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CURITIBA
2021
GIULIA MARINA CHIARELLO ROCHA
ISABELLA DO ROSÁRIO
JOSÉ PAULO DE OLIVEIRA NETO
LEONARDO CHAVES
RODRIGO ENZO VIERGBISKI SCHWITZNER
CURITIBA
2021
RESUMO
RE-01 – Reator 1
LV-01 – Lavadora 1
VS – Vaso de Separação
DE-01 – Destiladora 1
DE-02 – Destiladora 2
LISTA DE SÍMBOLOS
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 14
2 DESCRIÇÃO DA PLANTA .................................................................................... 15
3 MEMORIAL DE CÁLCULO ................................................................................... 17
3.1 REATOR RE-01 .................................................................................................. 17
3.2 LAVADORA LV-01 .............................................................................................. 22
3.3 VASO DE SEPARAÇÃO VS ............................................................................... 25
3.4 DESTILADORA DE-01 ........................................................................................ 29
3.5 DESTILADORA DE-02 ........................................................................................ 32
3.6 RECICLO ............................................................................................................ 37
4 EQUAÇÕES PARA CÁLCULOS DE ENTALPIAS ................................................ 41
4.1 ENTALPIA DE GÁS IDEAL ................................................................................. 41
4.2 ENTALPIA RESIDUAL ........................................................................................ 41
4.3 ENTALPIA DE VAPORIZAÇÃO OU CONDENSAÇÃO ....................................... 43
4.4 ENTALPIA DE LÍQUIDOS ................................................................................... 43
4.5 ENTALPIA TOTAL .............................................................................................. 44
4.6 VAPORIZADOR .................................................................................................. 45
4.7 REATOR ............................................................................................................. 51
4.8 VASO DE SEPARAÇÃO ..................................................................................... 56
4.9 DESTILADORA DE-01 ........................................................................................ 68
4.10 VAZÕES DE UTILIDADES ................................................................................ 90
5 CONCLUSÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................................ 95
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 97
APÊNDICE 1 – CÓDIGO EM JAVA-SCRIPT ........................................................... 98
14
1 INTRODUÇÃO
2 DESCRIÇÃO DA PLANTA
5°C, pois o processo de separação vai ocorrer sob estado de equilíbrio líquido-vapor
do etanol, por meio de uma decantação simples. Isso resulta na saída de uma taxa
menor de vapor de álcool junto com os incondensáveis e a maior parte do etanol
será retornada à lavadora de acetaldeído. A corrente de topo do vaso de separação
contém todos os incondensáveis e avança para um trocador de calor para que
ocorra um reaproveitamento energético. Assim, a temperatura da corrente que sai
do topo da lavadora é reduzida e a que sai do topo do vaso, aumentada. Desse
modo, a corrente dos incondensáveis deixa o processo a 30°C.
A corrente de fundo da lavadora encaminha-se para a primeira destiladora,
onde todo o acetaldeído é recuperado pela corrente de topo. Antes de chegar ao
tanque de armazenamento, que se encontra a 40°C, o acetaldeído passa por um
reciclo contendo um condensador de topo com a finalidade de aumentar a eficiência
do equipamento. A corrente de fundo, composta somente de etanol e água, avança
para a segunda destiladora. Devido ao álcool ser menos denso que a água, sua
recuperação será praticamente total na corrente de topo do equipamento, que
também passa por um reciclo com um condensador de topo de maneira a elevar a
eficiência do processo. O processo é finalizado pela passagem da corrente de topo
do equipamento por um ponto de separação, onde parte será conduzida de volta à
lavadora e o restante seguirá para a alimentação do reator através de um reciclo.
17
3 MEMORIAL DE CÁLCULO
𝑛̇ 𝐶2𝐻4 𝑂 5 = 𝜉1 3.1-6
𝜉1 = 227,27 𝑘𝑚𝑜𝑙/ℎ
19
𝜉2 = 6,55 𝑘𝑚𝑜𝑙/ℎ
Uma vez que a taxa molar de entrada de etanol foi calculada, podemos usá-
la juntamente com as relações de grau de avanço para determinar a taxa molar de
saída de etanol do reator, pela Equação 3.1-11:
𝑛̇ 𝐸𝑡𝑂𝐻 5 = 𝑛̇ 𝐸𝑡𝑂𝐻 4 + 𝜈𝐸𝑡𝑂𝐻,1 𝜉1 + 𝜈𝐸𝑡𝑂𝐻,2 𝜉2 3.1-11
como nas Equações 3.1-13 e 3.1-14. Além disso, como o gás carbônico só é produto
da reação secundária, seu cálculo pode ser simplificado como na Equação 3.1-15:
𝑛̇ 𝑂2 5 = 𝑛̇ 𝑂2 4 + 𝜈𝑂2,1 𝜉1 + 𝜈𝑂2,2 𝜉2 3.1-13
Esse mesmo cálculo também pode ser feito para a taxa molar de saída de
água, na Equação 3.1-16. No entanto, essa etapa possui um ponto crucial, pois a
água é um composto que demandará iterações para o seu cálculo. Assim,
dependerá do desenvolvimento matemático de todos os equipamentos que
compõem o reciclo. Portanto, no momento não se sabe a taxa molar de água que
entra no reator, logo seu valor permanecerá como uma aproximação que despreza a
taxa molar de entrada de água (Equação 3.1-17), até que esta possa ser
determinada na seção 3.6 desse trabalho.
𝑛̇ 𝐻2 𝑂 5 = 𝑛̇ 𝐻2 𝑂 4 + 𝜈𝐻2 𝑂,1 𝜉1 + 𝜈𝐻2 𝑂,2 𝜉2 3.1-16
𝑛̇ 𝑁2 5 = 𝑛̇ 𝑁2 4 3.1-19
de cada corrente podem ser calculadas pela definição de fração molar indicada na
Equação 3.1-21:
𝑛̇𝑗 = ∑ 𝑛̇ 𝑖 𝑗 3.1-20
𝑖
𝑛̇ 𝑖 𝑗 3.1-21
𝑦𝑖 𝑗 =
𝑛̇𝑗
𝑚̇𝑖 𝑗 3.1-24
𝑥𝑖 𝑗 =
𝑚̇𝑗
Para a obtenção das vazões mássicas das correntes a partir de suas vazões
molares é utilizada a seguinte relação (Equação 3.2-11):
𝑚̇𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 = 𝑛̇ 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝑀𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 3.2-11
Para a obtenção das frações mássicas das correntes, por sua vez,
utilizamos a Equação 3.2-12:
𝑚̇𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 3.2-12
𝑥𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 =
𝑚̇𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒
0,022405 𝑏𝑎𝑟. Assim, poderemos usar a lei de Raoult para descobrir a fração molar
de etanol na corrente 13 saturada, considerando-se a pressão atmosférica como
𝑃𝑎𝑡𝑚 = 1 𝑏𝑎𝑟, de acordo com a Lei de Dalton na Equação 3.3-3:
𝑃𝑣𝑝 (𝐸𝑡𝑂𝐻) 3.3-3
13
𝑦𝐸𝑡𝑂𝐻 13 =
𝑃𝑚𝑎𝑛 13 + 𝑃𝑎𝑡𝑚
𝑛̇ 𝑂2 13 + 𝑛̇ 𝐶𝑂2 13 + 𝑛̇ 𝑁2 13 3.3-6
𝑛̇ 13 =
1 − 𝑦𝐸𝑡𝑂𝐻 13
𝑛̇ 𝐶2𝐻4 𝑂 9 = 0 𝑘𝑚𝑜𝑙/ℎ
𝑦𝐻2 𝑂 9 + 𝑦𝐸𝑡𝑂𝐻 9 = 1
sair pelas correntes de saída. Como esse é um processo sem reação química, esse
raciocínio pode ser estendido para os valores de quantidade de matéria também.
Dessa maneira, temos as seguintes Equações 3.4-6, 3.4-7 e 3.4-8, também válidas
para o equacionamento componente a componente:
𝑛̇ 6 + 𝑛̇ 8𝑏 = 𝑛̇ 8𝑎 + 𝑛̇ 9 3.4-6
𝑛̇ 6 = 𝑛̇ 8 + 𝑛̇ 9 3.4-7
𝑛̇ 8𝑎 3.4-8
𝑛̇ 6 = + 𝑛̇ 9
3
𝑛̇ 9 × 𝑛̇ 𝐸𝑡𝑂𝐻 6 3.4-10
∴ 𝑛̇ 𝐸𝑡𝑂𝐻 9 =
(𝑛̇ 𝐸𝑡𝑂𝐻 6 + 𝑛̇ 𝐻2 𝑂 6 )
32
composta por etanol e água. Assim, é possível determinar a fração molar de água
nessa corrente da seguinte forma (Equação 3.5-6):
𝑦𝐻2 𝑂 10 = 1 − 𝑦𝐸𝑡𝑂𝐻 10 3.5-6
𝑛̇𝑗 = ∑ 𝑛̇ 𝑖 𝑗 3.5-14
𝑖
37
3.6 RECICLO
𝑦𝑖 17 = 𝑦𝑖 10 = 𝑦𝑖 15 3.6-1
𝑚̇1
𝑚̇𝐻2𝑂 1 = 3.6-8
1 − 𝑥𝐸𝑡𝑂𝐻 1
𝑇𝑟 = 𝑇/𝑇𝑐
𝑚 = 0,37464 + 1,54226 𝜔 − 0,26992𝜔2
𝑑𝑎 1
𝑇 = −𝑎𝑐 𝑚 𝛼 𝑇𝑟 2
𝑑𝑇
𝑏𝑃
ℎ=
𝑍𝑅𝑇
𝑅𝑇𝑐
𝑏 = 0,0778
𝑃𝑐
𝜆 = 𝐴𝐵 + 𝐵 2 + 𝐵³
𝑎𝑃
𝐴=
𝑅²𝑇²
𝑏𝑃
𝐵=
𝑅𝑇
𝐿 𝑇 𝑇 2 4–8
𝐶𝑝 = 𝑅 [𝐴 + 𝐵 +𝐷( ) ]
100 100
𝐴 = ∑ 𝑛𝑖 𝑎𝑖
𝑖=1
𝑘
𝐵 = ∑ 𝑛𝑖 𝑏𝑖
𝑖=1
𝑘
𝐷 = ∑ 𝑛𝑖 𝑑𝑖
𝑖=1
O motivo pelo qual se usou dois métodos foi devido ao erro associado. De
acordo com Poling; Prausnitz; O”Connell (2000), a recomendação é utilizar o método
de Rùzicka-Domalski para faixas de temperatura abaixo da temperatura de ebulição
do composto. Considerando que a metodologia de caminho para cálculo de entalpia
neste trabalho utilizará muitas vezes temperaturas abaixo da de ebulição, essa se
torna uma alternativa mais viável. O grande foco ao utilizar este método é para evitar
erros no cálculo da entalpia de líquidos para o etanol, já que para fins de
comparação, este composto apresenta um erro de 114% a 160 K, diminuindo a 40%
para 300 K (POLING; PRAUSNITZ; O’CONNELL, 2000). Este método, porém, não
pode ser aplicado para a água e o acetaldeído, uma vez que a água não é um
composto orgânico e o acetaldeído apresenta muitos erros nos parâmetros
empíricos, de acordo com Rùzicka; Domalski (1993).
𝑘 4–9
𝐸 = ∑ 𝑛𝑖 ∆𝐻𝑖
𝑖=1
4.6 VAPORIZADOR
T (K) To (K) A B D
𝐸𝑡𝑂𝐻 353,15 298,15 18,26 -4,51E-02 8,499E-05
FONTE: Poling; Prausnitz; O’Connell (2000).
∆𝐻̇15 0,15549
FONTE: Os Autores (2021).
𝑇𝑝3
Onde 𝑇𝑟 = e 𝜏 = 1 − 𝑇𝑟
𝑇𝑐
a b c d Tc Pc 𝑷𝟎𝑬𝒕𝑶𝑯 𝒑𝟑 (bar)
-8,68587 1,17831 -4,8762 1,5880 391,02 61,48 4,4029
FONTE: Poling; Prausnitz; O’Connell (2000).
48
𝐹 (𝑇𝑝3 )
𝑛−1
𝑒𝑟𝑟𝑜 =
𝐹 ′ (𝑇𝑝3 )
𝑛−1
Tb (K) To (K) a0 a1 a2 a3 a4
𝐸𝑡𝑂𝐻 391,02 351,8 4,396 6,28E-04 5,55E-05 -7,02E-08 2,69E-11
𝐻2 𝑂 391,02 373,15 4,395 -4,186E-03 1,405E-05 -1,564E-08 6,320E-12
FONTE: Poling; Prausnitz; O’Connell (2000).
50
Finalmente o valor da entalpia de gás ideal deve ser corrigido pela equação
de Peng-Robinson (Equação 4–3) calculado a entalpia residual do etanol e da água,
utilizando os parâmetros apresentados pelo QUADRO 8 a seguir:
∆𝐻̇𝑝3 4053,49
FONTE: Os Autores (2021).
∆𝐻̇𝑝3 3940,73
FONTE: Os Autores (2021).
51
H residual
H gás ideal H líquido H vaporização H total
Estado kmol/h gás
(kJ/kmol) (kJ/kmol) (kJ/kmol) (kJ/s)
(kJ/kmol)
𝐸𝑡𝑂𝐻 Vapor 17,60 15771,38 -314,94 7107,46 40451,51 315,95648
𝐶2 𝐻4 𝑂 Vapor 227,27 15837,64 -224,76 0,00 0,00 985,66160
𝐻2 𝑂 Vapor 281,01 5581,53 -141,66 7328,43 42064,20 4280,1489
𝑂2 Gás 23,86 7126,59 -8,59 0,00 0,00 47,17586
𝐶𝑂2 Gás 13,09 9792,25 -48,93 0,00 0,00 35,438349
𝑁2 Gás 591,13 6546,29 -4,01 0,00 0,00 1074,2671
̇ 5
∆𝐻 6738,6482
FONTE: Os Autores (2021).
Entalpia de formação
Estequiometria reação 1 Estequiometria reação 2
(kJ/kmol)
𝐸𝑡𝑂𝐻 -234800,00 -1 -1
𝑂2 0,00 -1/2 -3
𝐶2 𝐻4 𝑂 -166200,00 1 0
𝐻2 𝑂 -241800,00 1 3
𝐶𝑂2 -393500,00 0 2
𝑁2 0,00 0 0
∆𝐻𝑟 (kJ/kmol EtOH) -173200,00 -1277600
FONTE: Poling; Prausnitz; O’Connell (2000).
Por fim, a carga térmica nesse volume de controle será descrita pela
seguinte equação:
𝑄̇𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 = ∆𝐻̇5 − ∆𝐻̇4 + ∆𝐻̇𝑟 = −12556,27 𝑘𝐽/𝑠
Dessa forma, a Equação 4–2 foi utilizada para calcular a entalpia de gás
ideal do acetaldeído na corrente 8b. O resultado está expresso a seguir:
𝑔𝑖
∆𝐻𝐶2𝐻4 𝑂 = −256,54 𝐽/𝑚𝑜𝑙
8𝑏
Dessa forma, a Equação 4–2 foi utilizada para calcular a entalpia de gás
ideal do acetaldeído na corrente 8. O resultado está expresso a seguir:
𝑔𝑖
∆𝐻𝐶2𝐻4 𝑂 = −256,54 𝐽/𝑚𝑜𝑙
8
Para a água, o caminho utilizado para o cálculo da entalpia foi elevar sua
pressão e temperatura até os valores da corrente, partindo da temperatura no
estado padrão e através da equação de Rowlinson-Bondi. A FIGURA 43 representa
este caminho. Na FIGURA 44 temos a sua entalpia associada a esta corrente.
𝑄̇𝑉𝐶 + ∑ 𝑛̇ 𝐻 = ∑ 𝑛̇ 𝐻 4–15
𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎 𝑠𝑎𝑖
𝐵 4–16
𝑙𝑜𝑔10 𝑃𝑣𝑝 = 𝐴 −
𝑇 + 𝐶 − 273,15
formar uma corrente de alta pressão e este processo é bastante custoso para a
produção do acetaldeído. Logo, feita essa adequação sugerida anteriormente, talvez
não fosse necessária uma pressão tão elevada.
Outro ponto que pode ser avaliado é o descarte dos gases incondensáveis
com uma certa quantidade de vapor de etanol após o vaso de separação. Na planta
estudada há um número expressivo de trocadores de calor e o etanol poderia ser
utilizado como combustível para a queima desses gases, como fonte de energia
para o calor necessário para o processo.
98
REFERÊNCIAS
ECKERT, M.; FLEISCHMANN, G.; JIRA, R.; BOLT, H. M.; GOLKA, K. Acetaldehyde.
Ullmann’s Encyclopedia of Industrial Chemistry. p.191–206, 2006. Weinheim,
Germany: Wiley-VCH Verlag GmbH & Co. KGaA. Disponível em:
<https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14356007.a01_031.pub2>. Acesso em:
01 nov. 2021.