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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

FACULDADE DE ODONTOLOGIA

MÉTODO PARA CÁLCULO DO VOLUME DE ENXERTO ÓSSEO NECESSÁRIO


NOS SEIOS MAXILARES ATRAVÉS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Niterói
2021
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
FACULDADE DE ODONTOLOGIA

MÉTODO PARA CÁLCULO DO VOLUME DE ENXERTO ÓSSEO NECESSÁRIO


NOS SEIOS MAXILARES ATRAVÉS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

RENAN ALVES REBOUÇAS

Dissertação apresentada à Faculdade de


Odontologia da Universidade Federal
Fluminense, como parte dos requisitos
para obtenção do título de Mestre, pelo
Programa de Pós-Graduação em
Odontologia.

Área de Concentração: CLÍNICA


ODONTOLÓGICA

Orientador: Prof. Dr. Gustavo Oliveira dos


Santos

Niterói
2021
BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Dr(a). Gustavo Oliveira dos Santos


Instituição: Universidade Federal Fluminense
Decisão: _________________________Assinatura: ________________________

Prof(a). Dr(a). Aldir Machado


Instituição: Universidade Federal Fluminense
Decisão: _________________________Assinatura: ________________________

Prof(a). Dr(a). Eduardo Jose Veras Lourenço


Instituição: Universidade Veiga de Almeida
Decisão: _________________________Assinatura: ________________________
AGRADECIMENTOS

À Universidade Federal Fluminense (UFF), na qual, com muito orgulho, fiz


minha graduação, minha especialização em Implantodontia e, agora, meu mestrado.
Ao Prof. Dr. Gustavo Oliveira dos Santos, que além de orientador deste
trabalho, foi um importante incentivador no início desta jornada. Minha eterna gratidão
a você, meu amigo, por estar sempre disposto a me ensinar, e a conversar. Obrigado
por me tornar um profissional melhor, e um ser humano mais coerente.
Ao Prof. Dr. Aldir Nascimento Machado, profissional no qual me espelho,
possuidor de grande conhecimento, o qual tenho como referência na Implantodontia,
e responsável pela ideia deste projeto, há anos atrás, quando, numa conversa
informal, questionou-me se seria possível calcular o volume do seio maxilar a partir
de uma medida prévia.
Ao Laboratório de Biotecnologia Aplicada (LABA) e à Prof. Dra. Mônica
Calazans, por terem me auxiliado na pesquisa, disponibilizando a balança analítica
para pesagem do biomaterial.
Aos demais professores do curso de Mestrado em Clínica Odontológica
da Faculdade de Odontologia da UFF, pelos ensinamentos passados.
A minha esposa Dra. Thainara Salgueiro Rebouças, possuidora de grande
conhecimento técnico e científico, por dividir esse conhecimento comigo, e pelos
conselhos. Sem você, nada disso seria possível. Você é meu porto seguro. Te amo!
Aos meus filhos, Fernanda Perazzi Rebouças e Rodrigo Perazzi
Rebouças, duas pessoinhas que são mais que importantes na minha vida, são tudo
para mim, por terem me apoiado durante o curso. Vocês são minha fonte de energia
e me motivam sempre a seguir em frente. Amo vocês!
Aos meus pais genéticos e de coração José Carlos Rodrigues Rebouças,
Marcia Irene Martins Alves, Martin Epifânio e Rosália Rebouças, por sempre me
apoiarem, em todos os momentos da minha vida. Amo Vocês!
A Deus, por estar sempre tão presente na minha vida, fazendo com que tudo
aconteça na hora certa.
RESUMO

Rebouças RA. Método para cálculo do volume de enxerto ósseo necessário nos seios
maxilares através da tomografia computadorizada [dissertação]. Niterói: Universidade
Federal Fluminense, Faculdade de Odontologia; 2020.

Este estudo tem como objetivo o desenvolvimento de um método para cálculo do


volume de enxerto ósseo necessário no levantamento dos seios maxilares, a fim de
alcançar à altura óssea planejada através da Tomografia Computadorizada por Feixe
Cônico (TCFC), previamente à cirurgia, para a instalação de implantes
osseointegráveis. Um manequim de maxila foi tomografado. Em cada lado da maxila,
na região posterior, foram colocados 3 marcadores tomográficos (guta percha) no
rebordo alveolar, para definir um plano. Utilizando os softwares DentalSlice Converter
e DentalSlice, foi realizado o planejamento da altura óssea a ser alcançada no
levantamento dos seios maxilares, para o cálculo do volume dos seios maxilares para
alcançar tal altura, e a quantidade de enxerto ósseo necessário (grânulos pequenos
Geistlich Bio-Oss). Após isso, foi depositado no soalho dos seios maxilares a
quantidade desse substituto ósseo equivalente ao volume do seio maxilar
segmentado, simulando o levantamento dos seios maxilares. O manequim de maxila
foi novamente tomografado, e medições nas mesmas regiões foram realizadas, para
comparar as medidas da altura do substituto ósseo com a mesma medida da altura
previamente planejada, além de comparar também os volumes. O volume médio do
seio maxilar a ser enxertado para a altura de 5 mm foi 0,4 +- 0,1 cm3, para a altura de
7 mm foi 0,7 +- 0,1 cm3, para a altura de 9 mm foi 1,1 +- 0,2 cm3 e para a altura de
11 mm foi 1,5 +- 0,3 cm3. Foi observada uma correlação positiva entre a altura
planejada e o volume do seio maxilar a ser enxertado. O resultado da ANOVA revelou
P valor menor que 0,001, e o Post Hoc de Tukey identificou que todos os grupos se
identificaram diferentes de todos os grupos, de uma maneira que à medida que
aumenta a altura planejada, também aumenta o volume do seio maxilar a ser
enxertado. Foi correlacionado o volume do seio maxilar a ser enxertado com a
quantidade de enxerto ósseo, e o coeficiente de correlação de Pearson apresentou
valor igual a 1, e o P valor menor que 0,001. Também foi correlacionado a altura
planejada com a altura do enxerto ósseo, e o coeficiente de correlação de Pearson foi
de 0,993, e o P valor menor que 0,001, ou seja, significativo. Foi correlacionado
também o volume do seio maxilar a ser enxertado com o volume do enxerto ósseo, e
obteve-se o coeficiente de correlação de Pearson foi de 0,999, P valor menor que
0,001. Assim, à medida que aumenta o volume do seio maxilar a ser enxertado,
também aumenta o volume do enxerto ósseo. Um novo método foi estabelecido,
através da TCFC e dos softwares DentalSlice Converter e DentalSlice, para prever
qual o volume de enxerto ósseo necessário no levantamento dos seios maxilares,
levando em consideração uma altura óssea previamente estabelecida, tornando assim
a cirurgia para levantamento dos seios maxilares mais efetiva e previsível, tanto no
aspecto cirúrgico, quanto no aspecto econômico.

Palavras-chave: levantamento de seio maxilar, volume de enxerto ósseo, tomografia


computadorizada, planejamento de implante
ABSTRACT

Rebouças RA. Título do trabalho em inglês [thesis, dissertation]. Niterói: Universidade


Federal Fluminense, Faculdade de Odontologia; 2020.

This study aims to develop a method for calculating the necessary bone graft volume,
in the lifting of the maxillary sinuses, in order to reach the planned bone height using
the Conical Beam Computed Tomography (CBCT), prior to surgery, for the installation
of osseointegrated implants. A jaw mannequin was scanned. On each side of the
maxilla, in the posterior region, 3 tomographic marks (gutta percha) were placed on
the alveolar ridge, to define a plane. Using the software DentalSlice Converter and
DentalSlice, the bone height planning to be achieved in the lifting of the maxillary
sinuses was carried out, to calculate the volume of the maxillary sinuses to reach such
height, and the amount of bone graft needed (small granules Geistlich Bio- Oss). After
that, the amount of this bone graft equivalent to the volume of the segmented maxillary
sinus was deposited on the floor of the maxillary sinuses, simulating the lifting of the
maxillary sinuses. The maxillary manikin was scanned again, and measurements were
taken in the same regions, to compare the measurements of bone graft height with the
same measurement of the previously planned height, in addition to also comparing the
volumes. The mean volume of the maxillary sinus to be grafted for the height of 5 mm
was 0,4 +- 0,1 cm3, for the height of 7 mm it was 0,7 +- 0,1 cm3, for the height of 9
mm it was 1,1 +- 0,2 cm3 and for the height of 11 mm it was 1,5 +- 0,3 cm3. A positive
correlation was observed between the planned height and the volume of the maxillary
sinus to be grafted. The ANOVA result showed P value less than 0.001, and Tukey's
Post Hoc identified that all groups identified themselves different from all groups, in a
way that as the planned height increases, so does the volume of the maxillary sinus.
be grafted. The volume of the maxillary sinus to be grafted was correlated with the
amount of bone graft, and Pearson's correlation coefficient showed a value equal to 1,
and the P value less than 0.001. The planned height was also correlated with the bone
graft height, and Pearson's correlation coefficient was 0.993, and the P value less than
0.001, that is, significant. The volume of the maxillary sinus to be grafted was also
correlated with the volume of the bone graft, and Pearson's correlation coefficient was
0.999, P value less than 0.001. Thus, as the volume of the maxillary sinus to be grafted
increases, so does the volume of the bone graft. A new method was established,
through the TCFC and the software DentalSlice Converter and DentalSlice, to predict
what volume of bone graft is needed to lift the maxillary sinuses, taking into account a
previously established bone height, thus making the surgery for lifting the maxillary
sinuses more effective and predictable, both in the surgical aspect and in the economic
aspect.

Keywords: sinus lift, bone graft, volume of graft, CT, implant planning
SUMÁRIO

Pág.
1- INTRODUÇÃO 09
2- PROPOSIÇÃO E HIPÓTESE 11
3- MATERIAL E MÉTODOS 12
4- CASO CLÍNICO 23
5- RESULTADOS 26
6- DISCUSSÃO 35
7- CONCLUSÕES 39
8- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 40
ANEXOS 43
9

1. INTRODUÇÃO

A maxila posterior representa um desafio para os procedimentos de


implante dentário quando o osso disponível é reduzido por causa da reabsorção do
rebordo alveolar e / ou pneumatização do seio maxilar. Conseqüentemente, o enxerto
ósseo dentro do seio maxilar é freqüentemente necessário para a instalação de
4
implantes nesta área .
O procedimento clássico de aumento do seio consiste na criação de uma
janela na parede lateral do seio maxilar. Esta janela é luxada para dentro e para cima,
juntamente com a membrana de Schneider, para uma posição horizontal, formando o
novo soalho sinusal. O espaço entre os soalhos antigo e novo, ou seja, entre o
processo alveolar e a membrana de Schneider, é preenchido com material de
3,5,13
enxerto .
O aumento do seio maxilar através de uma abordagem de janela lateral é
um procedimento seguro e bem sucedido para obter altura óssea para a instalação do
implante em uma maxila posterior atrófica. A taxa de sucesso dos implantes instalados
em seios enxertados foram relatados por Wallace e Froum e Del Fabbro e Testori a
8,24
uma média de 91,8% e 91,5%, respectivamente . No entanto, apesar da alta taxa
de sucesso, podem ocorrer complicações, tais como perfuração da membrana de
6,9,21,22
Schneider, sangramento, deslocamento do implante no seio e infecção .
Vários tipos de material para enxerto (ex: autógeno, xenógeno, combinação
15
desses materiais) foram utilizados com sucesso . O osso autógeno é considerado o
padrão ouro como material de enxerto, devido às suas propriedades osteoindutoras e
19
osteocondutoras . Entretanto, alguns artigos de pesquisa afirmam que o osso
autógeno reabsorve a uma taxa acima da média, o que pode levar à pneumatização
19,20
posterior do seio e / ou falha do implante .
O método mais confiável em termos de informação pré-operatória sobre o
tamanho e a forma do seio maxilar é a tomografia computadorizada por feixe cônico
14,17
(TCFC) . As imagens resultantes proporcionam aos clínicos e aos pacientes uma
visualização intuitiva da anatomia do seio, incluindo a posição dos septos e do ramo
23
arterial . Usando a tomografia computadorizada por feixe cônico, diferentes
10

visualizações podem fornecer informações inestimáveis quanto à anatomia do


10
paciente. As visualizações incluem os cortes axial, parassagital, panorâmico e 3D .
A TCFC fornece dados de grande valia no planejamento de levantamento
de seio maxilar, entretanto, nem todas as informações disponibilizadas pelo exame
tomográfico são aproveitadas pelo dentista. Baciut M et al. (2013) demonstraram que,
utilizando software especializado, a TCFC permite estimar o volume de enxertos
ósseos significativamente melhor do que as radiografias panorâmicas em todos os
casos que necessitam de elevação do seio maxilar, e para todos os tipos de
intervenções. O cálculo do tamanho do aumento pode ajudar a determinar a
abordagem cirúrgica e, portanto, o tratamento e os custos da cirurgia para pacientes
15
e dentistas . O objetivo do presente estudo foi prever o volume de enxerto ósseo
necessário no levantamento de seio maxilar, através da TCFC, para alcançar alturas
ósseas previamente determinadas, e, posteriormente, a quantidade de enxerto ósseo
correspondentes a esse volume, utilizando os softwares DentalSlice Converter e
DentalSlice.
11

2. PROPOSIÇÃO E HIPÓTESE

2.1. GERAL

• Planejar, através da tomografia computadorizada por feixe cônico, previamente


à cirurgia, a altura óssea a ser alcançada no levantamento dos seios maxilares
para a instalação de implantes osseointegráveis, e assim, prever o volume de
enxerto ósseo necessário para alcançar tal altura óssea planejada, através de
fórmulas matemáticas para segmentação do volume dos seios maxilares, e
calcular a quantidade de enxerto para esse volume.

2.2. ESPECÍFICAS

• Desenvolver um método para alcançar a previsibilidade no cálculo do volume


de enxerto ósseo necessário no levantamento do seio maxilar.
12

3. MATERIAL E MÉTODOS

Esta pesquisa é de natureza técnica laboratorial, não envolvendo a participação


de seres humanos ou animais, ou qualquer procedimento que inclua material biológico
ou dados pessoais, sendo, por isso, não necessária a submissão desta pesquisa para
avaliação pelo Comitê de Ética em Pesquisa.

3.1. INSTRUMENTO DA PESQUISA

Através da tomografia computadorizada por feixe cônico (Cranex 3D –


Soredex, Kavo Kerr, California, USA), o manequim de uma maxila (Franceschi & Costa
e Silva Ltda, São Paulo, BR), desenvolvido em poliuretano rígido, foi tomografado,
após ser posicionado sobre um dispositivo hipodenso. Em cada lado da maxila, na
região posterior, foram colocados 3 marcadores tomográficos (guta percha) no
rebordo alveolar para definir um plano.

A aquisição das imagens seguiram o seguinte protocolo: espessura de


corte (voxel) de 0,20 mm, e campo de visão (FOV) com 6 cm de diâmetro por 8 cm de
altura. Para a aquisição das imagens, o manequim foi posicionado com o rebordo
alveolar paralelo ao solo e o plano sagital mediano perpendicular ao solo.
13

Utilizamos o software DentalSlice Converter (Bioparts Prototipagem


Biomédicas, Brasília, BR) para segmentar a maxila, e os seios maxilares em quatro
alturas pré-definidas, definidas tendo como referência alturas de implantes: 5, 7, 9 e
11 mm. Foi necessário criar uma fórmula matemática de segmentação dos cortes
tomográficos, para gerar os volumes dos seios maxilares correspondentes às alturas
pré-definidas.

Altura a ser preenchida pelo enxerto ósseo ÷ Voxel


= número de cortes axiais a serem segmentados no seio maxilar

5 mm ÷ 0,20 mm
= 25 cortes axiais a serem segmentados

7 mm ÷ 0,20 mm
= 35 cortes axiais a serem segmentados

9 mm ÷ 0,20 mm
= 45 cortes axiais a serem segmentados

11 mm ÷ 0,20 mm
= 55 cortes axiais a serem segmentados
14

Uma vez que foi estabelecida uma fórmula matemática para segmentação
dos seios maxilares, os mesmos foram segmentados seguindo os resultados dos
cálculos, e os arquivos DICOM foram convertidos em arquivo .bpt, para o exame
tomográfico ser visualizado através do software DentalSlice (Bioparts Prototipagem
Biomédicas, Brasília, BR).
O Thresholding utilizado na segmentação das estruturas foi:
Seios maxilares: 0 – 292
Manequim: 213 – 4095
Guta percha: 3500 – 4095
15

No software DentalSlice, medições foram realizadas no cortes


parassagitais, nas regiões dos marcadores tomográficos, do soalho do seios
maxilares à região superior das segmentações realizadas nos mesmos,
bilateralmente, para conferir se as segmentações realizadas nos seios maxilares
alcançaram as alturas pré-estabelecidas (5, 7, 9 e 11 mm).

Seio maxilar direito


16

Seio maxilar esquerdo


17

Uma vez que obtivemos êxito nas segmentações dos seios maxilares,
utilizamos uma ferramenta do DentalSlice para calcular os volumes dessas
segmentações.

Uma conversão de medidas foi necessária, para convertermos o volume de


milímetro cúbico (mm3) em centímetro cúbico (cm3 ou cc), e então calculamos a
equivalência de centímetros cúbicos que o futuro enxerto irá ocupar no interior do seio
com o peso, em gramas (g). A relação peso (gramas) x volumes (cc) depende do
tamanho dos grânulos do enxerto.
18

Quantidade de substituto ósseo no seio maxilar direito

Altura a ser preenchida pelo substituto ósseo: 5,00 mm


Volume do seio maxilar a ser preenchido pelo enxerto ósseo: 464,48 mm3
464,48 mm3 = 0,464 cc
Grânulos pequenos Geistlich Bio-Oss® (0,25 – 1 mm)
1 cc = 0,5 g
0,464 cc = x
X = 0,232 g

Altura a ser preenchida pelo substituto ósseo: 7,00 mm


Volume do seio maxilar a ser preenchido pelo enxerto ósseo: 810,35 mm3
810,35 mm3 = 0,810 cc
Grânulos pequenos Geistlich Bio-Oss® (0,25 – 1 mm)
1 cc = 0,5 g
0,810 cc = x
X = 0,405 g

Altura a ser preenchida pelo substituto ósseo: 9,00 mm


Volume do seio maxilar a ser preenchido pelo enxerto ósseo: 1235,24 mm3
1235,24 mm3 = 1,235 cc
Grânulos pequenos Geistlich Bio-Oss® (0,25 – 1 mm)
1 cc = 0,5 g
1,235 cc = x
X = 0,617 g

Altura a ser preenchida pelo substituto ósseo: 11,00 mm


Volume do seio maxilar a ser preenchido pelo enxerto ósseo: 1710,36 mm3
1710,36 mm3 = 1,710 cc
Grânulos pequenos Geistlich Bio-Oss® (0,25 – 1 mm)
1 cc = 0,5 g
1,710 cc = x
X = 0,855 g
19

Quantidade de substituto ósseo no seio maxilar esquerdo

Altura a ser preenchida pelo substituto ósseo: 5,00 mm


Volume do seio maxilar a ser preenchido pelo enxerto ósseo: 329,62 mm3
329,62 mm3 = 0,330 cc
Grânulos pequenos Geistlich Bio-Oss® (0,25 – 1 mm)
1 cc = 0,5 g
0,330 cc = x
X = 0,165 g

Altura a ser preenchida pelo substituto ósseo: 7,00 mm


Volume do seio maxilar a ser preenchido pelo enxerto ósseo: 578,02 mm3
578,02 mm3 = 0,578 cc
Grânulos pequenos Geistlich Bio-Oss® (0,25 – 1 mm)
1 cc = 0,5 g
0,578 cc = x
X = 0,289 g

Altura a ser preenchida pelo substituto ósseo: 9,00 mm


Volume do seio maxilar a ser preenchido pelo enxerto ósseo: 873,32 mm3
873,32 mm3 = 0,873 cc
Grânulos pequenos Geistlich Bio-Oss® (0,25 – 1 mm)
1 cc = 0,5 g
0,873 cc = x
X = 0,436 g

Altura a ser preenchida pelo substituto ósseo: 11,00 mm


Volume do seio maxilar a ser preenchido pelo enxerto ósseo: 1223,75 mm3
1223,75 mm3 = 1,224 cc
Grânulos pequenos Geistlich Bio-Oss® (0,25 – 1 mm)
1 cc = 0,5 g
1,224 cc = x
X = 0,612 g
20

O biomaterial utilizado foi o Geistlich Bio-Oss grânulos pequenos 0,25 – 1


mm (Geistlich Pharma North America Inc., New Jersey, USA). Uma vez calculada a
quantidade do substituto ósseo equivalente ao volume a ser ocupado nos seios
maxilares para cada uma das medidas pré-estabelecidas, pesamos o biomaterial
necessário no Laboratório de Biotecnologia Aplicada (LABA) da Universidade Federal
Fluminense (UFF), utilizando uma balança analítica (Bioscale).

As amostras de Bio-Oss que foram pesadas, foram depositadas nos


soalhos dos seios maxilares do manequim, simulando o levantamento dos seios
maxilares, e quatro aquisições tomográficas foram realizadas, para cada uma das
quatro alturas estabelecidas previamente, totalizando 16 aquisições tomográficas.
No software DentalSlice Converter foi realizada a conversão de DICOM ->
.bpt para cada uma das 16 aquisições tomográficas.
O Thresholding utilizado na segmentação do enxerto ósseo nos seios
maxilares foi 820 – 4095.
No software DentalSlice medições foram realizadas, através dos cortes
parassagitais, na região posterior da maxila, bilateralmente, nas regiões dos
marcadores tomográficos (guta-percha), totalizando 32 mensurações, para confirmar
se a medida da altura do substituto ósseo, após o “levantamento do seio maxilar”,
alcançou a mesma medida da altura óssea previamente planejada, estabelecendo
21

assim uma técnica diagnóstica para alcançar a previsibilidade da quantidade de


enxerto ósseo necessária, no levantamento do seio maxilar, utilizando a TCFC.

3.2 ANÁLISE ESTATíSTICA

Os dados métricos como a altura e o volume foram descritos utilizando


média mínimo / máximo e desvio padrão.
Os dados categóricos como a altura planejada, apesar de ser um dado
métrico, foram divididos em faixas de 5, 7, 9 e 11mm, e os lados direito e esquerdo
dos seios maxilares foram descritos utilizando frequências e percentuais.
A fim de se cruzar a altura planejada com o volume do seio maxilar a ser
enxertado, utilizou-se a prova análise de variância, com teste Post Hoc de Tukey. A
fim de se correlacionar dados métricos foi utilizado o coeficiente de correlação de
22

Pearson, este coeficiente tem valor em módulo de 0 a 1, e quanto mais próximo de 1,


mais perfeita é a correlação.
Para se correlacionar o volume do seio maxilar a ser enxertado com o
volume do enxerto ósseo, foi utilizado o teste-t para amostras correlacionadas, tal
dado também foi correlacionado pelo coeficiente de correlação de Pearson.
O software empregado foi o SPSS.
O nível de significância adotado foi de P < 0,05 ou 5%.
23

4. CASO CLÍNICO

Em agosto de 2020, um homem de 55 anos foi submetido à tomografia


computadorizada por feixe cônico (Orthophos SL – Dentsply-Sirona, Germany), para
segmentação dos seios maxilares através do software DentalSlice Converter. A
aquisição das imagens seguiu o seguinte protocolo: espessura de corte (voxel) de
0,32 mm, e campo de visão (FOV) 8 x 8 cm. Foi utilizada a fórmula matemática de
segmentação dos cortes tomográficos, para gerar os volumes dos seios maxilares
correspondentes à altura de 9 mm do futuro enxerto ósseo.

Altura a ser preenchida pelo enxerto ósseo (9 mm) ÷ Voxel (0,32 mm)
= número de cortes axiais a serem segmentados no seio maxilar (28 cortes)

Uma vez que foi estabelecido o método de segmentação dos seios


maxilares, os mesmos foram segmentados seguindo os resultados dos cálculos, e os
arquivos DICOM foram convertidos em arquivo .bpt, para o exame tomográfico ser
visualizado através do software DentalSlice.
O Thresholding utilizado na segmentação das estruturas foi:
Maxila: 1350 – 4095
Seios maxilares: 0 – 900

Seio maxilar direito – altura planejada 9mm Seio maxilar esquerdo – altura planejada 9 mm
24

Uma vez que obtivemos êxito nas segmentações dos seios maxilares, utilizamos uma
ferramenta do DentalSlice para calcular os volumes dessas segmentações.

Uma conversão de medidas foi necessária, para convertermos o volume de


milímetro cúbico (mm3) em centímetro cúbico (cm3 ou cc), e então calculamos a
equivalência de centímetros cúbicos que o futuro enxerto irá ocupar no interior do seio
com o peso em gramas (g). A relação peso (gramas) x volumes (cc) depende do
tamanho dos grânulos do enxerto.
O biomaterial utilizado foi o Geistlich Bio-Oss grânulos pequenos 0,25 – 1
mm (Geistlich Pharma North America Inc., New Jersey, USA). Uma vez calculada a
quantidade de enxerto equivalente ao volume a ser ocupado nos seios maxilares para
a medida pré-estabelecida de 9 mm, pesamos o biomaterial necessário no Laboratório
de Biotecnologia Aplicada (LABA) da Universidade Federal Fluminense (UFF),
utilizando uma balança analítica (Bioscale).

Altura a ser preenchida pelo enxerto ósseo: 9,00 mm

Volume do seio maxilar direito a ser preenchido pelo enxerto ósseo: 1529,41 mm3
1529,41 mm3 = 1,529 cc
Grânulos pequenos Geistlich Bio-Oss® (0,25 – 1 mm)
1 cc = 0,5 g
1,529 cc = x
X = 0,764 g
25

Volume do seio maxilar esquerdo a ser preenchido pelo enxerto ósseo: 1077,34 mm3
1077,34 mm3 = 1,077 cc
Grânulos pequenos Geistlich Bio-Oss® (0,25 – 1 mm)
1 cc = 0,5 g
1,077 cc = x
X = 0,539 g

O biomaterial que fora pesado na UFF, foi utilizado na cirurgia de levantamento dos
seios maxilares do paciente. O procedimento cirúrgico foi realizado na Universidade
Federal Fluminense (Niterói, Rio de Janeiro, Brasil). O paciente foi tomografado após
a cirurgia, utilizando o mesmo protocolo pré-operatório, para avaliação do resultado.
26

5. RESULTADOS

O volume médio do seio maxilar a ser enxertado para a altura de 5 mm foi


0,4 +- 0,1 cm3, para a altura de 7 mm foi 0,7 +- 0,1 cm3, para a altura de 9 mm foi 1,1
+- 0,2 cm3 e para a altura de 11 mm foi 1,5 +- 0,3 cm3.
Foi observada uma grande relação entre a altura planejada com o volume
do seio maxilar a ser enxertado. A ANOVA revelou P valor menor que 0,001, e o Post
Hoc de Tukey identificou que todos os grupos se identificaram diferentes de todos os
grupos, de uma maneira que à medida que aumenta a altura planejada, também
aumenta o volume do seio maxilar a ser enxertado.
Foi correlacionado o volume do seio maxilar a ser enxertado com a
quantidade de enxerto ósseo, e o coeficiente de correlação de Pearson apresentou
valor igual a 1, e o P valor menor que 0,001. Assim, há uma relação praticamente
exata entre as duas variáveis, sendo que à medida que uma aumenta, a outra tende
a aumentar como é mostrado no gráfico.
Também foi correlacionado a altura planejada com a altura do enxerto
ósseo, e o coeficiente de correlação de Pearson foi de 0,993, e o P valor menor que
0,001, ou seja, significativo. Assim, à medida que aumenta a altura planejada, também
aumenta a altura do enxerto ósseo.
Foi correlacionado também o volume do seio maxilar a ser enxertado com
o volume do enxerto ósseo, e obteve-se o coeficiente de correlação de Pearson foi de
0,999, P valor menor que 0,001. Assim, à medida que aumenta o volume do seio
maxilar a ser enxertado, também aumenta o volume do enxerto ósseo. A diferença
entre a média do volume do seio maxilar a ser enxertado (903,1 mm3) para a média
do volume do enxerto ósseo (853,8 mm3) foi de 49,3 mm3, diferença essa
estatisticamente significante pela prova de Student para dados pareados.
27

Tabela 1. Número de medidas, valores da altura planejada, do volume do seio maxilar a ser enxertado, da
quantidade de enxerto ósseo, da altura do enxerto ósseo, do volume do enxerto ósseo, do lado do seio maxilar (1-
direito / 2- esquerdo), do Voxel utilizado na TCFC.
28

Altura_planejada
N Valid 32
Missing 0

Altura_planejada
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid 5 8 25,0 25,0 25,0
7 8 25,0 25,0 50,0
9 8 25,0 25,0 75,0
11 8 25,0 25,0 100,0
Total 32 100,0 100,0

Seio_maxilar

Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid Direito 16 50,0 50,0 50,0
Esquerdo 16 50,0 50,0 100,0
Total 32 100,0 100,0

Estatísticas descritivas
N Minimum Maximum Mean Std. Deviation
Volume_seio_maxilar_enxe
rtado 32 329,62 1710,36 903,1425 440,12246
Quantidade_enxerto_osseo
32 165 855 451,38 219,981
Altura_enxerto_osseo 32 4,79 12,58 8,5772 2,54661
Volume_enxerto_osseo 32 300,00 1686,05 853,8575 427,37203
Valid N (listwise) 32

Oneway
Volume_seio_maxilar_enxertado
95% Confidence Interval for
N Mean Std. Deviation Std. Error Mean Minimum Maximum

Lower Bound Upper Bound


5 8 397,0500 72,08570 25,48614 336,7848 457,3152 329,62 464,48
7 8 694,1850 124,18561 43,90624 590,3632 798,0068 578,02 810,35
9 8 1054,2800 193,45438 68,39645 892,5481 1216,0119 873,32 1235,24
11 8 1467,0550 260,10399 91,96065 1249,6026 1684,5074 1223,75 1710,36
Total 32 903,1425 440,12246 77,80339 744,4614 1061,8236 329,62 1710,36
29

ANOVA
Volume_seio_maxilar_enxertado
Sum of
Squares df Mean Square F Sig.
Between Groups 5125061,6
3 1708353,885 54,364 <0,001
55
Within Groups 879879,65
28 31424,273
4
Total 6004941,3
31
09

Post Hoc Tests

Comparações múltiplas

Dependent Variable: Volume_seio_maxilar_enxertado


Tukey HSD
Mean
Difference
(I) Altura_planejada (J) Altura_planejada (I-J) Std. Error Sig. 95% Confidence Interval

Upper Bound Lower Bound


5 7 -
297,13500(* 88,63446 ,012 -539,1347 -55,1353
)
9 -
657,23000(* 88,63446 ,000 -899,2297 -415,2303
)
11 -
1070,00500( 88,63446 ,000 -1312,0047 -828,0053
*)
7 5 297,13500(*
88,63446 ,012 55,1353 539,1347
)
9 -
360,09500(* 88,63446 ,002 -602,0947 -118,0953
)
11 -
772,87000(* 88,63446 ,000 -1014,8697 -530,8703
)
9 5 657,23000(*
88,63446 ,000 415,2303 899,2297
)
7 360,09500(*
88,63446 ,002 118,0953 602,0947
)
11 -
412,77500(* 88,63446 ,000 -654,7747 -170,7753
)
11 5 1070,00500(
88,63446 ,000 828,0053 1312,0047
*)
7 772,87000(*
88,63446 ,000 530,8703 1014,8697
)
9 412,77500(*
88,63446 ,000 170,7753 654,7747
)
* The mean difference is significant at the .05 level.
30

Gráfico 1. Gráfico correlacionando a altura planejada com o volume do seio maxilar a ser enxertado.

Correlação
Cases
Valid Missing Total
Altura_planejada N Percent N Percent N Percent
Volume_seio_maxil 5 8 100,0% 0 ,0% 8 100,0%
ar_enxertado 7 8 100,0% 0 ,0% 8 100,0%
9 8 100,0% 0 ,0% 8 100,0%
11 8 100,0% 0 ,0% 8 100,0%
31

Gráfico 2. Gráfico correlacionando o volume do seio maxilar a ser enxertado com a quantidade de
enxerto ósseo necessário.

Correlação
Volume_seio_
maxilar_enxert Quantidade_en
ado xerto_osseo
Volume_seio_maxilar_enxe Pearson Correlation 1 1,000(**)
rtado Sig. (2-tailed) <0,001
N 32 32
Quantidade_enxerto_osseo Pearson Correlation 1,000(**) 1
Sig. (2-tailed) ,000
N 32 32
** Correlation is significant at the 0.01 level (2-tailed).
32

Gráfico 3. Gráfico correlacionando a altura planejada com a altura do enxerto ósseo.

Correlação

Altura_planejad Altura_enxerto
a _osseo
Altura_planejada Pearson Correlation 1 0,993(**)
Sig. (2-tailed) <0,001
N 32 32
Altura_enxerto_osseo Pearson Correlation 0,993(**) 1
Sig. (2-tailed) ,000
N 32 32
** Correlation is significant at the 0.01 level (2-tailed).
33

Gráfico 4. Gráfico correlacionando o volume do seio maxilar a ser enxertado com o volume do enxerto
ósseo.

Correlação
Volume_seio_
maxilar_enxert Volume_enxert
ado o_osseo
Volume_seio_maxilar_en Pearson Correlation 1 0,999(**)
xertado Sig. (2-tailed) <0,001
N 32 32
Volume_enxerto_osseo Pearson Correlation 0,999(**) 1
Sig. (2-tailed) 0,000
N 32 32
** Correlation is significant at the 0.01 level (2-tailed).

Sumário de processamento de caso


Cases
Valid Missing Total
N Percent N Percent N Percent
Volume_seio_maxilar_en
xertado 32 100,0% 0 0% 32 100,0%
Volume_enxerto_osseo 32 100,0% 0 0% 32 100,0%
34

Gráfico 5. Gráfico correlacionando o volume do seio maxilar a ser enxertado com o volume do enxerto
ósseo.

T-Test
Estatísticas de amostras emparelhadas
Std. Error
Mean N Std. Deviation Mean
Pair 1 Volume_seio_maxilar_en
xertado 903,1425 32 440,12246 77,80339
Volume_enxerto_osseo 853,8575 32 427,37203 75,54942

Teste de amostras emparelhadas


Sig.
(2-
Paired Differences t df tailed)
Std.
Std. Error 95% Confidence Interval Std. Error
Mean Std. Deviation Mean of the Difference Mean Deviation Mean

Upper Lower
Pair 1 Volume_seio_maxilar_e
nxertado - 49,28500 26,70079 4,72008 39,65834 58,91166 10,442 31 <0,001
Volume_enxerto_osseo
35

6. DISCUSSÃO

Diferentes técnicas para avaliar o volume ósseo foram descritas. Quando


são utilizadas apenas radiografias panorâmicas, a quantidade e a qualidade óssea
2
correm o risco de serem superestimadas , e o volume ser calculado de forma
empírica. Para superar as desvantagens dos métodos convencionais, devem ser
11
utilizadas imagens de TC reconstruídas em 3D do seio maxilar . A TCFC deve ser
recomendada em todos os casos para a realização do levantamento sinusal, a fim de
2
melhorar a confiança do cirurgião e a precisão da técnica de levantamento sinusal .
Para a implantodontia, a TCFC melhorou drasticamente o planejamento do
tratamento porque fornece cortes parassagitais do local do implante, permitindo
12
avaliar a quantidade e a qualidade do osso . Um fator que poderia possivelmente
influenciar a acurácia de modelos de superfície 3D, bem como as imagens geradas
pela TCFC, seria a resolução do voxel. O volume é composto de voxels, os quais são
pequenos cubos arranjados um ao lado do outro. Cada voxel é um valor (brilho ou
escala de cinza) que representa a densidade da estrutura correspondente. A redução
da resolução do voxel pode resultar em imagem de baixa qualidade, mais ruído,
7
artefatos e menor detalhe da imagem anatômica .
Rebouças et al. (2017) afirmam que as medidas lineares realizadas a partir
da TCFC são acuradas, com precisão sub-milimétrica, ligeiramente subestimando o
tamanho real. A tomografia computadorizada por feixe cônico é uma técnica confiável
no planejamento de implantes osseointegráves.
Krennmair et al. (2006) calcularam o volume do seio maxilar utilizando o
software Photoshop 5.0 LE (Adobe, San Jose, CA). A área do seio maxilar a receber
o enxerto foi delimitada em cada um dos cortes parassagitais, para depois calcular o
volume. Arias-Irimia et al. (2012) também se basearam no cálculo da área dos cortes
parassagitais, para então calcular o volume do seio maxilar, utilizando o software
CompuDent (TC Max, Buenos Aires, Argentina), e os resultados mostraram correlação
inversamente proporcional entre volume e tamanho (altura, comprimento) do enxerto
ósseo.
No software SimPlant (Materialise Dental, Maryland, Estados Unidos) um
enxerto ósseo simulado pode ser gerado pelo software para preencher a cavidade
sinusal em torno do implante. Ganz SD et al. (2009), então, calcularam o volume do
36

enxerto ósseo simulado. Buyukkurt MC et al. (2010) e Mangano F et al. (2013)


utilizando o software Mimics (Materialise, Leuven, Bélgica), e Baciut M et al. (2013)
utilizando o software Surgicase 5.1 (Materialise, Leuven, Bélgica) também calcularam
o volume do seio maxilar a ser ocupado pelo enxerto ósseo. Ganz SD et al. (2009),
Mangano F et al. (2013) e Baciut M et al. (2013) não determinaram previamente à
segmentação do volume do seio maxilar qual altura óssea deveria ser alcançada com
o enxerto. Fizeram uma estimativa visual, através do 3D, do volume de enxerto que
seria necessário, diferentemente do presente estudo, que, assim como Buyukkurt MC
et al. (2010), estabeleceu alturas prévias a serem alcançadas pelo enxerto ósseo, para
então calcular o volume do seio baseado nessas alturas.
No presente estudo, utilizando os softwares DentalSlice Converter e
DentalSlice, e criando uma fórmula matemática, foi possível calcular o volume do seio
maxilar a ser preenchido com enxerto ósseo, para, posteriormente, calcular a
quantidade de enxerto ósseo. O software se mostrou eficaz na determinação do
volume de enxerto ósseo, e aliado à fórmula matemática descrita neste estudo, torna
previsível o procedimento cirúrgico de levantamento do seio maxilar.
Cálculo do Volume do Seio
Autores Software Maxilar Determinação da Altura

Krennmair et Photoshop Delimitação da área dos cortes


al. (2006) 5.0 LE parassagitais Alturas previamente estabelecidas
Ganz SD et al. Preenchimento da cavidade sinusal em A partir do implante virtualmente
(2009) SimPlant torno do implante, no 3D planejado
Buyukkurt MC Segmentação através do 3D do seio
et al. (2010) Mimics maxilar Alturas previamente estabelecidas
Arias-Irimia et Delimitação da área dos cortes
al. (2012) CompuDent parassagitais Alturas previamente estabelecidas
Mangano F et Mimics + Segmentação através do 3D do seio
al. (2013) Rhinoceros maxilar Estimativa visual
Baciut M et al. Segmentação através do 3D do seio
(2013) Surgicase 5.1 maxilar Estimativa visual
Rebouças RA Fórmula matemática para segmentar o
et al. (2021) DentalSlice 3D do seio maxilar Alturas previamente estabelecidas
Tabela 2. Correlação entre os artigos, levando em consideração os softwares utilizados, a forma de
segmentação dos seios maxilares, e se houve alturas previamente estabelecidas.
37

Krennmair G et al. (2006) quando correlacionaram a altura óssea planejada


ao volume do seio maxilar segmentado, ou seja, o volume do seio maxilar a ser
enxertando, encontraram uma média de 1,7 ± 0,9 cm3 para uma altura de 7,2 ± 2,1
mm de levantamento de seio maxilar, e 3,6 ± 1,5 cm3 para 12,4 ± 2,0 mm de altura.
Já Arias-Irimia Ó et al. (2012), para 13,4 mm de altura, achou uma média de 2,61 ±
0,69 cm3 no seio maxilar direito, e 2,68 ± 0,81 cm3 no seio maxilar esquerdo, e para
15 mm de altura, achou uma média de 3.13 ± 0.75 cm3 no seio maxilar direito, e 3.29
± 1.02 cm3 no seio maxilar esquerdo. Buyukkurt MC et al. (2010) acharam um volume
médio no seio maxilar de 16,7 ± 6,6 mm3 para 10 mm, e 50,1 ± 16,2 mm3 para 18 mm
de altura. No presente estudo, encontramos a média de volume de 0,4 +- 0,1 cm3
para 5 mm de altura, de 0,7 +- 0,1 cm3 para 7 mm de altura, de 1,1 +- 0,2 cm3 para 9
mm de altura e de 1,5 +- 0,3 cm3 para 11 mm de altura. Proporcionalmente, há uma
diferença no resultados encontrados entre Krennmair G et al. (2006), Arias-Irimia Ó et
al. (2012), Buyukkurt MC et al. (2010) e o presente trabalho, talvez pela forma dos
seios maxilares, ou pelo fato que ora o volume do seio maxilar foi calculado somando-
se a área do seio nos cortes parassagitais, e ora o seio maxilar foi tridimensionalmente
segmentado, para depois calcular o volume.

Autores Altura (mm) Volume (cm3)


Krennmair et al. (2006) 12 (7,2 ± 2,1) 1,7 ± 0,9
17 (12,4 ± 2,0) 3,6 ± 1,5
Buyukkurt MC et al. (2010) 10 16,7 ± 6,6
18 50,1 ± 16,2
2,61 ± 0,69 (seio direito) / 2,68 ± 0,81 (seio
Arias-Irimia et al. (2012) 13,4 esquerdo)
3.13 ± 0.75 (seio direito) / 3.29 ± 1.02 (seio
15 esquerdo)
Rebouças RA et al. (2020) 5 0,4 ± 0,1
7 0,7 ± 0,1
9 1,1 ± 0,2
11 1,5 ± 0,3
Tabela 3. Correlação entre os artigos, levando em consideração as alturas previamente estabelecidas,
e o volume dos seios maxilares para essas alturas.
38

A presença de septo no seio maxilar não representa uma limitação da


técnica, uma vez que quando o seio maxilar é segmentado, o Thresholding utilizado
não inclui nenhuma estrutura óssea, por terem densidades diferentes.
Diferentemente dos demais trabalhos, correlacionamos o volume do seio
maxilar a ser enxertado com a quantidade de enxerto ósseo necessária (Grânulos
pequenos Geistlich Bio-Oss), e o coeficiente de correlação de Pearson apresentou
valor igual a 1, e o P valor menor que 0,001, e também correlacionamos a altura óssea
planejada com a altura do enxerto ósseo (“pós-cirurgia”), e o coeficiente de correlação
de Pearson foi de 0,993, e o P valor menor que 0,001, ou seja, significativo. Em
nenhum dos trabalhos citados, encontramos a comparação entre a altura planejada
com a altura do enxerto ósseo.
Houve diferença estatisticamente significante entre a média do volume do
seio maxilar a ser enxertado para a média do volume do enxerto ósseo. No processo
de segmentação do enxerto ósseo foi utilizado o Thresholding 820 – 4095. Se fosse
utilizado um Thresholding menor, até segmentaria um volume maior do enxerto, e com
isso diminuiria a diferença média dos volumes, porém, segmentaria também o
manequim, sendo necessário uma segmentação manual para separá-lo do enxerto
ósseo.
Uma limitação do nosso trabalho é a ausência de comprovação clínica, a
qual poderá ser realizada em casos que necessitem de levantamento dos seios
maxilares.
O método criado neste estudo possibilita que, através de uma tomografia
computadorizada, seja calculado o volume do seio maxilar a ser preenchido com
enxerto ósseo, levando-se em consideração uma medida prévia, utilizando o software
DentalSlice, ou qualquer outro software que faça reconstruções 3D a partir da
segmentação nos cortes axiais, podendo esse processo ser desenvolvido em um
software de forma automatizada.
39

7. CONCLUSÕES

Um novo método foi estabelecido, através da TCFC e dos softwares


DentalSlice Converter e DentalSlice, para prever o volume de enxerto ósseo
necessário no levantamento dos seios maxilares, levando em consideração uma
altura óssea previamente estabelecida, para, posteriormente, calcular a quantidade
de enxerto ósseo, tornando assim a cirurgia de levantamento dos seios maxilares mais
efetiva, previsível e precisa.
40

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Powered by Editorial Manager® and ProduXion Manager® from Aries Systems Corporation
Method for calculating the bone graft volume required in the

maxillary sinus through computed tomography

Renan Alves Rebouças1, Thainara Salgueiro de Souza2, Aldir Machado1,

Vittorio Moraschini3, Gustavo Oliveira dos Santos1

1 Department of Clinical Practice, School of Dentistry, Fluminense Federal

University, Niterói, Rio de Janeiro, Brazil.

2 Department of Clinical Pratice, School of Dentistry, Juiz de Fora Federal

University, Jui de Fora, Minas Gerais, Brazil.

3 Department of Periodontology, Dental Research Division, School of Dentistry,

Veiga de Almeida University, Rio de Janeiro, Brazil.

Corresponding Author:

Vittorio Moraschini, DDS, MS, PhD

Department of Periodontology, Dental Research Division, School of Dentistry,


Veiga de Almeida University, Rio de Janeiro, Brazil.

Rua Ibituruna, 108, Maracanã, Rio de Janeiro, Brazil. Cep: 20271-020

Phone: 55(21)99662-6930

E-mail: vitt.mf@gmail.com
ABSTRACT

The calculation of the volume of bone graft needed to lift the maxillary sinus is

usually performed empirically. The method created in this study allows the

computed tomography to calculate the maxillary sinus volume to be filled with

bone graft, taking into account a previous measurement, using software that

performs 3D reconstructions from the segmentation in axial cuts. This process

can be further developed to create an automated software solution.

Keywords: Maxillary sinus ; Maxillary sinus lift ; Bone graft

INTRODUCTION
The posterior maxilla represents a challenge for dental implant procedures when

the available bone is reduced because of the resorption of the alveolar ridge or

pneumatization of the maxillary sinus. Consequently, bone graft within the

maxillary sinus is often necessary for the placement of dental implants in this
1
area.

Cone Beam Computed Tomography (CBCT) provides data of great value in the

planning of the maxillary sinus survey, however, not all information provided by

CBCT is used by dental professionals. Baciut et al.2 demonstrated that, using

specialized software, CBCT allows more accurate estimation of the volume of

bone grafts than panoramic radiographs in all cases that require maxillary sinus

elevation, and for all types of interventions. Calculating the size of the

augmentation can help determine the surgical approach and, therefore, treatment
3
and surgery costs for patients and professionals.
The aim of this technical note is to describe a method that makes predictable the

graft volume calculation necessary for maxillary sinus elevation surgery.

MATERIAL AND METHODS

Technical note

In August 2020, a 55-year-old man underwent CBCT (Orthophos SL - Dentsply-

Sirona, Germany), for segmentation of the maxillary sinuses using the

DentalSlice Converter software 2017 (v.2.1.1, Bioparts, Brazil). The acquisition

of the images followed the following protocol: section thickness (voxel) of 0.32

mm, and field of view (FOV) of 8 x 8 cm. It was necessary to create a

mathematical formula for segmenting tomographic sections to generate the

volumes of the maxillary sinuses corresponding a future bone graft with a height

of 9 mm. The resulting formula is the height to be filled by the bone graft (9 mm)

÷ the size of the voxel (0.32 mm) = the number of axial cuts to be segmented in

the maxillary sinus (28 slices).

Once the method of segmentation of the maxillary sinuses was established, they

were segmented following the results of the calculations, and the DICOM files

were converted into a .bpt file for the tomographic examination to be viewed

through the DentalSlice 2017 software (Figure 1).

The thresholding used in the segmentation of the structures was:


Jaw: 1350 4095
Maxillary sinuses: 0 900

Right maxillary sinus - planned height 9 mm

Left maxillary sinus - planned height 9 mm


Once we successfully segmented the maxillary sinuses, we used a DentalSlice

tool to calculate the volumes of these segments (Table 1).

After converting the volume of cubic millimeter (mm3) to cubic centimeter (cc), we

calculated the equivalence of cubic centimeters that the future graft will occupy

inside the breast with the weight in grams (g). The weight (grams) to volume (cc)

ratio depends on the size of the graft granules.

For the surgery, a xenogenous graft with granules of 0.25 - 1 mm was used (Bio-

oss, Geistlich Pharma North America Inc., New Jersey, USA). Following the

calculation of the mass equivalent using this granule size, we weighed the

necessary quantity of biomaterial required for surgery using an analytical balance

(Bioscale, Paraná, Brazil) (Table 2).

The surgical procedure was performed at the Federal Fluminense University. The

patient was tomographed after surgery, using the same preoperative protocol, to

evaluate the result (Figure 2).

DISCUSSION

The lack of bone height in the posterior maxilla often prevents proper implant

placement in that location. The increase in bone height can be achieved through
4
the internal lifting of the floor of the maxillary sinus.

Different techniques for assessing bone volume have been described. When only

panoramic radiographs are used, bone quantity and quality are at risk of being
2
overestimated. To overcome the disadvantages of conventional methods, 3D
5
reconstructed CBCT images of the maxillary sinus must be used. CBCT should

be recommended in all cases for sinus lift, in order to improve the surgeon s
2
confidence and the accuracy of the sinus lift technique.

A factor that could possibly influence the accuracy of 3D surface models, as well

as the images generated by the CBCT, would be the resolution of the voxel. The

volume is made up of voxels, which are small cubes arranged next to each other.

Each voxel is a value (brightness or gray scale) that represents the density of the

corresponding structure. Reducing the resolution of the voxel can result in poor
6
image quality, more noise, artifacts and less detail of the anatomical image.

The linear measurements made from CBCT are accurate, with sub-millimeter

precision, slightly underestimating the actual size. Cone beam computed

tomography is a reliable technique in the planning of osseointegrable implants 3.

The presence of septum in the maxillary sinus does not represent a limitation of

the technique, since when the maxillary sinus is segmented, the thresholding

used does not include any bone structure, as they have different densities.

However, the use of CBCT alone cannot accurately show how much bone will be

needed for maxillary sinus lifting surgery. It is necessary to calculate and buy the

bone graft following empirical analysis, taking into account clinical experience.

When using the information contained in computed tomography purely for

evaluating the morphology of the maxillary sinus, dental professionals do not take

advantage of the full utility of the data. There is more information in the exam that

should be used, such as the volume of the maxillary sinus, to calculate the

needed volume from a pre-established lifting height, just as we did in this work,

and consequently, the quantity of bone graft.


In the SimPlant software (Materialize Dental, Maryland, United States) a

simulated bone graft can be generated to fill the sinus cavity around the implant.

Ganz et al.7 then calculated the volume of the simulated bone graft. Buyukkurt et

al.8 and Mangano et al,9 using the Mimics software (Materialize, Leuven,

Belgium), and Baciut et al.,2 using the Surgicase 5.1 software (Materialize,

Leuven, Belgium), also calculated the volume of the maxillary sinus to be

occupied by the bone graft. Ganz et al.,8 Mangano et al.9 and Baciut et al.2 did

not determine, prior to segmentation of the maxillary sinus volume, which bone

height should be reached with the graft. They made a visual 3D estimate of the

graft volume that would be necessary, unlike the present study, which, like

Buyukkurt et al.,9 pre-established a height to be reached by the bone graft and

then calculated the breast volume based on that height.

A new method was established, using CBCT and the software DentalSlice

Converter and DentalSlice, to predict the volume of bone graft needed to lift the

maxillary sinuses, taking into account a previously established bone height, to

later calculate the amount of bone graft, thus making the maxillary sinus lifting

surgery more effective and predictable, both surgically and economically.


Declarations

Funding: The authors declare that no funding was provided for the elaboration

of this study.

Competing Interests: The authors declare that there was no conflict of interest
during the elaboration of this study.

Ethical Approval: Not required the study is a technical note.

Patient Consent: Not required the study does not contain patient images.
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Table 1. Maxillary sinus volumetric calculation.

Index Name Area mm2 Volume mm3

01 Maxilla 19812.86 mm2 15003.30 mm3

02 Right maxillary sinus 931.11 mm2 1529.41 mm3

03 Left maxillary sinus 668.97 mm2 1077.34 mm3


Table 2 - Weight required to fill the right and left maxillary sinuses.

Heght to be filled by the bone graft: 9.00 mm

Volume of the maxillary sinus to be filled by the bone graft

Right 1529.41 mm3 = 1.529 cc Left 1077.34 mm3 = 1.077 cc

Small granules Geistlich Bio-Oss® (0.25 1 mm) 1 cc = 0.5 g

Right Left
0.764 g 0.539 g
Figure captions

Figure 1. Parasagittal and 3D sections of the right and left maxillary sinuses after

segmentation.

Figure 2. Parasagittal sections of the right and left maxillary sinuses, after lifting

them.

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