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GABARITO
Excluídos da sociedade, os moradores de rua ressignificam o único espaço que lhes foi
permitido ocupar, o espaço público, transformando-o em seu “lugar”, um espaço privado. Espalhados
pelos ambientes coletivos da cidade, fazendo comida no asfalto, arrumando suas camas, limpando as
calçadas como se estivessem dentro de uma casa: assim vivem os moradores de rua. Ao andar pelas
ruas de São Paulo, vemos essas pessoas dormindo nas calçadas, passando por situações
constrangedoras, pedindo esmolas para sobreviver. Essa é a realidade das pessoas que fazem da rua
sua casa e nela constroem sua intimidade. Assim, a ideia de individualização que está nas casas, na
separação das coisas por cômodos e quartos que servem para proteger a intimidade do indivíduo,
ganha outro sentido. O viver nas ruas, um lugar aparentemente inabitável, tem sua própria lógica de
funcionamento, que vai além das possibilidades.
A relação que o homem estabelece com o espaço que ocupa é uma das mais importantes para
sua sobrevivência. As mudanças de comportamento social foram sempre precedidas de mudanças
físicas de local. Por mais que a rua não seja um local para viver, já que se trata de um ambiente
público, de passagem e não de permanência, ela acaba sendo, senão única, a mais viável opção.
Alguns pensadores já apontam que a habitação é um ponto base e adquire uma importância para
harmonizar a vida. O pensador Norberto Elias comenta que “o quarto de dormir tornou-se uma das
áreas mais privadas e íntimas da vida humana. Suas paredes visíveis e invisíveis vedam os aspectos
mais privados, íntimos, irrepreensivelmente animais da nossa existência à vista de outras pessoas”.
O modo como essas pessoas constituem o único espaço que lhes foi permitido indica que
conseguiram transformá-lo em “seu lugar”, que aproximaram, cada um à sua maneira, dois mundos
nos quais estamos inseridos: o público e o privado.
RODRIGUES, Robson. Moradores de uma terra sem dono. (Fragmento adaptado). In:
http://sociologiacienciaevida.uol.com.br/ESSO/edicoes/32/artigo194186-4.asp. Acesso em:
26/11/2019.
QUESTÃO 01: Pela leitura do texto, é possível concluir que
QUESTÃO 02: Analise as afirmações a seguir sobre a organização das ideias no texto, preenchendo
os parênteses com V (verdadeiro) ou F (falso) e, em seguida, assinale a alternativa que contempla a
sequência correta, de cima para baixo.
A- V, F, V, F
B- V, F, F, F
C- F, F, F, V
D- V, V, V, F
E- F, V, F, V
A partir disso, leia as afirmativas a seguir e enumere-as, observando a que etapa elas se referem.
1 – Análise textual
2 – Análise temática
3 – Análise interpretativa
( 1 ) Consiste na busca de uma visão geral do texto, mediante uma leitura rápida e atenta dos
elementos mais importantes.
( 3 ) Exige do leitor uma atitude crítica com relação às posições do autor.
( 2 ) Trata-se de identificar o caminho seguido pelo raciocínio do autor entre ideias principais e
secundárias.
( 2 ) Consiste em compreender a mensagem do autor, com a identificação do tema abordado na
unidade de leitura.
( 1 ) Pode ser necessária a busca de esclarecimentos sobre palavras desconhecidas, sobre o autor,
sobre fatos citados no texto etc.
A- 1, 3, 2, 2, 1
B- 1, 2, 3, 1, 3
C- 2, 3, 2, 2, 1
D- 1, 3, 1, 1, 2
E- 3, 1, 2, 2, 1
QUESTÃO 04: Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as orações subordinadas
adjetivas podem atuar de duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou especificam o
sentido do termo a que se referem, individualizando-o. Nessas orações não há marcação de pausa,
sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas. Existem também orações que realçam um detalhe
ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra suficientemente definido, as quais se
denominam subordinadas adjetivas explicativas.
(Disponível em: https://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint36.php. Acesso em: 17 jun 2019)
Partindo do exposto no fragmento de texto, analise os dois enunciados e julgue os itens a seguir.
1. Os agrônomos que apresentaram suas pesquisas estão reivindicando por melhores condições de
trabalho.
2. Os agrônomos, que apresentaram suas pesquisas, estão reivindicando por melhores condições de
trabalho.
I. Os dois enunciados instauram os mesmos pressupostos.
II. O primeiro enunciado apresenta uma informação de forma restritiva.
III. O segundo enunciado apresenta uma informação de forma explicativa.
IV. O primeiro enunciado aponta para a ideia de que há agrônomos que não estão reivindicando por
melhores condições de trabalho.
V. O segundo enunciado aponta para a ideia de que todos os agrônomos estão reivindicando por
melhores condições de trabalho.
É correto o que se afirma em
A- I, II, III, IV e V.
B- I, II, III e IV, apenas.
C- II, III, IV e V, apenas.
D- II e III, apenas.
E- IV e V, apenas.
QUESTÃO 05: O parágrafo-padrão é bastante recorrente nos textos de natureza dissertativa, já que
trabalha com ideias e exige rigor e objetividade na composição. Em relação ao parágrafo-padrão,
analise as alternativas abaixo e assinale a correta.
Nesse sentido, leia as informações a seguir e assinale a alternativa que apresenta, correta e
respectivamente, o tipo de argumento a que se referem.
A- Falácia, Argumento de autoridade, Argumento por meio de provas concretas, Argumento baseado
no consenso
B- Falácia, Argumento de autoridade, Argumento baseado no consenso, Argumento por meio de
provas concretas
C- Falácia, Argumento por meio de provas concretas, Argumento de autoridade, Argumento baseado
no consenso
D- Argumento de autoridade, Argumento por meio de provas concretas, Falácia, Argumento baseado
no consenso
E- Argumento por meio de provas concretas, Argumento de autoridade, Argumento baseado no
consenso, Falácia
Leia o resumo do artigo científico de Amélia Reynaldo, intitulado Preservar versus renovar:
especificidade da política de preservação brasileira, e responda às 07, 08, 09 e 10.
QUESTÃO 07: Por meio da leitura do resumo acima, é possível inferir que
A- a visão que se tem acerca dos bens construídos no passado é bastante coerente, uma vez que traz à
tona a importância crucial de tais bens tanto para o presente quanto para o futuro.
B- a preservação do patrimônio imóvel de valor histórico, artístico e cultural não faz parte das
discussões acerca do processo de transformação das cidades brasileiras.
C- o processo de transformação das cidades brasileiras é planejado levando em consideração,
primeiramente, a valorização do patrimônio histórico, artístico e cultural.
D- a valorização do patrimônio imóvel de valor histórico, artístico e cultural está em evidência no
contexto contemporâneo.
E- a política de preservação nacional foi implantada com o objetivo de regulamentar a condução do
processo de transformação das cidades brasileiras.
I- O elemento da repetição pode ser identificado no resumo no momento em que Amélia Reynaldo
retoma a política de preservação nacional e o pensamento de renovação da cidade herdada do período
colonial por meio da expressão esses dois movimentos.
II- O elemento da progressão pode ser percebido no resumo pelo fato de repetir palavras como
patrimônio, transformação e cidades brasileiras.
III- Os elementos da repetição, da progressão, da não-contradição e da relação foram levados em
consideração na elaboração do resumo.
IV- O resumo, por apresentar uma contradição entre transformação e preservação, é considerado
coeso e coerente.
V- O elemento da relação contribui para a coesão e coerência do resumo.
Tomando por base as considerações acima, assinale a assertiva que apresenta o julgamento correto das
mesmas.
QUESTÃO 09: Em relação aos sinais de pontuação presentes no resumo, é possível afirmar que
Julgue as afirmativas a seguir como Verdadeiras (V) ou Falsas (F) e marque a alternativa que
apresenta a sequência correta.
A- V, F, F, F
B- V, V, F, F
C- F, V, F, V
D- F, V, F, F
E- F, F, F, V
QUESTÃO 10: Analisando as palavras grifadas no resumo, marque a alternativa que apresenta,
correta e respectivamente, os referentes aos quais as palavras destacadas fazem alusão.
Leia uma parte da Introdução do artigo de Amélia Reynaldo e responda às questões 11, 12 e 13.
A formação inicial das cidades brasileiras esteve marcada pela presença portuguesa, a
partir do século XVI, embora os holandeses tenham contribuído com um vasto conjunto de feitos
urbanos durante a sua permanência em parte do território brasileiro, no século XVII. É, entretanto, no
XIX que o pensamento estético, com direta repercussão na arquitetura e no urbanismo das cidades
brasileiras, incorpora novo repertório, advindo da instalação da Missão Artística Francesa datada de
1816 (BRENNA, 1984).
A presença de técnicos e artistas franceses, inicialmente no Rio de Janeiro, abriu a
possibilidade de relacionamento com novos padrões de ordenamento urbano, de concepção estética
do edifício e de ensino da arquitetura e do urbanismo, dentre outros, com significativa repercussão em
todo o âmbito urbano da época. A Real Academia de Desenho, Pintura, Escultura e Arquitetura Civil,
criada em outubro de 1816, teve o arquiteto Grandjean, seguidor dos princípios classicistas,
reconhecido como o primeiro professor oficial de arquitetura do Brasil, durante mais de 30 anos
(BRENNA, 1987).
Além da presença dos técnicos, artistas e artífices franceses no Rio de Janeiro e na direção
da escola de formação de arquitetos e artistas com inspiração clássica, Paris representava, no
momento, o centro das ideias de vanguarda nas ciências, na técnica e nas artes, fato que a qualificava
como excepcional opção para a formação de profissionais brasileiros em um amplo leque de
profissões e ofícios.
No caso do Recife, o ordenamento urbano e o legado arquitetônico resultantes de três
séculos de urbanização portuguesa e holandesa configuravam uma bela paisagem urbana, até meados
do século XIX, ora referendada pelo padrão da cidade e da arquitetura portuguesa, ora remetida às
influências holandesas, tanto na forma de fazer a cidade como na concepção do sobrado de estreita
fachada, condizente com a escassez de solo para a ocupação urbana nas suas principais cidades.
QUESTÃO 11: Há, no fragmento de texto acima, o uso de algumas conjunções. Analise os itens
abaixo e marque a alternativa que apresenta uma explicação EQUIVOCADA em relação ao sentido
dos operadores argumentativos.
QUESTÃO 12: Analise o quarto parágrafo da Introdução e marque a alternativa correta em relação
ao julgamento dos itens abaixo.
I- Por meio da expressão, no caso do Recife, que introduz o ordenamento urbano e o legado
arquitetônico de Recife, é possível inferir que outro caso, de outra cidade, foi abordado.
II- Por meio da análise linguística do trecho, é possível inferir que há uma harmonia em relação às
influências portuguesas e às holandesas no ordenamento urbano e o legado arquitetônico de Recife.
III- Por meio da análise linguística do trecho, é possível inferir que as obras arquitetônicas da cidade
de Recife podem ser separadas em dois grupos: as que têm influência portuguesa e as que têm
influência holandesa.
IV- Por meio da análise da expressão até meados do século XIX, é possível inferir que, depois da
metade do referido século, a configuração de uma paisagem urbana considerada bela começa a sofrer
mudanças.
QUESTÃO 13: Para elaborar seu artigo científico, Amélia Reynaldo faz uso de alguns recursos de
argumentação. Quando a pesquisadora faz referência à Brenna (1984), ela utiliza um desses recursos.
Leia as alternativas abaixo e marque aquela que nomeia corretamente o recurso utilizado.
(NICOLETI, Thaís. Datação de acepções e variantes inova pesquisa etimológica. Disponível em:
<http://thaisnicoleti.blogfolha.uol.com.br/2015/03/11/datacao-de-acepcoes-e-variantes-inova-
pesquisa-etimologica/:> Acessado em 12 Abril 2015)
Assinale a opção em que o trecho completa de maneira coesa e coerente o espaço acima.
QUESTÃO 15: Identifique a ordem em que os períodos devem aparecer, para que constituam um
texto coeso e coerente. (Texto de Superinteressante, maio de 2022, p. 15.)
I. A entidade vê isso com receio, e disse que está refletindo sobre “como lidar com a tendência da
indústria do tabaco de investir no setor de saúde”.
II. A Organização Mundial da Saúde (OMS) não autorizou o uso da vacina Covifenz, que contém
partículas vegetais imitando o formato da proteína spike, para a prevenção da Covid.
III. A OMS barrou a vacina porque a empresa Medicago, sua fabricante, pertence à multinacional de
cigarros Philip Morris.
IV. Ela é feita inserindo material genético do Sars-CoV-2 na N. benthamiana, uma planta parente do
tabaco.
V. A Covifenz é aplicada em duas doses e promete 71% de eficácia.
VI. Mas esse dado não leva em conta a variante Ômicron, que surgiu após os testes.
Assinale a alternativa que contém a sequência correta, em que os períodos devem aparecer.
(Ludwig Wittgenstein)
SUCESSO!!!