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Na História
PRINCIPIOS PREVENTIVOS
Quando uma atividade levanta ameaças de causar danos à saúde humana ou ambiental, devem ser
tomadas medidas de precaução mesmo que as relações causa-efeito não sejam totalmente certificadas
p.ex. ao estudar um novo composto para o qual existem relatos sobre provocar X efeito perigoso,
os estudos devem ser pausados até que se verifique a associação do efeito
DOSE – quantidade de algo que pode ser administrado (injeção, alimento ou exposição) a um
organismo (C/Kg ou m/Kg)
VENENO – agente prejudicial a um organismo
TÓXICO – substância tóxica prejudicial ao homem
TOXINA – substância venenosa produzida por um organismo
TERATOGENIO – agente ou fator que induz ou aumenta a incidência de desenvolvimento anormal do
feto
CARCINÓGENO – substância ou agente físico envolvido diretamente no desenvolvimento do cancro
RISCO – probabilidade de ser ferido; situação que representa uma ameaça à vida, saúde ou ambiente
ADME
Administração / Exposição
Distribuição – muitas vezes pelo sistema linfático
Metabolização – processamento de xenobióticos
Excreção – remoção do xenobiótico ou dos seus metabólitos
DOSE TÓXICA
Qualquer químico tem potencial de ser prejudicial se estiver presente em quantidade suficiente.
LD50 - dose letal que provoca morte a 50% dos organismos testados (mg/Kg ou ml/Kg)
- Medição de toxicidade aguda (ou morre ou não morre)
- Fornece pouca informação sobre a gama de efeitos
• Agentes com baixa toxicidade aguda são relevantes como carcinogénicos ou teratogénicos
- Testes animais (CBPA – cell based que mimetizam órgãos)
EXPOSIÇÃO
Ingestão (gastrointestinal)
Natural
Inalação (pulmões)
Tópica (pele), percutâneo (entre derme e epiderme), dérmico (direto na derme)
Parenteral (infusão, injeção ou implantação) – IntraVenoso, IntraMuscular
IV – sem barreira entre xenobiótico e organismo p.ex. soro não perde atividade pois vai
Inalação diretamente ao coração e só
Intra peritoneal – peritónio (camada inter abdominal) depois ao fígado
Subcutâneo (SC)
IM – efeito lento p.ex. vacinas: demora para ser absorvido Via retal também é muito efic
Intra dermal pois a substância vai diretamen
Oral (PO) - comprimido para a corrente sanguínea se
Dermal passar pelo fígado
Aguda – A dose é administrada de uma só vez (pode ser tóxica, mas é só 1x) ou várias vezes
em doses mais baixas, em menos de 24h
- 4h se for por inalação
Sub-aguda – repetido em pelo menos 1 mês
Sub-crónica – repetido entre 1 e 3 meses
Crónica – repetido em 3 meses
Em humanos
Aguda – 1 vez
Sub-crónica – repetido por várias semanas ou meses
Crónica - repetido por vários meses ou anos
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Um indivíduo com um certo peso tem a medicação adaptada à sua massa corporal. Considerando
uma substância com tendência para adipócitos, irá ocorrer acumulação desta substância no
tecido adiposo do individuo. Caso o individuo perca peso, haverá erosão da massa gorda
acumulada no corpo, e os adipócitos que tinham pequenas porções de fármacos lipossolúveis,
começam a re-libertar para o sistema sanguíneo os xenobióticos acumulados, havendo uma
recirculação interna e reabsorção das substâncias.
EFEITO
- É a resposta mesurável.
- Pressupostos:
- Há um recetor molecular/celular específico (ou não) com o qual o químico interage para produzir
a resposta (output mensurável)
- A produção de resposta está relacionada com a concentração do composto no local ativo
- A concentração do composto no local ativo está relacionada com a dose administrada
- A frequência, o meio e a forma de exposição são relevantes pois pode disponibilizar maior ou menor
concentração no local alvo – varia a velocidade de aumento de concentração
Dose Única
Sensibilização – O organismo entra em contato com a substância pela primeira vez e produz um tipo
de resposta. Ao se encontrar mais vezes com a substância, a resposta aumenta
Reação Alérgica
Hiper sensitividade – a curva dose / resposta não corresponde. Uma ínfima dose provoca num
indivíduo uma resposta muito superior ao esperado
REAÇÕES IDIOSINCRÁTICAS
Reações adversas imprevisíveis que não ocorrem na maioria dos pacientes, mas quando ocorrem são
ameaças à vida – não é detetável em testes animais.
ANTAGONISMO
- Funcional – efeitos fisiológicos diferentes
p.ex. um induz a vaso dilatação e o outro induz a vaso constrição; sal e diurético – um absorve
água e outro liberta
- Químico – Inativação química direta
p.ex. um químico é redutor/oxidante do outro
- Disposicional – alteração do ADME
p.ex. fornecer O2 diluído para combater intoxicação por CO – o O2 associa-se à hemoglobina,
diminuindo o transporte do CO
- Recetor – bloqueadores
p.ex. em indivíduos com hipertensão sistémica derivada da adrenalina, fornecer bloqueadores β-
adrenérgicos que se ligam aos mesmos recetores que a adrenalina
Gronsam – juntamente com muita água para aumentar excreção
Cafeina - aumenta a pressão arterial, a respiração e a velocidade de circulação, aumentando a
filtração no rim e assim excreta mais rapidamente o etanol; sendo o etanol volátil, há mais eliminação
pela expiração
Vitamina C – antioxidante; combate o aumento de radicais livres formados do metabolismo do álcool.
Gulcoronamida – faz a conjugação de xenobióticos para aumentar o processamento.
Aula 4
TOLERÂNCIA
MEDIDAS
DOSE – RESPOSTA
- Efeito cumulativo
- Obtém-se o número total de mortes para uma dose X, incluído
para dose X-n
- Obtém-se LD50
U-SHAPED CURVE
Índice Terapêutico – Quociente da dose necessária para produzir um efeito tóxico e a dose que faz
produzir o efeito terapêutico desejado IT = LD50 / ED50
Potência – alcance das doses para respostas crescentes (ao longo do eixo xx)
Poder dos números – Quanto mais indivíduos forem analisados ou quantas mais análises forem feitas,
menor a possibilidade de um tumor passar despercebido
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4. Após ver a sua toxicidade em pequenos organismos e em pequenos números (toxicidade aguda)
temos de determinar qual o efeito tóxico, mecanismo, órgão alvo etc. que nos permite tirar pistas para
fazer ensaios do metabolismo e farmacocinética (tempo de semivida) e fazer análises in vitro para
toxicidade genética (capacidade de interagir com DNA).
5. Se o composto for tóxico (agudo), é testado para análise do risco de toxicidade sub-crónica –
probabilidade de risco é a probabilidade de estarmos exposto a concentrações tóxicas do composto.
6. Só é feito para substâncias que entram em contato direto com o homem, e algumas vezes só são
feitos após verificar vários casos de apresentação de efeitos. Para análise de toxicidade crónica,
reprodutividade/teratologia, oncogenicidade
TESTES DE TOXICIDADE
*1º Ativação química – muitas vezes associado ao equilíbrio redox (p.ex. se for pouco solúvel,
queremos torná-la mais solúvel). Há formação de superóxidos, que depois têm de ser removidos
por peroxidases ou catálases, caso contrário pode ocorrer formação de outros radicais como
hidroxilo. Este stress oxidativo pode levar a peroxidação das membranas, alquilação das proteínas
e ácidos gordos, ativação de enzimas envolvidas na degradação de H2O2
BIOTRANSFORMAÇÃO
Conversão metabólica de xenobióticos para torná-los mais hidrossolúveis (fica mais fácil de o eliminar)
Se for viável, tornamos menos solúvel (p.ex. se for volátil, torná-lo solúvel diminui volatilidade)
MOLÉCULA ALVO
É necessário verificar o seu potencial biológico: reatividade, acessibilidade (p.ex. DNA em cadeia
dupla ou região a ser transcrita), função, etc
TIPOS DE LIGAÇÃO
Não-covalente
Covalente
Abstração de Hidrogénio (há redução)
Transferência de eletrão
Reação Enzimática
OUTCOMES
Perda de função (p.ex. enzima que perde atividade enzimática)
Destruição
Formação de Neoantigenes (p.ex. produção de novos antigenes que são não são reconhecidos e por
isso causam uma resposta imunitária causando a própria destruição, ou conseguem causar uma
alteração na célula que passam a ser reconhecidos como externos e não fazer a sua função)
Desregulação da Expressão Génica
TOXICIDADE GENÉTICA
Alvo: DNA
Em células somáticas (indivíduo)
Em células germinativas (geração seguinte)
Dano em DNA
Químico (acrilamida)
Radiação Ionizante
Ultravioleta – Direto – leva a hiperreação que leva à formação de ligação ente timinas (mismatch)
- Indireto – formação de radicais livres
Pode causar:
Tumores – desarranjo do crescimento celular sufixos:
Neoplasias – crescimento de novo Benigno – oma
Benigno vs. Maligno Maligno mesenquimatoso – sarcoma
Origem – epitelial vs. mesenquimatosa Maligno epitelial - carcinoma
DESENVOLVIMENTO DE CANCRO
Iniciação – início de alterações até fixação do dano Mecanismos de reparação não foram
Promotores – expansão e aumento suficientes
Progressão / Transformação – Maligno Crescimento desmesurável, invasão,
Metáteses neoangiogénese
DISTRIBUIÇÃO
Existem fenómenos que afetam o transporte
Barreiras
Pele - mecânica e química
Placenta
Barreira sangue-cérebro
Barreira sangue-testicular
Excreção Respiratória
Limpeza mucociliar – partículas finas e pouco densas
Excreção Gastrointestinal
Excreção Biliar
Circulação entero-hepática
Excreção Urinária (Rim)
Filtração Glomerular – ocorre ativamente a nível da corrente sanguínea
Secreção trans-tubular – transporte ativo a favor de enriquecimento da urina
Outras
Leite, suor, cabelo, unhas, saliva
Há uma barreira física (mais eletroquímica) com pequenas fenestrações que permitem trocas rápidas
para o espaço extracelular. Têm um determinado diâmetro, capacidade de ser hidrofílico (se for
hidrofóbico é obrigado a entrar nas células da barreira com gastos de energia para depois sair para o
meio) e efeito de carga. Se as moléculas são muito grandes, há um certo tropismo e ativação do sistema
imunológico (ativam necrófagos); muito pequenas, passam quase livremente pelas fenestrações.
Para o lúmen encefálico e meio do sistema nervoso central, é mais comum por astrócitos.
Estas barreiras podem sofrer alterações fisiológicas e fisiopatológicas. P.ex. em caso de corte e
inflamação, aumenta o diâmetro das fenestrações nesta zona, havendo maior acumulação. Nos
tumores, o diâmetro também é maior.
TIPOS DE TRANSPORTE
1. Por espaços entre células
2. Canais
3. Difusão – a carga e hidrofilia têm papel muito importante
4. Transporte Ativo
5. Transporte Facilitado – a toxicidade pode ser devida à competição pelo mesmo recetor
6. Endocitose
Xenobióticos
Fatores que afetam o transporte membranar
Peso molecular
Carga – q- é pouco vantajosa pois há repulsão (fosfolípidos com q-)
Solubilidade lipídica – torna mais fácil passar pelas membranas (do que por vesículas). Podem
ganhar função na membrana
Composição e grossura membranar – tecido epitelial do estômago diferente do tecido do intestino
grosso
Do ambiente passa pela pele ou mucosa, entra no capilar, é diluído no plasma ou associa-se a
proteínas (ex. albumina), atravessa a membrana, de acordo com o seu local de atividade, fica no citosol
ou entra num organelo
Mitocôndria – atividade de oxirredução muito elevada
Sistemas porta – secreção hétero-hepática (através da bilis) chega ao intestino e as fezes são
reabsorvidas
Momentos de toxicidade em cada órgão
FÍGADO
Morte celular – há muita morte celular, mas o fígado consegue suportar poia há muita regeneração
Perturbação em canais e células (se não houver danos no Duto biliar, etc. não é muito grave)
Degenerescência gorda do fígado – rapidamente envolve para continuação do processo de cirrose
Fibrose e Cirrose (devido a inflamação contínua)
Tumores
RIM
Dano Glomerular – Não há filtração (pode haver sangue na urina)
Dano Tubular
Ança de Henle – se estiver afetado complica a reabsorção de água
Dano Papilar
Função Renal – se houver problemas com as enzimas, pode haver uma alteração da pressão arterial
que afeta outros órgãos
PULMÕES
Lesão no nariz (septo nasal)
Deposito de inalantes tóxicos, gases e partículas ultrafinas
Tamanho das partículas
Limpeza das partículas
SANGUE
Células – formação de adutos com proteínas
Medula-óssea – danos pode provocar leucemia pois deixa de produzir células do sangue
Hemoglobina
MÚSCULO CARDÍACO
Capacidade de contração
Fibrilação
In-fluxo de cálcio (músculo)
Cronotopia (coração) – responsáveis pelo ritmo cardíaco – danos deixam-nas arrítmicas
OLHO
Tudo o que entra no sangue pode afetar a zona ocular pois é uma zona altamente vascularizada
Humor vítreo – se houver perda de volume, pode descolar?
Córnea – exposição direta