................30
5.1.3-Pressão de vapor para a água em metro de coluna de água..........................30
5.1.4-Pressão atmosférica em função da altitude em mca.......................................30
5.2-CURVAS CARACTERISTICAS DE UMA BOMBA..............................................30
5.2.1-Variações das curvas características...............................................................30
5.3-POTÊNCIA DA BOMBA E DO CONJUNTO ELEVATÓRIO.............................31
5.4-CURVA DO SISTEMA . PONTO DE OPERAÇÃO................................................34
5.4.1-Curva do Sistema................................................................................................34
5.4.2-Ponto de Operação..............................................................................................35
5.4.3-Escolha de um Conjunto Motor Bomba...........................................................35
5.5- EXEMPLOS DE APLICAÇÃO................................................................................40
IV
de 3 e m3/h.................................................................................65
Quadro N°6.2- Capacidade do hidrômetro monojato classe A e B
de 1,5m3/h..................................................................................66
Quadro N°6.3- Capacidade do hidrômetro multijato classe A e B
de 7 ; 10; 20 e 30m3/h.................................................................66
Quadro N°6.4- Capacidade do hidrômetro monojato classe C
de 3 m3/h..........................................................................................67
Quadro N°6.5 - Capacidade do hidrômetro Woltmann..................................67
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................68
CAPITULO I - P E R D A S D E C A R G A
DISTRIBUÍDA.
1.1-DEFINIÇÕES:
1.1.1-Raio Hidráulico(Rh):
P
1.1.2- Diâmetro Hidráulico(Dh):
4A 4(Área molhada)
Dh= 4Rh = ------ = ----------------------
P Perímetro molhado
Na tabela a seguir são fornecidos os elementos hidráulicos dos condutos mais comumente
utilizados na prática.
SEÇÃO Área P Rh Dh
D2 D
π ------- πD ------ D
D 4 4
a
2 a
a a 4 ------ a
a 4
ab 4ab
a ab 2(a + b) --------- ---------
2(a+b) (a + b)
b
ab 4ab
a ab 2a + b ----------- -----------
b 2a + b 2a + b
D2 D D
D π -------- π -------- -------- D
8 2 4
1.2-PERDA CARGA
2
São aquelas que ocorrem ao longo das tubulações. A perda de carga distribuída é
normalmente simbolizada por hf..
A soma das duas formas de perdas de carga é a perda de carga total.. A perda de carga
total será simbolizada por :Hp ou ∆h.
Hp= ∆h = hf + hs
ρ2;V2; A2
(1)
G1 ρ1;V1;A1
1.4-EQUAÇÃO DE BERNOULLI
V22/2g
P2/γ
P1/γ
( 2)
( 1)
Z1 Z2
P1 V12 P2 V22
------- + -------- + Z1 = ------- + --------+Z2 + hf1,2
γ 2g γ 2g
1.5-COTA PIEZOMÉTRICA, LINHA DE ENERGIA E LINHA PIEZOMÉTRICA.
1.5.1-Cota Piezométrica(CP)
CP= P/γ + Z
1.5.2-Linha de Energia(L.E)
L.E.= P/ γ + V2/2g + Z
1.5.3-Linha Piezométrica(L.P.)
L.P= P/γ + Z
4
V12/2g LE hf1,2
V2/2g
LP
V22 /2g
P1/γ
P/γ
P2/γ
(1)
γ (2)
Z1 Z Z2
PHR
1.6.1-Experiência de Reynolds
Tubo Transparente
H20
Filete colorido
Registro de
Controle
Lâminas ou camadas
Vn V
Vt
ρVD VD
Rey =-------- = ---------
µ ν
.
P1 V12 P2 V22
------ + ------ + Z1 + Hm = ------ + ----- + Z2 + Hp1,2
γ 2g γ 2g
onde: + HB =Î Bombas
Hm=
- HT =Î Turbinas
(1)
Hm γ
P1 ; V1 M (2)
Z1 P2;V2 Z2
PHR
hf
v = Vmax{1 - (r/R) 2 } µ eγ
Q R
D r Vmax
128 µ L Q
hf = ---------------- (Equação de Hagen-Poiseuille)
γ π D4
4.Q
Sendo µ = νρ e V= Q/A= -------- ,a equação acima pode ser escrita da seguinte forma:
π.D2
7
128 ν L Q
hf= ----------------
π D4 .g
hf1,2 µeρ
Q DH
L
(1) (2)
L V 2
ρ V DH
hf1,2= ∅ ( ε /DH, Re) ------- -----, onde: Re = ------------
DH 2g µ
L V2
hf1,2= f ----- ------ , onde:
DH 2g
64 64 ν
fazendo f = -------- = ---------- e sendo :
Rey V.DH
Q 4Q
V= ------- = ---------- a Fórmula Universal pode ser escrita:
A π D2
64 ν L V2 32 ν L 4 Q
hf= ------ ------ ------- = -------------------
V DH.. DH 2g π .DH2.g. DH2
128. ν .L.Q
hf= ------------------
π DH4 .g
Problema I
Dados : Q ; D ; ν ; K; L e g . Incógnita : ∆h
4Q
Re = ----------
π.D.ν 64
Para Re ≤ 2500 ==Î f = ----- (Laminar)
Re
Para Re ≥ 4000 e :
Re0,9
Para -------≤ 31 ==Î f = (-2 log (5,62/Re0,9))-2 (Liso)
D/k
Re0,9
Para ------- < 448 ==Î f = (-2 log ( K/3,71D + 5,62/Re0,9 ))-2 (Misto)
D/k
Re0,9
Para ------ ≥ 448 ==Î f = (-2 log ( K/3,71D ))-2 (Rugoso)
D/k
8fLQ2
∆H = -----------
π2.D5.g
Problema II
Dados : D ;L ; ν ;g; K; e ∆H . Incógnita : Q
D 2g.D.∆H
N = ------- -----------
ν L
9
64
Para N ≤ 400 ==Î f = (------ )2 (Laminar)
Re
Para (N/D)k ≤ 14 ==Î f = (-2 log (2,51/N ))-2 (Liso)
Para (N/D)k < 200 ==Î f = (-2 log (2,51/N + K/3,71D ))-2 (Misto)
π.D2 2g.D.∆H
Q = ------ --------------
4 fL
Problema III
Dados : Q ;K ; ν ;g; L e ∆H . Incógnita : D
4Q
N = ---------
K π.ν
128.g.Q3.∆H 1
M = ( ------------------ )1/5 . ------
π3.L ν
128
Para M ≤1200 ==Î f = ------- (Laminar)
N1,25
Para M ≥ 2100 e:
M2
Para --------≤ 17 ==Î f = (-2 log (4,15/M0,937 ))-2 (Liso)
N
M2 0,38.M1,042
Para ------- < 236 ==Î f = (-2 log (4,15/M0,937 + --------------))-2 (Misto)
N N
M2 0,38.M1,042
Para ------- ≥ 236 ==Î f = (-2 log (----------------))-2 (Rugoso)
N N
8fQ2 L
D = (------------)1/5
g.π2.∆H
Problema IV
V3 .L
N= ------------
2g.∆H.ν
10
V.k
M = --------
ν
8
Para N ≤ 312 ==Î f = ----- (Laminar)
N
Para N ≥ 316 e:
M
Para -------≤ 27 ==Î f = (-2 log (18,83/N1,5 ))-2 (Liso)
N1/6
M
Para ------- ≤ 393 ==Î f = (-2 log (1,03 M/N5/3 + 18,83/N1,5 ))-2 (Misto)
N1/6
M
Para ------ > 393 ==Î f = (-2 log (1,03 M/N5/3 ))-2 (Rugoso)
N1/6
fLV2
D = ----------
∆H.2g
2.1.1-Para a Velocidade
2.1.2-Para a Vazão
a)Para a Velocidade
b)Para a Vazão
Q1,852
J = 0,021 ----------(função da vazão)
D4,87
2.2-RELAÇÕES DA FÓRMULA DE HAZEN-WILLIANS PARA VALORES
QUAISQUER DE C.
12
JC 100
------- = (-------)1,852 = K Î JC=J100.K
J100 C
DC 100
-------- = ( ------ )0,38
D100 C
C C
VC = V100.-------- e QC = Q100 .-------
100 100
A tabela 2.1 a seguir fornece os valores dos coeficientes C para os tubos de diversos
materiais:
2.3.1-Fórmula de Fair-Whipple-Hsiao.
2.3.2-Fórmula de Flamant
4 7
D.J V
------ = b ------
4 D
b)Para tubos de aço ou ferro fundido usado conduzindo água fria b=0,00023
e a formula de Flamant passa a ter a seguinte expressão:
2.4-EMPREGO DE NOMOGRAMAS
Para a solução rápida dos problemas que envolvam perda de carga em encanamentos,
podem ser utilizados ábacos das formulas de Hazen-Willians ,Flamant e de Fair-Whipple-Hsiao
e o Diagrama de Stanton segundo Moody, que constam no Anexo Tabelas e Ábacos.
15
hs
Singularidade
D (acessório)
LC ou LE hs
Leq
Comprimento equivalente
f Lreal V 2 f Leq V 2
Hp = ------------ + -------------
D 2g D 2g
(Lreal + Leq )V 2
Hp= f ----------------------
D 2g
f Lt. V 2
Hp= ------------
D 2g
V2
hs=Ks ----- , onde os valores de Ks estão tabelados para
2g
os diversos acessórios. A tabela 3.2 apresenta os valores aproximados de Ks para a maioria dos
acessórios.
A única energia disponível para este tipo de linha e a energia potencial. Podem ser
condutos livres e condutos forçados.
Plano de Carga Absoluto(PCA)
NA Patm/γ
Plano de Cargo Efetivo(PCE)
Conduto Forçado NA
por Gravidade
Essa condição e ideal para o escoamento por gravidade em condutos forçados(em qualquer
ponto P>Patm)
Conduto Forçado
A Condutos Livre
B
Condutos C
Forçados
D
A
Canalização
A’
V
A
Canalização
Linha Piezométrica
Efetiva
B’
B
Essa posição estabelece duas condições de escoamento distintas. No trecho AV ter-se-á
escoamento sob pressão, embora com vazão reduzida, enquanto a jusante, ter-se-á escoamento
com superfície livre em todo o trecho VB ou parte dele, voltando eventualmente a parte final a
funcionar como conduto forçado.
Obs.: Os dois casos anteriores(itens 4.1.4 e 4.1.5), na prática são resolvidos construindo-se
caixas de passagens nos pontos V.
4.1.6-Trecho de tubulação acima do plano de carga efetiva, porem situado abaixo da
linha de cargas absoluta.
Essa condição não pode existir com adutoras normais, uma vez que o sifão estabelecido,
exigirá escorvamento sempre que houver formação de bolhas de ar na canalização.
21
Linha Piezométrica
Canalização Efetiva
B
4.1.7-Trecho da tubulação acima da LP absoluta e acima do plano de carga efetiva,
porém abaixo do plano de carga absoluta.
Essa condição formar-se-á também um sifão , porém em condições mais desfavoráveis que
o anterior(item 4.1.6) pois o escorvamento se torna muito difícil.
Linha Piezométrica
Efetiva
Canalização
B
22
8 f L Q2 8 f k L Q2
hf = ------------- ; fazendo K= --------, vem: hf = ----------
π2 D5g π2 g D5
LP
hf1
hf
hf2
D1 - L1
D2 - L2
D - L
K1 Q2 L1 K2 Q2 L2 K Q2 L
hf1= --------------- ; hf2= ---------------- e hf = --------------
D15 D25 D5
K Q2 L K1 Q2 L1 K2 Q2 L2
------------ = -------------- = --------------- ==Î
D5 D1 5 D2 5
L L1 L2 L3 Ln
------ = -------- + -------- + -------- + ... + ------ ou
D5 D15 D25 D35 Dn5
L i =1 Li
------ = Σ -------- Equação 4.2.1.1c
D5 n Di 5
L L1 L2 L3 Ln
------------- = -------------- + ------------ + -----------+ ... + ----------- ou
D4,87.C1,85 D14,87.C11,85 D24,87.C2 D34,87.C3 Dn4,87.Cn
L i =1 Li
------------ = Σ -------------- Equação 4.2.1.1d
D4,87.C n Di4,87.Ci
L L1 L2 L3 Ln
--------- = ---------- + -------- + -------- + ... + ----------- ou
D4,87 D14,87 D24,87 D34,87 Dn4,87
L i =1 Li
-------- = Σ ----------- Equação 4.2.1.1e
D4,87 n Di4,87
4.2.2.2-Condutos em paralelos
25
Q1- D1- L1 hf
Q2 - L2 - D2
R1
R2
D-L-Q = Q1 + Q2
K2 . Q22L2 hf D25
hf=hf2= --------------- =Î Q2= ------------
D25 K L2
K . Q2L hf D5
hf= --------------- =Î Q = ------------
5
D K.L
Aplicando a equação da continuidade para a situação da figura vem:
Q = Q1 + Q2
hf . D5 hf . D15 hf . D25
----------- = ----------- + -----------
K.L K1.L1 K2.L2
D5 D15 D25
----------- = ----------- + ----------- Equação 4.2.2.2
K.L K1.L1 K2.L2
D5 i=1 D i5
----------- = ∑ ----------- Equação 4.2.2.2a
K.L n Ki.Li
R1
h1 N2
H C
L1 - D
R2
D L2- D
O
Descarga (D)
27
K .Q2 h . D5
h = --------(L1 + L2) =Î Q = ---------------
D5 K.(L1 + L2)
2a -hipótese: O registro está aberto de tal maneira que a linha piezométrica passa por
N1CN2.Toda a água virá de R1 e sairá por OP.A linha CN2 neste caso é horizontal. A vazão
neste caso será dada por:
Q2 h. D5
h = K ------- L1 =Î Q = -----------
D5 K.L1
3a -hipótese: Os dois reservatórios passam a abastecer a derivação OP.A linha de carga
passará a ser N1DN2 e a vazão será dada por:
h1 . D5 (h1 - h ).D5
Q = ---------- + --------------
K1 L1 K2.L2
H . D5 (H - h ).D5
Qmax = ---------- + --------------
K1 L1 K2.L2
y
R1 H3
A
C R3
Q1 - L1 - D1 H2
Q3 - L3 - D3
O
Q2 - L2 - D2 R2
B R2
28
D15
Q1 = --------- y
K1.L1
D25
Q2 = ----------- H2 - y
K2 L2
D35
Q3 = ------------ H3 - y
K3.L3
Q1 = Q2 + Q3
φr 7
2 4 Hg
3 5 6
B
Ze
0 e s PHR φr
R1 Figura 5.1
1
5.1-CAVITAÇÃO
5.1.1-NPSHrequerido
É a energia do liquido que a bomba, necessita para funcionar satisfatoriamente. É uma
característica de cada bomba e o seu valor é determinado em testes de laboratórios ou através de
cálculos.
30
5.1.2-NPSHdisponível
NPSHd > 1,2 NPSHr ou > NPSHr + 0,5m (o que for maior)
Patm Pv
NPSHd= --------- - ------ ± ze - Hps
γ γ
onde: Patm = pressão atmosférica local; Pv = pressão de vapor do liquido na temperatura de
bombeamento; ze= altura estática de sucção e Hps = perda de carga na sucção.
T(°C) 0 10 20 30 50 100
Pv/γ(m) 0,063 0,125 0,236 0,429 1,250 10,330
Cota acima nível 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
do mar(m)
Patm/γ(m) 10 9,8 9,5 9,3 9,1 8,9 8,7 8,5 8,3 8,1 7,8
As carcaças das bombas podem trabalhar com rotores de diâmetros diferentes e para cada
diâmetro teremos uma curva correspondente .Para uma rotação constante, a variação do diâmetro
do rotor da origem as curvas características paralelas sendo que as curvas superiores referem-se
aos rotores de maiores diâmetros .Mudando os diâmetros dos rotores valem as seguintes
relações:
Q2 H2 D2 Q2 H2
------- ≈ ------- ≈ (-----)2 ou D2 ≈ D1 ------ ≈ D1 --------
Q1 H1 D1 Q1 H1
Estas fórmulas não são aplicáveis quando o diâmetro do rotor variar mais de 10%. Antes
de executar o rebaixamento do diâmetro do rotor é recomendável consultar o fabricante da
bomba.
Q2 n2 H2 n2 2 P2 n2 3
------ = ------; ------ = (----) ; ------= (-----)
Q1 n1 H1 n1 P1 n1
γ Q.Hm γ Q.Hm
PB = ------------- e P = ------------- ; onde:
75 ηB 75 η
γ = peso especifico do liquido em kgf/m3;
Q = vazâo em m3/s
Hm = altura manometrica total em m;
PB = potência da bomba em CV
P = potência do conjunto elevatório em CV
ηB= rendimento da bomba
η =ηBxηm = rendimento global do conjunto elevatório
ηm = rendimento do motor.
32
5.4.1-Curva do Sistema.
É a variação das alturas manometricas totais requeridas pelo sistema em função da vazão
.A altura manometrica Hm e dada por:
Hm = Hg + perdas = Hg + Hpr + Hps.
As figuras 5.4 e 5.5 mostram respectivamente uma instalação de recalque e a a curva do
sistema.
Hg D R2
R1
Bomba
Figura 5.4- Instalação de Recalque
Hm
Curva do
Sistema
Hp6
Hp5
Hp2 Hp3 Hp4
Hp1
Hg
Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6
5.4.2-Ponto de Operacão.
O encontro da curva do sistema com a curva do rotor(HmxQ) nos fornece o ponto de
operação da bomba.A figura 5.6 mostra o ponto de operação.
Hm
Ponto de Operação
Curva da Bomba
Curva do Sistema
Hm
Hp6
Hp5
Hp2 Hp3 Hp4
Hp1
Hg
Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q Q6
1)Uma bomba recalca com 45CV, 100 L/s e Hm=26m , e esta funcionando com 1170rpm
e com rotor de 395mm.O que aconteceria se houver:a)a troca do rotor por um outro de 430mm;
b)a mudança de rotação para 1760rpm.
a)Troca do rotor por outro de 430mm
Q1 D1 D2 430
--------- ≈-(-------)2 Î Q2 ≈ Q1(------)2 ≈ 100 (-------)2 Î Q2 ≈118,50 L/s
Q2 D2 D1 395
H1 D1 D2 430
--------- ≈ (--------) 2 Î H2 ≈ (------)2 . H1Î H2 ≈ ( -------)2 . 26 Î H2 ≈ 30,81m
H2 D2 D1 395
b)Mudança de rotação
Q2 n2 n2 1760
--------- = ----------- Î Q2 = Q1 -------- = 100 -------- Î Q2 = 150,42 L/s
Q1 n1 n1 1170
H2 n2 2 n2 2 1760 2
--------- = (--------) Î H2 = (------) . H1Î H2 = (-------) . 26 Î H2 = 58,83m
H1 n1 n1 1170
P2 n2 3 n2 3 1760 3
--------- = (--------) Î P2 = (------) . P1Î P2 = ( -------) . 45 Î P2 = 153,18CV
P1 n1 n1 1170
2)Dada a figura abaixo e a curva da bomba WKL 125 rotor de 320mm, na pagina 42,
pede-se para determinar: a)a curva da tubulação b)o ponto de operação c)a potência da bomba
d)verificar as condições de funcionamento quanto a cavitação. São dados ainda Patm/γ=9,6m;
Pv/γ=0,30m; DS=Dr=250mm ; γ =1000kgf/m3 e ν=10-6 m2/s; 1-valvula de pé com crivo ;2-
cotovelo raio longo 90°; 3-Válvula de retenção tipo leve 4-registro globo e 5-saida de
canalização.
(6)
5
6m 2 K=0,0025m
Dr=250mm Hg= 30,30m
3 4 Lr=600m
2 B 2
1,5m ( 0)
3,5m Ds=250mm
1
-de sucção
41
Re0,9 396.118,960,9
--------- = -------------------- = 109,15<448(misto)
D/K 0,25/0,00025
8fLQ2
∆H = -----------
π2.D5.g
8x0,02048x79,5x0,07782
∆H = Hps = ----------------------------------Î ∆H = Hps =0,83m
π2x0,255x9,91
Patm Pv
NPSHd = ----------- - --------- - hs - Hps
γ γ
NPSHd = 9,6 - 0,3 –1,5 –0,83 Î NPSHd = 6,97m
Para Q = 280m3/h da curva da bomba da página 42 obtém-se : NPSHr = 6,5m
Comparando os NPSH vem:
NPSHd = 6,97m > NPSHr =6,5m(sem cavitação), porém não atende a Norma Brasileira
Pela NB NPSHd ≥ 1,2NPSHr ou NPSHr +0,50m , o que for maior.
3)Sendo dada a instalação mostrada a seguir , que abastecerá uma população de 20.000pessoas
e considerando k1= 1,20 ; q= 200L/diaxpessoa , funcionamento do sistema 24h/dia, determinar:
a)a perda de carga nas tubulações b) escolher a bomba e o diâmetro do rotor c)a potência da
bomba d)NPSHD e verificar se a bomba está bem instalada .Dados: Patm/γ= 9,6m ; Pv/γ =
0,28m ; coeficiente C= 130 ; γ= 1000kgf/m3 .1- válvula de pé com crivo 2-cootvelo raio longo
90o ; 3-válvula de retenção de tipo leve 4- registro de gaveta e 5- saída de canalização .Dentre
as curvas dadas utilizar a mais adequada para este caso.
2 5
36,87m
∅r = 250mm
3m
1,5m 3 4
2 B Lr= 2000m
2
3m ∅s=300mm
1
44
K1xq x n 1,20x200x20.000
Q = -------------- = ------------------------Î Q = 55,56L/s
86.400 86400
Comprimento da tubulação de sucção
Entrando com os valores do ítem b nas curvas das bombas da página 39 escolhe a bomba que
melhor atende o ponto:Q = 200m3/h e Hm =-52,00m . A bomba escolhida é a:
Bomba KSB ANS 100-315 com rotor – 332mm
c)Potência da bomba
Q= 55,56L/s
Da curva da bomba (pág. 39) obtém –se ηB = 77,2%
Hm = 52,00m
45
γ Q Hm 1000x0,05556x52,0
PB = ------------- = -----------------------------Î PB = 49,88CV
75 ηB 75x0,772
d)
Patm Pv
NPSHd = --------- - -------- - hs - Hps
γ γ
NPSHd =10,41m > NPSHr + 0,50 = 2,90m(logo a bomba está funcionando sem cavitação)
Exercício Capitulo V
1.5-O esquema abaixo representa um sistema de bombeamento . Uma bomba recalca a água
desde o poço de sucção até um reservatório de nível constante . A canalização de sucção e de
recalque são de fofo novo . Determinar a potência da bomba em CV. 1- Válvula de pé com
crivo 2- cotovelo de raio curto 3-válvula de retenção tipo leve 4-registro de globo aberto.
L=200m – Q = 7,0L/s
30m
2m
3 4
2 B
D=5cm 2m ηB = 60%
5m
1m
1
Observação:
1- Adotar o coeficiente de Bresse K = 1,2
2- Utilizar a fórmula de Hazen-Willians.
3- Desprezar as perdas nas curvas.
φrecalque = 4”
φsucção = 5”(diâmetro comercial imediatamente superior ao do recalque)
b.1-na sucção
- comprimento total da canalização
válvula de pé com crivo de 5”...............................................30,0m
cotovelo de raio curto de 5”x90° ...........................................4,2m
comprimento real....................................................................5,0m
---------------
Lts=39,2m
Hps Hps
Q = 0,2785x CxD2,63 (-------) Î 0,007 = 0,2785x130x0,1252,63( -------) Î Hps =0,13m
Lts 39,2
b.1-no recalque
c)Cálculo da Potência
γ xQxHm 1000x0,007x34,51
P = --------------- = -------------------------Î P = 5,36CV
75ηB 75x0,60
D1
do
D1
∆h
γm
2g.∆h(γm - γ )
Q= CQ Ao -----------------
γ
D1 D1
∆h
γm
48
2g.∆h(γm - γ )
Q= CQ A2 -----------------
γ
6.3.1-TRIANGULAR de "THOMPSON"
H H
Q=1,42 H 5/ 2
6.3.2-VERTEDOR RETANGULAR
H H
Se o vertedor não ocupa toda largura do canal aparecem contrações.A correção deste efeito
consiste em subtrair a largura do vertedor de 0,1H para cada contração. Logo para duas
contrações temos:
Q= 1,77 (L - 0,2H)H 3/ 2
Lo – Largura do canal
H H
0,10H 0,10H
L - 0,20H
H H
h h
Q=1,71 L H 3/ 2 , onde:
Q - vazão em m3/s;
L - largura do vertedor em m;
H - carga hidráulica em m.
6.4-MEDIDORES PARSHALL
2/3A
D W C
B F G
Q= K H n
A tabela 6.4 da os valores de vazão já calculados para os medidores Parshall mais comuns.
O rotâmetro é um dos medidores de vazão de área variável , e é o mais utilizado. Pode ser
utilizado para medir vazão de líquidos e gases . Apresenta uma precisão entre 2 a 10% com
escala aproximadamente linear.Basicamente o rotâmetro consta de um tubo cônico normalmente
de vidro de alta resistência , que possui em seu interior um flutuador que se move verticalmente
devido ao movimento do fluido ao seu redor ( na área anular formada pelo seu corpo e a parede
do tubo de vidro). A figura 5.1 mostra dois tipos de rotâmetro.
53
6.5.1-Princípio de Funcionamento
O fluido passando pelo tubo cônico de baixo para cima na área anular , faz-se com que o
flutuador se movimente verticalmente. O flutuador vai se posicionar numa seção do tubo
quando houver equilíbrio dinâmico das forças : peso(P) , arraste(F) e empuxo (E)., conforme
mostra a figura 6.2.
Vf .( γf - γfl). 2g
Q = Aw .Cd . K ------------------------- onde:
γfl . Af
Q = vazão máxima;
Aw = área de passagem do fluido;
Cd= coeficiente de descarga que depende da geometria do flutuador e o
número de Reynolds;
K = constante de compatibilização de unidades;
Vf = volume do flutuador ;
γf= peso específico do flutuador;
γfl = peso específico do fluido;
Af= área da seção de leitura do flutuador e
g = aceleração da gravidade.
6.5.2-Caracteríticas de trabalho
a)Pode se utilizado para medir vazões extremamente pequenas como vazões bastantes
grandes;
b)São fabricados rotâmetros com vidros de paredes espessas que podem suportar pressões
de 30 kgf/cm2 e temperatura de 90°C.
E = B . L . V (1) ; onde:
O campo magnético é gerado por um eletroimã ou par de bobinas que são alimentadas
por uma fonte de corrente alternada . O medidor possui dois eletrodos instalados na sua parede
interna, que é revestida com um material isolante eletricamente. O fluido que é um condutor
passando no interior do medidor corta o campo magnético gera uma pequena tensão que é
proporcional a velocidade média do fluido. A figura 6.3 ilustra os detalhes de funcionamento de
um medidor magnético.
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6.6.3-Características do Medidor
a)Podem ser utilizados para medir vazões de: fluidos pastosos; fluidos viscosos; ácidos
e lamas.
b)Precisão que varia entre 0,5 a 1,0% do valor máximo da vazão. A medição não sofre
influência da viscosidade e da densidade.
6.7-MEDIDORES ULTRASSONICOS
como fonte de ultrassom para enviar acústicos que passam no fluido , antes de atingir os sensores
correspondentes.
Já este tipo de medidores ao contrário dos anteriores requerem fluidos limpos para
medição de vazão. O transdutor – emissor – receptor de ultrassons para estes tipos de
medidores é fixado na parede externa do tubo , ao longo de duas geratrizes diametralmente
opostas . O eixo que reúne os emissores- receptores forma com o eixo da tubulação um ângulo
α.
Os transdutores transmitem e recebem de forma alternada um feixe de ondas
ultrassônicas de pequena duração. Quando o feixe é orientada para jusante o tempo de
transmissão é levemente inferior(t1) em relação ao feixe orientado para montante(t2).
Considerando que a distância entre os sensores seja L , a velocidade média do fluido V1 e a
velocidade do som no fluido em consideração V, tem-se que:
Vs – V1 cosα
t1= -----------------------
L
Vs + V1 cosα
t2= -----------------------
L
57
A diferença dos tempos de trânsito t1 e t2 serve como base para medir a velocidade V1.
A figura 6.5 mostra detalhes dos medidores de tempo de trânsito.
a) O medidor por efeito de Doppler requer que o fluido tenham em suspensão partículas
capazes de refletir ondas acústicas;
b)Os dois tipos de medidores necessitam de que o perfil de velocidades seja
compensado;
c)Nos medidores por efeito de Doppler, no caso de haver grande quantidade de partículas
em suspensão , principalmente próximas aos sensores aparece erro de medida para menor ;
d)Nos medidores de tempo de trânsito a configuração geométrica do percurso do feixe
acústico é perfeitamente definida , por isso é possível , neste caso , corrigir a leitura
adequadamente, considerando o perfil padrão em função do regime de escoamento.
58
e)Os circuitos eletrônicos dos instrumentos dois tipos de instrumentos são previstos para
eliminar os efeitos das turbulências, determinando continuamente a média das velocidades numa
base de tempo relativamente longa.
f)Os dois tipos de instrumentos não são adequados para produtos que depositam a
superfície interna do tubos, formando uma camada absorvente de energia acústica;
g)A temperatura externa do tubo deve ser compatível com os limites dos sensores
correspondentes;
h)A velocidade máxima que pode ser medida com este tipo de aparelhos é de 13m/s com
rangeabilidade de 10:1 a 21:1 e o sinal de saída dos transmissores pode ser pulsos digitais ou
corrente de 4 a 20mA, linear com a velocidade;
i)A medição correta exige um trecho reto para que a distribuição de velocidade seja mais
próxima possível da distribuição padrão.
6.8-HIDROMETROS
São aparelhos destinados a medir e indicar a quantidade de água fornecida pela rede de
distribuição a uma instalação predial.
Constam basicamente de uma câmara de medição , um dispositivo redutor , um
mecanismo de relojoaria para registrar num mostrador os volumes escoados e carcaça.
6.8.1 –Classificação
-Hidrômetro de volume e
-Hidrômetro de velocidade , taquimétricos ou inferenciais.
6.8.2-Hidrômetro de Volume
6.8.3-Hidrômetro de Velocidade
Este tipo de hidrômetro pode ser de jato único também conhecido por monojato e jatos
múltiplos ,conhecido também por multijato, conforme a entrada da água na câmara que contém o
rotor seja feita , respectivamente , por meio de um único jato ou de vários jatos. A transmissão
das rotações das turbinas ao sistema de indicador de volume, para este tipo de hidrômetro é feita
magneticamente , permitindo a relojoaria do medidor trabalhar numa câmara seca .As figuras 6.7
e 6.8 mostram em corte detalhes dos medidores monojato e multijato respectivamente.
6.8.5-Hidrômetros Woltmann
6.8.7.5-Vazão Mínima(Qmin)
Menor vazão na qual o hidrômetro fornece indicação que não possuam erros superiores
aos admissíveis.
6.8.7.6-Vazão de Trabalho.
BIBLIOGRAFIA
GILES, R.V. e outros. Mecânica dos Fluidos e Hidráulica, trad. de Liske, L.,
Makron Books do Brasil Editora Ltda, São Paulo, 1996.