Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 3
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
1.1 – INTRODUÇÃO
A estrutura de um SEE é muito grande e complexa, contudo, ela pode ser dividida nos
seguintes estágios principais:
• Geração
• Transmissão
• Distribuição
4
Em geral, os SEE são representado por diagramas unifilares, onde tais diagramas
mostram a topologia da rede elétrica e fornecem concisamente os dados significativos do
SEE.
Pode-se distinguir claramente três níveis diferenciados de tensões nos sistemas
elétricos, ilustrados na Figura 1:
a) Nível de Distribuição (primário e secundário);
b) Nível de Subtransmissão;
c) Nível de Transmissão;
Esses níveis, os quais são baseados na magnitude das tensões, são padronizados no
Brasil da seguinte forma:
• Transmissão: 750, 50, 230, 138, 69 kV
• Subtransmissão: 138, 69, 34,5 kV
• Distribuição primária: 34,5; 13,8 kV
• Distribuição secundária: 380/220 V, 220/ 127 V, 230/115V
a) Nível de Distribuição
b) Níveis de Subtransmissão
c) Níveis de Transmissão
Uma quantidade no sistema p.u. é definida pela razão entre o valor real de uma
grandeza e o valor base da mesma grandeza, selecionado como referência, isto é:
6
Observe que:
• A quantidade em p.u. é adimensional
• Valor base é sempre um número real
• O ângulo do valor em p.u. é sempre o mesmo do valor verdadeiro.
EXEMPLO: Referir as tensões abaixo em P.U., usando arbitrariamente como Base o valor de
120 kV.
V1 = 126 kV
V2 = 109 kV
V3 = 120 kV
Levando-se em conta os valores base das grandezas elétricas do sistema, cada ponto
do sistema elétrico fica caracterizado por quatro grandezas:
• Tensão elétrica (V)
• Corrente elétrica (I)
• Potência aparente (S)
• Impedância (Z)
Observe que, conhecendo apenas duas destas grandezas, as outras duas ficam também
definida através das equações abaixo.
V = Z ⋅I
S =V ⋅I∗
P = X ⋅I2
S = P + jQ
Basta então, escolher como base, apenas duas destas grandezas. É comum, em sistema
de potência, escolher como bases a tensão (Vbase) e a potência aparente (Sbase), ficando,
consequentemente, fixadas as bases de corrente e de impedância para o nível de tensão
correspondente.
A. SISTEMA MONOFÁSICO
S base
S base = Vbase ⋅ I base → I base = (1.2)
Vbase
Onde:
• Vbase – tensão base da fase no nível de tensão considerado
• Sbase – potência aparente base.
7
2
Vbase Vbase Vbase
Z base = = = (1.3)
I base S base S base
Vbase
B. SISTEMA TRIFÁSICO
• Sbase – Potência aparente base do sistema trifásico, ou seja, é a soma das potências
aparentes base de cada fase S base(3φ ) = 3S base(1φ ) .
• Vbase – Tensão base de linha à linha, ou 3 vezes a tensão base de fase da Y
equivalente Vbase = 3Vbf .
• Vbf – Tensão base de fase
Vbf
Z base = (1.6)
I bf
I bf = I base (1.7)
Vbase = 3 ⋅ Vbf (1.8)
2
Vbase V
Z base = = base
(1.9)
3 ⋅ I base S base
EXEMPLO: Um sistema de potência trifásico, tem como base 100 MVA e 230 kV.
Determinar:
a) Corrente base
b) Impedância base
c) Admitância base
d) Corrente I = 502,04 A em P.U
e) Impedância Z = 264,5 + j1058 Ω em P.U
f) Em P.U, a impedância de uma linha de transmissão de 230 kV com 52,9 km de
comprimento, tendo 0,5 Ω/km por fase.
Geralmente, os dados de placa dos transformadores não coincidem com a base na qual
o sistema está sendo calculado. A mudança de base da impedância do transformador deverá
ser efetuada como segue.
Vbase ( velho )
Z pu (velho ) (1.10)
S base ( velho )
Vbase ( novo)
Z pu ( novo ) (1.11)
S base ( novo)
2
Vbase ( velho ) S
Z pu ( novo ) = Z pu ( velho ) × × base ( novo) (1.12)
V S
base ( novo) base ( velho )
A. Modelo do gerador
A Figura 1.5 mostra o modelo do gerador síncrono de rotor cilíndrico (pólos lisos).
B. Modelo de transformador
Figura 1.8 – Modelo do transformador monofásico desprezando-se o ramo paralelo e a resistência dos
enrolamentos.
Neste caso a capacitância da linha, por ser pequena, é desprezada, sendo a linha
representada pelos parâmetros série, ou seja, a resistência e a indutância. A Figura 1.9 mostra
o modelo da linha curta.
senh (γ × l )
z equivalente = Z ×
γ ×l
tanh (γ × l 2 )
y equivalente =Y ×
γ ×l 2
Onde:
• l é o comprimento da linha
• Z = z ×l
• Y = y×l
• γ = z × y , constante de propagação
13
D. Modelo da carga
A representação da carga depende muito do tipo de estudo realizado. A carga pode ser
representada por potência constante, corrente constante ou impedância constante. É
importante que se conheça a variação das potências ativas e reativas com a variação da tensão.
Em uma barra típica a carga é composta de motores de indução (50 a 70%), aquecimento e
iluminação (20 a 30%) e motores síncronos (5 a 10%). Embora seja exato considerar as
características PV e QV de cada tipo de carga para simulação de fluxo de carga e estabilidade,
o tratamento analítico é muito complicado. Para os cálculos envolvidos existem três maneiras
de se representar a carga.
Figura 1.12 – Representação da carga com potência constante para estudo de fluxo de potência.
Neste caso a atenção não é com a dinâmica da carga, mas sim com a dinâmica do
sistema. Por esta razão a carga é representada por impedância constante como mostra a Figura
1.13.
Figura 1.13 – Representação da carga para estudo de estabilidade com impedância constante.
2.1 – INTRODUÇÃO
2.2 – OPERADOR α
j = 1∠90° (2.1)
1 3
a=− + j = 1∠120° (2.2)
2 2
1 3
a = e j120° = − + j (2.3)
2 2
1 3
a 2 = e j 240° = − − j (2.4)
2 2
a 3 = e j 0° = 1 (2.5)
2.3 – SEQUÊNCIAS
Va 2 = Va 2 (2.10)
Vb 2 = aVa 2 (2.11)
2
Vc 2 = a Va 2 (2.12)
Sequência zero (índice 0) é o sistema formado por três vetores monofásicos que são
iguais em módulo e em fase no tempo. As grandezas de seqüência-zero estão mais
comumente associadas ao fato de se envolver a terra em condições de desbalanço.
Va 0 = Vb 0 = Vc 0 (2.13)
Va = Va 0 + Va1 + Va 2 (2.14)
Vb = Vb 0 + Vb1 + Vb 2 (2.15)
Vc = Vc 0 + Vc1 + Vc 2 (2.16)
Va = Va 0 + Va1 + Va 2 (2.17)
2
Vb = Va 0 + a Va1 + aVa 2 (2.18)
2
Vc = Va 0 + aVa1 + a Va 2 (2.19)
Portanto,
Va 1 1 1 Va 0
Vb = 1 a
2
a ⋅ Va1 (2.20)
Vc 1 a a 2 Va 2
ou
[V ] = [F ]⋅ [V ]
abc 012 (2.21)
21
1 1 1
[F ] = 1 a 2 a (2.22)
1 a a 2
[V ] = [F ] ⋅ [V ]
012
−1
abc (2.23)
ou
Va 0 1 1 1 Va
1
Va1 = 3 1 a a 2 ⋅ Vb (2.24)
Va 2 1 a 2 a Vc
1 1 1
1
a 2
−1
[F ] = 1 a (2.25)
3
1 a 2 a
Uma observação importante que podemos perceber sobre a equação (2.24) é que não
existem componentes de seqüência zero se a soma dos fasores desequilibrados for igual a
zero. Pois:
1 1
Va 0 =
3
[
Va + Vb + Vc ] = × 0 = 0
3
(2.26)
Va 1 1 1 Va 0
[V A ] = Vb = 1 a 2
a ⋅ Va1
Vc 1 a a 2 Va 2
22
Vb 1 1 1 Vb 0
[VB ] = Vc = 1 a 2
a ⋅ Vb1
Va 1 a a 2 Vb 2
Vc 1 1 1 Vc 0
[VC ] = Va = 1 a 2
a ⋅ Vc1
Vb 1 a a 2 Vc 2
1
Va 0 = 3 (Va + Vb + Vc )
1
Vb 0 = (Vb + Vc + Va )
3
1
Vc 0 = 3 (Vc + Va + Vb )
Va 0 = Vb 0 = Vc 0 (2.28)
1
( 2
Va1 = 3 Va + a ⋅ Vb + a ⋅ Vc )
1 1
( 2
) (
2
Vb1 = Vb + a ⋅ Vc + a ⋅ Va = a ⋅ Vb + a ⋅ Vc + Va ⋅ a
3 3
) 2
1 1
( 2 2
) ( )
Vc1 = 3 Vc + a ⋅ Va + a ⋅ Vb = 3 a ⋅ Vc + Va + a ⋅ Vb ⋅ a
23
isto é,
Desta forma, mostramos que a cada rotação cíclica na ordem dos fasores que
compõem a sequência dada, corresponde uma rotação de a2 na componente simétrica de
sequência direta.
Finalmente, desenvolvendo a terceira linha das Equações (2.27), obtemos:
1
( 2
Va 2 = 3 Va + a ⋅ Vb + a ⋅ Vc )
1 1 2
3
( 2
) (
Vb 2 = Vb + a ⋅ Vc + a ⋅ Va = a ⋅ Vb + a ⋅ Vc + Va ⋅ a
3
)
1 1
( 2
) ( 2
Vc 2 = 3 Vc + a ⋅ Va + a ⋅ Vb = 3 a ⋅ Vc + Va + a ⋅ Vb ⋅ a
2
)
isto é,
Vb 2 = a ⋅ Va 2 e Vc 2 = a 2 ⋅ Va 2 = a ⋅ Vb 2 (2.30)
Desta forma, mostramos que, a cada rotação cíclica na ordem de fasores que compõem
a sequência dada, corresponde uma rotação de a na componente simétrica de sequência
inversa.
Matricialmente, teremos:
Va 1 1 1 Va 0
[V A ] = Vb = 1 a 2
a ⋅ Va1
Vc 1 a a 2 Va 2
Vb 1 1 1 Va 0 1 a2 a Va 0
[VB ] = Vc = 1 a 2
a ⋅ a 2 ⋅ Va1 = 1 a a 2 ⋅ Va1
Va 1 a
a 2 a ⋅ Va 2 1 1 1 Va 2
Vc 1 1 1 Va 0 1 a a 2 Va 0
[VC ] = Va = 1 a 2
a ⋅ a ⋅ Va1 = 1 1 1 ⋅ Va1
Vb 1 a
a 2 a 2 ⋅ Va 2 1 a2 a Va 2
Poderíamos ter chegado diretamente a esses resultados, pois, a uma rotação nos
elementos da sequência Va, deve corresponder a mesma rotação nos elementos
correspondentes da linha da matriz F.
24
Supondo que:
1 1
Va 0 =
3
[
Vab + Vbc + Vca ] = × 0 = 0
3
3. Em sistemas trifásicos, a soma das tensões de fase não é necessariamente igual a zero,
portanto, estas tensões podem conter componentes de sequência zero, mesmo
inexistindo tais componentes nas tensões de linha.
S 3φ = Va ⋅ I a∗ + Vb ⋅ I b∗ + Vc ⋅ I c∗ (2.27)
[S ] = [V ] ⋅ [I ] = {[F ]⋅ [V ] }⋅ {[F ]⋅ [I ]} = [V ] ⋅ [F ] ⋅ [F ] ⋅ [I ]
3φ abc
T
abc
∗
012
T
012
∗
012
T T ∗
abc
∗
3 0 0
= [V012 ] ⋅ 0 3 0 ⋅ [I abc ] = 3 ⋅ [V012 ] ⋅ [I abc ]
T ∗ T ∗
0 0 3
Portanto,
(
S 3φ = 3 ⋅ V0 ⋅ I 0∗ + V1 ⋅ I 1∗ + V2 ⋅ I 2∗ ) (2.28)
In = Ia + Ib + Ic
(2.29)
( ) ( )
= (I a 0 + I a1 + I a 2 ) + I a 0 + a 2 I a1 + aI a 2 + I a 0 + aI a1 + a 2 I a 2 = 3I a 0
Isto vem caracterizar a sequência zero como uma sequência intimamente ligada à terra,
fato que não ocorre para as sequências positiva e negativa, que possuem caráter apenas aéreo,
visto que não estão presentes no retorno pela terra.
26
ou seja
VaX − VaY = Z aa I a + Z ab I b + Z ac I c + Z n (I a + I b + I c )
(2.31)
= (Z aa + Z n )I a + (Z ab + Z n )I b + (Z ac + Z n )I c
VaX − VaY = Va = (Z aa + Z n )I a + (Z ab + Z n )I b + (Z ac + Z n )I c
VbX − VbY = Vb = (Z ba + Z n )I a + (Z bb + Z n )I b + (Z bc + Z n )I c (2.32)
V − V = V = (Z + Z )I + (Z + Z )I + (Z + Z )I
cX cY c ca n a cb n b cc n c
Va Z aa + Z n Z ab + Z n Z ac + Z n I a
Vb = Z ba + Z n Z bb + Z n Z bc + Z n ⋅ I b (2.33)
Vc Z ca + Z n Z cb + Z n Z cc + Z n I c
[V ] = [Z ]⋅ [I ]
F F F (2.34)
[F ]⋅ [V ] = [Z ]⋅ [F ]⋅ [I ]
S F S (2.35)
Ou seja
[V ] = [Z ]⋅ [I ]
S S S (2.36)
Onde
[Z ] = [F ] ⋅ [Z ]⋅ [F ]
S
−1
F (2.37)
Z aa = Z bb = Z cc = Z p
(2.38)
Z ab = Z bc = Z ca = Z m
ZP ZM Z M Z p + Z n Zm + Zn Zm + Zn
[Z F ] = Z M ZP Z M = Z m + Z n Z p + Zn Zm + Zn (2.39)
Z M
ZM Z P Z m + Z n Zm + Zn Z p + Z n
Z P + 2Z M 0 0
[Z S ] = 0 ZP − ZM 0
(2.40)
0 0 Z P − Z M
ou ainda
Z p + 2 Z m + 3Z n 0 0
[Z S ] = 0 Z p − Zm 0
(2.41)
0 0 Z p − Z m
Va 0 Z 0 0 0 I a0
Va1 = 0 Z1 0 ⋅ I a1 (2.42)
Va 2 0 0 Z 2 I a 2
Onde
Z 0 = Z P + 2 Z M = (Z p + Z n ) + 2(Z m + Z n ) = Z p + 2 Z m + 3Z n
Z 1 = Z P − Z M = (Z p + Z n ) − (Z m + Z n ) = Z p − Z m (2.43)
Z 2 = Z P − Z M = (Z p + Z n ) − (Z m + Z n ) = Z p − Z m n
Va 0 = Z 0 ⋅ I a 0
Va1 = Z 1 ⋅ I a1 (2.44)
V = Z ⋅ I
a2 2 a2
Nota-se pela Equação (2.43) que nestes diagramas a impedância Zn já vem incorporada
na impedância Z0, aparecendo multiplicada por três, uma vez que a corrente de retorno é igual
a 3Ia0.
Se a rede não for equilibrada (impedâncias próprias e mútuas iguais entre si) irão
aparecer mútuas entre os diagramas de sequência, e o método sugerido não será mais efetivo.
Por fim, quando o elemento trifásico passivo de rede representar uma linha de
transmissão, pode-se concluir que:
• As impedâncias de sequências positiva e negativa são iguais;
• A impedância de sequência zero é função do caminho de retorno da corrente
29
3.1 – INTRODUÇÃO
Z1 = Z LT (3.1)
FIGURA 3.1 – Circuito equivalente por fase da sequência positiva da linha de transmissão
Z 2 = Z1 (3.2)
FIGURA 3.2 – Circuito equivalente por fase da sequência negativa da linha de transmissão
Z 0 = 2 ⋅ Z LT a 6 ⋅ Z LT (3.3)
Dada uma carga trifásica equilibrada com impedância de fase ZY e aterrada por meio
de uma impedância Zn, conforma mostra a Figura 3.3.
Porém, seno
Vn = Z n ⋅ (I a + I b + I c ) = 3 ⋅ Z n ⋅ I 0 (3.5)
resulta
Va 1 0 0 I a 1
Vb = Z Y ⋅ 0 1 0 ⋅ I b + 3 ⋅ I 0 ⋅ Z n ⋅ 1 (3.6)
Vc 0 0 1 I c 1
Va 0 I a0 1
Va1 = Z Y ⋅ I a1 + 3 ⋅ I 0 ⋅ Z n ⋅ 0 (3.7)
Va 2 I a2 0
Finalmente,
Va 0 = (Z Y + 3 ⋅ Z n ) ⋅ I a 0
Va1 = Z Y ⋅ I a1 (3.8)
V = Z ⋅ I
a2 Y a2
Inicialmente, observamos que uma carga ligada em triângulo pode ser substituída por
outra equivalente ligada em estrela com o centro-estrela isolado. Portanto, é suficiente
estudarmos a representação desta última.
Assim, seja uma carga equilibrada ligada em estrela com impedância de fase Z ligada
a um trifásico qualquer. Temos
Ou, ainda, sendo V0, V1 e V2 as componentes simétricas de Van, Vbn e Vcn, resulta
V0 1 1 0 0 I 0
[F ]⋅ V1 + Vnn′ ⋅ 1 = Z
⋅ 0 1 0 ⋅ [F ]⋅ I 1 (3.10)
V2 1 0 0 1 I 2
Ou seja,
V0 + Vnn′ = Z ⋅ I 0
V1 = Z ⋅ I 1 (3.11)
V = Z ⋅ I
2 2
V0 = −Vnn′
V1 = Z ⋅ I 1 (3.12)
V = Z ⋅ I
2 2
Concluímos que
1. No diagrama de sequência zero, a carga é representada por uma impedância infinita
ligada entre o ponto N e o ponto considerado;
2. Nos diagramas de sequência direta e inversa, a carga é representada ligando-se, do
ponto considerado ao ponto N, uma impedância Z igual à impedância da fase da carga.
As componentes simétricas da tensão de fase na carga, V´0, V´1 e V´2, são dadas por
Van = E a − Z a ⋅ I a − Z n ⋅ I n = E a − Z a ⋅ I a − Z n ⋅ (I a + I b + I c )
Vbn = Eb − Z b ⋅ I b − Z n ⋅ I n = Eb − Z b ⋅ I b − Z n ⋅ (I a + I b + I c ) (3.14)
V = E − Z ⋅ I − Z ⋅ I = E − Z ⋅ I − Z ⋅ (I + I + I )
cn c c c n n c c c n a b c
Van E a Z a + Z n Zn Zn I a
Vbn = Eb − Z n Zb + Zn Z n ⋅ Ib (3.15)
Vcn E c Z n Zn Z c + Z n I c
[V ] = [E ] − [Z ]⋅ [I ]
abc abc abc abc (3.16)
[F ]⋅ [V ] = [F ]⋅ [E ] − [Z ]⋅ [F ]⋅ [I ]
012 012 abc 012 (3.17)
[V ] = [E ] − [F ] ⋅ [Z ]⋅ [F ]⋅ [I ]
012 012
−1
abc 012
(3.18)
= [E ] − [Z ]⋅ [I ]
012 012 012
0
[E012 ] = E an (3.19)
0
1 1 1 Z a + Z n Zn Zn 1 1 1
1
[Z 012 ] = 3 1 a a 2 ⋅ Z n Zb + Zn Z n ⋅ 1 a 2 a (3.20)
1 a 2 a Z n Zn Z c + Z n 1 a a 2
Z a + 3Z n 0 0 Z 0 0 0
[Z 012 ] = 0 Zb 0=0
Z1 0
(3.21)
0 0 Z c 0 0 Z 2
Va 0 0 Z 0 0 0 I a0
Va1 = E a − 0 Z1 0 ⋅ I a1 (3.22)
Va 2 0 0 0 Z 2 I a 2
Va 0 = 0 − Z 0 ⋅ I a 0
Va1 = E a − Z1 ⋅ I a1 (3.23)
V = 0 − Z ⋅ I
a2 2 a2
O conjunto de Equações (3.23) resultam para o gerador síncrono os modelos por fase
de sequência positiva, negativa e zero, mostrados na Figura 3.8.
Z1 = jx d′′ (3.24)
Portanto, do ponto de vista do curto circuito, o circuito equivalente por fase do gerador
síncrono (ou motor) em Y para uma sequência positiva, está na Figura 3.9 abaixo:
Como o gerador é um elemento ativo, sua representação é feita por uma fonte de
tensão ideal, Ea1, atrás da reatância sub-transitória. A equação relacionada com o modelo da
Figura é dada por:
Va1 = E a1 − j ⋅ x ′d′ ⋅ I a1
Onde:
• E a1 – tensão de fase no terminal do gerador síncrono girando a vazio.
• Va1 – tensão da fase em relação ao neutro da sequência positiva para qualquer
situação.
• I a1 – corrente de sequência positiva da fase “a”, que sai dos enrolamentos da máquina
para o sistema.
x ′d′ + x q′′
Z2 = j
2
Onde:
• x ′d′ – reatância sub-transitória do eixo direto do eixo polar do gerador síncrono.
• x ′q′ – reatância sub-transitória do eixo em quadratura do gerador síncrono.
37
V&a2 = − jX 2 I&a2
FIGURA 3.11 – Circuito equivalente por fase de sequência zero do gerador síncrono.
V1 = E1 − j. X 1 .I 1 V 2 = − j. X 2 .I 2 V0 = −( j. X 0 + 3.Z N ).I 0
(a) Sequência positiva (b) Sequência negativa (c) Sequência zero
FIGURA 3.13 – Resumo dos modelos de sequência para motor síncrono.
V1 = E1 − j. X 1 .I 1 V 2 = − j. X 2 .I 2 I0 = 0
X1 = X S + X R X2 = XS + XR
(a) Sequência positiva (b) Sequência negativa (c) Sequência zero
FIGURA 3.14 – Resumo dos modelos de sequência para motor assíncrono.
Onde:
Pelos modelos da Figura 3.14, observa-se que estes não possuem circuito de sequência
zero (circuito aberto).
Z 0 = Z 1 = Z 2 = Z TF = jxl
Os circuitos equivalentes, por fase, para sequência positiva e negativa (vide Figura
3.15) são elaborados desprezando-se resistência e corrente de excitação, e referindo as
reatâncias a um dos lados.
40
Com base nas regras previamente expostas, têm-se na Tabela 3.2 os seguintes tipos de
conexão com seus respectivos circuitos equivalentes de sequência zero.
TABELA 3.2 – Circuito equivalente por fase de sequência zero de transformadores 3ϕ de núcleo
envolvente e de banco de transformador 1ϕ, considerando uma impedância de aterramento Zn.
Conexão do trafo Circuito equivalente por fase
41
TABELA 3.3 – Circuito equivalente por fase de sequência zero de transformadores 3ϕ de núcleo
envolvente e de banco de transformador 1ϕ.
Conexão do trafo Circuito equivalente por fase
42
TABELA 3.4 – Circuitos equivalentes, por fase, de transformadores 3ϕ de núcleo envolvente com três
enrolamentos.
43
ir 0 = is 0 + it 0
ir1 = is1 + it1
ir 2 = is 2 + it 2
4.1 – INTRODUÇÃO
di (t )
e(t ) = L + Ri (t ) (4.1)
dt
Sendo
R
E max E max − t
i (t ) = ⋅ sen (ωt + φ − θ ) + ⋅ sen (θ − φ ) ⋅ e L
(4.3)
Z Z
Onde:
• Z = R + j ωL = Z ⋅ e jθ
ωL
• tan θ =
R
As Figuras 4.2 e 4.3 mostram respectivamente o que foi dito anteriormente, isto é: no
instante da ocorrência da falta, se a tensão for nula a assimetria seria máxima.
Portanto, a estrutura dada pode ser substituída por uma única fonte de tensão VAB =
VTH, em série com uma impedância Zth, como mostra a Figura 4.5. Chama-se Vth, tensão em
circuito aberto medida nos terminais A e B, tensão equivalente de Thevènin. É válida então a
equação seguinte:
V AB Vth
I = = (4.4)
Z + Z th Z + Z th
Vth 1∠0°
I cc 3φ ( pu ) = = (4.5)
Z th + Z f Z th + Z f
No caso de um curto-circuito sólido ou franco (Zf = 0), a corrente de falta é dada por:
Vth 1∠0° 1
I cc 3φ ( pu ) = = = (4.6)
Z th + Z f Z th Z th
No ponto de curto-circuito a potência é nula, por ser nula a tensão. Todavia, é praxe
definir como potência de curto circuito trifásica (ou capacidade de curto-circuito, ou
capacidade de ruptura), o produto (ALMEIDA):
Onde:
• Vl – tensão no ponto de defeio, antes do curto-circuito, em kV;
• Icc3ϕ – corrente de curto-circuito trifásico, em kA.
Em pu, tem-se:
S cc 3φ 3 ⋅ Vl ⋅ I cc 3φ ( kA) Vl ⋅ I cc 3φ ( kA)
S cc 3φ ( p.u ) = = =
S base S base Vbase
⋅ S base
3 ⋅ Vbase
(4.8)
V I cc 3φ ( kA) V I cc 3φ ( kA)
= l ⋅ = l ⋅ = V pu ⋅ I cc 3φ ( pu )
Vbase S base Vbase I base
3 ⋅ Vbase
1
S cc 3φ ( p.u ) = I cc 3φ ( pu ) = (4.9)
Z th
I fb = I fc = 0 (4.10)
V fa = Z f ⋅ I fa (4.11)
I a0 1 1 1 I fa I fa
1 2 1
I a1 = 3 ⋅ 1 a a ⋅ 0 = ⋅ I fa (4.12)
3
I a2 1 a 2 a 0 I fa
V fa = Va 0 + Va1 + Va 2 = Z f ⋅ I fa (4.13)
I fa
I a 0 = I a1 = I a 2 = (4.14)
3
V fa = Va 0 + Va1 + Va 2 = Z f ⋅ I fa (4.15)
Estas equações são representadas através do circuito equivalente da Figura 4.13, onde:
• Vth – Tensão equivalente de Thevènin no ponto F.
• Zth0, Zth1 e Zth2 – Impedâncias equivalentes de sequência zero, positiva e negativa,
respectivamente, vista do ponto F.
Despreza-se, normalmente, a corrente de carga após a falta, uma vez que sua
intensidade é bem menor que a intensidade da corrente de curto-circuito. Por outro lado,
considera-se, para efeito de simplificação, que a tensão equivalente de Thevènin seja igual a
1,0 pu, tendo em vista que o sistema opera à tensão nominal antes da falta.
Uma falta fase-fase ocorre quando há contato entre duas fases, como mostra a Figura
4.14 (b e c são as fases envolvidas).
(a) (b)
FIGURA 4.14 – Caso geral de falta fase-fase
I fa = 0 (4.16)
I fb + I fc = 0 (4.17)
V fb − V fc = Z f ⋅ I fb (4.18)
I fa = I a 0 + I a1 + I a 2 = 0 (4.19)
resultando:
I a 0 = −(I a1 + I a 2 ) (4.20)
(I a0 + a 2 I a1 + aI a 2 ) + (I a 0 + aI a1 + a 2 I a 2 ) = 0
( ) ( )
2 I a 0 + a + a 2 I a1 + a + a 2 I a 2 = 0
resultando em
2 I a 0 − (I a1 + I a 2 ) = 0 (4.21)
3I a 0 = 0; ou I a0 = 0 (4.21)
55
Logo, em faltas bifásicas não existe a componente de sequência zero e Ia1 = –Ia2,
conforme Equação (4.20).
A condição (4.18) fornece:
( ) (
V fb − V fc = Va 0 + a 2Va1 + aVa 2 − Va 0 + aVa1 + a 2Va 2 )
= (a 2
)
− a ⋅ (Va1 − Va 2 ) = Z ⋅ (a
f
2
) ( )
I a1 + aI a 2 = Z f ⋅ a 2 − a ⋅ I a1
conduzindo ao resultado:
Va1 − Va 2 = Z f ⋅ I a1 (4.22)
Neste tipo de curto-circuito, além de haver contato entre duas fases ocorre também,
simultaneamente, contato com a terá. A Figura 4.16 ilustra este caso.
(a) (b)
FIGURA 4.16 – Diagrama equivalente decurto-circuito falta fase-fase
I fa = 0 (4.23)
56
V fb = Z f ⋅ I fb + Z G ⋅ (I fb + I fc ) (4.24)
V fc = Z f ⋅ I fc + Z G ⋅ (I fb + I fc ) (4.25)
I a 0 + I a1 + I a 2 = 0 (4.26)
Esta equação indica que as três correntes de sequência devem e somar em um mesmo
nó. Usando as Equações (4.24) (4.25) tem-se:
( )
V fb = Z f ⋅ I a 0 + a 2 I a1 + aI a 2 + Z G ⋅ (I fb + I fc ) (4.27)
V fc = Z f ⋅ (I a0 + aI a1 + a 2 I a 2 ) + Z ⋅ (I
G fb + I fc ) (4.28)
I fb + I fc = 3I a 0 (2.29)
( )
V fb = Z f ⋅ I a 0 + a 2 I a1 + aI a 2 + 3 ⋅ Z G ⋅ I a 0 (4.30)
(a 2
) ( )
− a ⋅ (Va1 − Va 2 ) = a 2 − a ⋅ (Z f ⋅ I a1 − Z f ⋅ I a 2 ) (4.33)
Va1 − Z f ⋅ I a1 = Va 2 − Z f ⋅ I a 2 (4.34)
Va 0 − (Z f + 3 ⋅ Z G ) ⋅ I a 0 = Va 0 − Z f ⋅ I a1 (4.35)
As equações (4.26), (4.34) e (4.35) devem ser resolvidas ao mesmo tempo. Elas
apresentam tensões e correntes que podem ser obtidas através da rede da Figura 4.17, a qual
representa o circuito equivalente para o cálculo de curto-circuito entre duas fase e terra.
57
I ED ( a ) = 0 (4.36)
VED (b ) = 0 (4.37)
VED (c ) = 0 (4.38)
I ED ( a 0) + I ED ( a1) + I ED ( a 2 ) = 0 (4.39)
(a 2
)
− a ⋅ (VED ( a1) − V ED ( a 2) ) = 0 (4.42)
( )
V ED ( a 0) + a 2 + a ⋅ V ED ( a1) = V ED ( a 0) − VED ( a1) = 0 (4.44)
encontrando-se, finalmente:
V ED ( a 0) = V ED ( a1) (4.45)
O conjunto de Equações (4.39), (4.43) e (4.45) pode ser obtido do circuito equivalente
da Figura 4.19.
V ED ( a ) = 0 (4.46)
I ED (b ) = 0 (4.47)
I ED ( c ) = 0 (4.48)
59
V ED ( a 0) + V ED ( a1) + V ED ( a 2 ) = 0 (4.49)
I ED ( a 0) 1 1 1 I ED ( a )
1
I ED ( a1) = 3 ⋅ 1 a a 2 ⋅ 0
I ED ( a 2 ) 1 a 2 a 0
Resultando em
I ED ( a )
I ED ( a 0) = I ED ( a1) = I ED ( a 2) = (4.50)
3
5.1 – INTRODUÇÃO
Para a obtenção da matriz de admitância nodal da rede (Ybarra), vale a regra já abordada
na disciplina de Sistemas Elétricos de Potência I, para o cálculo de fluxo de carga.
Portanto, com base na Figura 5.1, tem-se o seguinte algoritmo de preenchimento dos
respectivos elementos da matriz:
Ykm = − y km
Ymk = − y km (5.1)
(
Ykk = jbk + ∑ jbkm + y km
sh sh
)
m ∈ Ωk
Onde:
• ykm admitância série do ramo k-m (linha de transmissão ou transformador);
• sh
jbkm susceptância shunt da linha de transmissão;
• jbksh susceptância shunt de elemento reativo (indutor ou capacitor) ligado entre a barra
k e o nó terra.
61
Uma vez calculada a matriz admitância de barras, por inversão da mesma, obtém-se a
matriz impedância de barras, conforma mostra a Equação matricial (5.2).
−1
Z barra = Ybarra (5.2)
Somente barras em que não entra ou sai corrente para a rede podem ser eliminadas.
A expressão matricial representada pela Equação (5.3) pode ser expressa pela Equação
(5.4), onde a matriz Ybarra é particionada de tal maneira que as barras a serem eliminadas são
representadas pelas submatrizes IX e VX.
[I barra ] = [Y ]⋅ [V ]
barra barra (5.3)
I A K L V A
= ⋅ (5.4)
I X LT M V X
[Y ] = [K ] − [L ]⋅ [M ]⋅ [L ]
barra T (5.5)
Para uma maior eficiência computacional, introduzir ramos que já possuam as duas
barras na matriz Zbarra.
Este novo ramo possui impedância zk0. A nova matriz Zbarra fica:
0
[Z ] M
′ ]=
[Z barra barra
(5.6)
0
0 L 0 zk0
Z11 Z 12 L Z 1i L Z1N Z 1i
Z 21 Z 22 L Z 2i L Z 2N Z 2i
M M O M O M M
[Z barra
′ ] = Z i1 Z i2 L Z ii M Z iN Z ii (5.7)
M M O M O M M
Z N1 ZN2 L Z Ni M Z NN Z Ni
Z Z i2 L Z ii L Z iN Z ii + z ik
i1
• SEGUNDA ETAPA: eliminação da barra “p”, o que equivale a conectar essa barra
com a referência, ou seja, Vp = 0, portanto, pelo processo de redução de Kron (ver
expressão matricial (5.5)), fica:
Z 1k
M
1
[Z barra
′ ] = [Z N ] − ⋅ Z kk ⋅ [Z k1 L Z kk L Z kN ] (5.9)
Z kk + z k 0
M
Z
Nk
=
64
Aplica-se agora o método de Kron para eliminar a última linha e a última coluna,
resultando na expressão matricial (5.11) abaixo:
T
Z 1m − Z 1k Z 1m − Z1k
M M
[Z ′ ] = [Z ] − Z
barra N
1
− 2 ⋅ Z km + z km
⋅ Z km − Z kk ⋅ Z km − Z kk (5.11)
kk + Z mm
M M
Z − Z Nk Z Nm − Z Nk
Nm
V1 ( 0 )
M
[V ]
(0)
barra = Vi ( 0 ) (5.12)
M
V ( 0 )
n
Mudanças nas tensões da rede, devido a uma falta com impedância Zf, equivaleriam
àquelas causadas pela adição da tensão V0k com todas as outras fontes curto-circuitadas.
Zerando todas as fontes de tensão, e representados todos os componentes e cargas pelas suas
respectivas impedâncias, obtemos o circuito de Thevènin, como mostra a Figura 5.2.
As variações de tensões, causadas pela falta no circuito, são representadas pelo vetor
coluna abaixo:
∆V1
M
[∆Vbarra ] = ∆Vk (5.13)
M
∆V
N
[V ] = [V ] + [∆V ]
(f)
barra
( 0)
barra barra (5.14)
[I ] = [Y ]⋅ [∆V ]
(f)
barra barra barra (5.16)
[∆V ] = [Z
barra barra ]⋅ [I (f)
barra ] (5.17)
[V ] = [V ] + [Z ]⋅ [I ]
(f)
barra
(0 )
barra barra
(f)
barra (5.18)
ou
Desde que exista somente um único elemento não nulo no vetor de corrente, da k-
ésima Equação em (5.19), tem-se:
Vk( f ) = Z f ⋅ I k( f ) (5.21)
Vk ( 0 )
I k( f ) = (5.22)
Z kk + Z f
67
Vi ( f ) = Vi ( 0) − Z ik ⋅ I k( f ) (5.23)
Z ik
Vi ( f ) = Vi ( 0) − ⋅ Vk ( 0 ) (5.24)
Z kk + Z f
(f) Z1k
V1 = V1 ( 0) − ⋅ Vk ( 0 )
Z kk + Z f
M
(f) Z ik
Vi = Vi ( 0) − ⋅ Vk ( 0 )
Z kk + Z f
M (5.25)
Zf
V ( f ) = ⋅ Vk ( 0 )
k Z kk + Z f
M
Z Nk
V N( f ) = V N( 0) − ⋅ Vk ( 0 )
Z kk + Z f
Com o conhecimento das tensões nodais durante a falta, as correntes de falta em todos
os elementos séries (linhas de transmissão e transformadores). Para um elemento série
conectando as barras i e j através de uma impedância zij, a corrente de curto-circuito nessa
linha (definindo o sentido positivo de i→j) é dada por:
Vi ( f ) − V j( f )
I ij( f ) = (5.26)
z ij
[∆V ] = [Z ]⋅ [I ]
barra barra
(f)
barra (5.30)
Onde
∆Vbarra ( a 0 )
[∆Vbarra ] = ∆Vbarra( a1)
∆Vbarra ( a 2)
I barra ( a 0)
(f)
(f)
[ (f)
]
I barra = I barra ( a1)
I barra
(f)
( a 2)
Z barra ( a1) 0 0
[Z barra ( a 2 ) ] = 0 Z barra ( a1) 0
0 0 Z barra ( a 2)
I k( (fa)) = I k( f )
( f )
I k (b ) = 0 (5.31)
(f)
I k ( c ) = 0
[V ] = [V ] + [Z ]⋅ [I ]
(f)
barra
(0 )
barra barra
(f)
barra (5.33)
1 0
M M
k − I k( (fa)) 3
M M
N 0
1 0
M M
(f)
[I ]
(f)
barra = k − I k ( a ) 3
M M
N 0
1 0
M M
(f)
k − I k ( a ) 3
M M
N 0 (5.34)
V1((af0)) V1((a00) ) 0 1
M
M M M
Vk(( af 0) ) Vk((0a)0) − I k((fa)) 3 k
M M M M
V ( f ) V ( 0 ) 0 N
N (( af 0) ) N (( af 0) )
V1( a1) V1( a1) 0 1
M M Z 0 0 M M
barra ( a1) (f)
(f) ( 0)
Vk ( a1) = Vk ( a1) + 0 Z barra ( a1) 0 ⋅ − I k ( a ) 3 k
M M 0 0 Z barra ( a 2) M M
V N((fa)1) V N((0a)1) 0 N
(f) (f)
V1( a 2) V1( a 2) 0 1
M M M M
( f ) ( 0) (f)
V k ( a 2 ) V k ( a 2 ) − I k ( a ) 3 k
M M M M
( f ) ( 0)
V N ( a 2) V N ( a 2) 0 N (5.35)
70
Para uma barra i genérica do sistema, a equação (5.33) fornece 3 componentes que
são:
(f) (0 ) 1 (f)
Vi ( 0) = Vi ( 0) − 3 Z ik ( a 0 ) ⋅ I k ( a )
1
(f) ( 0) (f)
Vi (1) = Vi (1) − Z ik ( a1) ⋅ I k ( a ) (5.36)
3
V ( f ) = V ( 0) − 1 Z (f)
ik ( a 2 ) ⋅ I k ( a )
i ( 2 ) i (2)
3
(f) ( 0) 1 (f)
Vk ( 0) = Vk ( 0 ) − 3 Z kk ( a 0 ) ⋅ I k ( a )
1
(f) ( 0) (f)
Vk (1) = Vk (1) − Z kk ( a1) ⋅ I k ( a ) (5.37)
3
V ( f ) = V ( 0) − 1 Z (f)
kk ( a 2 ) ⋅ I k ( a )
k ( 2) k ( 2)
3
1
(V (f)
k ( 0) + Vk((1f)) + Vk(( 2f )) ) = (Vk((00)) + Vk((01)) + Vk((02)) ) − ⋅ I k((fa)) ⋅ (Z kk ( a 0) + Z kk ( a1) + Z kk ( a 2 ) )
3
ou
1
Vk(( af )) = Vk((0a)) − ⋅ I k( (fa)) ⋅ (Z kk ( a 0 ) + Z kk ( a1) + Z kk ( a 2 ) ) (5.37)
3
Porém:
Logo:
1
Z f ⋅ I k( (fa)) = Vk((0a)) − ⋅ I k((fa)) ⋅ (Z kk ( a 0) + Z kk ( a1) + Z kk ( a 2) ) (5.39)
3
Vk((0a))
I k((fa)) = (5.40)
1
Z f + ⋅ (Z kk ( a 0) + Z kk ( a1) + Z kk ( a 2 ) )
3
(f)
3 ⋅ Vk((0a))
I k (a) = (5.41)
3 ⋅ Z f + Z kk ( a 0) + Z kk ( a1) + Z kk ( a 2)
Uma vez calculado o valor de I k((fa)) , podemos calcular os valores das tensões pós-falta
em todos os nós do sistema, usando as Equações (5.36) e a transformação inversa de
componentes simétricos. Assim teremos:
(f) (0 )
Z ik (0 )
Vi ( a 0 ) = Vi ( a 0) − ⋅ Vk((0a))
3 ⋅ Z f + Z kk ( a 0 ) + Z kk ( a1) + Z kk ( a 2 )
(f) (0)
Z ik (1)
Vi ( a1) = Vi ( a1) − ⋅ Vk((0a)) (5.42)
3 ⋅ Z f + Z kk ( a 0 ) + Z kk ( a1) + Z kk ( a 2 )
Z ik ( 2)
Vi ((af2)) = Vi ((a02) ) − ⋅ Vk((0a))
3 ⋅ Z f + Z kk ( a 0) + Z kk ( a1) + Z kk ( a 2)
Como o sistema antes da falta é equilibrado temos: Vi ((a00) ) = Vi ((a0)) , Vi ((a01)) = Vi ((a02) ) = 0 e a
Equação (5.42) pode ser escrita, em forma matricial como:
Vi ((af0)) 0 Z ik ( 0)
( f ) ( 0) Vk((0a))
V = V −
i ( a1) i ( a ) 3 ⋅ Z + Z ⋅ Z ik (1) (5.43)
kk ( a 0 ) + Z kk ( a1) + Z kk ( a 2 )
Vi ((af2)) 0 f
Z ik ( 2 )
Vi ((af0)) − V j(( af 0) )
I ij( (fa)0) = (5.45)
z ij ( a 0 )
Vi ((af1)) − V j(( af 1))
I ij( (fa)1) = (5.46)
z ij ( a1)
Vi ((af2)) − V j(( af 2) )
I ij( (fa)2) = (5.47)
z ij ( a 2)
I k((fa)) = 0 (5.48)
(
Vk((bf )) = Z f ⋅ I k((fb)) + Z G ⋅ I k( (fb)) + I k( (fc)) ) (5.49)
V (f)
k (c) = Zf ⋅I (f)
k (c) + ZG ⋅ (I (f)
k (b ) +I (f)
k (c) ) (5.50)
I k((fa)) 1 1 1 I k((fa)0 )
(f)
I k (b ) = 1 a
2
a ⋅ I k((fa)1)
I k((fc)) 1 a a 2 I k((fa)2)
(5.51)
Onde
Portanto,
Substituindo os termos das Equações (5.49) e (5.50) por suas respectivas componentes
simétricas, tem-se:
( ) (
Vk(( af 0) ) + a 2 ⋅ Vk(( af 1)) + a ⋅ Vk(( af 2) ) = Z f ⋅ I k((fa)0) + a 2 ⋅ I k((fa)1) + a ⋅ I k((fa)2 ) + Z G ⋅ 3 ⋅ I k((fa)0) ) (5.53)
Vk(( af 0) ) + a 2 ⋅ Vk(( af 1)) + a ⋅ Vk(( af 2) ) = Z f ⋅ (I (f)
k ( a 0) + a 2 ⋅ I k((fa)1) + a ⋅ I k((fa)2 ) ) + Z ⋅ (3 ⋅ I
G
(f)
k ( a 0) ) (5.54)
[V ] = [V ] + [Z ]⋅ [I ]
(f)
barra
(0 )
barra barra
(f)
barra (5.58)
I k((fa)0 ) =
− (Z f + Z kk ( a 2) ) (0 )
Vk ( a ) (5.61)
⋅
2 ⋅ Z f + 3 ⋅ Z G + Z kk ( a 0) + Z kk ( a 2 ) Z + Z (Z f + 3 ⋅ Z G + Z kk (a 0) )⋅ (Z f + Z kk ( a 2) )
f kk ( a1) +
2 ⋅ Z f + 3 ⋅ Z G + Z kk ( a 0 ) + Z kk ( a 2)
( 0)
(f) Vk ( a )
I k ( a1) = (5.62)
( Z f + 3 ⋅ Z G + Z kk ( a 0) ) ⋅ (Z f + Z kk ( a 2 ) )
Z f + Z kk ( a1) +
2 ⋅ Z f + 3 ⋅ Z G + Z kk ( a 0) + Z kk ( a 2)
74
I k((fa)2 ) =
− (Z f + 3 ⋅ Z G + Z kk ( a 0) ) (0 )
Vk ( a ) (5.63)
⋅
2 ⋅ Z f + 3 ⋅ Z G + Z kk ( a 0) + Z kk ( a 2 ) (Z f + 3 ⋅ Z G + Z kk (a 0) )⋅ (Z f + Z kk ( a 2) )
Z f + Z kk ( a1) +
2 ⋅ Z f + 3 ⋅ Z G + Z kk ( a 0 ) + Z kk ( a 2)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARSON, J. R. Wave propagation in overhead wires with ground return-bell system. Tech.
J., 1(5):539-554, 1926, New York.
ELGERD, O.I. (1970) Introdução à Teoria de Sistemas de Energia Elétrica. São Paulo:
Editora Mc-Graw Hill do Brasil Ltda.
ELGERD, Olle I. (1983) Electric Energy Systems Theory: An Introduction. 2nd. Ed. New
York: Mc-Graw Hill International Book Company.
GRAINGER, J.J, & STENVENSON Jr., W.D. (1994) Power System Analysis, New York:
Mc-Graw Hill, Inc.
GROSS, Charles A. Power System Analysis. Second Edition. New York: John Wiley & Sons
Inc., 1986.
KUNDUR, Prabha. Power Systems Stability and Control. McGraw-Hill Inc., 1994.
MONTICELLI, Alcir. (1983) Fluxo de Carga em Redes de Energia Elétrica. São Paulo.
Editora Edgar Blucher Ltda.